O Fim??
- O baile foi umas das piores experiências que pude presenciar em toda minha humilde vidinha. Kevin Jonas fora o mais educado garoto com o qual eu já saí. Ele realmente me faz sentir bem, e ele é o Jonas mais bonito, mas o professor Lupin faz algo diferente. Me sinto tão estranha perto dele. Mas é algo bom. Eu sei que é. Infelizmente ele não age mais assim ultimamente. Ele parece um monstro, ele é tão diferente com as outras pessoas, agora. E é tão estúpido comigo.
Bem, não posso dizer que foi ruim, eu me diverti, na medida do possível. Eu fui o centro das atenções com o meu vestido. Também, aquele meu vestido pouco chamativo...
- Pera aê! – disse Lily. – O Jonas mais bonito não é o Kevin.
- Como não? – perguntou Cláh indignada.
- O Jonas mais bonito é o Nick – disse Loui.
- É nada – disse Hey – é o Joe.
- Os três são fichinhas perto do Frankie – disse Vivy. Todos os olhares alternaram-se diretamente a ela. – Tá! Eu paro.
- Ok, não importa – disse Cláh – para minha pessoa o mais bonito é o Kevin e ponto final.
- O mais bonito é o Frankie – insistiu Vivy.
- VIVY – disseram todas.
- Ta parei, eu juro, Cláh continua...
- Voltando à história...
Na Segunda feira, no primeiro período eu tinha defesa contra as artes das trevas. E me diz, com que cara eu apareceria na aula? Bem, isso era óbvio. Mas por mais curiosidades que eu tivesse, resolvi não correr o risco, por que afinal de contas eu não costumo dar minha cara à tapa.
Digamos que eu estava escondida debaixo das cobertas, procurando parecer meio desmaiada para as meninas, mas, bem, foi meio inútil pensar que isso poderia funcionar.
- Meninas – eu disse a elas, debaixo das cobertas, podia sentir elas cercando minha cama e prestando grande atenção se eu estava me mexendo ou não. – eu não vou pra aula hoje. E-eu... ahn... não estou me sentindo bem. Estou doente! – nisso eu senti elas puxando as minhas cobertas e a claridade da janela invadiu meus olhos num tremendo desconforto. Peguei meu travesseiro com força para que não vissem meu rosto.
- O que você está sentindo, Cláh? – Perguntou Louise, ironicamente preocupada. Ela me conhecia demais pra saber o que eu estava tramando.
- Ahn... dor de cabeça. – eu disse com a voz abafada pensando na coisa mais simples que veio em minha mente.
- Nossa mas você estava tão bem! – disse Lily seguindo a amiga.
- Ah Claire conta outra! – disse Vivy levantando com extrema rapidez e puxando o meu punho – Você não é o tipo de pessoa que fica doente. – Vivy me puxou pra fora da cama – anda logo, temos que descer no salão principal.
- Eu não vou. – disse seriamente sentando na cama. – Não dá. – Eu fechei os olhos com força. – Afinal, com que cara que vocês querem que eu apareça lá?
- Com a sua cara de sempre. – disse Loui olhando seriamente pra mim.
- Mas Lou! – Disse olhando para Loui com a testa franzida.
Louise se levantou, foi para a sua cama e se sentou, cruzando as pernas e preparando os livros que ia usar para o dia.
- Mas que droga! – Me levantei, e fui ao banheiro para tomar um banho.
Todas descemos juntas ao Salão Comunal. Harry estava sentado relaxadamente no sofá vermelho enquanto Gina estava ao seu lado parecendo impaciente. Os gêmeos ruivos estavam conversando entretidamente. Fred veio em nossa direção e enlaçou Lily pelos ombros, o que provocou uma careta na mesma. George e Heyley se beijaram e seguiram atrás de Fred e Lily que iam em direção a mulher gorda.
Eu e Louise paramos por um momento. Seguimos Jennevivy com os olhos.
- Harry, posso falar com você um minuto? – Harry sorriu. Gina olhou com profunda raiva para ela.
- Claro que sim. – disse saltando do sofá. – Nos vemos lá embaixo Gina – E seguiu ao lado de Jennevivy passando pela mulher gorda, enquanto eu e Louise os seguíamos. Descemos as escadas. Harry olhou para Vivy e num gesto rápido tocou sua cintura pondo-a contra parede. Harry tocou os lábios de Vivy delicadamente e aprofundou o beijo enquanto eu e Loui fingimos que não tínhamos visto nada e seguimos calmamente até o Salão Principal.
