Perguntas inesperadas
Assim que eu abri a porta do meu quarto, isso já eram umas 2 da manhã, Gina se levantou de um pulo e me arrastou até o salão comunal. Ela me sentou em uma poltrona e se sentou em frente a mim. -Me conta tudo, não esconda nada. – Ela falou bem rápido. Eu ainda estava olhando pra ela querendo dizer “porque que nem eu bem entrei no meu quarto e você me empurrou pra cá?”, mas ela não ligou pra minha cara, então eu respondi á ela. -Ah, ta. Eu devia ter desconfiado. – Abri um sorriso. -Ah Mione, você devia ser mais inteligente. – Disse sarcástica. -Mais inteligente? -É, pra essas coisas você não é lá muito inteligente. Você realmente pensou nem que seja por um momento que Ron tivesse feito tudo aquilo sozinho? – Ela riu. -É, eu sou uma burra nisso mesmo. Estava crente que ele tinha arrumado tudo sozinho. – Gina riu mais alto, eu ri junto com ela. -Mione, o Ron não tem senso de noção nenhum, coitado. Mas ó, a idéia foi dele, eu só organizei tudo. Ah, deixa eu ver o anel. – Eu estiquei a mão pra ela, toda orgulhosa. – Ah, Ron ta aprendendo a ser romântico. -Antes tarde do que nunca, não é mesmo? -Claro. Mas me conta, como foi? -Ah, foi... – Comecei a tentar buscar uma palavra. – Foi simplesmente perfeito. O Ron é tão fofo, tão lindo, e ele disse que eu o faço feliz. –Dei um sorriso bobo. -Ah meu Merlin! Você tem certeza que está falando do meu irmão? – Ela riu. -Ah, cala a boca Gina. -Tá bom. Prossiga. -Ah, ele é muito bom pra mim, e adoro os beijos dele, são os melhores. -Hermione Granger, ele é o único cara que você já beijou. -Mas não importa, são ótimos mesmo assim. -Ah, mas não são os melhores, tenho certeza, porque o Harry... -Os do Harry não são os melhores. – Quando disse isso Gina parou de sorrir e me olhou com uma cara de interrogação. Eu logo percebi o meu equivoco e tentei consertar. – Quer dizer, eu acho que não são, isso é, porque eu nunca beijei o Harry, você sabe, ele é seu namorado, não beijaria seu namorado, quer dizer, não só por isso, eu tenho namorado também, mas quando eu não tinha não beijei o Harry, eu não vou beijar também. –Acho que só estava complicando as coisas, ao invés de esclarecer. – O que quero dizer é que...Ah Gina, me manda calar a boca antes que eu me enrole em tudo. -Cala a boca Hermione. – Ela começou a rir sem parar. -Pára de rir, não tem graça. – Mas eu comecei a rir também. -Se não tem graça, porque você está rindo também? -Ah, vai dormir, vai Gina.
Nós fomos até o dormitório em meio a risos, entramos lá rindo, só paramos quando Luna, que veio apssar a noite no nosso dormitório, levantou e mandou a gente ir deitar porque já eram mais de duas e meia da manhã.
Terça-feira passou bem rápido, nada de extraordinário aconteceu. Fiquei o maior tempo possível com Ron, como e forma de agradecer a jantar da noite anterior. Não cruzei com Draco em hora nenhuma, nem tive mais alguma grande conversa com Harry. Só uma hora em que cruzei com ele e ele estava com um sorriso estampado no rosto dizendo que ia resolver tudo com a Gina. Quarta estava aí, a primeira aula era defesa contra as artes das trevas, estava querendo muito ter essa aula, já que teríamos um novo professor. Eu fui a primeira aluna a chegar na sala de aula. O professor estava lá já, encostado em sua mesa, ele tinha os cabelos pretos e meio ondulados, seus olhos eram num tom mel, ele parecia ser um homem forte, estava vestindo uma camisa branca com os 3 primeiros botões abertos, calça jeans escura e um all star preto um pouco surrado, agora que o olhava mais de perto, percebi que ele não devia ter nem 30 anos, e ah, como ele era bonito. -Olá Srta, Granger. – Ele me cumprimentou levantando uma sobrancelha. -Olá Professor. – Dei um sorriso para ele. –Desculpa ter chegado um pouco antes, mas é que eu estava muito ansiosa pela aula e... -Sem problemas. - Ele sorriu. – Eu gostaria mesmo de falar com a senhorita antes de falar com os outros alunos. -Ah, certo. – Disse um pouco surpresa, o que ele queria falar comigo antes de falar com os outros? -Sente-se. – Ele conjurou uma cadeira em frente a sua mesa, eu em sentei. –Eu queria lhe dizer que