O baile



Capitulo Sete: O baile.


Narração por Emilly Boir



Eu não queria vê-lo. Eu não queria ouvi-lo. E muito menos senti-lo. Não havia como explicar a raiva que eu sentia. Mas o fato é que todo mundo sabia. E eu ao menos tinha aberto minha boca. Eu estava tão estressada que até mesmo gente que eu nunca nem tinha falado havia percebido. Tudo o que eu fiz naquele dia inútil foi ficar dentro daquele quarto mofado, supostamente entretida na minha leitura. Jennevivy entrou tão alegremente quando faltava apenas uma hora para o baile, todas as garotas já estavam me olhando esquisito e falando baixinho. Claire estava um caos. Os olhos de Louise brilhavam. Hayley parecia pensativa, o que era estranho.
- Certo... Reunião de família! – Exclamou Vivy.
Todas as garotas, provavelmente já esperavam isso. Eu pelo menos estava tentando evitar, mas o que eu podia fazer. Ficamos em circulo, olhando para a cara de Jennevivy. Que simplesmente se sentou no chão. Nós a copiamos.
- Beleza, vamos conversar, me digam o que fizeram hoje. – Ela disse.
Todo mundo ficou encarando-a.
- Eu ouvi Andrew tocar para mim... – Foi Louise que começou. Vivy soltou um risinho, Hay também. Eu e Claire ficamos olhando para as nossas mãos.
- Eu e Georgette fugimos para Hogsmead... – Hay começou – George me disse que queria tornar nosso relacionamento oficial. – Ela encerrou confusa.
Todas nós, sem exceção a abraçamos e soltamos um sonoro:
- Parabéns!
Mas ela forçou o sorriso.
- Mas eu disse que não queria, porque bem, nós acabamos de nos conhecer... Então... Quem sabe daqui um tempo... – Ela seu um sorrisinho pelo canto dos lábios.
Todas nós prendemos o fôlego. Certo, não poderíamos intervir. Então nos entreolhamos, ou era eu, ou era Claire ou Vivy. Resolvi que não falaria primeiro então desviei os olhos. Claire, aparentemente seguiu o que eu fiz, porque Vivy suspirou e começou a falar:
- Ta bem, eu passei o dia com Harry, mas nada demais, outra vez. Nós conversamos aquele lenga lenga de sempre Mas só porque a Tosca da namorada dele tava estudando e tal...
Houve mais piadinhas e o silencio reinou. Eu podia sentir o olhar de Vivy em mim, mas eu não a olhei, fiquei fitando minha mão. Até me cansar e abrir minha boca para falar, mas Claire foi mais rápida começando a falar.
- Eu vou ao baile com Kevin Jonas... – Ela disse monotonamente.
Nós olhamos pra ela incrédulas e começamos a berrar, abraçá-la e apertá-la. Mas tudo o que ela fazia era forçar um sorriso. Nos calamos, vendo a expressão presente em seu rosto pálido e bonito estilo boneca de porcelana.
- Mas eu sem querer briguei com o professor Lupin. – Foi o que ela disse e nós todas soltamos um ‘uuh’ baixinho.
- E aí...? – Perguntou Louise interessada.
- E aí, que ele é um grosso, idiota, retardado e eu o odeio! – Ela falou nervosamente fechando a cara.
Todas nós ficamos em silêncio. Louise abriu a boca para falar varias vezes, provavelmente escolhendo suas palavras.
- Hmm, o que ele disse exatamente para te deixar tão nervosa? – Ela perguntou lentamente.
- Eu o convidei para ir comigo ao baile. – Claire começou. Nós sufocamos nossas exclamações em grunhidos. – Porque ele disse que a mulher dele era muitos anos mais nova que ele – Ela continuou – E ele me falou que era crime, eu disse que pra mim não importava, e então, ele foi estúpido comigo. Disse que era para eu ir embora e que ele não queria de jeito nenhum saber o que eu tinha pra dizer. É verdade, eu estava me sentindo aquelas garotas prodígio que seduzem os professores, mas ele não sabe nada de mim... – A voz dela começou a ficar embargada e ela abraçou os joelhos – Eu vou ficar com essa aparência pra sempre, eu vou ter 17 anos pra sempre, será que ele não sabe disso? – Ela murmurava baixinho.
Nós ficamos sem falas. Entreolhando-nos, até que de repente todas nós a abraçamos ao mesmo tempo, ouvindo-a chorar baixinho durante alguns minutos.
- Eu estou bem, obrigada, garotas... – Ela falou começando a sorrir. – Eu tenho Kevin para me acompanhar, certo? Vai ser divertido... – Ela riu de si mesma. – E aí, Lilly, e você, onde esteve?
Eu suspirei. Sabia que minha vez iria chegar de qualquer jeito.
- Eu fui á Hogsmead, também. Com o Fred... Nós nos divertimos. Como um casal, literalmente... Andamos bastante, e fomos á um café... – Eu estava falando quase tão baixo quanto um sussurro, as garotas estavam atentas. – Lá nós encontramos duas garotas, que estudavam aqui no ano dele, bem, pelo menos é o que eu acho, uma se chama Angelina e outra Kátia, a Angelina, eu achei muito bonita, uma negra alta de bom humor... Fred foi até elas dar um oi, eu achei que eram amigos ou sei lá. Mas ele me apresentou como amiga dele... E me fez sentar lá, o que era pra ser um encontro de casal, virou uma saída de um “gigolô” com três garotas. Humpf. – Eu bufei cruzando os braços – Não achei que era nada de mais, talvez ele estivesse blefando, sabe como homens são...
Elas todas me olhavam incrédulas. E eu havia começado a chorar, não de tristeza, mas de raiva. Eu estava com raiva. Muita raiva.
- E aí...? – Sussurrou Hayley prestando atenção.
- E aí? Ah, aí a tal Kátia me reconheceu, simpática ela. Sabia que eu era uma das Mad. Aí a Angel – eu cuspi o apelido dela revoltada – perguntou ao Friederich sobre ele estar de volta a Hogwarts, e a partir daí, eles ficaram conversando entre eles. E eu não sabia de nada fiquei lá quieta na minha enquanto não via a hora de ir embora. Eles chegaram a trocar convites de saídas! ‘Oh Angelina apareça na loja!’ ‘Fred vá lá em casa, a gente podia sair’ ora, faça-me o favor! – Eu bufei novamente após imitar a voz de cada um. – Eu agüentei isso até Kátia virar para mim e dizer: Oh, seria ótimo de eles voltassem, não é mesmo? E eu olhei-a encabulada: Voltassem? Eu perguntei. Aí ela me diz que eles já foram namorados! Eu estourei e voltei para cá. E bem, aqui estou eu. Sem par para o baile, deixando meus olhos inchados e... E... – Eu me calei cruzando os braços.
Todas me encaravam. E bem, foi a minha vez de receber um abraço grupal. Ficamos juntas, abraçadas, até eu me acalmar e sorrir timidamente, como Claire fez.
- Certo, vamos nos arrumar... – Falou Jennevivy, eu a fuzilei com os olhos.
- Qual parte do ‘sem par para o baile’ você não entendeu? – Eu perguntei azeda. Ela me olhou e sorriu.
- Qual é, Lilly, Ed pode acompanhar duas não pode? Se não, eu o dou para você e vou sozinha. E caso você não tenha reparado, tem dois Jonas livres... – Ela sorriu marota. E eu não pude deixar de sorrir de volta me levantando.
Todas nos seguiram, cada uma enrolando um tempo no banheiro. Eu me olhei no espelho totalmente confusa sobre o que vestiria, então coloquei um vestido rosa, simples, rosa claro e rosa escuro, com uma sandália prata de salto fino, deixando meu cabelo solto e liso, com a franja dividida ao meio, gigante, nem parecia franja. Sentei-me na cama esperando por Jennevivy...


