Pesadelos
Capítulo 7 – Pesadelos
Gina acordara extremamente assustada, por causa de um pesadelo. Um dos muitos pesadelos que lhe assolavam a mente há duas semanas, desde o dia de seu aniversário de namoro com Harry. E isso estava se tornando freqüente, sendo que a cada noite vinha um pior atrás do outro. Ainda assustada com o pesadelo e banhada em suor, Gina levantou-se de sua cama, olhou as horas em seu relógio e viu que ainda era 3: 45h da madrugada; vendo que não ia mais conseguir voltar a dormir tranquilamente, foi ao banheiro tomar um banho quente e relaxante em sua banheira.
Estava no seu apartamento, sozinha, fato que não a deixava muito sossegada. Passou, então, a pensar no seu casamento, que aconteceria dali a uma semana. A data se aproximava, e o que ela mais queria que acontecesse desde pequena iria realizar-se, justamente com a pessoa que ela mais amava. Mas há poucos dias sentia-se estranha. Algo dentro de si dizia que a cerimônia não aconteceria, por mais que ela quisesse que acontecesse. Um frio percorreu-lhe pela espinha, apesar da água morna existente na banheira, e Gina saiu rapidamente do banho.
Colocou um belo vestido branco que Harry adorava, prendeu seu cabelo num rabo-de-cavalo alto e foi à cozinha preparar seu café-da-manhã. Após prepará-lo e comê-lo, foi até seu computador ver as mensagens existentes em seu e-mail e respondê-las; grande parte era de seus fãs, jornalistas e noticias de seu time. Após responder a todas calmamente, foi olhar o nascer do sol da varanda de sua cobertura. Ver o nascer e o pôr-do-sol era algo que a deixava tranqüila, serena, em paz. Porém, o toque de seu celular despertou-a de seus devaneios. Era Harry. Com um sorriso nos lábios, atendeu a chamada:
- Bom dia, meu amor...
- Bom dia, meu anjo! Dormiu bem?
- Por que você me ligou à uma hora dessas? – indagou Gina, evitando responder a pergunta de Harry. Não queria deixá-lo preocupado e mentir não seria uma boa opção.
- Acordei muito cedo... Aqueles velhos pesadelos, você sabe. Estava admirando o nascer do sol e me lembrei do seu sorriso, ruiva! Me lembrei que você adora ver o sol nascer ou se pôr... Faz dias que não a vejo, fiquei com saudades suas... Mas por que a pergunta, não gostou que eu te ligasse?
- Não, pelo contrário! Só achei um tanto quanto... Estranho por não ser algo muito... Muito comum! – Disfarçou Gina.
- Você também não teve uma noite muito boa, não é? Notei pela sua voz, não adianta esconder de mim. Pesadelos, também? – Perguntou Harry ao telefone, um tanto quanto preocupado com sua noiva.
- Sim. Pesadelos. Os mais horríveis que já tive e todos conosco! Há tempos os tenho e me dão medo, Harry... – Gina falara com a voz amedrontada, aumentando ainda mais a preocupação de seu noivo.
- Não se preocupe, Gi. Solucionarei todos esses problemas com um monte de beijinhos que te darei! Vem pro meu apartamento, hoje à noite! Sairei mais cedo do trabalho, é sexta-feira, você pode até dormir aqui, se quiser. Aceita? – Falou Harry com uma voz animadora e irresistível.
- E tem como negar alguma coisa pra você!? Às sete horas estarei aí.
- Um beijo. Tenho que ir trabalhar. Tchau!
- Outro! Tchau! – E Gina desligou o celular. Aquele telefonema de Harry a deixara mais tranqüila e animada. Somente ele para fazer isso! Mas um outro telefonema despertou-lhe de seus pensamentos. Pensando ser o seu noivo, atendeu com um enorme sorriso:
- Pensei que você fosse trabalhar, meu amor!
- Bom, trabalhar eu vou. Mas eu não sou seu amor, apesar de querer sê-lo. – Uma voz arrastada pegou-lhe de surpresa.
- Ah, é você, Malfoy... Desculpe, pensei que fosse Harry. Tudo bem com você? - Gina ficara desconcertada ao ouvir a voz do loiro no celular. Mas porque ele estaria ligando para ela a essa hora da manhã?
- Eu é que tenho de me desculpar, estou te ligando muito cedo! Queria te convidar para jantar comigo hoje à noite. Quero poder conversar mais com você!
- Será que não podia ser outro dia? Vou jantar com Harry, esta noite e...
- Um almoço! Que tal um almoço? Olha, preciso muito te ver hoje, Gineviéve, muito mesmo! – Interrompeu Draco, quase que desesperado por um encontro com Gina. Se fosse possível se ajoelhar ao telefone, ele ajoelharia!