a srta é uma pessoa admirável, eu sou um admirador seu. – Eu fiquei levemente rosada com o que ele me disse. – Se a srta fez metade do que o que as pessoas contam, a srta é realmente uma heroína. – Ele disse calmamente, sorrindo, ele possuía os dentes mais brancos que já havia visto. -Ah, eu não quero ser uma heroína. –Eu estava parecendo Harry falando. – Eu só estava lá para a ajudar um amigo e conseqüentemente ajudar o mundo bruxo. –Eu sorri super sem jeito. -Mas deve ter sido realmente difícil para a srta ter enfrentado tudo o que enfrentou, não? –Ele se mostrava realmente interessado na minha vida, e em minhas respostas. -Sim senhor, não foi nada fácil, mas quando se luta por um bem maior nós arranjamos forças pra continuar. -Eu só posso lhe dizer que a srta é uma grande mulher, e que estou honrado em lhe dar aulas. -Ah, obrigada senhor. – Eu já devia estar da cor do cabelo do Ron de tão vermelha, mas era legal ouvir que alguém me admirava, ainda mais se esse alguém fosse meu professor. -Sabe, vou te contar uma coisa. – Ele piscou pra mim, ele era realmente um homem muito bonito. – Eu queria ter lutado com vocês, ter ajudado, já que eu era um auror, mas eu estava preso na Austrália, uns comensais me deixaram preso lá, só consegui escapar depois da última batalha. – Ele sorriu com o canto da boca. -Realmente precisávamos de muita ajuda, mas nós conseguimos mesmo assim. – Tentei sorrir. -E tem outra coisa também. Me identifiquei com a srta quando li sua história no profeta. – Ah, não tinha contado, o profeta havia publicado um perfil meu, do Harry e do Ron em suas páginas, exagerando em algumas coisas e deixando de mencionar outras. – A srta nasceu trouxa, não é? –Afirmei com a cabeça. –Eu também nasci trouxa, e depois de ler isso tive ainda mais vontade de conhecê-la. Nisso, o sinal bateu e os outros alunos começaram a chegar. -Foi um prazer conversar com a srta. – Ele beijou minha mão. Além de lindo era um cavalheiro, acho que vou gostar muito desse professor mesmo. -O prazer foi meu, professor Ashmoore. –Sorri. -Por favor, me chame de Josh. -Foi um prazer, Josh. –Me virei e fui me juntar a Ron, que já estava na porta da sala. -O que vocês estavam conversando. –Perguntou Ron, quando nos sentamos em uma carteira. -Ah, nada de importante, ele só disse que me admirava pelo o que eu havia feito, contra Voldemort, sabe. -Ahm, mas prefiro que ele te admire quando eu estou por perto. –Ele disse, ficando meio bravo. -Ah, meu Merlin. Ta com ciúmes do professor, é Ron? – Apertei suas bochechas. -Claro, você é uma garota famosa agora, e é a garota famosa mais linda. – Ele sorriu. -Ah, que lindo Ron. Mas ó, a garota famosa já tem namorado. –Lhe dei um selinho. Harry chegou e se juntou a nós, se sentou ao meu lado. -Mione, olha. – Ele disse, apontando para um quadro atrás da mesa do professor. Era um quadro de Dumbledore. –Você ta vendo? -O quadro de Dumbledore? -É, e tem do Snape também, Lupin, Tonks, meu pai, minha mãe, olha. –Ele apontou para todas as paredes. Realmente, nas paredes haviam várias fotos, dos que, na minha opinião, foram os maiores bruxos da história. Na parede atrás da mesa do Josh, tinham as fotos de Dumbledore e Snape, se mexendo. Nas paredes laterais tinha as fotos de Lílian Evans e Tiago Potter, Tonks (que ficava com o cabelo loiro, que mudava para roxo, e desse para rosa), Lupin, na outra parede tinha as fotos de olho-tonto moody e de Sirius Black. Josh ficou em pé em frente a sua mesa e bateu palmas, todos ficaram quietos. -Olá a todos e sejam muito bem vindos! – Ele sorriu. – Meu nome é Joshua Ashmoore e eu sou o novo professor de defesa contra as artes das trevas. Uhm, deixa eu ver... – Foi falando ele, enquanto andava para um lado e outro, brincando com a varinha entre os dedos. – Eu sou um auror, na verdade não atualmente, já que estou aqui no momento, não é mesmo? – Ele sorriu, coçando a nuca com a mão que não estava ocupada com a varinha, olhando para mim, eu sorri de volta. –Meus pais são trouxas, meu signo é touro, tenho 27 anos. Mais alguma coisa? Ah, sim. E eu sou o professor que precisa ensinar a matéria mais sem