Narração por Jennevivy Malfoy


Tudo bem, confesso que fiquei pasma com a história das garotas, eu não esperava nada deste tipo de Remus e muito menos de Fred. Isso daria certo problema, mas eu tinha alguns pressentimentos bons para aquela noite. Então eu não falei nada. Tudo o que eu fiz foi me vestir e arrumar meu cabelo. Eu escolhi meu vestido mais bonito. Era um tomara que caia curto até a o joelho, no top era verde musgo, com um detalhe com um arco de metal, a partir daí, ficava solto até a barra, na cor cinza, e em baixo podia ver o acolchoado preto, que o deixava volumoso e elegante. Eu prendi meu cabelo num coque sofisticado, com fios soltos, e a franja principalmente, com um brinco de argola. Botei duas pulseiras no braço, uma mais grossa e outra mais fina, ambas de prata e pintei minhas unhas com francesinhas. Vesti minhas sandálias de salto e me sentei diante de Emilly.
Lilly me maquilou gentilmente, com uma sombra meio clara, rímel e delineador, ambos pretos. E eu passei um gloss avermelhado. Pegando a mão de Lilly.
- Bem, nós vamos descer. – Eu sorri para as outras garotas
Claire veio em nossa direção.
- Deixe Lilly descer comigo, Vivy, tenho planos para nós duas... – Claire abriu um sorriso imenso.
Eu arqueei uma sobrancelha.
- Mas vocês vão descer, certo?
- Eu prometo! – Claire falou alegremente.
- Então ta bom... – Eu disse e saí pela porta descendo as escadas lentamente, eu podia ver Ed me esperando enquanto consultava o relógio no pulso direito.
Ele estava bem arrumado até, muito bonitinho, para o irmão da minha melhor amiga. Eu sorri e encostei-me ao seu ombro. Ele virou-se para me encarar, e não sei o que aconteceu direito, só que ele estava me encarando tão bobamente que eu me senti incomodada, então forcei o sorriso.
- Não baba muito, Ed, se não pega mal... – Eu murmurei pra ele com tom de brincadeira.
Ele se recompôs e revirou os olhos.
- Você está linda, Vivy! – Ele me ofereceu o braço e eu aceitei, caminhando com ele pela sala comunal recebendo olhares esquisitos, o que era bom, significava que eu estava bonita.
Olhei para o lado, a fim de ver do que Ed estava rindo. Bem. Eu também ri. Era Gina Weasley ao lado de Harry Potter, agarrada ao seu braço forte para ser mais precisa, com um vestido de brilhantes, minúsculo! Ela rebolava tanto, para mostrar um corpo que não tinha, eu acho que se ela desse mais uma gingada absurda, eu poderia ver a calcinha dela... Ou será que ela havia esquecido essa peça de roupa junto com sua dignidade? Humpf, eu não ligava, continuei seguindo meu caminho passando por Harry, acho que até ginguei um pouco mais, e tudo o que eu sentia era seus olhos queimando minhas costas, era Harry Potter. Eu sei que ele estava me olhando. Eu podia sentir isso. Eu olhei para dentro da sala comunal, antes do retrato se fechar, e encontrei os olhos verdes de Harry em mim. Eu sorri, e continuei andando...