- Eu amo você, sabia? – dizia Harry.
- Harry, nos conhecemos à tão pouco tempo... – Vivy olhava calma pra Harry, que tinha seu rosto muito próximo ao dela. – E você tem namorada... – Vivy dizia encostando seus lábios nos do garoto.
- Mas foi diferente, foi amor a primeira vista – disse Harry enlaçando seus braços mais fortemente na cintura de Vivy. – Você não gosta de mim?
- Não – disse Vivy. Harry a encarou, a soltou fracamente e deu um passo pra trás. – Eu não gosto de você Harry. – ela sorriu e puxou a gravata do garoto. – Eu amo você. – E o beijou mais uma vez.
Louise e eu já havíamos parado de andar. Esperávamos a alguns metros dos dois. Até que Loui ouviu passos fortes. Eu vi uma cabeça ruiva no fim do corredor.
- JENEVIVY! – Ambas gritamos ao mesmo tempo.
Ela se assustou e empurrou Harry que estava extremamente concentrado.
Os dois saíram andando, como se nada tivesse acontecido, a certa distância um do outro.
- Então Harry... – Disse Vivy falando com sua voz aguda. – Na Torre de Astrologia. Às 19:00... – Gina agarrou o braço de Harry. – Torre de Astrologia, não esqueça. – Vivy deu de ombros enquanto Gina estava com a testa franzida e agarrada ao namorado.
- Certo. – Disse Harry, parecendo sério. – E continuou a andar. Nós conseguíamos ouvir Gina dando chilique no fim do corredor, nos entreolhamos e sorrimos.
Chegando no Salão Principal, sentei-me junto as garotas ao lado de Lily. Vivy estava calada. Parecia pensativa, mas acho que todos repararam que a cada gole de suco de abóbora ela sorria inconscientemente. Lily estava calada igual à amiga. Não falava com Fred. E Fred também não falava nada. Eu continuei mergulhada em meus pensamentos, foi quando vi a face de Louise corar, Andrew estava a encarando, com um sorriso largo e olhar sincero do outro lado do salão. Mas ela não ia dar o braço a torcer, ela fingia que não era com ela e continuava comendo seu café-da-manhã conversando com Hayley. E eu, continuava calada e preocupava, com os olhos verde-água completamente vazios e remoendo todas as lembranças da noite do baile. Eu fui a única que reparei que a cadeira de Lupin estava vazia naquela manhã? As preocupações aumentaram, a culpa reinou sobre meu corpo.
Andei desanimada com as Mads até a sala onde iríamos começar o dia. Ele estava lá, sentado, como sempre fazia, remexendo papéis e olhando em seus livros. Mas o sorriso diário não pertencia mais a face branca do professor. Sentei o mais rápido que pude jogando minhas coisas para a mesa e olhei para trás, para conversar com Loui.
- Atenção, atenção. Sentem-se, vamos começar... – Eu virei para frente e meti meu olhar em qualquer coisa que havia em minha mesa. Aquela voz ecoava sobre a minha cabeça embora não soubesse o que ela dizia. Uma lágrima fina caiu após ouvir-la por algum tempo, pude sentir queimando meu rosto fino. Um vulto apareceu ao meu lado e botou a mão sobre a carteira.
- Você está bem, Black? – perguntou com a voz mais normal possível.
- Eu estou ótima. – disse com grossura, tentando conter as lágrimas.
- Então por que está chorando? – disse sério.
- O senhor quer mesmo que eu responda, professor? – eu falei, exaltando a palavra “professor”.
- Vá lavar seu rosto. – ele disse se virando e dirigindo-se para sua mesa.
- Não. – eu disse cruzando os braços e sentando mais confortavelmente na cadeira.
- Vá a aula está quase acabando. – disse com uma voz vazia.
- SERÁ QUE O SENHOR NÃO OUVIU O QUE EU DISSE? EU NÃO VOU. ME DEIXA EM PAZ, TÁ LEGAL?
- Olha como fala comigo, Black. – ele disse sério.
- Você não manda em mim, eu falo como eu quero. – eu estava com raiva. Muita raiva.
- Menos 20 pontos para a casa da grifinória. Detenção, Black.
