Preocupações e sugestões

Sabe quando você acorda feliz, depois de um sonho bom? Então, isso acabou de acontecer comigo. Primeiro dia de aula, já era bom, agora sem ninguém querendo cortar meu pescoço é melhor ainda. Ontem, depois que encontrei o Malfoy e tivemos uma conversa, o termo “conversa” não soa esquisito quando se fala de mim e Malfoy? Pois é, também acho. Mas retomando o assunto: Depois desse fato acontecido comigo e com Malfoy ontem, quando cheguei ao salão o jantar já havia acabado e só estava Ron me esperando na porta, tão lindo, de braços cruzados, quando me viu deu um sorriso bem grande. Nós dois fomos para o salão comunal da Grifinória, mas logo dos despedimos, pois parecia que a Grifinória inteira resolveu ficar acordada até tarde e Ron sabe que só o beijo de verdade quando estamos sozinhos, ele pareceu meio frustrado quando lhe disse boa noite, mas quando lhe dei um selinho ele logo melhorou. Cheguei no meu dormitório, tirei as coisas do meu malão e dormi, nem vi Gina, Luna e as outras garotas chegarem. Agora estou aqui, arrumando minha mochila, e terminado de arrumar meu cabelo, pronta para descer. 10 minutos depois e lá estava eu no salão principal para tomar o café da manhã. Ron estava guardando meu lugar ao seu lado, antes de chegar até ele, dei uma olhada na mesa da Sonserina, vi Malfoy, que sorriu para mim, sorri de volta, claro, sem deixar que Ron percebesse. Acho que ele realmente está mudado. O café da manhã correu bem, Harry se juntou a nós, sem Gina mais uma vez, ficamos olhando nossos horários, eu queria muito ter defesa contra as artes das trevas, mas só teríamos essa aula na quinta-feira. Então partimos para Transfiguração, depois tínhamos período duplo de história da magia, Herbologia e mais um período duplo, só quer de poções. A hora do almoço chegou, hoje teríamos a tarde livre. Eu amo ter aulas, amo levantar a mão e responder ás perguntas feitas pelos professores, mas eu estava realmente exausta após essa manhã. Ron e eu fomos de mãos dadas até o salão principal, o almoço estava maravilhoso. Não vi Harry durante a refeição, mas Gina estava lá, novamente, ao lado de Luna. Logo depois do almoço fui para a biblioteca, Ron disse que iria chamar o Harry para eles treinarem um pouco de Quadribol, já que fazia tempo que os dois não praticavam. Eu estava em um canto da biblioteca, lendo o livro de Defesa contra as artes das Trevas, sétima série, quando uma voz me chamou. -Granger. – Disse num sussurro. – Tirei minha atenção do livro e me virei para a figura loira á minha frente. -Ah, Malfoy. – Ele acenou pra mim. -Posso me sentar. – Disse, apontando para um banco em frente á mim. -Claro. – Duas conversas civilizadas com Malfoy, O que está havendo com o mundo, ehm? -Como foi seu dia, Granger? – Ta, isso parecia muito bom para ser verdade, parecia que Malfoy estava sendo controlado por uma maldição imperius ou coisa do tipo, mas era verdade, por mais incrível que fosse, ele estava realmente querendo saber como fora meu dia. -Ah, ótimo. Bem cansativo, mas ótimo. E o seu? -Ah, muito bom, um pouco cansativo também, mas deu pra segurar. – Ele sorriu. – Uma pena que ainda não tivemos nenhuma aula juntos. – Eu ainda não conseguia não achar estranho Draco Malfoy ser um cara legal, mas era isso sim, ele estava sendo bem legal comigo, realmente surpreendente. -É, uma pena. Mas amanhã temos. – sorri de volta para ele. -Sim, temos duas, Trato com as Criaturas Mágicas e poções. Nisso entraram um grupo de garotas do sexto ano na biblioteca. -Então Granger, acho que já vou. – Ele disse enquanto apontava com os olhos para as garotas, que agora estavam atrás de uma prateleira. – Potter e Weasley não iriam gostar de saber que estamos nos falando. -É, não iam mesmo. É melhor assim, por enquanto. – Sorri para ele – Ah, e pode me chamar de Hermione. – Ele pareceu surpreso ao ouvir eu dizer para me chamar pelo meu primeiro nome, mas pareceu gostar. -Certo, até mais Hermione. – Ele acenou pra mim, já se levantando. -Até, Draco. – Acenei de volta. Ta, depois que Draco deixou a biblioteca, meu livro não pereceu tão interessante quanto antes. Passei mais uma meia hora ali e depois segui para o campo de quadribol, encontrar Ron e Harry. A hora em que cheguei lá Harry estava prestes a lançar uma goles para Ron defender, Ron me viu e se distraiu, a