Uma troca maligna



Capítulo 6 – Uma troca maligna


Draco havia acabado de entrar numa penitenciária. Uma velha e horrenda penitenciária feminina, onde todos o reconheciam devido as suas visitas quase que semanais. Após ter sido revistado pelos guardas do local, foi guiado por uma carcereira até uma sala de visitas, que possuíam dois guardas na frente da porta e um dentro da sala, ao fundo. No centro, encontrava-se uma pequena mesa, com duas cadeiras, sendo que uma era ocupada por uma mulher loira; estava com as mãos algemadas, a cara abatida e sofrida, mas com um porte elegante e um ar superior, apesar da péssima situação em que se encontrava.

O loiro, todo elegante e bem vestido, contrastava de modo impressionante com aquele local frio e feio. Chegando até a mesa e sentando-se na cadeira em frente à mulher, segurou as duas mãos delas e, depositando-lhe um beijo, dissera com um olhar penetrante sobre a loira:

- Minha mãe... Que saudade senti da senhora!

- Meu filho... Você não sabe o quanto anseio por suas visitas! A vida nesta prisão é um tédio. Faço variadas coisas durante o dia, mas o tempo parece não passar nunca neste inferno! – Lamentou-se Narcisa Malfoy, mãe de Draco.

Há 4 anos e meio estava presa após Harry, que havia acabado de entrar na faculdade de advocacia, conseguir desvendar o esconderijo de um terrorista neofacista que atormentava a vida dos ingleses anos atrás, Voldemort. Tirando Draco, toda a família Malfoy era aliada ou seguidora de Voldemort. Mas após a morte de Voldemort durante sua captura, todos os seus seguidores foram julgados e condenados, a maioria para passarem longos e duros anos na prisão. Seu marido, Lúcio Malfoy, havia sido morto durante a captura de Voldemort, também. Já ela foi condenada a passar 20 anos na cadeia.

- Mãe, se acalme, tá legal? Estou tentando de todas as maneiras tirar você daqui, ou ao menos diminuir sua pena e arranjar uma cela melhor! A senhora sabe muito bem que faço isso incansavelmente, desde que entrou aqui.

- Draco, estou cansada de esperar, filho. Você sabe muito bem que eu fui aliada de Voldemort unicamente por causa de seu pai. Fui forçada. – Narcisa falava tudo isso sem se exaltar ou se exasperar. Falava sem nenhum sentimento na voz, fato que assustava Draco. Ela havia adquirido uma certa frieza durante sua estadia na prisão, ele percebera.

- Eu sei disso tudo, mamãe. É esse e vários outros argumentos que os advogados estão utilizando para persuadir o júri! Eu estou fazendo o possível!

- O possível não basta, Draco. Faça o impossível também. Minha vida por aqui está se tornando insuportável a cada dia que passa. – Ela falava tudo isso calmamente e numa altura para que somente seu filho ouvisse. Draco, após ouvir essas palavras, levantou-se e abraçou fortemente sua mãe, dizendo-lhe:

- Não se preocupe, mamãe. Agüente durante mais algum tempo, é só o que eu lhe peço! Assim, tenho tempo de me vingar daquele que te botou aqui e ainda consigo tirá-la dessa cadeia. Isso eu lhe garanto.

- Como assim, se vingar de quem me botou aqui, filho? – Indagou Narcisa, afastando-se do abraço e não entendendo o que Draco queria dizer com aquilo.

- Vou me vingar de Potter. Harry James Potter. Foi ele quem arruinou toda a nossa família, toda a minha vida. Nosso nome está na lama, graças a ele! – Draco falava tudo isso com uma irritação na voz que sua mãe nunca tinha escutado, e ela resolveu questionar:

- Filho, quem arruinou toda a nossa família foi o seu pai! Disso eu não tenho dúvidas. Seu próprio pai sujou o nome de nossa família, nome esse que, pelo visto, é algo que você presa. O filho dos Potter nada tem a ver com isso. Ele somente desvendou o esconderijo do Milorde.

- Foi o Potter, mamãe. Não adianta tentar me convencer. Ele conseguiu tirar tudo o que eu tinha de mais importante na minha vida: meu pai, a sua liberdade, nossa reputação e, principalmente, a pessoa que mais amo! – Draco falava tudo isso com um peso na voz. Parecia ser algo difícil de admitir para si mesmo. Suas feições revelavam isso. Sua mãe, não querendo acreditar no que escutara, perguntou-lhe:

- Draco, não me diga que você ainda é...

- Sim, mamãe. Digo sim. Ainda sou apaixonado por Gina Weasley. Perdidamente apaixonado. – Interrompeu Draco, sabendo o que sua mãe iria perguntar. Ela, impressionada com a revelação, continuou:

- Pensei que você já a tivesse esquecido. Sempre imaginei que fosse uma paixonite boba de criança, mas pelo visto, é bem mais do que isso, não?

