O Julgamento



Rony andava de um lado para o outro na cela que ocupara nos últimos dois dias. Dois dos piores dias de sua vida. Na verdade ainda era difícil acreditar que tal acusação estivesse sendo feita. Ele matar o Harry? Era surreal, mas ao mesmo tempo, parte dele concordava veementemente com essa situação. Há muito tempo achava que tinha sim uma parcela desta culpa. Harry era seu melhor amigo, alguém que tinha muita importância em sua vida e ele fora incapaz de protegê-lo. Deixou-o ir, enfrentar Voldemort sozinho, como foi capaz? Talvez devesse ser condenado, talvez esta fosse a maneira que o destino encontrou de puni-lo. Mas uma voz feminina interrompeu seus pensamentos, virou-se vendo Hermione bem a sua frente, olhando fixamente em seus olhos.

-Não ouse Ronald Weasley! – disse firme

-Mione? – perguntou surpreso – O quê? Do que você está...?

-Não ouse se culpar, não ouse aceitar ser culpado, você me entendeu? – disse se aproximando dele – Só existe um culpado em toda esta história e ele é Voldemort.

Rony não conseguiu esconder a surpresa ao ouvir estas palavras, como ela conseguia decifrá-lo só com um olhar? Como sabia o que ele estava pensando? Eles se entendiam tão perfeitamente agora, caramba, como ele a amava. Sentiria tanto a falta dela se algo acontecesse. Não conseguiu conter-se, puxou-a para perto e deu o beijo mais desesperado que pode lembrar jamais ter dado. O cheiro, o sorriso, o prazer de estar com ela, ele tinha que guardar tudo isso na memória, não a esqueceria, nunca.

Ela pareceu retribuir com a mesma urgência e eles ficaram daquele jeito pelo que pareceram anos. Quando finalmente se separaram, Hermione murmurou no ouvido de Rony:

-Vou estar com você, qualquer que seja o resultado, te amarei para sempre.

-Eu também – foi tudo que o ruivo teve a coragem de dizer – mais do que a mim mesmo.

Ficaram abraçados por ainda mais tempo, sendo interrompidos apenas ao ouvir passos se aproximando.

-Pai? – perguntou Rony ao cruzar o olhar com o patriarca Weasley – Já vai começar?

-Daqui a alguns minutos filho – respondeu o Sr. Weasley com uma mistura de tristeza e receio na voz – Hermione, você tem que vir comigo agora, temos que ir para o tribunal – disse com evidente lamento na voz – vamos.

-Está bem Sr. Weasley – disse ela abraçando Rony novamente – te amo – falou ao seu ouvido novamente – Estamos com você.

-Também te amo - exclamou – Pai, posso falar com você um instante?

- Claro filho – respondeu o Sr. Weasley – Hermione, a Molly está lá fora, pode ir na frente, encontrarei vocês logo.

Assim que os passos de Hermione morreram, Rony virou-se para o pai e disse sem rodeios.

-Pai, se acontecer alguma coisa comigo hoje – disse com os olhos cheios de lágrimas – por favor, cuida da Mione para mim.

-Não vai acontecer nada com você Rony – disse o Sr. Weasley abraçando o filho de forma protetora – o Quim já armou a sua defesa, eles não tem como te condenar, você é inocente, nada vai acontecer.

- Tomara que o Sr. esteja certo pai – disse Rony se desvencilhando do abraço de forma carinhosa.

-Tudo dará certo filho, você verá – disse o patriarca e despedindo – nos vemos lá – concluiu pesaroso.

-Até daqui a pouco.

Não haviam se passado nem 10 minutos da partida do Sr. Weasley, Rony sobressaltou-se com o som de novos passos indo em direção a cela, ao virar para os recém chegados, deu de cara com os mesmos seis aurores que o haviam levado de Hogwarts.

-Sr. Weasley, por favor, queira nos acompanhar.

Rony o fez sem questionar, sabia que teria que enfrentar o julgamento mais cedo ou mais tarde, então que fosse mais cedo.