bola acabou batendo em sua cabeça, e ele ficou meio tonto. Desceu da sua vassoura no meio de campo, eu fui atrás dele, Harry também. - Ron, você ta bem? – Perguntei com cara de preocupação. -Tô sim Mione, é só que eu te vi e você sabe, quando isso acontece todas as coisas saem da minha cabeça, esqueço até que devo defender uma goles. – Disse ele, enquanto massageava a cabeça. Lhe dei um beijo pelo o que ela acabara de dizer. -Tá bem mesmo, Ron? – perguntou Harry. -Tô cara, e depois do beijo da Mione, to melhor ainda. – Ele sorriu para mim. – Mas acho melhor eu ir tomar um banho. -Faz isso, já te encontro lá. – Lhe dei um beijo rápido. – Vou ajudar Harry aqui. -Tá certo, mais tarde a gente se vê? – Ele perguntou. -Claro. Harry olhou pra mim, deu um sorriso e voltou sua atenção a goles, que agora estava em sua mão, pegou a caixa e a guardou ali. Eu me aproximei dele, com as duas mãos no bolso, em quando ele estava abaixado guardando a goles. - Como é que você tá? – Perguntei, mirando suas costas. Ele se virou pra mim, Harry estava bem suado, eles realmente haviam praticado bastante. -Eu estou bem, a medida do possível. –Tentando sorrir para mim. -Uhm, e quer conversar? – O olhei demonstrando minha preocupação. -Seria muito bom. Nós caminhamos um pouco, até chegarmos na beira do lago. o dia estava bom, nem muito quente nem muito frio, e o sol se refletia no lago, sentamos é beira de uma árvore. -Então, é Gina. – Disse eu com as mãos em volta das pernas. -Sim. – Ele respondeu simplesmente, sem me olhar, focando sua atenção num galho que estava ali. -E? -O mesmo problema Mione. – Ele olhou pra mim. – Não sei o que foi que eu fiz pra ela ficar tão distante. – Seus olhos estavam tristes. - Você gosta mesmo dela, não é? – Pra que a pergunta Hermione Granger? A resposta é óbvia. -Ah, eu penso que sim sabe. O que eu sinto por ela eu nunca senti antes, apesar de antes só ter tido um namoro com Cho, posso te afirmar que gosto muito mais da Gina do que já gostei da Cho. - Harry, eu ainda não tive uma conversa com ela desde que chegamos aqui, então eu não tive tempo de saber o que ela realmente está sentindo, mas como eu já lhe disse antes, ela gosta muito de você. -Mas do que adianta Mione? Se ela nunca está comigo. – Ele quebrou o galho que segurava, com as mãos. -Harry, eu não tenho certeza de nada, mas ela pode só estar achando estranho sabe. – Antes que ele me fizesse outra pergunta com “Gina e por que” nela eu continuei. – Posso agora falar com você não como a Hermione sua amiga, mas como uma garota bruxa normal? – ele pareceu achar meio estranho, mas consentiu com a cabeça. – Harry, é muita pressão namorar com você, sabe, tem que ser perfeita, porque se você não quiser mais, tem pelo menos umas cem garotas, só nessa escola que te querem. – Ele ia me interromper de novo, falando que não era assim, que ele nunca pediu isso e mais coisas do tipo, mas eu não o deixei me interromper. – Eu sei que você nunca pediu por isso, mas isso é fato. E sinceramente Harry, você é bonito também, é o maior salvador e toda aquelas coisas que você não gosta de ouvir, então pode ser que ela não esteja agüentando a pressão sabe, e resolveu reagir dessa forma, não sei, pra ver se você gosta dela mesmo, ou eu não faço idéia, ela só escolheu reagir assim, ficando um pouco afastada. – Ele percebeu que eu acabara de falar, pois fiquei o mirando. -Mas Mione, eu gosto dela, eu já disse. Eu só queria que ela estivesse mais presente. Eu queria conversar com ela como converso com você, queria que ela se importasse comigo como você se importa. – “Como aquele garoto tinha os olhos mais lindos”, foi a única coisa que veio a minha mente, enquanto ele me olhava profundamente, meio sem raciocinar disse: -É, mas eu não sou sua namorada. – Quando vi que ele não estava entendendo nada, me expliquei melhor. – Quero dizer, eu sou sua amiga e ela a namorada, não dá pra ter 2 em 1, é quase impossível se ter uma namorada-amiga, você não acha que quer demais não, Harry? – Ele sorriu. -Mas você é amiga do Ron. -Ah Harry, você sabe muito bem que minha amizade com o Ron não é nada se comparada com a nossa amizade. Eu e Ron somos muito melhor como namorados do que como amigos. – Eu sorri para ele. -É, você tem razão. Mas ainda assim eu quero a Gina mais perto de mim. – Ele fez uma cara como a de uma criança birrenta. -Ah, então sabe o que você faz? Faz uma poção do amor pra ela. Te garanto que ela vai ficar tão constante e irritávelmente perto de você que você vai vir gritando pra mim “Mione! Por Merlin, tire essa louca de mim!”