Caos entre os Dois Mundos
Capítulo VII
Caos entre os Dois Mundos
Na altura da aldeia de Kufeir el-Wukhyan, 7 quilômetros a oeste de Mádaba, sobressai na planície jordanica a Montanha de Nebo ou Monte Nebo. Antigamente mananciais de água perenes corriam pelos vales, hoje é apenas uma lembrança quase necessária. De cima daquele Monte existe um balcão natural onde se pode avistar o Mar Morto, o Vale do Rio Jordão (hoje quase sem água), os montes da Judéia e de Samaria. Dizem os livros históricos e a Bíblia que o Senhor Mostrou a Moisés “toda a terra desde Gileada a Dã”, como se lê em Deuteronômio (34.1), e ele avistou a Terra Prometida, pouco antes de morrer e depois de peregrinar por 40 anos no deserto e cruzar o Mar Vermelho. Na terra de Moabe, abaixo do Monte, está enterrado Moisés, “mas ninguém tem sabido até hoje sua sepultura”, como se lê em Deuteronômio (34.1-6).
No Monte Nebo foi erguido um santuário em homenagem a Moisés, conhecido como o Memorial de Moisés, nos Mosteiros dos Franciscanos. Desde 1963, o santuário passa por reformas. No antigo batistério, há mosaicos bizantinos que retratam animais e caçadores. Uma inscrição em grego indica a data de 531. Há também fotografias da última visita ao local do Papa João Paulo II no dia 20 de março de 2000. Foi ali também que o Profeta Jeremias escondeu a Arca da Aliança, segundo a Bíblia Hebraica (Macabeus 2.1-5).
É nesse santuário que uma jovem surge entre os inúmeros turistas que visitavam o local.Tão suntuoso era o lugar que mal perceberam a presença repentina de Arken Éowyn entre eles.Enquanto esperava esvaziarem o santuário, refletia sobre o pedido de Obi-wan.Porque queria que ela se afastasse de Harry? Obi-wan nunca fora a lugar algum sem ela, agora, desaparecido tantos dias e aparece, de repente, pedindo para que Arken se afaste do homem que ama?”Que absurdo, que injusto.”, pensou Arken.
Nem tivera tempo de dispedir-se de Harry, na manhã seguinte acordara com Mcgonagall em seu quarto pedindo que para que fosse falar com Dumbledore na biblioteca.Chegando lá, o bruxo pedira que Arken viajasse imediatamente para Jerusalém, a fim de averiguar a suposta localização da Arca perdida.
“Brighid.”Sabia que ela estava começando a gostar de Harry, percebera isso na noite em que espionaram a reunião da Ordem.O modo como, disfarçadamente, olhava para Harry.E daí que fosse poderosa? Arken também sabia ser, ela aprendera a suportar a dor no momento em que escolheu ser uma Cavaleira Jedi, aprendera a controlar os poderes dados por Gullveig.Até quando teria que se opor a sua felicidade em prol dos outros?
“Eu sou uma Cavaleira Jedi.É o meu dever pensar nos outros.” , respondeu para si mesma.
Não demorou muito para o todo o santuário esvaziar-se, parecia magia, ou não, o fato de que os vigias fizeram uma vista antes de retirarem-se e não viram Arken a frente deles.Ali, sozinha no escuro, pois já era noite quando entrou, desatou a procurar algo que lhe revelasse sobre o paradeiro da Arca.No pátio repleto de verde, encontrou uma imensa árvore posta no meio.Aparentava ser bem antiga, as folhagens ainda verdes e o enorme tronco retorcido pelo tempo.No entanto, havia um buraco na árvore, próximo do chão.Arken se aproximou, com cautela, e viu que se tratava de uma fenda estreita para o subsolo.Armada com o seu sabre-de-luz, penetrou no buraco e começou a descer uma escada estreita e escorregadia, o silencio chegava a incomodá-la.
À medida que avançava, tochas iluminadas surgiam suspensas no ar iluminando um lamacento corredor.Anos e anos de acúmulo de lama, poeira, e teias de aranha.Avistou um amplo salão adornado de estactites e estalagmites de pura madeira.Seria a parte interna da árvore?