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Harry passara a noite em claro, estava na casa de Matt e passara toda a noite revisando com ele e Claire o tal plano para o julgamento. Além da recomendação de que só deveria se expor se julgasse que não tinha outra alternativa, ela lhe entregara um mapa do ministério e de onde seria o julgamento. Era primordial que ele soubesse sair de lá o mais rápido possível para que o plano funcionasse. Estava nervoso, hoje iria reencontrar o passado que tanto tentava evitar, não tinha idéia de como isso aconteceria, o que não ajudava em nada para aliviar a dorzinha de barriga que insistia em atormentá-lo desde a noite passada. Ouviu uma batida na porta do quarto que ocupava na casa do amigo e respondeu:

-Pode entrar

Era Claire, estava usando vestes negras que lhe cobriam até os pés, impecáveis e bem arrumadas. Olhava Harry nos olhos com o que parecia a ele ternura e preocupação. Ela estava tão linda que nem o nervosismo que ele estava sentindo o impediu de notar. Olhou-a por muito tempo parecendo hipnotizado pelo que via, até o momento em que aquilo começou a constranger a morena, como ele não se pronunciava, Claire resolveu começar.

-Conseguiu dormir um pouco?

-Não e você?

-Não mais do que uns 10 minutos, acho que é certo afirmar que o dia hoje será bem longo e difícil.

-Nem me lembre – disse Harry pesaroso sentando-se na cama.

Claire aproximou-se dele sentando-se na cama também, estavam de frente um para o outro quando Claire perguntou:

-E como você está?

-Nervoso, em pânico, sei lá – exclamou mais alto do que pretendia – não sei o que pensar – disse olhando-a nos olhos – não sei o que sentir, só quero que tudo isso acabe logo.

-Tudo vai acabar bem Harry – disse ela da maneira mais consoladora que conseguiu apertando as mãos dele – você vai ver. Agora vá se arrumar, temos que sair em 15 minutos, temos que chegar lá cedo, preciso falar com a Fleur antes do julgamento começar.

-Você tem certeza que ela e o marido estarão lá? Afinal de contas, o plano só irá funcionar se você conseguir falar com eles.

-Estarão lá sim, tenho certeza, Gui é irmão do Rony, eles estarão lá para apoiá-lo. São uma família e tanto, os Weasley.

-Gostaria de me lembrar deles – disse Harry pesaroso.

-Você lembrará – exclamou ela consoladora – Tudo dará certo, você vai ver.

-Mas antes de irmos – recomeçou o moreno – preciso que você me prometa uma coisa.

-O que? – perguntou Claire curiosa

-Eu não quero vê-los, pelo menos não hoje, me prometa que não os trará a mim antes que eu esteja pronto.

-Mas Harry – começou Claire - Não acho que adiar seja uma boa idéia, se você tiver que se apresentar, se eles te virem, não sei se conseguirei segurá-los, eles te consideram como parte da família, se preocupam com você, te amam. Seria injusto...

-Ainda não, por favor Claire, não estou pronto, e não quero vê-los até que esteja, por favor, prometa.

Claire hesitou por um momento, mas ao fim acabou cedendo.

-Verei o que posso fazer – concluiu ainda pouco convencida – vamos.

-Obrigado – disse ele com um sorriso – vamos.


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A primeira coisa que Claire reparou quando chegou ao ministério foi que, com certeza, aquele não era um dia comum. O julgamento de Rony tivera repercussão nacional e parecia que toda a comunidade bruxa estava presente ao julgamento. Ela olhou para todos os lados a procura das pessoas que tanto precisava encontrar, Fleur e Gui não pareciam estar no saguão.

-Acho melhor descermos logo – sugeriu ela a Matt e Harry, que vestia uma capa com capuz e luvas pretas – temos que achar a Fleur logo e você está chamando muita atenção Harry, vamos logo antes que alguém desconfie.

-Estou logo atrás de você – disse Harry

Claire estranhou o silêncio do irmão e virou-se para ele para perguntar se algo não estava certo, não pode deixar de sorrir quando olhou-o, Matt estava com os olhos vidrados na fonte dos irmãos mágicos que ficava logo a entrada do ministério, no átrio principal.

-Claire! – exclamou ele – Isso aqui é tão lindo!!

-Que bom que você gostou maninho – disse divertida observando que até Harry parecia admirar a fonte agora – mas acho que devemos nos apressar, não concorda?

-O que?... Ha, claro, vamos sim – encerrou Matt – por onde?