. – Eu ri alto. -Ah, cala a boca. – Ele caiu na risada também. Quando voltamos ao castelo já estava escurecendo, e fomos para lá gargalhando, enquanto eu imitava a Gina sob efeito da poção, dizendo frases como “Harry, quero você pra sempre”, “não me deixe nunca”, ele somente ria. Era assim que eu gostava de vê-lo; contente, feliz. E amava quando eu era a responsável pela felicidade dele. Chegando ao salão comunal da Grifinória, Ron estava lá me esperando, sentado numa poltrona, virado para a lareira. Harry subiu para tomar um banho e eu fui falar com Ron. -E a cabeça? – Disse enquanto acariciava seus cabelos, Ron estava sentado ainda de frente para a lareira e eu estava agachada a sua frente. -Não ta doendo não, foi só uma pancadinha. – Ele sorriu pra mim. -Ah, claro, meu namorado é muito forte, nada o derruba, certo? – Pisquei para ele. -Absolutamente nada. – Eu sentei no seu colo, ele passou seus braço me abraçando. Nós ficamos assim, abraçados, uns 5 minutos, até que ele rompeu o silêncio. – Mione, quero que venha comigo. -Pra onde? – Me virei pra ele. -Surpresa. – Ele respondeu, enquanto me levantava de seu colo. -Sabe Ron, eu não gosto muito de surpresas. – Disse, enquanto nós passávamos, de mãos dadas, pelo retrato da mulher gorda. -Dessa você vai gostar. Agora vem. – Ele me arrastou por vários corredores, até que chegamos numa sala de aula vazia, no segundo andar. – Vem. – Ele me disse, enquanto abria a porta. Eu só consegui sorrir, aquilo era tão lindo. Ele tinha feito um jantar pra gente, tudo estava perfeito. A decoração era simples, as carteiras haviam sido tiradas dali, tinham algumas flores brancas em vasos, nos cantos das paredes, somente a luz das velas, que estavam numa mesa com tampo de vidro, iluminavam o ambiente. A mesa estava bem no centro da sala, tinham duas cadeiras, uma de frente para a outra, um champagne no balde, em cima da mesa, duas taças. -Ron. – Nada além do nome dele saia da minha boca. -Vamos, vai ficar parada aí feito um dois de paus? – Ele perguntou, já que eu ainda estava parada logo na entrada da sala. -Como você consegue quebrar momentos românticos, ehm? – Lhe dei um beijo na bochecha. -Tem cosias que eu faço que não tem explicação. – Ele sorriu. – Então, gostou? -Amei. – Lhe abracei e lhe dei um beijo. Um beijo com a mesma intensidade que foi o nosso primeiro beijo. Ele me abraçou bem forte, depois de alguns minutos nos soltamos. Ele pegou em minha mão e me levou até a mesa. Nos sentamos e Ron bateu palmas, assim que ele bateu palmas surgiu um elfo doméstico, com uma bandeja, com dois pratos de comida, e um vinho. antes que o elfo pudesse nos servir Ron fez sinal para ele parar, o que ele prontamente obedeceu. -Mione, olha, eu sei que você não gosta que nós abusemos dos elfos, mas eu juro que paguei vários sicles pra esse aí. -Tudo bem Ron, hoje eu deixo passar. – Disse brincando, sorrindo. O elfo veio e nos serviu de strogonoff, estava delicioso, e o vinho também muito bom. Depois que terminamos de comer, Ron pegou em minha mão, que estava sobre a mesa. -Mione, eu sei que nós já somos namorados, mas tem uma coisa que eu queria fazer. – Nisso ele tirou uma caixinha de seu bolso. - É, vamos lá. – Ele sorriu nervoso, eu sorri pra ele, para tentar tranqüilizá-lo, ele foi até mim, se ajoelhou em minha frente. – Quero te pedir formalmente, ta? – Eu concordei com a cabeça. – Hermione Jane Granger, você aceita essa aliança para que todos saibam que nós estamos juntos? Aceita ser minha namorada, agora oficialmente? – Disse ele, enquanto abria a caixinha, que mostrava um anel prata. -Claro que sim Ronald Weasley, eu aceito. – Ele colocou a aliança em meu dedo. -Sabe, você me faz tão feliz. – Ele disse, beijando minha mão. -Você também me faz feliz. – Beijei-lhe os lábios. -Então, Champagne? Nós tomamos Champagne, nos beijamos, nos abraçamos. Ele era tão lindo, e foi tão fofo o que ele fez por mim. E era tão bom lhe beijar e ouvir dele que eu o fazia feliz. A noite passou tão rápido, a noite foi tão boa. Tudo parecia perfeito.

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