- Detenção pra que? Eu não fiz nada.
- Saia da minha aula.
Levantei, peguei minha bolsa e saí da sala, de cabeça erguida.
Agora a Lizzie vai fazer uma narração do que a Gina-vadia fez. Vai Lizzie.
Eu acordei naquele dia, com Gina e Hermione que estavam cercando minha cama com uma expressão maliciosa.
- Precisamos de ajuda. – disse Gina.
- Pra quê? – perguntei sonolenta.
- Nós vamos acabar com as Mad Girls. – disse Hermione com um brilho nos olhos.
- O que? Por quê?
- Por que Jennevivy está dando em cima do Harry, não é óbvio? – disse Gina se fazendo de inteligente.
- Você tem certeza que ela está fazendo de propósito? Porque bem... ela conhece muitas pessoas... incluindo meninos... porque bem.. ela é muito popular. – eu disse, encarando Gina enquanto ela me fuzilava com o olhar.
- Ela vai cair. Você vai ver. – Gina e Hermione se olharam e deram um risinho.
Eu simplesmente entrei no banho preocupada, preferi nem responder. Desci para o café da manhã e vi as Mads sentadas todas juntas. Queria avisá-las. Meus pés seguiram até seus lugares.
- Mads... – tentei dizer, mas minha voz saiu fina e abafada. Gina e Hermione me encaravam. Não poderia avisá-las com as duas perto. Teria que ser sutil. Fechei minha boca e virei meus tornozelos.
A aula de defesa contra as artes das trevas foi realmente chocante. Claire nunca havia falado com ninguém de tal maneira. Depois de sua saída triunfal as Mads se olharam preocupadas e a sala se encheu de cochichos.
Foi quando eu vi, na mesa ao lado, Hermione e Gina se espichando para falar com Luna Lovegood.
- Luna, tem certeza de que entendeu tudo? – disse Hermione preocupada.
- Olha, é só você levantar e seguí-las. Todos tem que estar ouvindo, principalmente a loira oxigenada. E bem, aí nós cumprimos a nossa parte do trato. – Gina disse fazendo uma expressão vitoriosa no rosto. Lovegood só concordou com a cabeça meio tímida e virou para sua carteira.
-Eu num sou loira oxigenada – disse Vivy.
- Vivy, isso é hora argumentos, foi a Gina que disse num tenho culpa.
- Meu cabelo é natural, menos o rosa, mas eu sou Loira, sou uma Malfoy.
- Ok Vi, continuando..
- Eu sou a forma feminina do Draco.. Sou linda.. Não sou um palito de fósforo ambulante..
- CHEGA!
- Ta eu paro...
A aula havia acabado. Iria acontecer e eu nem podia evitar. Hermione, Gina e Luna saíram juntas, seguindo as Mads. Claire provavelmente estaria esperando fora da sala.
Luna correu entre todas as pessoas que permaneciam em silêncio saindo da aula e agarrou o braço de Gina.
- Gina! Você não sabe o que a Jennevivy me contou. Claire Black é uma vampira! – ela disse, com uma voz aguda.
Vivy olhou assustada para Luna, todos haviam ficado em silêncio. Claire ouvira. Seus olhos verde-piscina estavam cheio de lágrimas e pulsando raiva.
- Não acredito que você fez isso comigo. – Ela disse, pegando suas coisas e correndo para o final do corredor. Louise e Hayley olhavam penetrante para Jennevivy.
- Por que você fez isso?! – Disse Hayley dizendo com raiva.
- Era pra ser um segredo. Como você pôde? – Disse Louise com indignação.
- Eu não falei nada! É sério! – Jennevivy falava com grande verdade.
Hayley e Louise correram atrás de Claire, enquanto Vivy virou para Lily chorando.
- Eu não fiz nada Lily, eu juro! – Jennevivy disse virando pra amiga.
-Eu acredito em você, calma. – Lily falou pegando o braço da amiga e saindo perto de olhares curiosos.
- Eu realmente não acredito que Vivy fez isso. – eu disse correndo atrás de Claire.
- Como ela pôde? – disse Louise com raiva.
Achamos Claire subindo as escadas.
- Calma Claire! – eu dizia abraçando-a.
- Saiam daqui. Vocês não são minhas amigas. Eu odeio vocês. Eu realmente confiei em vocês. – Claire falou, e foram suas ultimas palavras. Ela saiu muito rápido. Louise chegou a gritar que não sabia de nada, mas não adiantou.