-Por aqui

Depois de cinco minutos e muitos empurrões, eles conseguiram entrar no tribunal. A barulheira era infernal e a arrumação estava diferente, aparentemente, os lugares reservados para os membros da Suprema Corte tinham sido reduzidos, deviam existir apenas 20 lugares para eles, enquanto que para os espectadores e a imprensa deveriam ser quase 2.000. Mas mesmo tendo a capacidade muito maior que a normal, a sala estava lotada, Claire fez um esforço enorme para achar os lugares perfeitos para o trio.

-Semtem-se aqui – indicou ela apontando para três lugares perto de uma das portas laterais – precisamos ficar perto da saída.

Claire observou Harry por um momento, ele parecia tão perdido, tão nervoso, pálido, ela não resistiu ao impulso de segurar suas mãos e dizer:

-Tudo vai dar certo, está tudo bem, nós estamos com você!

-E sempre estaremos – completou Matt

-Obrigado – disse Harry com simplicidade – por tudo

-É sempre bom ajudar um amigo – disse Matt

-Vou indo, volto daqui a pouco – disse Claire antes de virar-se e ir em direção a parte central do tribunal.

Não foi necessário muito tempo e esforço para encontrar a onda ruiva que já invadira o tribunal. Claire localizou Fleur com o olhar e encaminhou-se direto para a amiga, sendo logo saudada.

-Clairrre, que bon te verr amiga, obrrigada pr...

-Fleur, preciso falar com você e com o Gui – disse Claire sem rodeios, provavelmente Fleur esperava um abraço e não uma reação dessas, mas ela não tinha tempo de ser muito amistosa agora – por favor Fleur, precisa ser agora.

-Mérrrlin, que q foi agorrra – falou Fleur exasperada – Gui – chamou sobressaltando-se a balbúrdia.

Gui, que estava a poucos metros da esposa não demorou a juntar-se a dupla com uma expressão interrogativa:

-Professora Homes? O que a Srt. está fa...?

-Não tenho muito tempo, preciso de um favor – disse apressada.

-Srt. Homes – começou Gui polidamente – a Srt. deve entender que este não é o melhor momento de nos pedir favores, nosso irmão será julgado daqui a pouco e estamos todos nervosos com a possibilidade de algo dar errado, então, se é que a Srt. me entende...

-Estou aqui justamente por isso, o que tenho a lhe pedir pode salvar a vida de seu irmão.

Gui reagiu imediatamente a esta informação, se fosse para salvar seu irmão, ele disporia de toda a sua atenção.

-O que a Srt. sabe? Tem alguma informação que possa ajudá-lo?

-Não posso entrar em detalhes, mas preciso ser indicada como testemunha.

Gui estava perplexo, não sabia como reagir, o que ela poderia saber que pudesse ajudar Rony, ela nem o conhecia?

-Me desculpe Srt. Homes, mas...

-Sr. Weasley, sei que parece estranho, na verdade é estranho, mas preciso que o Sr. confie em mim. Repito, não temos tempo para explicações, mas não tenho intenção nenhuma de prejudicar seu irmão, por favor, me deixe ajudá-lo.

-Amorrr – disse Fleur para Gui – Eu confie na Clairrre, porr favorr, vamas deixá-la nos ajudarrr.

Gui parecia indeciso, mas por fim concordou com a cabeça e disse:

-A vida de meu irmão pode estar em suas mãos, espero que saiba o que está fazendo.

-Eu sei – respondeu a morena – Obrigada.


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Quando Rony entrou, não pode acreditar na quantidade de pessoas que estavam presentes. Parecia que cada bruxo da Inglaterra estava ali. Alguns com rostos encorajando-o e outros recriminando-o. Em um dos lados do tribunal ele avistou sua família, todos estavam lá, sua mãe com a face chorosa, mas firme e os outros com sorrisos encorajadores e serenos. Aquilo seria uma longa audiência. Por momentos, achou até que tudo poderia dar certo, até que viu quem iria presidir a sessão. A cadeira principal, estava sentada ninguém menos, ninguém mais do que a Ministra da Magia, Dolores Umbridge em pessoa. Aquela definitivamente seria uma longa audiência.

-Sente-se Sr. Weasley – disse a Ministra da mesma maneira meiga já conhecida – Vamos dar início.


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Algumas cadeiras atrás, Harry tinha os punhos cerrados, não sabia exatamente o por que, mas só ouvir a voz daquela mulher já lhe enchia de um ódio mortal.

-Tome cuidado Claire – disse para a amiga aos sussurros – esta mulher é perigosa.