- É sim... É mais forte do que eu. A senhora sabe disso melhor do que ninguém, não é mesmo?

- Lembro-me bem de quando você a viu pela primeira vez. Você tinha uns oito anos, ela uns sete. Era a festa de aniversário do primeiro-ministro e tanto nós como os Weasley foram convidados. Você a viu e, encantado, disse-me que, quando crescesse, iria se casar com ela. Seu pai até lhe botou de castigo por esse comentário e, desde então, fez de um tudo pra tirá-la de sua cabeça durante toda a sua adolescência!

- E tudo em vão. De nada adiantou as viagens, as apresentações a garotas, as surras, os castigos, as ameaças de me deserdar, de me tirar do internato onde ela também estudava... Enfim, ele não conseguiu tirá-la da minha cabeça e se convenceu de que era impossível isso acontecer. – Draco lembrava-se disso tudo com um sorrisinho cínico do rosto, pois tinha conseguido dobrar o seu pai, fato que o “orgulhava”.

- Parece que tudo isso só fez aumentar essa obsessão que você tem por essa garota, filho. E isso não está te fazendo nada bem, pode ter certeza.

- Como assim, mamãe? – Draco se espantou com este comentário de sua mãe. O que poderia estar acontecendo com ele por causa de uma “mera paixão” por Ginny Weasley?

- Não namora, está com uma cara péssima, trabalha dia e noite sem parar, não pensa em outra coisa a não ser nela e em se vingar do Potter, quer casar com ela de qualquer jeito... Um dia, você vai acabar fazendo uma besteira sem tamanho por causa dessa garota, que irá desgraçar toda a sua vida! Escreva o que estou lhe dizendo! – Disse sua mãe, extremamente preocupada com o filho. Ele, por sua vez, comentou:

- Não posso perder meu precioso tempo com relações sem futuro; já o meu trabalho é algo que não posso deixar em segundo plano, afinal sou o sócio majoritário de muitas empresas; com relação ao Potter, tudo aquilo que planejei pra minha vida nunca dará certo se ele continuar no meu caminho; e Gina é o meu objetivo principal no momento. Esperei demais por ela e agora está prestes a se casar com o babaca do “cicatriz”. Tenho que correr contra o tempo e conquistá-la de qualquer forma, nem que eu tenha que vender a minha alma. Dou minha alma ao diabo, se for preciso, para ter essa mulher!

Quando Draco pronunciou estas últimas palavras, um frio mórbido e repentino tomou conta do local. Narcisa, um tanto quanto assustada e preocupada com o que o filho dissera, falou-lhe:

- Meça bem as suas palavras antes de fazer qualquer acordo, troca ou pacto com o demônio, filho! Ele costuma ser bem traiçoeiro. Pode até conseguir fazer aquilo que você quer, mas, muitas vezes, não do melhor modo ou com a melhor resolução possível. – Narcisa falou tudo isso finalmente demonstrando algum sentimento na voz. E, pelo visto, era pavor pelo que o filho dissera. Ele, percebendo isso, perguntou:

- Não me preocupo com isso. Como diria Maquiavel, “os fins justificam os meios.” Mas, por que está me dizendo isso, mamãe? Já fez algum... Pacto com o demônio? – Draco aguçou sua curiosidade com relação ao que sua mãe havia lhe dito com tanta preocupação.

- Eu não. Nunca fiz e nunca farei, com toda a certeza. Mas você vai. E isso me corta o coração, filho! – Sua mãe havia falado com tanta emoção que Draco, por um minuto, pensou em desistir da idéia. Ela segurou a mão do filho e derramou uma densa lágrima de seu olho esquerdo, que Draco limpou rapidamente. Ela conseguiu conter a emoção rapidamente e um dos guardas chegou, batendo na porta e dizendo:

- O horário de visitas acabou, rapaz!

Draco, levantando-se e indo em direção a mãe, acalmou-a:

- Não se preocupe tanto comigo, mamãe, eu já lhe disse. Sei muito bem o que faço e o quanto irá me custar. No mais, se cuide e tenha um pouco mais de paciência, ok? Visitarei a senhora assim que puder. – E deu um caloroso abraço na mãe, que estava mais calma. Ela, por sua vez, retrucou:

- Ainda assim, tome cuidado e ciência do que irá fazer. Nunca tentei e nunca vou tentar tirar essa garota de sua cabeça, pois sei que será pura perda de tempo. Mas essa fixação que você tem pela Weasley ainda irá lhe fazer mal, caso não se controle. Juízo, ouviu? E não precisa me recomendar nada, pois eu sim, sei o que faço.

- Ouvi bem, mamãe, ouvi. Até outro dia! – Draco saiu rapidamente da sala, enquanto a carcereira guiava Narcisa Malfoy até sua cela.