- O que foi isso? – perguntei indignada.
Louise estava parada. Sem ao menos respirar, foi a primeira vez que Claire havia dado as costas a ela. Ela virou, incrédula e seguiu para o segundo período.
Eu não consegui segui-la. Acho que ela precisava de um tempo pra ela. Eu fiquei parada durante alguns minutos, refletindo o que havia acontecido. Aconteceu rápido demais, no café estávamos todas unidas, e agora havia essa separação. Virei, uma pessoa ruiva estava me encarando.
- O que você quer Gina? – perguntei com rispidez.
- Você sempre foi a melhor das Mads, sabia? – Ela disse com aparente sinceridade nos olhos. – Por isso, eu tenho que te dizer a verdade. Eu tenho que ser justa. – Ela disse ainda me olhando.
- Do que você ta falando? – perguntei.
- As Mads... – ela disse. – Elas... elas falam de você, mal de você. Tudo o que você fala pra elas. Elas se queixam de você fazer parte do grupo, sempre. E dizem que você não é amiga delas...e que nem nunca foi.
Parei. Tudo o que eu tinha de mais precioso então era... era mentira? Depois de tudo, de todas as lembranças, de tudo.
- Por que não me disse antes? – perguntei desconfiada.
- Elas ameaçam a todos que contarem a você. Mas elas brigaram, então eu achei que era hora de você saber.
- Certo. – eu disse com a voz falhando. Tudo que eu havia conquistado era uma mentira, afinal. Não podia acreditar, mas sabia que Gina não estava mentindo. Era por isso que tantas vezes muitos deixavam de falar comigo por certo tempo. Estava tudo explicado. Eu não havia mais ninguém. Tudo se passava de um castelo de areia.
As horas passaram. Preferi nem olhar na cara de Vivy e Lily, apesar das várias tentativas fracassadas de mandar bilhetes perguntando algo ou pedindo desculpas por algo que não sabiam o que era. Foi patético. No quarto período, aula de adivinhação, chamei Hayley a aula toda. Ela nem se quer olhou pra mim. Eu quase levei uma bola de cristal na cabeça quando perguntei se tinha razão pra ela estar daquele jeito.
Não queria olhar pra Lily e Vivy. Estava profundamente chateada com Claire e Hayley nem se quer olhava pra mim. Isso foi perfeito. A primeira vez que me vi sem as quatro. E bem, nem podia saber o que Claire estava sentindo. Mas queria esquecer. Só queria esquecer. Terminei meus exercícios o mais rápido que pude e inventei uma enxaqueca pela poção de intestino de duende que skate havia passado na aula interior.
Saí da aula e segui para os campos de Hogwarts, totalmente vazios. Andei mas um pouco em direção ao lago. Gelei ao ver a cena. Um garoto de cabelos ligeiramente longos com uma capa de emblema amarelo, enlaçado com um garota muito baixinha de cabelo curto cor de fogo. Era ele? Não, não podia ser. Minha boca estava entreaberta e minhas mãos delicadas junto ao estômago. Era inevitável. Não sabia se era Andrew. Andei um pouco e me escondi atrás de uma pedra gigante.
Uma risada tão familiar, e aquela voz que tanto mexia comigo. Meu coração partiu em dois tão rápido que faltou ar. Por que sentia aquele vazio? Não só pelas Mads. Mas vê-lo compartilhar os belos lábios com outra trazia um sentimento de ódio em todo o meu corpo. E só de pensar que toquei aqueles lábios na noite do baile... engoli as lágrimas e me levantei, pensei em ir até lá, mas desisti. Ela E ele não valiam a pena. Queria me livrar dele a qualquer custo, e aí que consegui. Era um alívio. Sim, era um alívio. Tinha de ser.
Dei as costas, me arrependendo de ter pensado que ele valia a pena. Me deixei levar. Ahh que raiva senti. Olhei pra trás. Ele estava abraçado com ela, com a testa franzida e olhando na direção que eu andava. Virei com raiva e batendo o pé. Sentei na mesa da grifinória com a mão na testa até que a comida aparecesse para a porcaria do dia acabar logo de uma vez. Olhei pra pulseirinha de prata com o símbolo ‘MG’ gravado em ouro e a tirei, guardando-a no bolso da capa de qualquer jeito.