Narração por Louise Monteaux


Confesso que estava chocada com o que Claire e Lilly haviam dito, mas eu não falei nada. Apenas fiquei em silêncio, eu sabia que ambas preferiam assim, e eu estava de lua demais pensando sobre como seria o baile que nem sei se estava sendo rude ou não. Tudo o que eu realmente me lembro, é de ter passado tempos e tempos no banheiro, arrumando meu cabelo. Eu enrolei as pontas dos meus longos cabelos, e deixo-os soltos. Lilly passou a maquiagem em mim, simples, de modo que todos pudessem ver meus olhos.
Então eu coloquei meu vestido. Era um tomara que caia vermelho, um tanto sofisticado, e com sutiã. O sutiã era embutido, e dava pra perceber, depois ficava com pequenas e leves pregas, coloquei meus saltos pretos, e olhei para as garotas.
- Como estou? – Eu sorri.
- Oh! ‘High heels, red dress..’ – Claire cantou saudando-me, e me abraçou. Eu a abracei de volta e ri.
- Você também ta, baixinha!
Ela me olhou fingindo uma careta de desgosto, mas riu, e apertou minhas bochechas.
- Eu concordo com a Claire! Você ta gatona do sex hot, Lou! – Hayley falou alegremente.
Louise fez uma careta.
- Ui, voulez-vou cocher avec moi! – Foi a vez de Emilly zombar, e eu fechei a cara.
- Muito engraçado... – Murmurei por baixo do fôlego.
- Então vá descendo, ou se não o Andrew vai ser cantado por alguém... Sabe como são essas garotas de hoje em dia... – Claire murmurou aborrecida e eu encolhi os ombros pegando minha bolsa preta de mão, uma mini pasta. – Então ta bem, encontro vocês depois...
Elas sorriram pra mim, e eu sorri de volta enquanto saía do quarto. Continuei sorrindo, inevitavelmente enquanto atraía olhares curiosos e interessados em todos os lugares que eu passava. Não parei para olhar ninguém, saí pelo retrato com a cabeça erguida até a hora em que eu cheguei ao pé da escada, perto da porta que dava para o salão principal, vi Andrew me esperando, mas fingi não ver, não sei porque, mas isso foi um ato bem mais forte do que eu podia controlar. Eu já estava cansada de ignorar os olhos azul piscina dele em mim, e quase me rendendo, levantando os olhos para ele, para xingá-lo por não me enxergar ali. Eu não havia me produzido para nada, afinal. Mas eu fui tocada por suas mãos quentes, que seguraram as minhas mãos frias depositando um beijo em cada uma.
- Oh! Louise, como você está linda! – Ele disse e eu o olhei nos olhos. Seus orbes azuis imensas brilhavam sonhadoramente para mim. E eu sorri também, abraçando-o impulsivamente.
- Você também está lindo, Andrew! – Eu disse, me afastando para olhá-lo.
Com toda a certeza, ele estava lindo. Estava com uma camisa preta, com listras de todas as cores, os primeiros quatro botões estavam abertos, e ele usava uma calça jeans escura, com um tênis esporte. Os cabelos assanhados e molhados deixavam-no com um ar totalmente... Como é que dizem na musica? Hot... Eu estava quase o fazendo cantar: “I’m hot... You’re could” mas eu acho que se eu o fizesse, seria muito... ‘Aniversário do Taiada’ {n/C: Piadinha interna da Claire com as outras mad, cofcof}. Sorri para ele enquanto segurava suas mãos. Ele se virou e ofereceu o braço para mim.
- Então, pronta para sua primeira festa em Hoggy? – Ele perguntou sorrindo maroto.
- Mais do que pronta! – Eu disse alegremente aceitando o braço.
E então entramos juntos no salão decorado...