A loira, após entrar e sentar em sua cama dura e velha, pensou: “ Mesmo eu tendo dito tudo aquilo, Draco ainda vai fazer uma besteira sem tamanho por causa daquela Weasley! E essa besteira pode custar muito caro pra ele. E pra garota também, que vai sofrer maus bocados por causa das atitudes insensatas que ele vai tomar para tê-la só para si. Porém, o pior mesmo vai ser se Draco continuar com essa idéia absurda de troca com o Diabo! Quem brinca com fogo acaba se queimando, e meu filho parece que não sabe disso, apesar de ter visto o pai desgraçar toda a família por causa de um psicopata velho, preconceituoso e poderoso! Onde será que eu errei na criação desse menino! Onde!?”



Nesta mesma tarde, às 14:00h...



Harry acordara bem tarde, resultado da noite bem divertida que tivera ontem, sexta-feira, com seus amigos e sua noiva. Olhou a sua volta e, vendo quase tudo embaçado, lembrou-se de pôr os óculos. Aliás, belos (e caros) óculos com que sua noiva havia lhe presenteado; tudo isso por um beijo. O beijo. E esboçou um pequeno sorriso em seu semblante ainda sonolento. Olhou as horas em seu relógio, percebeu que eram 13: 30h, um horário o qual não estava habituado a acordar, mesmo após uma ótima e longa noite. Após levantar-se e fazer toda a sua higiene pessoal, preparou sua refeição e comeu tudo lentamente, saboreando cada pedaço de cada alimento.

Porém, quando foi abocanhar um morango, prestou bastante atenção na fruta e, surpreso com o pensamento que lhe veio à cabeça, deixou-o cair. Dando um tapa na testa e dizendo “Como pude me esquecer?”, passou a comer tudo rapidamente, limpou a pequena bagunça que havia feito na cozinha de seu apartamento e procurou algo que parecia estar esquecido em seu quarto; encontrando o objeto que queria, penteou seus bonitos e negros cabelos rebeldes, colocou uma regata branca que moldava perfeitamente seu tórax e uma calça jeans de cor escura; levou também um cesta com variadas guloseimas. Após olhar as horas, percebeu que eram 3 horas da tarde e, apressadamente, saiu de seu apartamento.


* * * * * * * *


Gina acordou às 8: 00h, relativamente cedo para quem se divertiu a valer noite passada. O sonho que havia tido durante a madrugada fora ótimo. Era o mesmo que sonhava há anos, seu casamento com Harry. Porém, sempre acabava na melhor parte: Na hora do moreno dizer o tão esperado sim. Espreguiçando-se, levantou-se e foi ao banheiro fazer sua higiene matinal; tomou seu café e depois foi até a loja de brinquedos dos gêmeos para ajudá-los.

Quando chegou em casa, foi diretamente ao seu quarto e observou um bilhete em cima de seu criado-mudo direcionado a ela. Curiosa, leu o conteúdo do bilhete, que dizia: “Boa tarde! Dormiu bem? Já fez o que tinha de fazer pela manhã? Espero que sim, pois breve terá uma bela surpresa. Vá até a cozinha e lá encontrará algo direcionado a você, assim como este bilhete. Até lá!”

Intrigada com o que havia acabado de ler, foi até a cozinha; queria comprovar se aquilo que estava escrito era verdade ou só uma brincadeira dos gêmeos. Porém, viu um ramalhete de flores do campo na mesa, com um cartão entre as flores. Olhou pra sua mãe, que lhe fitava com um olhar enigmático e sorria-lhe. Percebeu que ela sabia o que era tudo aquilo e foi tirar suas dúvidas:

- Mãe, quem é que tá fazendo isso comigo? São Fred e Jorge, não são?

- Sinto muito, filha, não posso dizer nada. Mas leia o cartão. Logo, logo, você saberá! – E a Srª. Weasley foi até a sala, mantendo o sorriso no rosto.

- Ok... – E Gina, após aspirar a fragrância das flores, abriu o cartão, que dizia:

“Para perfumar e alegrar ainda mais o seu dia, resolvi lhe presentear com este ramalhete. Espero que tenha gostado. Se gostou, obedeça meus comandos: siga em direção à macieira que fica no jardim de sua casa. Meu nome ainda é uma incógnita pra você, sei disso, mas por enquanto prefiro manter em segredo. Afinal, ainda é uma surpresa, ruiva. E você adora uma.”

Gina abriu um sorriso ao ler o cartão. Seria somente uma brincadeira? Ou havia algo a mais naquilo tudo? Mas em uma coisa o “brincalhão” tinha acertado: ela adora uma surpresa. E adorava descobri-las e, se possível, aproveitá-las. Apesar da enorme dúvida que a perseguia, seguiu em frente e foi até o jardim de sua casa, dirigindo-se à macieira.