Lily e Vivy estavam rindo. Seguida de Claire,Hayley e Lizzie
- O que? – perguntou Lou.
- Você falando do Andrew nessa época – Disse Claire rindo.
- Vocês tão querendo um galeãozinho, ou...? – perguntei. Minha piadjenha interna que todas riamos.
- Continue Lily, parou na parte do almoço.
- Pera! – disse Loui.- Eu ainda tenho que contar o que aconteceu depois do almoço...
- Então conte. – disse Vivy indiferente.
Claire não havia aparecido. Hayley estava na outra ponta da mesa e preferiu comer o mais rápido que pôde. Lily e Vivy estavam choramingando juntas, do outro lado da mesa. Pareciam ser as únicas duas mads que continuavam se falando. Eu revirava a comida várias vezes antes de comer. Meu pensamento estava cheio de idéias perturbatórias. Foi aí que eu olhei pra mesa da Corvinal, e ele estava, como sempre, me encarando. Eu odiava essa mania de Big Brother que ele tinha, que saco. Depois que vi aquele olhar meu estômago deu 10 mil voltas. Eu levantei da mesa o mais rápido que eu consegui e saí do Salão Principal odiando a vida.
-A Lou odiando a vida? Da onde vocês tiraram isso?? – disse Vivy num som sarcástico.
As outras riram debochando do meu, pouco mau-humor matinal e resolvi ignorar rindo um pouco de mim mesmo.
Nem sabia aonde estava indo. Mas perambulava tranquilamente nos corredores desérticos de Hogwarts observando as pinturas antigas, que contavam as histórias de séculos no castelo. Ouvi passos e um vulto preto se escondendo atrás de uma gárgula de concreto.
- Claire? – falei inutilmente. Não poderia ser ela. Continuei a observar o quadro onde havia um espelho quebrado no meio de um campo com flores amarelas. “Mas que diabos isso significa?” Perguntei a mim mesma. Ver quadros antigos me acalmava quando algo grave acontecia. O vulto se mexeu e foi em minha direção. Só olhei pra trás e dei de cara com um emblema amarelo. Nem vi se era ele. Virei sem pensar e andei de pé duro com meu salto fino, um pouco baixo, ecoando no chão.
- Lou pára, por favor. – Ele disse com aquela voz de cachorro molhado arrependido de ter mordido a bunda do carteiro que ele fazia quando tentava me agarrar.
As mãos quentes me puxaram pelo braço e me fizeram dar de cara com aqueles olhos verdes tão intensos.
- O que você quer, “And”? – disse debochando por ter me chamado de Lou.
Ele ficou mudo, me encarando. Provavelmente pensando, tenho certeza que estava meio difícil já que fazia tempo que não exercia essa ação. As mãos dele tocaram meu braço com mais força, foi aí que eu percebi que ele estava se aproximando de mim. HÁ. Empurrei o com força pela barriga. Me senti enojada. Dei as costas e andei com raiva para algum lugar, pois não sabia nem onde estava. Ele me seguiu. Ele estava me seguindo.
- Sai da minha cola. – eu disse com raiva.
Ele chegava a me tocar. E eu corria mais rápido. Ele me seguia, não parava. E não importa o mais rápido que eu ia, ele continuava. Até que ele realmente apertou meu braço com força e me parou com raiva.
- VOCÊ NÃO ENTENDE NÃO É? – ele disse olhando bem fundo nos olhos.
- Tem algo pra entender? – eu disse com rispidez.
- Olha. Foi um erro meu. Ta legal? – Ele falou ainda com a voz alterada.
- Ah! Claro, isso eu ainda não tinha percebido. – disse com grossura.
- Pára de ser criança. Eu to falando sério. – Ele disse. A raiva subiu.
- Ah! Eu estou sendo criança? AH, EU?! – gritei.
- Você poderia parar de ser egoísta e cabeça-dura. Eu cansei de você não me valorizando depois de tudo que eu fiz pra ficar com você.
- E o que você fez pra ficar comigo? AH! Ficou com a lufa-lufa! Nossa. Agora nem eu sei por que eu não estou indo pra cama com você agora mesmo.
- Olha. – ele disse chegando mais perto e me segurando ainda com força. – Meus amigos fizeram uma aposta. Eu não consegui ganhar. Eu tive que beijar a lufa-lufa nojenta. – Ele pegou mais fôlego pra que eu não o interrompesse. – Eu fui obrigado a ficar com ela. Totalmente obrigado.