Narração por Hayley Poyter


Enquanto eu me vestia, eu estava pensando em tudo o que Lilly havia dito sobre Fred. E George? Será que ele tinha alguma ex namorada fora de Hogwarts que iria aparecer pra levá-lo pra longe de mim? Isso me deixava confusa. E eu ficava imaginando até quando ele esperaria pela minha verdadeira decisão. Se é que ele queria esperar. E se eu descesse as escadas, e ele estivesse com outra garota? E eu simplesmente não iria poder fazer nada, apenas iria me segurar para não começar a chorar – mesmo que em vão. Todos esses pensamentos estavam me deixando doida! Mas eu não comentei nada, continuei me vestindo. Não sei se eu estava bonita, mas eu juro que estava tentando de tudo para ficar maravilhosa para George.
Meu vestido era tomara que caia também. Só que ele era justo até o quadril, onde passava um laço e ele ficava solto, como uma saia de prega. Ele tinha uma cor marrom e detalhes mais claro. Eu prendi meu cabelo num rabo de cavalo, deixando minha franja bonita e sofisticada, era um penteado simples, mas bonito. E eu era ruiva, não tinha muito com o que combinar. Meus sapatos de salto eram parecidos com o vestido, eu os comprei justamente para a ocasião. E então, a maquiagem. Eu usei um tom rosa claro, que não parecia muito que eu estava maquiada. Passei meu delineador e meu rímel, com um pouco de batom da cor da pele. Minhas bochechas continuaram brancas e eu sorri para meu reflexo no espelho. Claire e Emilly que cochichavam a algum tempo enquanto escolhiam roupas – para Claire, eu achava – soltaram um longo assobio quando me olharam. E eu não pude deixar de sorrir satisfeita.
- Você vai arrasar, Hay!- Berrou Claire me abraçando.
Emilly concordou com a cabeça e me mandou um ‘joinha’. Talvez passasse na cabeça delas o que eu estava pensando, ou não né. Eu peguei minha bolsa preta e fui em direção á porta.
- Se vocês fugirem... – Eu comecei lentamente – Eu juro que vou descer o cacete em vocês! – Eu disse e sorri.
- Nossa, como você é educada... – Comentou Emilly pensativa. E eu ri. – Vai dar tudo certo, Hayley... – Ela sorriu para mim. E eu fechei a porta.
Tudo bem eu estava nervosa e minhas mãos suavam frio. Mas eu não tinha passado meu melhor perfume, colocado meus brincos mais caros e mais bonitos, e uma roupa daquele estilo para nada. Independente do que acontecesse, eu iria me divertir. Claire se divertiria com um Jonas, Emilly com outro e eu com outro! Isso seria fácil... Porém. Esse pensamento sumiu quando eu vi George olhando para mim abobado.
Não sei, eu não fui capaz de não sorrir mais. Meu coração palpitava alegremente em ver que ele estava sozinho, e mesmo que ele estivesse cansando de me esperar, eu podia ver que tinha valido a pena. Eu cheguei bem perto dele e ele abriu um largo sorriso. O meu sorriso.
- Você está... Está... – Ele começou a falar. Mas eu acho que ele perdeu a fala porque ele riu envergonhado. Eu coloquei dois dos meus dedos sobre seus lábios.
- Não precisa dizer nada... – Eu ri e peguei o braço dele, sem que ele o oferecesse. – Nós podemos ir, ou você vai deixar todos esses garotos olharem pra mim assim?
Ele pareceu pensar por um tempo olhando em volta e uma carranca se formou em seu rosto suave.
- Tão olhando o que? – Ele murmurou para uns primeiranistas que estavam olhando de mais. – Vamos Hay, essa noite... É a nossa noite... – Ele sorriu de novo pra mim.
E eu senti minha perna fraquejar... Era verdade. Aquela era a nossa noite!