-Eu sei Harry, eu sei.


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Na frente do tribunal, a ministra continuava com os trâmites.

-Sr. Weasley, o Sr. está sendo acusado por facilitar o assassinato do Sr. Harry James Potter durante a batalha de Hogwarts. Como o Sr. se alega?

-Inocente Ministra - respondeu Quim.

-E o Sr. seria? – perguntou a ministra a Quim

-Sou o advogado do réu excelência.

-Está bem - respondeu ela de forma desinteressada – mas voltando aos altos, quero deixar claro o motivo da acusação. Durante depoimentos prestados após o fim da guerra, afirmou-se que o Sr. teve uma briga com o Sr. Potter durante o sumiço de vocês três no ano passado, o Sr. confirma?

-Confirmo – respondeu Rony

-Que o fez abandoná-lo?

-Exato – confirmou novamente – mas...

-Este não é o momento para argumentações Sr. Weasley, apenas confirme os fatos sim.

-Claro Sra. – disse Rony com as orelhas já atingindo o perigoso tom avermelhado.

-É verdade – continuou Umbridge – Que o Sr. tinha ciúmes do Sr. Potter? Com a sua atual namorada?

-Sim

O tribunal explodiu em comentários após esta resposta e levou algum tempo até que a Ministra conseguisse restabelecer a ordem e continuar.

-É verdade ainda – continuou ela – que o Sr. já havia manifestado este sentimento com relação ao Sr. Potter na época do Torneio Tribruxo?

-Sim

-E o Sr. confirma que teve a oportunidade de impedir o Sr. Potter de ir em direção a morte na noite do fim da guerra e que não agiu.

-Confirmo sim, mas... – tentou argumentar novamente, mas foi cortado pela Ministra que pronunciou:

-Não creio que mais nada deva ser dito, os senhores da Suprema Corte podem constatar por si mesmos que o réu tinha interesses na morte da vítima, nosso amado herói, não somente pela fama, mas também com interesses financeiros, já que é de conhecimento de todos que o testamento do Sr. Potter beneficiava principalmente a família Weasley e a família Granger.

-Mas nós não tocamos no dinheiro – disse Rony explodindo, não conseguindo mais se conter – Eu não quero o dinheiro dele, nunca quis, ele era meu amigo DROGA! Nunca faria...

-Terei de repetir ao Sr. que este não é o momento de ouvir suas opiniões Weasley – falou Umbridge restabelecendo a ordem – Elas não interessam a este tribunal, os fatos sim, por mim, não seria mais necessário nenhum comentário, dando por encerrado este assunto e começaríamos já a votação, mas como as leis me impedem de fazer tal coisa, Sr. Quim, deseja acrescentar alguma coisa?

-Sim ministra, tenho algumas testemunhas que poderão comprovar o bom relacionamento existente entre meu cliente e a vítima, e entre outras coisas, como as alegações feitas contra ele são infundadas, que não houve interesse financeiro de nenhuma natureza e que o meu cliente e a vítima, apesar das brigas, tinham um relacionamento de amizade invejável.

-Pode começar Sr. Quim – disse a Ministra – mas seja rápido, não quero perder mais o tempo desta corte com este julgamento inútil.

Quim, por um instante pareceu possesso, ser tendencioso era algo mais do que ilegal, em um julgamento bruxo, e a ministra só faltava levantar uma bandeirinha afirmando estar contra Rony, mas ele obrigou-se a controlar-se e começou a defesa.

-Gostaria de chamar primeiramente a Srt. Hermione Granger.

Hermione, que estava sentada perto da família Weasley se aproximou da cadeira ao lado de Rony e sentou-se.

-Srt. Granger – começou Quim – todos os fatos relatados neste tribunal são verdadeiros? E se foram verdadeiros, foram presenciados pela senhorita?

-Sim – confirmou ela.

-A Srt. gostaria de acrescentar alguma coisa?

-Sim – começou ela – O que a Ministra não esclareceu é que o Rony pode ter sim demonstrado ciúmes do Harry, mas sempre esteve a seu lado. Pouco tempo depois de ter nos deixado no ano passado o Rony voltou e nos ajudou a concluir a tarefa de acabar com Voldemort. Inclusive salvando a vida do Harry em uma dessas ocasiões. Outra coisa que a Ministra não informou foi como o Rony teve que ser contido por mais ou menos três aurores para não ir atrás do Harry no dia da batalha em Hogwarts. O Rony teve a oportunidade de deixar o Harry morrer por diversas vezes durante a guerra, se o interesse dele fosse realmente este, não sei por que ele se daria ao trabalho de esperar sete anos para concluí-lo.