Arken não saberia responder.A única coisa que chamava sua atenção naquele momento era uma mesa cheia de ouro e jóias preciosas.Aproximou-se.A decoração da mesa era repleta de símbolos antigos, e tinha um círculo no meio.Obi-wan, uma vez lhe ensinara, que objetos assim escondem, quase sempre, segredos e é preciso saber a senha.Antigamente, selavam com a leitura dos símbolos encravados nos objetos guardiões.Por sorte, ela conhecia aqueles símbolos e sabia perfeitamente pronunciá-los.
A frase escolhida para revelar o segredo que a mesa escondia basicamente consistia nisso:Não há um dia de Chuva que não traga uma Manhã de Sol.A verdadeira coragem nasce das horas do medo, onde a decisão mais sábia é seguir em frente, com a espada do amor no peito.O ouro, nada vale, o que salva é o amor.A coragem.A luz é a Bondade.A Luz é a Coragem.Tenha fé, tenha amor.E tudo, você conquistará.
De dentro do círculo veio uma caixa de madeira, aberta e repleta de safiras e esmeraldas.Porém, em nada aparentava ser a Arca da Aliança.E um detalhe, a marca negra estava encravada na tampa de madeira.Voldemort já estivera ali.
Chile, Punta Arenas.
Punta Arenas é uma cidade e porto do Chile. Capital da XII Região. Está localizada na Península de Brunswick e nas proximidades do Estreito de Magalhães, na Patagônia. Antes da abertura do canal do Panamá em 1914 foi o principal porto na navegação entre os oceanos Pacífico e Atlântico, por sua localização geográfica.Possui uma população de cerca de 130.000 pessoas. Seus habitantes têm raízes européias, principalmente espanhóis, portugueses, ioguslavos, galeses e croatas, além de moradores de Chiloé que se deslocaram mais ao sul. Sua economia é baseada principalmente em atividades portuárias e de serviços. É o ponto de partida para a maioria dos cruzeiros que tem como destino a Antártida.
Várias explosões e gritos de socorro antecederam a manhã de Punta Arenas.Diante da Catedral do Sagrado Coração, um dos pontos turísticos do Chile, homens de capa preta e máscaras de prata corriam lançando feitiços e saudando, aos berros, seu senhor: O Lorde das Trevas.
-Vamos Beth!Corra, ou os Comensais nos pegarão!
-Eu estou tentando, Abelardo!O máximo que posso!
Os dois bruxos chilenos, pertencentes à Ordem da Fênix, esconderam no primeiro beco escuro e longe do tumulto que encontraram.Ambos tentaram auxiliar os feridos e combater os Comensais, porém, eram poucos e um deles, o que parecia ser o líder do círculo notara a presença deles e saíra em disparada para aniquilar Beth e Abelardo.
-Mandou a mensagem para Dumbledore?-perguntou Abelardo.
-Sim.Consegui enviar Floco de Neve com o pergaminho.
-Acha que os Comensais viram?
-Peço a Merlin que não!
-Brincando de esconde-esconde?-disse uma voz maléfica atrás deles.
-Igneos!-respondeu em coro, Beth e Abelardo.
Homem corpulento, alto, ao tirar a máscara, revelou ter olhos frios e sem vida.A barba escondia uma cicatriz bem no meio da boca.Os dentes amarelos e podres.
-Pode nos matar, Ígneos.Mas nunca seu mestre terá a vitória!A Ordem da Fênix jamais permitirá isso!-gritou Abelardo.
-Engano seu, tolo!A era das Trevas está para começar!AVADA KEDAVRA!!
Os dois bruxos do bem caíram no chão, sem vida, como os olhos de Ígneos.
Chile, Santiago.
Santiago é a capital do Chile, Região Metropolitana. Também é o centro cultural, administrativo, industrial e financeiro do país. A maior parte se encontra dentro da Província de Santiago, com alguns setores periféricos dentro das províncias de Maipo, Cordillera e Talagante.