Chegando lá, viu uma rosa vermelha abaixo da árvore; e amarrada a essa rosa, outro bilhete. Leu-o: “Dizem que a cor vermelha absorve tudo o que está ao seu redor. Conseqüentemente, uma rosa vermelha pode ser tudo, menos vermelha. Você, por exemplo. A cor de seus cabelos chega a se assemelhar ao vermelho muitas vezes. Isso pode ter feito com que você absorvesse muitas coisas boas ao seu redor, tornando-se, assim, uma pessoal espetacular e belíssima. Acreditando ou não nisso, quero que despetale essa rosa e saberás aonde ir.”

Gina achou que seria uma maldade fazer isso, mas estava tão curiosa que o fez. E encontrou um papelzinho vermelho entre as pétalas, que dizia: “siga em frente.” Ela, achando um pedido simplíssimo, seguiu em frente, até encontrar em outra árvore uma placa com os seguintes dizeres:

“Está esquentando. Sinto, mas ainda não posso dizer meu nome. E se chegaste até aqui, é porque está gostando do joguinho. Então, dobre para a direita e encontrará mais um presentinho pra você!”

A ruiva começou a achar tudo isso estranho. Mas estava adorando tudo isso, e seguiu à direita. E logo encontrou um pequeno objeto no meio do caminho: uma caixinha de veludo. Abrindo-a, viu dois belos e pequeninos brincos de ouro, incrustados com esmeraldas; amando o presente, colocou-o cada um em cada orelha e leu o pequeno papel que encontrou dobrado dentro da caixinha:

“A vida é uma caixinha de surpresas. Em sua maioria, belas surpresas. Esta é somente uma das muitas que você terá. E a maior e melhor está por vir, falta pouco. Se quer descobrir qual é, dobre à esquerda e encontrarás a última pista.”

Gina ficou mais intrigada e curiosa do que já estava. Sabia que não era uma brincadeira dos gêmeos, nem de qualquer parente seu. Mas de quem seria? Obedecendo às ordens ditadas no papel, entrou pela esquerda, embrenhando-se num bosque que ficava perto de sua casa, onde costumava brincar com seus irmãos quando pequena. E mirou um livro de capa dura entre as raízes de um ipê; um livro de química básica. Reconhecendo-o, abriu-o e leu algo que estava escrito na contracapa:

“Não sei se reconhece este livro, mas foi graças a ele que você passou a compreender esta matéria que tanto odiava, e atualmente admira. Graças a ele te fiz um pedido. E hoje, faço-te mais outro, apesar dos muitos que já fiz. Vá até o lago que fica pertinho desse bosque e, finalmente, descobrirás a surpresa e quem sou eu.”

Gina descobriu quem era essa pessoa misteriosa. E riu. Simplesmente riu. Correndo com o livro entre os braços, dirigiu-se rapidamente ao lago indicado. Encontrou uma enorme toalha estirada embaixo de um enorme pinheiro que beirava o lago. E várias frutas e guloseimas sobre a mesma. Um aparelho de som, ao lado da toalha, tocava uma peça musical de Beethoven, ‘Sonata ao Luar’. Ficou estática, tamanha era a admiração pela beleza e simplicidade de tudo. Porém, antes que pudesse fazer qualquer movimento, duas mãos fecharam os seus olhos, e uma voz grave e rouca indagou-lhe:

- Adivinha...?

- Seu bobo! Pra quê tudo isso!? – E retirou as mãos que cobriam seus olhos e beijou-as docemente.

- Porque além de ter sido divertido, fez você lembrar cada momento que nós passamos neste dia, 26 de junho. – Harry virou-a de frente para ele e deu-lhe um selinho, ato que a fez sorrir. Ele prosseguiu:

- Quando descobriste que fui eu que armei tudo isso?

- O livro de Química. Você me deu um igual a esse naquele dia, como um presente. Um estranho, mas ótimo presente! – E Gina o abraçou. Harry, então, chamou-a para dançar a beira do lago e ficaram lá, juntinhos, até que uma música bastante conhecida pelos dois começou a tocar. A ruiva sussurrou-lhe ao ouvido:

- Essa sua mania de colocar as nossas músicas nos nossos momentos especiais me deixa louca!

- É esse o meu objetivo: deixar-te louca. Louca por mim. – Ele sussurrou em resposta no ouvido dela. Ela simplesmente respondeu:

- Mais louca do que já sou? Impossível! – E continuaram a dançar a música que, segundo Gina, era deles.


* * * * * * * *
Penúltimo ano de Gina em Hogwarts. 26 de junho, último dia de provas, 16:00h.


Gina mal acabara de terminar a prova de Química e fora correndo aos jardins do internato, mais especificamente até a beira do lago, embaixo de uma árvore centenária do colégio. Havia marcado com Harry de se encontrarem ali naquele horário, e ela havia se atrasado muito devido a sua dificuldade na matéria que Snape ensinava: Química.