utilidade no momento, graças a Merlin e a algumas outros pessoas mais, pois hoje em dia não há muitos bruxos das trevas dando sopa por aí, não é mesmo? – Todos riram, Josh pareceu mais aliviado, como se o propósito dele fosse fazer todos rirem. – Então, hoje eu não vou ensinar nada, até porque tem umas pessoas aqui que eu tenho a impressão que sabem mais do que eu sobre como combater as artes das trevas, já que combateram as artes das trevas á alguns meses atrás. – Ele olhou para mim, Harry e Ron. – Continuando, hoje eu quero saber um pouco mais de cada um de vocês, já que vamos conviver aí durante um ano, quero saber quem vocês são. Agora, quero que todos saiam de suas carteiras. – Com um toque de varinha ele encostou as carteiras no fundo da sala. –Quero que sentem em círculo, no chão. Por favor, é claro. –Todos nos sentamos. Ele ficou em pé do lado de fora do círculo. – Pois bem, vai ser assim, eu vou fazer umas perguntas e a pessoa escolhida responde, são só algumas perguntas, para conhecê-los melhor. Pois bem, quem se candidata? – Todos ficaram se olhando, e percebi que ninguém iria se candidatar. -Eu, professor. –Ergui a mão. Todos se viraram para mim. -Muito bem Srta Granger. –Ele me deu um sorriso, como se eu tivesse tirado um grande peso de suas costas. –Olha, se não quiser responder alguma pergunta não precisa, ok? -Sim. –Eu sorri pra ele. -Certo. Primeira pergunta: Excluindo sua família. Cite uma pessoa cujo quem você não imagina sua vida sem. – Essa pergunta era um tanto quanto difícil. Quem eu não imaginaria minha vida sem? Quem? –Responda sem pensar, ok? -Certo. –Ah, eu estava pensando. -Então diga o nome srta Granger. -Harry Potter. –Foi o nome que veio a minha cabeça, e eu disse assim, sem pensar muito, realmente minha vida não seria nada sem ele, a resposta foi sincera, mas quando eu me virei e vi a cara de Ron, preferi que tivesse mentido ao responder. -Muito bem. –Ele abriu um sorriso. – Essa pergunta foi realmente difícil, então srta Granger está dispensada de mais perguntas. Agora, quero ouvir o Sr Potter. –Harry que estava ao meu lado, me olhando sorrindo, acho que por eu ter dito que ele era importante na minha vida, olhou para o professor. -Sim senhor. -A pergunta é: O que você faz para se acalmar, ter tranqüilidade, entender as coisas? – Ele olhou para Harry. –Entendeu a pergunta? -Sim senhor. O senhor quer saber a que eu recorro quando estou com problemas, dificuldades, e que me ajuda a superá-las, ou no mínimo ficar bem? -Vejo que o senhor me entendeu. Então, a resposta? -Eu converso com a Hermione Granger, professor. –Eu sorri para Harry, não sabia que eu levava a tranqüilidade para ele. E pelo o que eu vi Gina também não sabia, estava com uma cara de quem ia cortar o pescoço do Harry. -Muito bem senhor Potter, agora escolha um colega para que eu posso fazer uma pergunta. –Ele sorriu para Harry, acho que ele não percebeu o quanto desconfortável era para mim, e tenho certeza que para Harry também, ter respondido sinceramente suas perguntas. -Eu escolho Ronald Weasley, professor. – Disse Harry. -Muito bem, senhor Weasley. –Ele se virou para Ron, que estava ao meu lado. –Posso fazer a pergunta? -Sim senhor, professor. –Ron respondeu. -Qual o seu maior medo? –As orelhas de Ron ficaram vermelhas, quando todos viraram para olhá-lo. -Ficar em segundo plano, senhor. –Ah, quando ele disse isso eu senti uma pontada, eu sem querer tinha acabado de fazer isso com ele, de novo, eu lhe dei um beijo da bochecha essa hora. -Bom, pelo o que eu acabo de ver, acho que a srta Granger vai fazer o possível pra não te deixar em segundo plano. –Ele abriu um sorriso grande, deixando seus dentes lindos aparecerem. Depois disso eu nem prestei atenção na aula, fiquei me perguntando por que tinha respondido que o Harry me fazia falta, por que o Harry tinha dito que eu o acalmava, e por que eu deixava o Ron em segundo plano muitas vezes. Ao final de meus pensamentos decidi uma coisa: Ia deixar o Ron sempre em primeiro plano, a partir de agora ia fazê-lo mais importante pra mim do que eu mesma.
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