Narração por Claire Black


Bem, aquilo era uma invenção bem infantil, eu admito. Mas que jeito melhor de se vingar, do que mostrar que você está bem vestida, bonita e sexy. Isso deixa claro que eles perderam algo quando deram pra trás com a gente. Eu faria tudo para Remus ver que ele também estava apaixonado por mim. Eu sabia que isso era verdade. Eu podia ver em seus olhos. Eu era esperta. Uma vampira que sabia das coisas. Então, eu disse para Emilly que nós nos vestiríamos com as nossas roupas mais bonitas e mais provocantes. Eu a fiz trocar de roupa para isso. E que nós nos encontraríamos com os Jonas e desta maneira, nós provocaríamos duas pessoas. No inicio, Emilly me olhou estranho, mas depois ela concordou alegremente. E então, estávamos nós. Uma olhando para a cara da outra, completamente vestidas com sorrisos malandros nos lábios.
- Você está linda! – Ela disse pra mim e piscou.
- Você está completamente, inevitavelmente sexy! – Eu exclamei. E nós duas rimos.
Era verdade, nós estávamos brilhantes, lindas e parecíamos mais velhas. Essa era a MINHA intenção, já a de Lils eu não sei bem... Bem, deixe eu contar como estávamos...
Emilly estava com uma meia calça preta, e uma sapatilha com salto fino. Seu vestido era azul marinho, com uns detalhes meio listrados, meio xadrez, ele tinha uma alça fina e nas costas tinha os detalhes para fechar, não era justo, mas tinha um decote generoso, não muito ousado, para não exagerar, mas chamaria atenção, ela colocou um bracelete um pouco abaixo do cotovelo direito, e uma pulseira de pingentes no braço esquerdo. Re-arrumou seu cabelo deixando-o encaracolado, de maneira brilhante. Enquanto nos olhávamos, ela segurava a bolsa-pasta da cor do seu vestido na mão direita e eu não pude deixar de sorrir, era meio que uma obra prima!
E então, meu vestido... Bem, é difícil descreve-lo. Mas ele ia até pouco acima dos meus joelhos extremamente brancos... Sua barra era branca, ele em cima era de alça grossa e inteiro brilhante, Era de tonalidade amarela, com um verde-amarelo e prata. Eu coloquei uma corrente comprida com duas camadas, no pescoço. Fiz questão de usar brincos pequenos e um anel delicado de ouro branco no dedo de compromisso. Talvez Remus se sentisse ameaçado com a minha farsa. Eu usava uma sandália de salto alto preta, e meu cabelo estava liso e bagunçado de maneira bonita. Inteiramente loiro brilhante. Eu sorri para Emilly enquanto pegava sua mão e a minha mão livre alcançava minha bolsa prata com detalhes elegantes em cima da mesa de cabeceira. Minha maquiagem estava leve, e azul claro, meus olhos eram bem delineados, certamente bonitos. Arte de Lilly.
Descemos juntas, atraindo olhares. Andamos pela sala comunal de braços dados, até sairmos pelo retrato e encontrarmos três Jonas conversando entre si. O mais alto - alguns centímetros - e mais velho, com cachos lindos e bem definidos se virou para olhar-nos. Eu sorri. Era Kevin e ele pareceu maravilhado com a produção que tínhamos feito. Isso me deixou feliz. E aparentemente deixou os outros dois abobados. Fazendo com que Emilly Sorrisse também.
Neste momento, Fred vinha vindo e eu senti Emilly apertar o meu braço. Eu respirei fundo, me preparando para falar, mas Joe foi mais rápido.
- Lilly, eu sei, isso é realmente em cima da hora, e um pouco tarde... Mas você tem um acompanhante? – Ele perguntou, e não foi por mal, eu sei, mas Fred ouviu. E começou a abrir um sorriso, mas parou, ao ver a resposta de Emilly.
- Você é meu acompanhante, Joseph! – Ela falou e riu. Fred deu alguns passos para trás. Tristemente.
Ele ao menos havia notado o que tinha feito. Eu torci os lábios numa careta.
- Eu ia chamá-la, Joe... – Nick disse com uma careta.
- Não briguem, vamos os três juntos! – Lils disse sorridente.
E eu acho que qualquer garota queria estar no lugar dela, mas tudo bem. Ela seguiu o caminho, passando pro Fred como se ele nem existisse. Kevin me deu um beijo na bochecha, me acordando dos meus pensamentos. Eu o olhei meio perdida.
- Oh! Me desculpe, eu me distraí um pouco... Nossa você está bonito... – Eu sem querer deixei isso escapar dos meus lábios admirando-o.
Ele usava uma camisa azul clara, com listras azul clara, só que mais escuro do que o tecido geral da camisa. Pra fora da calça, que era preta e jeans. Com um sapato social. Os três primeiros botões da camisa estavam abertos e ele sorriu para mim.
- Obrigado... Mas acho que você deveria ter esperado eu dizer que você está... Deslumbrante... – Ele falou sorrindo. Aquele sorriso lindo que eu amava.
- Oh, e porque eu deveria esperar? – Eu perguntei divertida.
- Porque agora parece que é só pra não deixar passar... – Ele falou fazendo uma careta.
- Que é isso, Kevin! – Eu ri e ele me ofereceu o braço.
Eu aceitei imediatamente e nós entramos no salão... Estava lindo. Todos dançavam, talvez o fato de eu e Emilly termos enrolado um pouco, tenha levado quase todos os séptanistas para lá, mas tudo bem... Isso era um mero detalhe.
Kevin me chamou para dançar e eu aceitei, correndo meus olhos pelo salão, finalmente eu o vi. Eu ri sonoramente quando notei Remus Lupin olhando-me com um sentimento estranho em seu rosto. Era fácil ler sua expressão. Ele estava com ciúmes e isso me fazia triunfar. Mas eu parei de repente de pensar nisso... Na satisfação eu digo. Quero dizer, isso tava doendo em mim, eu podia ganha-lo de um jeito fácil, mas não o fiz... Eu o machuquei, do mesmo jeito que ele fez comigo... Ou será que ele realmente não se importava?
Acho que toda a minha meditação levou pelo menos dois minutos, e Kevin disse que ia a algum lugar que eu não prestei muita atenção, então me sentei numa mesa vazia.
Menos de dois minutos depois foi anunciado um show particular dos Jonas Brothers, apenas para nós. Em hogwarts. Muitos garotos torceram a cara mas ficaram lá curtindo, e eu sentada ria e cantava as musicas. Até sentir alguém perto de mim.
Eu podia ouvir as vozes de Joseph e Nicholas cantando lindamente uma das minhas musicas favoritas, Can’t Have You. Eu estava cantando-a baixinho também, sem ao menos perceber que quem quer que houvesse se sentado estava tão perto de mim do que eu imaginava.