Chegando ao local marcado, passou a ficar mais impaciente do que já estava, devido a demora de Harry. Sentou-se e passou a admirar o belo e grande lago que sua escola possuía; até que duas mãos frias e macias envolveram seus olhos, sendo que ela não podia enxergar nada. O dono das mãos falou, finalmente:

- Adivinha...?

- Por que se atrasou? – Gina abriu um enorme sorriso e virou-se para Harry, que olhava admirado para a garota:

- Como soube que era eu?

- Simples. Primeiro: você marcou um encontro comigo aqui. Segundo: o aroma de seu perfume; reconheci de longe. Terceiro: sua voz; o timbre é reconhecível. Quarto:...

- Ok, Gina, ok, entendi. Olha, eu me atrasei porque estava preparando algumas coisas e... Ah, deixa pra lá, vem comigo que eu te mostro! – E o moreno passou a puxar a garota pela mão, guiando-a um pouco mais a frente. Chegaram até uma enorme e velha castanheira, e embaixo dela havia uma toalha estirada com uma cesta, um violão e alguns aperitivos. O lago complementava e acentuava a beleza de tudo. A ruiva, impressionada, admirou:

- Nossa, Harry! Tá... Tá tudo muito... Muito lindo!

- Fiz pra você. É tudo pra você. – Harry confessou, segurando as mãos de Gina. Depois se sentaram sobre a toalha e Harry indagou:

- Como fez pra despistar Rony e Hermione?

- Ah, disse que ia passear por aí com a Luna, pra esfriar a cabeça. Eles sabem que Química nunca foi meu forte e hoje fiz uma prova sobre o assunto.

- Quer dizer que Luna já sabe de tudo? Do encontro, do... Do beijo? – Perguntou Harry, um tanto quanto envergonhado e assustado.

- Já, sim. Não pude esconder, ela percebeu o que havia acontecido e me fez contar tudo. Sem contar que nos beijamos no meio do salão, na frente de muita gente. Ainda bem que o pessoal não ficou comentado sobre isso, hoje. Não quero que Rony nem Hermione saibam de tudo desse modo!

- Eu também não. Mas, mudando um pouco de assunto, porque você não se dá bem em Química? Apesar de o Snape ser um seboso ranhento, eu passei a gostar da matéria, agora. – Harry falou isso com certa curiosidade e preocupação com a ruiva. O apelido que ele dera no professor havia feito Gina sorrir, e ela resolveu responder.

- Ah, sei lá. Não é só pelo fato de Snape ser o professor, mas sim dele não ensinar de um modo que me atraia.

- Hum... Entendi... Olha, vou te ensinar uma coisa que aprendi sobre Química e nunca mais esqueci. A partir disso, passei a me interessar pela matéria. – Harry, então, pegou uma caneta no bolso de sua mochila e desenhou um átomo na perna da garota. Depois de ter feito isso, disse-lhe:

- Este é um átomo. Aqui está o núcleo e, ao seu redor, a eletrosfera. Dentro do núcleo, estão várias partículas subatômicas que o compõe. E, na eletrosfera, giram outras partículas ao redor do núcleo, os chamados elétrons. O átomo vai perder suas propriedades aos poucos, caso qualquer uma dessas partículas se desintegrarem. Se forem as partículas subatômicas contidas no núcleo, pior ainda. – O moreno falou tudo isso olhando bem fundo nos olhos castanhos da ruiva, que prestava total atenção ao que ele dizia. Quando ele parou, ela insistiu para que Harry continuasse:

- Prossiga! – Harry, vendo que Ginny havia se interessado pela estória, esboçou um sorriso e continuou:

- Comparo-te ao átomo. Em seu torno, várias pessoas giram ao seu redor, porque precisam de você, assim como você precisa delas. Caso qualquer uma delas vá embora, além de você perder algo importante na sua vida, vais mudar em algum aspecto. Os elementos contidos no centro são mais importantes, porque além de serem essenciais na sua vida, você é essencial na vida deles. Se você tentar tirá-las de lá, vai ser algo quase impossível, pois já são parte de você e vice-versa. E se perdê-las, sua vida passa a não ter mais sentido e você deixa de ser um átomo.

Gina impressionou-se com o que Harry lhe dissera. Havia sido algo totalmente inteligente e poético, ao mesmo tempo. Ela, impressionada com a comparação, perguntou-lhe, curiosa com a resposta que iria receber:

- E qual parte do átomo você quer ocupar ou ser?

- O centro. – Os olhos de Gina brilharam de alegria. Os de Harry também. Ela, por sua vez, respondeu ao moreno:

- Este lugar já é seu, há muito tempo. Só faltava você aceitá-lo.

- Pois aceito, com todo o prazer.