- Tudo bem, Malfoy, tudo bem... À que horas você vem me pegar? – Perguntou Gina, achando esta insistência de Malfoy muito esquisita.
- Umas 11: 30h tá bom pra você? – Falava Draco com um enorme sorriso do outro lado da linha.
- Tá bom, sim. Até lá! Tchau!
- Tchau! – E Gina desligara o celular, antes que Draco pudesse ou quisesse falar de mais alguma outra coisa.
Desde aquele dia em que eles se encontraram no hospital que Malfoy a ligava. Não era algo freqüente, mas era bastante estranho; afinal, anos atrás ele achincalhava toda a sua família, se irritava e brigava com seus irmãos e sem contar que era inimigo de Harry desde que o conhecera. Para quê, então, esta aproximação repentina dela? Não que ele fosse chato ou irritante para com ela, pelo contrário. Até gostava de conversar e de sair com ele, coisa que estava se tornando freqüente nesses últimos dias. Mas Draco parecia querer algo além disso, sempre havia uma segunda intenção em suas ações.
Talvez fosse só paranóia sua, resolveu então parar de pensar nisso e saiu em direção à sede do time em que jogava. Teria que resolver algumas questões sobre suas férias e algumas partidas que deixaria de jogar, assinar alguns papéis e toda uma burocracia, para depois ir se “preparar” para o almoço com Malfoy.
Às 11: 30h, no escritório de Harry...
Harry mal acreditara no que acabara de receber. Fora até lá receber o resultado, tinham-lhe preparado para lê-lo, mas ele não conseguiu evitar o susto ao saber do que estava escrito ali, naquele papel. Por isso demoraram tanto para entregá-lo, queriam comprovar se aquilo era realmente verdade, pois afinal, aquele era Potter, o grande Harry Potter! Todos que trabalhavam naquele local pareciam condoídos com sua situação, mas ninguém poderia fazer nada por ele, a não ser o próprio Harry.
Não conseguia se conformar, apesar de saber que era fato comprovado. O que diria a todos? A seus amigos, à família Weasley, a todo o mundo e, principalmente, à Gina? A tristeza tomou conta de seus belos olhos verdes, que se tornaram opacos e sem brilho. Ali, na sua sala espaçosa e organizada, a tristeza que Harry emanava tomava conta de tudo. O que faria dali em diante? Aquela notícia havia pegado de surpresa e numa hora nem um pouco bem-vinda.
- Harry, trouxe uns relatórios pra você assinar, é sobre um prédio que vão construir e... Harry, ‘cê tá bem, cara? Pra quê você olha tanto pra esse papel? – Perguntou Rony, que entrara repentinamente na sala de Harry.
- Já ouviu falar em bater a porta antes de entrar em qualquer lugar fechado? – Harry repreendeu ariscamente o amigo.
- O que tem escrito nesse papel? Cara, seja lá o que for, não te fez bem! – Perguntou Rony novamente, ignorando o comentário dele.
- Aqui está sentenciando o meu fim, Rony. O meu com Gina. Leia! – Falou Harry estendendo o papel para o amigo, com um olhar inexpressivo e um tom embargado em sua voz, como se estivesse prestes a chorar. O desespero era algo evidente no rapaz. Rony, intrigado, tomou a folha das mãos de Harry. Lendo o último parágrafo, o assombro e o susto, agora, tomava conta do ruivo:
- Harry... Is-isto é... É horrível! É assustador... É uma mentira, não é? Me diz, por favor, que é mentira! ME DIZ, HARRY! – Falava Rony gaguejando e segurando nos ombros de Harry, balançando-o desesperadamente.
- Sinto muito, Rony. Eu também queria muito dizer que era mentira, mas não é. É a mais pura verdade, por mais dura e cruel que seja. – Falava Harry, olhando bem fundo nos olhos de Rony, que agora chorava pelo amigo. O ruivo, num ato de conforto e consolo, abraçou Harry fortemente. Afastando-se um pouco dele, indagou, curioso:
- Gina já sabe disso?
- Não. Eu não quero que ela saiba. Isso tá parecendo mais um pesadelo!
- Mas... Harry... Um dia ela... Ela terá que saber! – Gaguejava Rony, ainda assustado e triste.
- Eu sei disso. E quando esse dia chegar, eu sei que ela estará preparada pra saber da verdade. Mas agora não. Talvez ela não aceite que este é o meu destino. O nosso destino. E o único modo de resolver isso é indo pro Canadá!
- Mas o casamento está bem aí! Prestes a acontecer! O que você vai fazer?