Cuz I'm dying without your love
Porque eu estou morrendo sem seu amor
Begging to hear your voice
Preciso ouvir sua voz…
Tell me you love me too
Diga que me ama também
Cuz I'd rather just be alone
Porque eu prefiro ficar sozinho
If I know that I cant have you
Se eu sei que não posso ter você...



Foi exatamente essa parte que eu cantei baixinho, e com dor. Eu nunca, nunca havia pensado que isso doeria tanto em mim, mas não chorei e nem fugi. Fiquei lá ouvindo, até sentir um hálito quente em minha orelha, eu me arrepiei, antes de virar para ver quem era.
- Sozinha, Claire? – Ouvi a voz que acalmava meus sentidos perguntar aquilo.
- E isso te interessa...? – Eu murmurei quase bêbada apenas de ouvir duas pequenas palavras.
- Ora Claire não seja maldosa... Nós sabemos o que há de errado... – Ele sussurrou em meu ouvido.
- Por quê? Por que você está fazendo isso, professor? – Eu soltei irritada – Você sabe que isso me machuca, mas que saco!
Eu me levantei e saí andando com pressa. Achei que ele me seguiria, mas ele não o fez... Então fiz a coisa mais ridícula que alguém pode fazer, sentei-me em outra mesa, afastada e sozinha. Peguei duas garrafas de Whisky de Fogo e enchi um cálice...

Narração por Jennevivy Malfoy

If the heart is always searching
Se o coração está sempre procurando
Can you ever find a home?
Será que você pode encontrar um lar?
I've been looking for that someone
Eu tenho procurado por esse alguém
I'll never make it on my own
E eu nunca conseguirei sozinho
Dreams can't take the place of loving you
Sonhos não podem tomar o lugar de amar você
There's gotta be a million reasons why it's true
Deve haver milhões de razões porque isso é verdade



Bem, eu realmente não sei bem como aconteceu. Mas tudo foi tão rápido que eu nem sei explicar, quando eu me dei conta, estava num canto escuro, dançando com Harry Potter. Não havia ninguém ali, e sem maliciar, estava muito escuro que as pessoas só percebiam que nós éramos vultos. A musica era lenta e isso me permitia ficar com a cabeça descansada no peitoral forte de Harry, minhas mãos seguravam seu pescoço, e nós conversávamos aos poucos.
Lembro-me bem que conversávamos sobre coisas quase que interessantes para quem ouvisse. Para mim era demais. Harry sussurrava em meu ouvido coisas das quais prefiro não dizer, falávamos de nós. Ele dizia sobre Gina, o que sentia e o que queria fazer e o que mais o deixava feliz.
- Eu preciso sentir isso... – Ele disse – Preciso deles para respirar. Está ficando difícil não sentir...
Eu o fitei lentamente e seus olhos brilhavam numa mescla de vergonha e malandragem. Eu não pude deixar de sorrir. Era óbvio que ele estava falando de sentir seus lábios nos meus. E em questão de segundos, ele pôde sentir isso, quando roçou os lábios nos meus. Ele os pressionava sobre os meus quase tão desesperados quanto apaixonados. Em pouco segundos eu permiti que ele aprofundasse o beijo, e ele alegremente o fez, movimentando seus lábios grudados aos meus timidamente, obviamente eu o correspondi.
A voz de Nick estava distante enquanto cantava alguma musica, era perfeitamente agradável para o momento. When you Look Me In The Eyes era a musica, quanto nos separamos, ofegávamos por ar. Ele me olhou nos olhos e eu sorri.
- I find my paradise... When you look me in the eyes....- Eu cantei para ele olhando-o da maneira mais apaixonada que eu consegui.