Em torno do meio-dia, o centro da cidade estava repleto de pessoas, civis e turistas, andando pelas ruas, os jornais locais imediatamente comentavam sobre os eventos da cidade de Punta Arenas. A partir da Praça da Cidadania, em frente à Avenida Libertador Bernardo O'Higgins, uma mulher vestida de preto caminhava lentamente, parando diante do Palácio de La Moneda, sede do governo do Chile e do poder executivo.Uma outra a acompanhava, esta trajava um vestido verde, por trás do xale preto que escondia seus negros cabelos.
-Tem certeza de que está pronta, Irma?-perguntou Bellatriz.
-Absoluta, Bella.Há dezessete anos que espero por essa oportunidade.Senão fosse o maldito Dumbledore e seus aliados, meu pai não teria perdido tudo o que tinha.Minha família tinha tudo para ser rica e poderosa, graças aquele velho, não somos mais nada.E meu pai, suicidou-se com a derrota do Lorde.
-Mas, as coisas são diferentes agora.O Lorde vencerá toda a gentalha trouxa, e aqueles que se oporem a ele, também sofrerão as suas conseqüências.Mostre a eles, Irma, a esta gentalha, quem é você!
Irma ergueu sua varinha e proferiu algumas palavras mágicas, em poucos minutos, todo o Palácio de La Moneda pegava fogo, labaredas rápidas e incontroláveis tomaram o palácio.Mais palavras mágicas, e as portas fecharam, impossibilitando quem estava dentro sair.
-Pelo Lorde das Trevas!-esbravejou Irma antes de desaparatar com Bellatriz.
-Milorde, Bella mandou noticias.Irma conseguiu efetuar sua missão.E Ígneos também.Chile está o caos, os jornais trouxas e rádios bruxas não param de noticiar os ataques.-disse Rockwood.
-Quantos mortos?-perguntou Voldemort.
-Milhares, senhor.Entre trouxas e bruxos que trabalhavam nos locais.
-Perfeito.Espalhando o caos nos lugares certos, ninguém terá tempo de atrapalhar nossos planos.-respondeu Voldemort acariciando Nagini.-Eu sei, querida, este país lembra o inferno de tão quente.Não imaginei que um príncipe, como Samuel fora no seu tempo, pudesse apreciar algo tão repudiador como Jerusalém.Quente e insuportável.Mas acho que subestimei a convicção dele.E sua genialidade também.Há essa hora, Dumbledore já deve ter descoberto que estou um passo na frente dele.-sibilou em língua ofídica para Nagini.
-Rockwood, prepare minha bagagem.Partiremos para o nosso outro esconderijo.O que tinha de fazer aqui, fiz.
-Sim, senhor.Lucius, mandou uma coruja avisando das instalações, estão prontas para recebê-lo.
-Ótimo.
-Mas que coisa horrível!-exclamou Hermione, chocada.
-Quantos feridos?-perguntou Rony.
-Diz aqui que chega a mais de mil mortos, e centenas de feridos.As cidades de Chile e Santiago caminha num verdadeiro inferno de problemas, vários países, principalmente os da América Latina, como o Brasil, enviam cestas básicas e médicos para ajudar.-respondeu-Hermione à medida que lia o Profeta Diário.-Muitos bruxos importantes do Chile morreram.Abelardo e Beth O´Mall, lutaram contra a ocupação dos Comensais da Morte na última guerra.
-Ele está satisfeito com o que aconteceu.E pretende efetuar mais um de seus planos.É o objetivo dele, manter o mundo ocupado para ter carta branca e procurar a Arca.-disse Harry enquanto abria os olhos.
Os três ocupavam os últimos vagões do trem que os levaria a Hogwards.Hermione e Rony já vestiam os uniformes e usavam os brasões de monitor no peito.O barulho era ensurdecedor e, de instantes em instantes, cabeças surgiam para olhar de esguelha para Harry.
-Sonhou com Voce-sabe-Quem de novo?-perguntou Hermione apreensiva.
-Olha, não é culpa minha.Acabei cochilando, e sonhei com ele.-defendeu-se Harry.
-Não o estou culpando!Mas você tem que procurar Dumbledore e pedir mais explicações sobre esses sonhos, pode ser perigoso!