-Pois eu sei por que meu bem – disse Umbridge - por que matar alguém que era ameaçado por Aquele-que-não-deve-ser-nomeado em pessoa? Por que se dar ao trabalho, se arriscar se o próprio Lord faria isto por ele? E mesmo assim, quem garante a este tribunal que o réu não tenha tentado anteriormente matar o Sr. Potter e não tenha obtido êxito por causa da profecia, profecia esta a qual vocês tinham acesso certo?

-Certo Ministra, mas...

-Mas nada Srt. Granger, a senhorita está dispensada, pode chamar sua próxima testemunha Sr. Quim, e espero que esta seja melhor do que a Srt. Granger foi.

E assim o julgamento se seguiu, Quim chamou mais quatro testemunhas que também não deram muito resultado, a cada fato levantado por elas, a Ministra rebatia e invalidava suas respostas. Quim já estava desesperado e, com um olhar severo em direção a Gui pensou ‘tomara que você esteja certo’.

-Ministra, chamo agora minha última testemunha, a Srt. Claire Homes.

O tribunal explodiu em conversas, Claire, que estava sentada ao lado de Harry no fundo direito do tribunal foi em direção a Rony e sentou-se na cadeira reservada as testemunhas que ficavam bem ao lado da dele. Olhou Rony nos olhos e percebeu que ele estava cada vez mais confuso e triste. Com certeza se perguntava quem era aquela garota. Aquilo seria ainda pior do que ela imaginara. Não queria nem olhar para Fleur, quando a amiga soubesse.

-Srt. Homes, por favor, poderia se apresentar ao tribunal? - Iniciou Quim

-Sou Claire Homes, professora de Poções da Academia Beauxbatons e integrante do Comitê Internacional de Esportes Mágicos com Sede em Paris, França.

-Posso saber de onde conhece o réu Srt.? – Perguntou Umbridge com o seu tom falsamente maternal habitual.

-Torneio Tribruxo Ministra, foi onde conheci o réu e a vítima.

-E pode me dizer o que uma pessoa que mal conheceu o réu pode acrescentar a este processo?

-Tenho como provar que o Sr. Weasley não matou o Sr. Potter ou mesmo colaborou para o fato.

O tribunal entrou em um silêncio tenso, todos pareciam prender a respiração, só para ter a certeza que não perderia a chance de escutar o que Claire estaria prestes a dizer.

-E como você faria isso? Posso saber? – Perguntou a Ministra com um sorriso cínico

-Porque é impossível que o Sr. Weasley tenha matado o Sr. Potter já que o Harry – parou, tomando fôlego – esta vivo!

O silêncio transformou-se de tenso para chocado. Claire decidira não desviar os olhos da Ministra. Na verdade, não queria encarar Rony, sabia que ele devia estar chocado, nervoso, ‘caramba’, pensou, ‘não sei o que eu faria ou como reagiria se fosse comigo’.

-Como é? – perguntou Umbridge abandonando o tom maternal.

-É isso mesmo, Harry Potter está vivo.

-Pois então eu espero que você possa provar isso aqui e agora – respondeu a Ministra sem conseguir esconder o ódio que demonstrava em cada palavra.

-Existem diversas maneiras de provar isto Ministra, se houver um verdadeiro interesse deste tribunal em ver a verdade, poderemos tomar medidas legais para exumar o suposto corpo do Harry e ter a certeza de que não é ele quem está enterrado lá, existem diversos feitiços que podem provar o que eu estou falando, basta que o Ministério esteja disposto a...

-Lamento mocinha, mas se você não tiver uma prova neste exato momento, será mandada para Azkaban imediatamente pelo crime de perjúrio. Tem?

-Ela tem sim – Exclamou uma voz firme que vinha do fundo do tribunal.

Um homem encapuzado que Rony notara exatamente ao lado de Claire logo que a viu levantar-se para o seu testemunho vinha em direção a frente do tribunal. Ao chegar ao lado de Claire, ele tirou a capa e o capuz, mostrando-se e fazendo o tribunal congelar.

-Eu estou bem aqui Ministra – disse Harry sem rodeios.


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