Narração por Emilly Boir

When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos
And tell me that you love me
E diz você me ama
Everything's alright
Tudo fica bem
When you're right here by my side
Quando você está bem aqui do meu lado
When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos
I catch a glimpse of heaven
Eu vejo um relance do céu
I find my paradise
Eu encontro meu paraíso
When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos



Eu estava sozinha. Nick e Joe cantavam no showzinho e não havia sinal de Fred. Não que eu quisesse vê-lo, ou ao menos saber dele. Logicamente ele estava com a sua querida Angel nesse momento. Humpf! {n/C: viram, não é mais ‘PF’ (piada interna para Lilly e Vivy!)} Então eu fiz o melhor de mim me sentando sozinha numa mesa enquanto tentava sorrir para os meus acompanhantes, era uma tarefa difícil já que eles estavam tão longe... Enfim. Eu continuei sentada. Bebericando de tempo em tempo, meu cálice de hidromel.
Não sei quanto tempo eu realmente fiquei ali, só sei que um ‘ser’ chegou lentamente sentando-se ao meu lado. Eu fitei sua feição tristonha enquanto tentava manter a monotonia em meu olhar, a frieza em minha expressão. Fiz com que minha voz saísse dura quando eu falasse.
- O que você quer Friederich? – Eu perguntei duramente fitando-o nervosa.
- Me diga... Emilly... Você me ama? – Ele perguntou e eu vacilei.
Não era esse tipo de reação que eu esperava, eu estava esperando coisas como:
“O que você tem? Por que está assim comigo? Eu fiz algo ruim?” Mas nunca uma pergunta dessa. Eu estava desprevenida e disposta a mentir. Porém, alguma coisa me roubou a fala e eu continuei fitando-o com as mãos tremendo. Eu desviei o olhar quando ele me fitou. Se eu falasse minha voz sairia embargada e minha coragem falharia. Mas se eu não falasse nada, eu estaria tirando-o da minha vida para sempre. Suponho que a duvida devia ser óbvia em meu rosto, porque alguma coisa divertiu seu olhar castanho até o momento que ele pegou meu rosto com suas duas mãos, forçando-me a fita-lo.
Eu tentei me soltar, mas foi inútil. Então a única coisa que me restava era falar. Claro, isto é, se ele não tivesse me beijado naquele momento. Ele me beijou de um jeito tão estranho. Ninguém nunca havia me beijado daquele jeito antes, sabe. Era um beijo desesperado. Um beijo pelo qual eu não lutei contra, continuei ali, até fechar os meus olhos, me entregando completamente á ele. Deixando que explorasse o que quisesse nos meus lábios. E ele o fez. E eu correspondi, enquanto, ele deixava uma mão no meu quadril, levando a outra á minha mão direita, colocando-a em seu pescoço. Logo depois ele fez o mesmo com a outra. E ficamos ali nos beijando. Como se fosse a ultima coisa que faríamos antes de morrer. Como se fosse nosso único e ultimo momento juntos.
Separamo-nos quando nos faltou ar. Eu o olhei para ver se ele também estava ofegando como eu. E ele não pode deixar de esconder seu rosto em meu cangote. Eu fiz o mesmo, meus olhos estavam úmidos e eu não sabia por quê.
- Escuta... Lilly. Eu não queria que você se sentisse triste, por causa da Angelina. O que houve entre a gente foi tão passado que ao menos me lembro, foi a três anos, é impossível que eu corresponda algo que venha dela. Você é tudo pra mim, Lilly. Você é o único motivo pelo qual eu realmente acho que devo lutar. Mesmo que você não acredite em mim. Eu digo isso e repito, eu te amo.
Eu perdi a fala completamente nesse momento, então apenas beijei-lhe o pescoço, partindo novamente para seus lábios.

Narração por Louise Monteaux

How long will I be waiting
Quanto tempo eu esperei
To be with you again
Para poder ficar com você de novo
I'm gonna tell you that I love you
Eu vou dizer que eu te amo
In the best way that I can
Da melhor maneira que eu puder
I can't take a day without you here
Eu não agüento um dia sem você aqui
You're the light that makes my darkness disappear
Você é a luz que faz a minha escuridão desaparecer




Tudo bem, aquele era um show dos Jonas Brothers totalmente e exclusivo para Hogwarts. Mas quem ligava? Eu não ligava. Pelo menos não enquanto eu estava dançando com Andrew. Tudo bem que não era uma musica animada. Mas era lenta e graciosa. Isso deixava as coisas mais... Interessantes, digamos assim. Nós dançávamos abraçados, rindo e comentando sobre coisas parecidas com “O vestido de Gina Weasley”, céus o que era aquilo?
Mas tudo bem, isso era um mero detalhe. Continuamos ali dançando e falando sobre nós. Nada demais. É claro. Todos sabiam que eu e Andrew estávamos praticamente juntos. Claro. When You Look me In The Eyes me fez ficar meio impulsiva. É claro. Era uma das minhas musicas favoritas entre todas as que eu conhecia. E eu, de alguma forma queria que ela ficasse marcada pra mim. Pra sempre. Então, foi aí que eu o fiz.
Eu beijei Andrew. Sem que ele pudesse conter. Eu o beijei já aprofundando aquilo. E é claro, ele, como tem amor a vida, correspondeu intensamente. Eu tenho quase certeza que foi o melhor beijo da minha humilde vida de 17 anos. Porque era um beijo com uma pessoa que eu gostava. Tudo bem, até aquele momento eu não sabia se amava ou gostava. Mas eu já tinha tanta certeza que o amava. Porque... Bem, isso não faz sentido.
O que importa é que eu o beijei. E ele me beijou de volta!