- Ah! Colocaram uma varinha na sua fuça e te ameaçaram de Cruciatus? – perguntei ainda debochando. – E bem, você não pareceu sentir nojo dela naquela hora, “And”. – gritei.
- Me ameaçaram de contar que...! – ele ficou mudo.
Eu fiquei olhando pra ele. Ele olhou pra mim. Gaguejou.
- M-me desculpa, ta legal? – Ele disse. – Não importou nada, eu juro...
- Não preciso das suas desculpas, muito menos que você jure alguma coisa, porque eu vou saber que você vai estar mentindo, de qualquer maneira. – eu já estava irritada com as desculpas dele. Farta. Eu o empurrei e segui meu caminho fazendo força com os punhos.
- Você poderia, pela primeira vez na sua vida deixar de ser egoísta. Poderia fazer de conta que se importa com alguém. Poderia parar de ser arrogante e ter essa sua pose. – ele falou isso, e eu parei de andar. – Você me culpa de tudo, de tudo mesmo. Você joga a culpa nos outros sempre, e é por isso que está sem suas amigas agora. Como eu pude achar que você valia a pena? – ele disse diminuindo o tom de voz a cada palavra, como se fosse um pensamento. Engoli o maior seco da minha vida, me virei e comecei a desembuchar milhões de coisas.
- Olha aqui. Você não me conhece. Quem joga a culpa pelo seu charme não ter sido suficiente comigo é você. Foi você que fez a maior cagada da sua vida e está dizendo coisas que eu não sou, para aliviar seus erros como se o que você tivesse feito não fosse algo assim tão imperdoável. Aliás, quem é você pra falar das minhas amigas? Eu já te disse que eu não gosto de você e eu NUNCA vou gostar.
- Então porque é que se preocupa tanto com que eu penso de você? Por que você me beijou na noite do baile?
Ele conseguiu. Me deixou sem respostas. Falando daquele jeito ele parecia ter toda a razão, mas não tinha. Eu sabia que não era perfeita, mas não era um monstro. Aliás, eu não havia traído ninguém nessa história toda. Eu não poderia demorar a responder, então falei alguma coisa que veio na minha mente.
- AHHHHHH! Aquilo nem foi um beijo. – Eu disse gritando e saindo do corredor muito, muito brava.
- Então você gosta de mim, por que se não foi um beijo, eu não sei o que foi. E não é forte o suficiente pra admitir isso. Por que tem medo de se relacionar com alguém e sofrer depois.
- Bem, será que é por que as pessoas me fazem sofrer depois que eu começo a me apegar a elas? Será que é porque elas mostram que não são confiáveis e que não merecem nem o meu ódio? – eu disse usando o próprio exemplo do que ele tinha feito comigo. Olhei pra ele com força. Agora era ele que pareceu imóvel.
- Então é um adeus, não é? – ele perguntou com olhos marejados.
- Não. – eu disse. – isso nunca foi um olá, pra começar. – eu disse, saindo de lá o mais rápido possível enquanto eu via de relance o vulto grande se tornar apenas um soluço e sentir minha face umidecendo tão depressa sem razão plausível.
- Ta agora é a vez de quem? – disse Loui animada.
- A Lily, acho... – Disse Clah pensativa.
- É, sou eu, foi quando eu e a Vivy ainda estávamos nos falando... – disse Lily.
Foi o pior dia das Mad Girls. Foi uma briga generalizada, porque, agora eu via no salão principal, que Hayley e Louise não estavam se falando. E Claire nem estava presente. Mas pelo menos eu e Vivy continuávamos conversando, apesar de tudo. Depois das aulas da tarde que foram incrivelmente entediantes, eu e Vivy estávamos fazendo o pergaminho pouco gigante que Snape havia passado sobre Veritaserum.
- É impossível fazer isso sem um livro de poções por perto. – Eu disse me levantando. – Eu vou pegar algum na biblioteca, já volto.
Vivy só acenou com a cabeça e continuou lendo uma revista trouxa em frente à lareira.
- Pode contar o que aconteceu agora, Vivy....
Logo após que Lily saiu, uma coruja, entrou no salão comunal da grifinória, chamando atenção de todos. Tinha um bilhetinho no pé e parecia ser uma coruja bem velha. “Que estranho” – pensei comigo. – “Uma coruja no meio do salão comunal? Muito estranho...”