- Isto é o que mais me atormenta, Rony. E, sinceramente... Eu não tenho a mínima idéia do que fazer. – Falou Harry, atordoado. Seu semblante continuava o mesmo, com uma desolação e tristeza sem tamanho. O de Rony também se assemelhava a isso. Até que uma idéia tomou conta de sua cabeça (fato raro). Contara tudo ao moreno, sendo que este percebera que era o único modo de solucionar o enorme problema em que se encontrava. Após ter combinado tudo com Rony sobre o que faria, o silêncio enorme tomou conta da sala. E tudo era presenciado por duas câmeras nos cantos superiores da sala, que registrava toda a conversa e todo o desespero dos dois amigos.
Neste mesmo horário, na mansão Malfoy...
Draco acabara de trazer Gina para sua casa, com um sorriso orgulhoso nos lábios. Ela impressionara-se com o tamanho da mansão, tanto em comprimento quanto em largura e altura. Seu salário como jogadora era muito bom e com ele podia comprar alguns apartamentos ou uma ótima casa, mas não era tão exorbitante a ponto de comprar e manter um casarão como aquele, com tanto requinte.
A arquitetura era do séc. XIX, com alguns traços góticos, o que a tornava uma raridade. O seu piso, sua parede, a mobília, cada objeto ou detalhe da casa, por mínimo que fosse, eram belíssimas e caras relíquias, a maioria de família. Tudo organizado, em seu devido lugar, limpo e bem cuidado. Todos os objetos pareciam serem tratados com o maior zelo.
Apesar de todo o luxo, beleza e organização, era um local sombrio, vazio, com uma decoração muito sóbria, escura, fria. Os empregados eram muitos e bastante cordiais e solícitos para com ela, mas não pareciam felizes ao verem o patrão, dando um sorriso extremamente forçado para o mesmo. Até que, após fazer todas essas observações sobre a mansão Malfoy, o almoço foi finalmente servido: comida francesa. Gina odiava comida francesa; nunca se dera bem com alguns pratos “excêntricos” dos franceses, como um queijo mofado que ela comera. Até que Draco, percebendo que Gina não parecia muito à vontade, perguntou:
- Gineviéve, está tudo bem com você? Algo não lhe agradou? Se quiser, eu posso pedir para preparar outro prato e...
- Não precisa, Malfoy. Está tudo excelente. Só acho que isso tudo, todo esse requinte e luxo não combinam comigo! – Comentara Gina.
- Nunca mais diga isso, ok? Você merece tudo isso. Você é o próprio luxo! Uma peça rara! E se me chamar de Malfoy mais uma vez, juro que vou te obrigar a sair comigo mais uma vez! – Gina esboçou um sorriso com o que Draco dissera. Ele sempre a elogiava, a mimava e tentava fazê-la ficar a vontade.
- Ok, Draco, tudo bem. Obrigada por tentar me animar, mas... É uma sensação que não consigo evitar!
- Breve você irá se acostumar com tudo isso. Você é uma rainha e merece ser tratada como tal! Seus fãs te amam! Você é uma das jogadoras mais famosas, cotadas e bem pagas do mundo! É linda, inteligente, simpática, astuta, sincera, gentil, engraçada...
- E etc. etc. e etc.! Já percebeu que vive me elogiando?
- É que não me canso disso. A cada dia descubro uma nova qualidade em você. Hoje foi a humildade. E amanhã, o que será? – Indagou Draco, sorridente.
- Não sei. Mas sei que você é uma ótima companhia! Uma nova amizade se inicia em minha vida! – Dissera Gina, levantando uma taça com um suco de laranja.
- Queria ser mais que uma nova amizade... – sussurrou Draco entre os dentes.
- Falou alguma coisa, Draco? – Perguntou Gina, pensando tê-lo escutado dizer algo.
- Não! Não falei nada. E então, vamos continuar o almoço? – Disfarçou Draco.
- Vamos. Mas antes, queria te fazer um pedido, Draco.
- E o que seria?
- Queria muito que você fosse ao meu casamento com Harry, na próxima sexta-feira. Vai ser um momento muito importante na minha vida e gostaria muito que você presenciasse! – Falara Gina, com uma alegria na voz que irritara levemente Draco.
- E Harry? E os seus irmãos? Não vão ficar zangados com a minha presença? – Perguntara Draco enquanto tomava um gole de vinho.
- Não se preocupe com isso. Deixe-os por minha conta. E então... Você vai? – Convidou Gina, enquanto comia a salada verde.
- E eu poderia negar um convite seu? Eu vou. – Afirmou Draco com um sorriso fingido no rosto.
- Depois te mando o convite oficial! Vou adorar se você for!
- Mal posso esperar... – Falara Draco, com uma “enorme” empolgação em sua voz, enquanto cortava um pedaço de um pato cozido.
Um pouco mais tarde, às 20: 00h, no apartamento de Harry...