Narração por Hayley Poyter


Every day, I start to realize
Todo dia eu começo a perceber
I can reach my tomorrow
Que eu consigo alcançar o meu amanhã
I can hold my head up high
Eu posso manter minha cabeça erguida
And it's all because you're by my side
E tudo porque você está ao meu lado



Certo, meu medo havia sumido, literalmente, e Georgette e eu nos divertíamos demais. Era engraçado o fato de que eu e ele conseguíamos achar graça em tudo, e dançávamos mais animados do que qualquer um. Era demais. Eu devo dizer. Mas naquele momento, a musica só nos permitia ficar abraçados, balançando meio tediosamente. Conversamos um pouco, mas logo parávamos. Eu deitei minha cabeça em seu peitoral forte, acho que devido ao quadribol. E então ficamos lá. A voz de Joe ecoava na minha cabeça e eu cantava baixinho junto com ele. Até George me tirar dos meus devaneios.
- Hay... – Ele chamou.
Eu levantei meus olhos para olhá-lo.
- Eu posso te beijar agora? – Ele perguntou e eu senti minha face extremamente branca queimar. Sorri para ele fracamente.
- Pode...
E então, acho que como previsto, ele me beijou. Bem. Nós ficamos nos beijando, trocando saliva, essas coisas que eu ODEIO ter de descrever. Vocês sabem como é não sabem? Qualé. Eu beijei ele. Ele me beijou. Aí ele me beijou de novo e eu beijei ele de novo. E a nossa noite foi perfeita assim.

Narração por Claire Black


When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos
And tell me that you love me
E diz você me ama
Everything's alright
Tudo fica bem
When you're right here by my side
Quando você está bem aqui do meu lado
When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos
I catch a glimpse of heaven
Eu vejo um relance do céu
I find my paradise
Eu encontro meu paraíso
When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos



Certo. Eu estava bêbada, eu acho. A maioria do que eu me lembro, me contaram. Eu havia bebido a garrafa inteira de whisky de fogo, e meia garrafa de hidromel. Não era pra menos, a angústia era tanta que eu tinha que deixar mais abafada. E embora eu não respondesse direito por minhas ações, eu estava andando meio tropeçando. Meu vestido estava com a alça caída e eu procurava uma só pessoa. Aquela musica me deixava deprimida e me fazia chorar já que eu estava bêbada e não podia me controlar.
Minhas amigas aparentemente estavam ocupadas com seus pares, e eu rodei o salão atrás do meu. Tudo bem que meu verdadeiro par estava no palco, mas não era ele que eu queria. Eu nunca o quis. Quem eu queria era outro, e ele estava ali, num canto afastado e totalmente discreto que ninguém podia notá-lo. A não ser eu. Que caminhei cambaleando a seu encontro. Ele me fitou meio assustado, tentando ser frio, mas não foi.
- Você... Você andou bebendo Claire?! – Ele perguntou aparentemente horrorizado.
- Cala a boca... – Eu falei, com a minha voz arrastada, totalmente embriagada.
- Eu não... Claire! Que bes... - Eu não o deixei terminar.
É claro que não, com mais um pouco de álcool eu estaria entrando em coma alcoólico, porém, eu estava tão sã com o meu coração mandando por mim que meus neurônios ao menos funcionavam. Eu beijei um professor. No meio de uma festa. Correndo risco de ser expulsa da ultima escola que restava para eu estar, eu podia fazê-lo ser demitido e me odiar para sempre. Porém minha sanidade mental não podia com o meu coração, é claro, que meu cérebro também necessitava daquilo. Era um beijo desajeitado e doce.
Lupin queria poder me empurrar, ele tentava, porém ele nunca havia notado que eu era forte o bastante para prendê-lo na parede, abusando inocentemente de um adulto. Eu beijei seus lábios, seu rosto, seu pescoço. Me envergonho disso, eu estava agindo feito uma ‘piriguete’ mas ele não respondia contra, enquanto eu abria os botões de sua camisa e beijava seu peitoral musculoso, subi meus lábios novamente para os seus. Beijando-o ferozmente, e em momento algum ele me parou. Até que eu precisei de ar para respirar. Abrindo meus olhos verde-água fitando-o, bêbada e feliz.
Ele parecia confuso. Mas suas palavras saíram duras enquanto ele me encarava.
- Eu sou casado, senhorita Black. É bom que a senhorita nunca mais tente algo assim, porque eu não quero ter de lhe entregar ao diretor. Nem que eu seja expulso. Chega de perseguição garota. Eu sou casado com a Dora e eu a amo.
Isso me quebrou, literalmente. E eu o olhava nos olhos. Enquanto aquela musica acabava.

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