Harry, lentamente, chegou mais perto de Gina e, levantando o queixo da ruiva com o dedo indicador, tocou os lábios da garota e, aconchegando-se mais perto, o beijo se intensificou. Ao contrário do beijo da noite passada, este foi mais desesperado, mais caloroso, como se os dois nunca tivessem se beijado antes e esta fosse a primeira vez. Só pararam quando se lembraram que precisavam respirar e perceberam o quão rubros estavam, sem nem um pingo de fôlego, mas com a enorme vontade de repetir o que haviam feito há pouco. O moreno sorriu e, animadamente, perguntou à Ginny:

- E aí, vamos comer?

- Pensei que não fosse perguntar, estava me roendo de fome! – E, aos risos e afagos, deliciavam-se com as frutas, um colocando na boca do outro: morangos, uvas, cerejas, torradas com geléia, suco de laranja... Os dois estavam amando o final de tarde que passaram juntos! Até que Gina, observando o instrumento que estava ali, perguntou ao moreno:

- Por que você trouxe um violão? Não me diga que você...

- Sim, eu sei tocar! Aprendi aqui em Hogwarts, nas aulas de música!

- Ah, é mesmo, aula de música é uma das atividades extras daqui. Havia me esquecido disso...

- É. Me interessei. Música me acalma de uma forma impressionante, resolvi aprender algum instrumento. Só que ninguém sabe disso, nem mesmo Rony ou Hermione. Agora, você é a única que sabe, tirando o meu professor de música.

- É, Harry Potter e seus segredinhos... Mas breve desvendarei todos! – Gina disse isso olhando de modo provocante a Harry, que respondeu sorrindo:

- Saiba que meus segredos têm um preço alto!

- Eu pago, não tem problema. Qual é o preço?

- Cinqüenta beijos!

- Só depois que você tocar uma música pra mim!

- Ok, sua chantagista... Farei isso... Mas estás em dívida comigo, não se esqueça! E vou cobrar!

- Sim, mas cobre depois que tocar uma música! Toca logo, vai! – Gina fazia a maior cara de pidona, enquanto Harry, rindo, falou:

- Sabe, eu pensei em te dizer muita coisa hoje... Mas músicas falam melhor que palavras! Eu já ia tocar uma música pra você... Escolhi a que melhor traduzisse o que sinto por você e... Encontrei essa canção. Espero que goste! – Gina, então, passou a prestar atenção na música que Harry tocava e cantava.


Brian McKnight – Back at one


It's undeniable that we should be together

É inegável que devemos ficar juntos
It's unbelievable, how I used to say that I'd fall never
É inacreditável como eu dizia que jamais me apaixonaria
The basis is need to know,
Você precisa saber,
If you don't know just how I feel
Se já não sabe como me sinto
Then let me show you now that I'm for real
Então deixe-me mostrá-la agora que eu estou falando sério
If all things in time, time will reveal
Se todas as coisas, na hora certa, o tempo revelará

One: you're like a dream come true
Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Two: just wanna be with you
Dois: só quero estar com você
Three: girl it's plain to see
Três: Garota, é evidente
That you're the only one for me
que você é a única pra mim
And four: repeat steps one to three
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Five: make you fall in love with me
Cinco: e se apaixone por mim
If ever I believe my work is done
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Then I'll start back at one
Então voltarei para o primeiro passo

It's so incredible, the way things work themselves out
É tão incrível como as coisas acontecem sozinhas
And all emotional, once you know what it's all about
É tudo emocionante quando você descobre do que se trata
And undesirable, for us to be apart
E é indesejável que nós fiquemos separados
I never would've made it very far
Eu jamais teria ido muito longe
'Cause you know you've got the keys to my heart
Pois você sabe que tem as chaves do meu coração

One: you're like a dream come true
Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Two: just wanna be with you
Dois: só quero estar com você
Three: girl it's plain to see
Três: Garota, é evidente
That you're the only one for me
que você é a única pra mim
And four: repeat steps one through three
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Five: make you fall in love with me
Cinco: e se apaixone por mim
If ever I believe my work is done
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Then I'll start back at one
Então voltarei para o primeiro passo

Say farewell to the dark of night
Diga adeus a escuridão da noite
I see the coming of the sun
Eu vejo o sol se aproximando
I feel like a little child, whose life has just begun
Sinto-me como uma criança cuja vida está começando
You came and breathed new life into this lonely heart of mine
Você chegou e trouxe uma vida nova para este meu coração solitário
You threw out the life line just in the nick of time
Você me salvou bem na hora exata

One: you're like a dream come true
Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Two: just wanna be with you
Dois: só quero estar com você
Three: girl it's plain to see
Três: Garota, é evidente
That you're the only one for me
que você é a única pra mim
And four: repeat steps one through three
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Five: make you fall in love with me
Cinco: e se apaixone por mim
If ever I believe my work is done
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Then I'll start back at one
Então voltarei para o primeiro passo


Quando Harry terminou de tocar as últimas notas da música e de cantá-la, percebeu que Gina chorava. Um choro silencioso, contido, mas ainda assim, um choro. Ele, preocupado, perguntou:

- Ginny, o que foi que aconteceu? Não gostou?