Gina, há uma hora, esperava Harry. Havia preparado um jantar especialmente pros dois, comprara coisas que faltavam para o apartamento dele e ele estava demorando demais para chegar, algo estranho, pois Harry costumava ser pontual. Ligava para o celular dele, mas estava desligado. O que acontecera? Um acidente não poderia ser, pelo menos não duas vezes seguidas. Ele mal se recuperara do braço quebrado! Até que, ao sentar-se no sofá para assistir TV, Harry abriu a porta; sua cara estava com uma expressão vazia. Gina, feliz ao vê-lo, mas chateada pela demora, começou uma interrogação:
- Onde você esteve esse tempo todo, senhor Potter? Eu te esperando aqui há mais de uma hora, fiz jantar e...
- Gina, eu te amo muito, muito, muito, muito... – Interrompera Harry, abraçando Gina fortemente e acariciando os cabelos da mesma. A ruiva deixou-se levar pelo momento, esqueceu o que iria falar e abraçou Harry com a mesma intensidade, indagando:
- Pra quê isso, seu bobo? Eu sei disso melhor do que ninguém!
- Mas eu não quero que você tenha dúvidas disso, ok? – E beijou a testa de Gina carinhosamente, dando mais outro abraço na ruiva – Quero que saiba que, caso aconteça alguma coisa comigo, que eu sempre te amei. E caso eu faça algo que te magoe, não foi minha intenção, mas sim porque foi preciso, viu? Te amo mais que tudo... Faria muita coisa pra te ver feliz... Nunca se esqueça disso! Nunca! – E, segurando o rosto de Gina, depositou-lhe um beijo ávido, desesperado, como se ele estivesse necessitando urgentemente disso. Ela simplesmente o retribuiu. Ficara receosa com o que ele lhe dissera. Mas resolveu não pensar nisso no momento continuou beijando-o. Até que o fôlego se fez necessário para ambos e Gina dissera num fio de voz:
- Te amo! Você é tudo na minha vida! Tudo... – E abraçou-o – Tenho medo que você vá embora... Por favor, não me diga mais isso que acabou de falar... É como se fosse uma despedida! – E a ruiva deixou uma lágrima rolar sobre seu rosto. Harry limpou vagarosamente com o polegar cada lágrima de Gina e, olhando-a fixamente, colocou-a em seu colo e carregou-a até seu quarto. Debruçou-a lentamente sobre a cama e depositou-lhe beijos no rosto, no pescoço, até chegar à orelha da ruiva e cochichar:
- Eu jamais sairei de sua vida. Se um dia eu sair, ainda assim estarei presente em cada momento de sua vida. Em cada detalhe, por menor que ele seja, você se lembrará de mim. Não adianta nem tentar me esquecer, porque pra sempre... Pra sempre, no seu coração, eu vou viver... Ainda que o sempre não exista! – E beijou-a lentamente. Os corpos estavam colados, imersos em carícias e abraços, unidos num beijo ardente e apaixonado. Gina desabotoara rapidamente a camisa de Harry, e este, por sua vez, desamarrava o laço do vestido branco de Gina. Mas uma forte dor de cabeça acometeu Harry inesperadamente, fazendo gemer de dor e sentar-se na cama, com a cabeça entre as mãos. Gina assustou-se e, abraçando-se ao moreno, perguntou:
- Não me diga que é mais uma daquelas crises de dores de cabeça?
- É sim! E tá doendo muito! Ai! – Falara Harry sofregamente.
- Espera um pouco que vou procurar o seu remédio!
- Tá na primeira gaveta do criado-mudo!
- Toma, tá aqui! – Dissera Gina segundos depois, trazendo um copo d’água e oferecendo a Harry – Você comeu algo hoje?
- Só o café da manhã... Não pude almoçar! – Dissera Harry, um pouco mais calmo depois de engolir o comprimido.
- Tá explicado! Essas suas dores de cabeça nunca são sem motivo. Venha, preparei um jantar pra gente. – Falara Gina, levantando Harry da cama e, abraçada a ele, indo até a mesa da sala de jantar.
Macarrão com almôndegas e molho vermelho, lasanha, nhoque... Somente comidas italianas, no que Harry aprovou totalmente, deliciando-se com o jantar preparado pela ruiva. Ela, por sua vez, comia tranquilamente e vagarosamente, observando seu noivo. O clima romântico dos dois havia sido quebrado graças à dor de cabeça, mas ainda sim, o dia havia valido a pena somente porque Harry dissera-lhe que a amava. E muito.
* * * * * * * *
N/A: Estava com saudade de vocês, que são meus caramelos prediletos! Como vão? Espero que bem, porque eu tou! Haha! Desculpem por ele estar pequeno, ok? Mas ele é só isso mesmo, se eu acrescentasse mais alguma coisa ia ficar chato de ler. Fico grata pelos comentários! Gostei de todos! E eles tão aumentando, gente! Espero que aumentem ainda mais depois que eu postar este aqui!
Sem mais pro momento, um abraço e beijo na careca!
Carpe Diem
Hannah B. Cintra
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