-Eu concordo com a Hermione, Harry.-disse Rony.-E não precisa se aborrecer conosco por pensarmos assim, e nem com o fato de que a Arken viajou sem se despedir de você.
-Não enche, Rony.
-Sabe que é verdade.Talvez Dumbledore tenha encontrado alguma pista sobre o Obi-wan ou ela tenha recebido alguma missão.Ela é uma Jedi, cara.
-Gina me contou que Dumbledore deu uma missão a ela, pediu que Arken fosse a Jerusalém.Gina ouviu isso, quando ia ao banheiro, cedo da manhã.-disse Hermione.-Mas voltando ao assunto, procure Dumbledore, é sério!
Eles interromperam a conversa com a entrada de Gina, Luna, Neville e Brighid, também vestida com os uniformes de Hogwards.A menina parecia encantada com a quantidade de bruxos jovens que encontrou no trem, procurou sentar de frente para Harry que simplesmente olhava as montanhas do lado de fora.Neville, que crescia alguns centímetros a cada ano, aparentava um ar de amadurecido, não mais aquele garoto medroso e inseguro.Já Luna, o mesmo olhar fora de órbita, e sorriso encantador com seus cabelos loiros como o Sol.
-Souberam dos ataques no Chile?-perguntou Neville.
-Oh sim, que pesadelo deve estar este país!-respondeu Hermione com a voz abafada.
-Está um inferno para ser mais exato.Um amigo da minha avó, que mora no Chile, comentou com ela que as cidades envolvidas mergulharam num verdadeiro caos.O povo trouxa acredita ter sido obra de grupos guerrilheiros dos países vizinhos, como os da Bolívia.-disse Neville.
-Mas nós sabemos que foi Voce-sabe-Quem não é? Quem mais seria? Com todos aqueles métodos usados.-disse Gina-Viram uma marca negra no céu.
-É, mas as autoridades estão tentando desmentir isso.Vários bruxos do Ministério foram mandados até lá para alterar a memória dos trouxas envolvidos.-comentou Hermione lendo o Profeta Diário.
-Meu pai acha que Voce-Sabe-Quem está formando uma rota celeste.-disse Luna.
-Hã??-disse Rony involuntariamente.
-É sim, uma rota celeste.Ele pretende invadir cidades que estejam de acordo com a posição das estrelas, meu pai está investigando quais possíveis constelações sejam e pretende avisar a Dumbledore quando tiver alguma pista.
-Ah, claro.E quem te disse isso, os Narguilés?-perguntou Rony debochadamente, que passou despercebido por Luna, mas não por Hermione que lhe deu um ponta pé.
-Na verdade não.Foram as fadas do nosso jardim que avisaram ao meu pai, geralmente elas são muito caladas, só que resolveram contar ao meu pai.
-O que são Narguilés?-perguntou Brighid a Hermione.
-É melhor não saber, olha, é uma historia bastante complicada.Em resumo, são criaturas que a Luna jura que existem mas nós nunca vimos.-cochichou Hermione nos ouvidos de Brighid.
Após alguns minutos Hermione e Rony tiveram que se ausentar, pois fariam uma vista grossa pelos corredores e se reuniriam numa outra cabine com os monitores das outras casas para receberem instruções.Neville saiu para conversar com Dino Thomas, ficando na cabina Harry, Gina, Luna e Brighid.
Draco Malfoy passou rapidamente pela cabine, se Harry não estivesse olhando emburrado para a janela, teria reparado que o seu inimigo sorriu discretamente para Gina e lhe indicou com os olhos que o seguisse.
-Bem eu vou dar uma volta.-disse Gina.
-Vou com você, pedi a moça dos lanches que guardasse pudins de leite pra mim.-disse Luna.
-Mas ela está próxima daqui.Você não precisa gastar tanto tempo me acompanhando.-retorquiu Gina.
-Será um prazer, eu gosto de caminhar.Preciso esticar as pernas.Vem conosco Brighid?
-Ah não, eu estou um pouco cansada.