Eu abri o bilhete e a tinta de pena fina dizia:
“Vivy, preciso te ver, me encontre no corredor do sétimo andar em frente à sala precisa
Fred.”
Que diabos o namorado da minha amiga queria comigo? Mas poderia ser importante. Levantei do sofá vermelho que estava sentada confortavelmente e olhei pra todos. Hermione estava me encarando grudada com Rony, e Gina tinha um ar de superioridade no rosto. Harry me olhava com aqueles lindos olhos verdes; sorri e fui ao sétimo andar.
-Vai, Lily, você... – eu disse.
Quando voltei ao Salão Comunal carregando um livro gigante e verde-musgo, joguei-o com força na mesinha o que causou um grande estrondo. Percorri meus olhos pela sala e nada de Jennevivy. Subi ao dormitório em busca dela, porque seria meio difícil fazer a pesquisa sem a amiga. Nada no dormitório. Nem no banheiro. Nem em nenhum dos corredores. Estranhei. Estava voltando no Salão Comunal quando disseram logo atrás de mim.
- Procurando Jennevivy, Emilly? – Disse uma raiva no final da escada.
- Você a viu? – perguntei me virando.
- Ela foi se encontrar com Fred. – Gina disse.
Quando ela disse o nome dele, eu gelei. Como assim se ‘encontrar’? Jennevivy não faria isso comigo. Ah, ela não faria.
- Ahn? – Perguntei.
- Olhe nas coisas dela... – ela disse se virando muito calma e subindo as escadas.
Eu cheguei ao local onde estávamos estudando e abri o primeiro livro que achei em cima da mesa. Nele tinha um papel dobrado em dois com a letra de Fred. Eu li e me espantei. Segui até o sétimo andar o mais rápido que eu pude.
Ela estava parada lá mascando o chiclete verde, fazendo grandes estalos. Alguém chegou. Poderia ser George. Estava com um embrulho rosa nas mãos.
- Oi Fred! Queria falar comigo? – ela perguntou.
- Como você sabe que eu sou o Fred? Posso muito bem ser o George. – Sabia que era o George!
- Você tem cabelo mais arrepiado que o George. – Droga era o Fred.
- Sabia que de todas Hogwarts só você e a Angelina sabem quem é quem, nem minha mãe sabe quem é quem – Por que ele mencionou na Angelina? – Olha Vivy, pra você...
Pera ai. Com Fred poderia estar presenteando minha melhor amiga, se fui eu quem saiu com ele? Um ciúmes surgiu de um lugar desconhecido. Minhas unhas estavam a ponto de quebrar com a tremenda força que segurava a gárgula em que me escondi. Vivy sorriu pra ele e o abraçou. O pior foi quando Fred pousou suas mãos na cintura dela e sorriu. Não suportei.
- Como vocês dois podem estar sorrindo?! – perguntei com raiva saindo de trás da gárgula.
- Nossa Li, o que houve? – Disse Vivy se soltando de Fred e olhando indignada pra mim.
- Como você pode estar dando em cima do meu namorado depois que eu te defendi?! Bem que a Gina me avisou. – eu disse explodindo emoções por todo o corredor.
- Ela não está fazendo nada Lily, eu só... – disse Fred tentando apartar a briga.
- NÃO SE META! – eu gritei com os olhos marejados. – EU REALMENTE PENSEI QUE VOCÊ FOSSE MINHA AMIGA JENEVIVY. – dei as costas aos dois e saí correndo.
Vivy começou a chorar e Fred ficou abismado decidindo com quem iria falar.
- Desculpa Vivy... – ele seguiu atrás de Lily e deixou Vivy sozinha em frente à sala precisa.
-Vai Vi, você
Caí ao chão com as mãos no rosto depois de algum tempo. Eu só queria que tudo acabasse logo. Além de perder as melhores amigas, perdi também a única que tinha ficado do meu lado. Agora sim parecia o fim. Louise e Hayley sem se falar, Claire sem falar com ninguém e bem, agora ninguém falando comigo. Comecei a relembrar de tudo que tinha acontecido, de todos os momentos bons. Eu olhei pra pulseira e solucei, tirei-a. Era o começo do fim.