- Ao contrário... Eu amei! Mas... Nunca pensei que você fazer isso um dia por mim! Nunca pensei que... Que você pudesse me amar do mesmo modo que eu te amo! Sofri silenciosamente durante anos porque sabia que você não me olhava da mesma forma que eu te olhava... Sabia que você sofria por dentro por ter um destino tão cruel pela frente, e você me magoava ao negar o meu amor... E agora... Agora você me diz tudo... Tudo o que eu queria ouvir desde que te conheci! Faz coisas que eu nem sei se vou poder retribuir da mesma forma...

E Gina abraçou Harry fortemente, como se fosse perdê-lo a qualquer momento. Ele entendeu o porquê daquele abraço, daquele choro, e retribuiu. O que ela havia lhe dito a poucos segundos tinha mexido com ele. Recostando o queixo sobre a cabeça de Gina e acariciando sua cabeleira ruiva, Harry lhe disse:

- Você já fez muito por mim! Eu é que estou retribuindo o que você já fez e ainda faz por mim. Lembra-se quando você deu sua vida por mim para me salvar do ataque de Voldemort, quando eu estava no 2º ano? Isso é algo que nunca poderei pagar! Arrependo-me de não ter notado você antes... De não ter te beijado antes... De não ter tido a tua companhia nesses últimos anos...

E Harry beijou a fronte de Gina delicadamente, deixando uma pequenina e única lágrima rolar pelo seu rosto. Ginny percebeu que o moreno também havia se emocionado e que sentia o mesmo por ela. Segredou-lhe, num fio de voz:

- Harry, eu te amo. Muito. Mais do que a mim mesma. – Harry havia se impressionado com a revelação da ruiva. E se alegrou. Nunca alguém havia expressado tamanha forma de amor por ele e, em resposta, falou:

- Eu te amo Gina. Não sei o quanto, mais sei que não tem limites.

E passou a beijar o pescoço dela, causando arrepios na garota, que logo se animou. Ele, então, tomou uma atitude inesperada e estranha: ergueu as duas mãos na frente de Gina. E, girando os punhos rapidamente, uma rosa vermelha materializou-se em suas mãos. Entregando a Gina, ajoelhado, fez-lhe um pedido:

- Ginny, sei que é um pouco tarde pra te pedir isso, mas vou fazê-lo assim mesmo. Gineviéve Molly Weasley... Quer ser minha namorada?

Gina, espantada com o pedido e com a mágica feita por Harry, simplesmente aceitou a rosa, aspirou o aroma que a mesma exalava e deu um selinho no moreno:

- Sim! – E deu outro selinho – Sim! – E mais outro – Sim! – E outro – Sim, sim, sim! – E abraçou o moreno, que amou o modo dela responder ao seu pedido:

- Você devia fazer isso mais vezes!

- Espertinho! Já descobri outro segredo seu: você é mágico! Onde aprendeu esse truque da rosa?

- Um bom mágico nunca revela seus segredos! Sem contar que, agora que você descobriu outro segredo meu, está me devendo 100 beijinhos, mocinha!

- Não se preocupe, eu pago agora! – E Gina passou a beijar várias e várias vezes Harry, que lhe fazia cócegas e lhe beijava de vez em quando. Até que o moreno, olhando pro céu admirado, parou com as carícias e chamou a atenção de Gina:

- Olha só, um dos maiores presentes que a natureza pode nos dar: um belo pôr-do-sol, a beira de um belo lago, para um belo casal apaixonado! – E o sol parecia ser engolido pela lagoa, que antes era verde e agora estava com um tom alaranjado assim como parte do céu. As poucas nuvens brancas complementavam a beleza. E o casal observava tudo, abraçados e recostados numa enorme castanheira.

Até que o espetáculo natural acabou e os dois, apesar de relutantes, tiveram que ir para o castelo jantar, ajeitar tudo para a volta pra casa e, logo após, dormir. Gina, arrumando sua mala, encontrou um objeto em sua cama, escondido sobre o travesseiro. Era um livro de Química básica. Pensou que fosse de Hermione, que poderia tê-lo esquecido, até que o abriu e leu os dizeres que estavam escritos na contracapa: “Para minha amada Gina Weasley, o belo átomo o qual seu centro sou eu. Beijinhos na sua boquinha linda! De todo o meu coração, Harry Potter.”

Gina adorou a surpresa. E viu que Hermione a observava de longe; a castanha, percebendo que Ginny havia gostado da surpresa, deu-lhe uma piscadela. Havia sido ela quem colocara o livro a pedido de Harry, e a ruiva foi até a amiga agradecer o que tinha feito pelos dois.