Um tanto decepcionada, Gina esperou Luna guardar a revista O Pasquim na mochila que carregava e saiu com a amiga.Ficaram na cabine apenas Harry, que não dissera uma palavra, e Brighid.Ele nem sequer olhava para ela, mas a garota tinha que tentar, conversara pouco com ele na mansão Black, sempre cercado por Rony ou Hermione, por Arken.Ela tinha que tentar, então, puxou o primeiro assunto que lhe veio à cabeça.
-Harry, bom, eu não queria atrapalhar, mas...
Ela começou a gaguejar aos ver os olhos verdes dele encarando os olhos verdes dela.O garoto abrira um singelo sorriso no rosto.
-Desculpe não ter falado com você, eu estava pensando alto.
-Tudo bem, eu notei que estava preocupado.Bom, lembra da reunião da Ordem da Fênix a respeito do Diário?
-Lembro sim.O que tem?
-Antes de dizer qualquer coisa, eu gostaria que lesse isto.
E entregou a Harry o bilhete que escreve enquanto dormia dois dias atrás.Harry arregalava os olhos à medida que lia o bilhete.
-Parece ser uma parte do diário.
-É uma parte do diário.E eu conheço o homem que a escreveu.Ele apareceu para mim na Floresta Negra e me ajudou a escapar dos comensais e me levou até onde Lupin e Tonks estavam.
-Como é possível?
-Eu não sei, quer dizer, eu sonhei dois dias atrás, e nesse sonho eu via o Samuel escrevendo no templo.Acordei e percebi que tinha escrito tudo o que li nesse papel.E tem mais, eu acho que ele é um ancestral meu.
-Ancestral? Tipo um parente?
-Sim.Quando ele apareceu pra mim na Floresta Negra, tinha uma aparência velha, só que no sonho eu o vi jovem e ele me lembrou tanto o meu pai.Não tenho certeza.
-Diz aqui a Arca era vigiada e velada por alguma vila, uma espécie comunidade.E Samuel ainda não tinha o visto, era necessária uma preparação para vê-la.Brighid, posso ficar com este bilhete?
-Claro, como você quiser.
-Eu também tenho tido sonhos estranhos.
-Como assim?
Harry lhe disse sobre os sonhos que tivera com Voldemort, inclusive, o da noite em que invadiram a casa de Brighid.Ela escutava assustada.E sentiu um aperto no peito ao relembrar aquela noite.
-Você viu minha mãe sendo torturada?
-Não, mas eu sei que ele mandou que fizessem isso.
-Eu mal o conheço, e o odeio amargamente.Queira tê-lo matado naquela noite.
-Está segura agora, tenho certeza que Dumbledore e a Ordem farão de tudo para protegê-la e acharão um jeito de derrotar Voldemort.
-Você não tem medo de dizer o nome dele?
-Não.É apenas um nome.
Já era noite quando o trem parou na Estação de Hosgmeade.Os alunos do primeiro ano seguiram Hagrid em direção ao rio, e os outros alunos foram em direção às carruagens.Brighid também tivera que seguir os alunos do primeiro ano, uma vez que teria que passar pelas “mãos” do Chapéu Seletor.Chegando ao castelo, Mcgonagall chamou Harry antes que ele entrasse no saguão.
-Sr.Potter, Dumbledore o espera na sala dele.Diga a senha “País Tropical”, e o espere na sala dele.O professor dará algumas palavras e irá em seguida para lá.
Um tanto desapontado porque certamente perderia a seleção de alunos para as casas, inclusive, a seleção de Brighid, Harry seguiu para a diretoria.Entrando na sala do diretor, percebeu que o lugar nada mudara de aspecto.Os mesmo retratos dos ex-diretores e diretoras de Hogwards, a escrivaninha, o poleiro onde Fâwkes dormia tranquilamente.Esperando o diretor, Harry pensava no bilhete que leu e na possibilidade de Brighid ser parente de Samuel.Ele era um bruxo, disso concluiu.E os poderes de Brighid, ela fizera, pelo que sabe, o ritual de transferência de poderes da Arca para Brighid.E se Samuel fizera o mesmo? E se ele for realmente o ancestral de Brighid? Ela disse que ele lembrava o seu pai.
-Boa Noite, Harry.
-Boa noite, professor Dumbledore.