- O que está fazendo aqui? Não era pra gente se encontrar na torre de astrologia? – uma voz doce me perguntou e eu imediatamente a reconheci. Eu olhei pra ele, devia tê-lo assustado, estava parecendo um lixo jogado. Ele me ajudou a levantar e me levou na sala precisa, que mais uma vez exibia o belo jardim. Eu abracei o corpo quente do garoto soluçando.
- Calma, Jenn. – ele dizia. – Você ainda tem a mim, a Lily...
- Não tenho mais a Lily. – disse interrompendo. Ele ficou quieto, apenas me abraçando, não queria piorar as coisas.
Depois de um certo tempo, voltamos ao Salão Comunal, e não bastando a minha solidão tive que soltar Harry, deixando-o para outra. Gina veio em direção a Harry.
- Vou dormir. – disse Harry com indiferença quando Gina estava ao seu lado desejando um beijo. Ele olhou pra mim e pegou na minha mão de leve. – Cuide-se, ok? – ele disse pra mim. – Tchau Gina – ele disse dando um beijo na testa dela.
Fitei por um momento a caixinha rosa que Fred me dera. Enquanto Gina veio em minha direção com um pacote redondo bem colorido.
- Quer chocolate? – ela perguntou com um sorriso simpático. Estranhei.
- Eu não como chocolate, Weasley. – disse séria.
- Entendo, pra não estragar o corpo...
- Não é isso, eu...
- Mas pode pegar, é sem açúcar... – ela disse me interrompendo.
- Sem açúcar? – repeti o que ela disse.
- É... – ela disse sorrindo mais uma vez.
Peguei um chocolate e agradeci a menina. Vi que ela deixou a caixa em cima da mesa. Sentei e comi, era um gosto bom, fazia tempo que não sentia esse prazer. Depois de um tempo terminando meu pergaminho de poções fitei a caixa. “Mais um não iria fazer mal...” – pensei.
Empurrei a caixinha até perto de mim e comi mais um. “É sem açúcar...” – pensei comigo e pegando mais um. Mais um, e mais um.
Quando terminei meu pergaminho de poções, eu suava frio e passava mal. Sentia uma tontura e estava tudo rodando. Precisava pegar um pouco de água pra me acalmar, talvez fosse causa do dia agitado com as mads. É, era isso. Saí da torre da Grifinória apoiando nas paredes, quando chegou nas escadas que se moviam. Eu desci em uma, o giro me empalideceu, não enxerguei mais nada, meu corpo apenas se desligou e caiu ao chão. Por um tempo fiquei imaginando o que eu estava tendo. Eu não me mexia. Tinha algo estranho... eu nunca tinha ficado assim antes, eu fiquei assim... depois que Gina me deu os chocolates! Então eles tinham açúcar. Ahhh por que eu fui aceitar? Perguntava com raiva enquanto arranjava forças pra me arrastar pra fora da escada. Vi um vulto vindo em minha direção.
- Jennevivy? – era a voz de Draco. –VIVY! – Ele pois a mão na minha testa e me pegou no colo enquanto eu fazia força para abrir os olhos. Mas foi inútil, com essa ultima tentativa fiquei fora de mim. Desmaiei.
N/a: Gente.. a Doença da Jenni é real..
Eu realmente sou diabética... :D
Resolvi por.. Porque eu sei como é a falta de informação que a pessoas tem desse problema para ela se conscientizarem das conseqüências dessa doença..
Então a parte da Jenni foi Real....
Bem os diálogos de comentário pessoal das meninas realmente as “piadas” sem graças realmente acontecem.. E as meninas tem realmente o estilo de cada uma de nós aqui..
Nó somos assim.. Eu, sou a Cá(Vivy..), a Bella (Cláh), Bia ( Loui), Lala ( Lily) e a Tatão ( Hey)
Bem somos nós..
Esse cap foi feito por mim Cá...
E todo modificado pela Bia...
Segundo ela... Eu num sei escreve a parte da Loui com o Andrews ¬¬’
Enfim....
Continuem lendo... E comentando...
Cap9 prontissimo...
Adianto uma coisa... Tem uma NCzinha.. Nada escandaloso... A historia ta chegando ao fim... E as coisas têm que acontecer agora...
Bem já falei de mais né!?!?
É eu falo demais mesmo...
Mas falar é uma coisa PeTeCuLaR!
CHEGA..
Agora eu vou embora ç.ç
Tchau..
Bjos!
<3
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