* * * * * * * *
Cinco anos depois do acontecido, lagoa perto da “Toca”, 18: 00h


Harry e Gina já haviam se divertido o bastante: dançaram, comeram, conversaram bastante e namoraram muito. Apesar do moreno estar com o braço quebrado, ele conseguia fazer tudo com facilidade, fato que impressionou Ginny. Mas, como tudo que é bom tem seu fim, tiveram que ir embora. Arrumaram tudo e, abraçados e embrenhando-se pelo bosque, foram até a “Toca”.

Harry, após conversar com todos durante um bom tempo, resolveu ir embora. Gina, sussurrando-lhe ao ouvido, disse:

- Feliz aniversário de namoro, Harry.

- Pra você também, Gi! – E os dois se beijaram pela última vez naquele dia. O que não sabiam é que alguém escondido entre os arbustos fotografou cada cena romântica dos dois, do começo ao fim. Até mesmo este beijo.


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Um pouco mais tarde, neste mesmo dia, às 21: 30h, mansão dos Malfoy


Draco havia passado o resto do dia em casa. Lendo livros antigos na sua enorme biblioteca, e procurando outros, e mais outros. Todos grossos, velhos e empoeirados. Até que encontrou o livro que queria. Não dava para ler o título, devido à antiguidade dele. Folheou várias e várias páginas e observou um capítulo que lhe interessou muito. Lendo cada palavra atentamente, procurou todos os objetos que o capítulo pedia que tivesse.

De repente, a campainha toca. O mordomo da mansão abre a porta e, apesar de não encontrar ninguém, encontra um envelope endereçado ao seu patrão, Draco Malfoy. Após receber a “encomenda”, o loiro a abre e vê fotos. As fotos que ele havia pedido a um de seus empregados que tirasse. E vendo-as, rasgou todas pela metade. Eram fotos de Harry e Gina. As que continham beijos e carícias ele amassava e seu semblante tornava-se mais feio e sombrio.

Pegou as fotos rasgadas pela metade e, retirando o enorme tapete que cobria seu escritório, ele pode ver um enorme pentagrama desenhado no chão. Meias-luas e outros símbolos satânicos rodeavam a grande estrela de cinco pontas. Draco colocou e acendeu uma vela em cada ponta da estrela e, com uma bandeja, carregava fios de cabelos, uma faca e fotos. Chegando ao centro do pentagrama, posicionou-se da mesma forma que uma flor-de-lótus e, olhando o texto que estava escrito no livro, passou a ler cada palavra:

“Ó, Senhor do Mal, Rei do inferno, realiza meu pedido: Eu, Draco Malfoy, quero Gineviéve Molly Weasley, a pessoa que mais quero e desejo nesta vida, como minha legítima esposa, não me importando do modo como realize este meu desejo. Em troca, ofereço-te o meu sangue e a alma de um pobre coitado que estará condenado a sofrer por toda a eternidade. Prometo ser fiel e totalmente leal ao Senhor, contanto que consiga o que lhe peço fervorosamente! Assim dito, assim será feito!”

E terminando de enunciar cada palavra, Draco cortou levemente a palma de sua mão, de modo que somente escorresse um filete de sangue num pequeno vasilhame. Pegou uma mecha dos cabelos ruivos de Gina que estava na bandeja e uniu com uma mecha de seus loiros cabelos. Depois de uni-los, Draco queimou-os sob a chama de uma das velas que estavam por ali. E uniu uma foto sua com a de Gina com uma fita adesiva, untou-as com o seu sangue e, logo após, foi ao jardim de sua casa enterrar aquela fotografia.

O feitiço da troca estava feito. Faltava somente concretizá-lo por completo. Foi até o seu quarto dormir mais um de seus sonos aterradores.




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N/A: Olá, meus caramelos? Como vão? Espero que bem! Comentem, por favor! Ah, falando em coments, agradeço aos comentários daqueles que postaram. Gostei muito, de coração! Bem, antes que me perguntem porque a Hermione que colocou o livro debaixo do travesseiro da Gina (já que Hermione ainda não sabia do beijo); é porque além das duas dormirem no mesmo dormitório, Hermione somente fez um favor para Harry.

Tem uma parte do capítulo (aquela do átomo) em que me inspirei num dos episódios de uma série que gosto muito, Arquivo Morto. Não me recordo o nome, mas é um episódio bacana, talvez o meu preferido. Ah, e eu não me inspirei no filme Tamara pra fazer essa última parte, não! É que sou aficcionada por Mensagem Subliminar, Religião, Bíblia, essas coisas, e acho muita burrice uma pessoa fazer isso. Mas muita gente faz, pode ter certeza!

Kisses and very kisses!

Carpe Diem

Hannah B. Cintra

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