-Desculpe chamá-lo aqui, há esta hora.Sei que você queira muito ver a seleção de sua amiga, Brighid, mas preciso conversar com você algo bastante sério.
-Eu também, professor.Tenho algo importante a lhe falar.
-Eu acredito que sim, mas, por favor, deixe-me começar primeiro.Lembra-se da nossa última conversa, antes de desaparatarmos para o Largo Grimmauld?
-Sim, senhor.
-Muito bem, você me perguntou a respeito dos sonhos que teve e eu, naquela ocasião, lhe disse que não era o momento ainda.Hoje, esse momento chegou, Harry.E eu presumo, que você tenha tido outros sonhos além deste com Voldemort.Estou certo?
-Está, senhor.Era sobre isso que eu queria falar com senhor.Bem, são vislumbres mas eu me sinto como se fosse o Voldemort.Eu não consigo ver a localização exata dele, na última parecia ser um lugar bem quente.
-Jerusalém.Ele foi em busca da Arca Perdida, porém descobriu que o local onde supõem os religiosos seja o refúgio dela era uma farsa.Arken esteve lá e procurou pela Arca,mas encontrou uma falsa relíquia e a Marca Negra.Samuel a escondeu bem.E como Voldemort se recuperou do ataque que sofreu de Brighid?
-Sim.Ele ainda tem algumas manchas vermelhas, só que sua saúde melhorou.
-Lembra de mais alguma coisa?
-Ele Bellatriz partiram de Jerusalém, e foram para outro esconderijo.Lucius os espera em algum lugar, mas eu não sei onde.O que isso quer dizer, senhor?
-Trocando em miúdos Harry, você está lendo a mente de Voldemort.A ligação entre vocês dois é muito forte, infelizmente, eu já receava que fosse acontecer, cedo ou tarde.Embora, pudesse ser algo de extrema valentia essa ligação, você deverá eliminá-la.
-Mas por quê? Se o senhor disse que podia ser de grande ajuda.
-Voldemort pode sentir essa ligação Harry, foi uma sorte ele não perceber sua presença na mente dele até agora.Acredito que seja pelos acontecimentos ocasionados por ele e que ainda acontecerão, sua busca pela Arca Perdida, mas senão procurarmos fechar essa conexão, poderá ser perigoso para você.Por isso, eu falei com Severo e ele concordou em dar aulas de Oclumência a você.
-Oclumência?
-Assim como Legilimência é a arte de ler a mente das pessoas, uma habilidade que Voldemort tem perfeitamente bem, Oclumência é a arte de fechar a mente.Eu sei que você e Severo não se gostam, porém, é para sua segurança.A primeira aula começa amanhã, as 19h00min, sala de Severo.
-O senhor não pode me dar as aulas?
-Eu gostaria muito, Harry, entretanto, tenho algumas coisas para fazer.Não terei um digno tempo para ensiná-lo.É tentador expiar o que possivelmente Voldemort esteja tramando, mas um simples gesto de curiosidade como esse pode trazer conseqüências desastrosas, e por Mellin, irreparáveis, por isso, eu lhe peço, esforce-se ao máximo e feche sua mente.
-Eu farei o melhor que puder, professor.Hum...alguma noticia de mestre Kenobi ?
-Ah, sim e não.Eu encontrei uma pista e, nesse momento, Arken concerteza está investigando sua veracidade.Em breve, ela estará em Hogwarts.
-Obrigado, professor.
-Tenha um bom ano, Harry.
O salão estava cheio quando Harry alcançou a mesa da Grifinória com seus mais novos alunos, incluindo Brighid que sorriu ao ver que Harry sentou ao seu lado.Todos tinham seus olhares cobiçosos na excelente comida posta nas mesas que sequer notaram a chegada atrasada de Harry.
-E ai, como foi?-perguntou Rony.
-Mais tarde.-balbuciou Harry.
-Amanhã teremos a primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas!-disse Hermione animada.-Quem será o mais novo professor?
-Contanto que não seja Snape, ótimo!-respondeu Rony enfiando o empanado de frango na boca.
-Nossa, são tantas matérias novas.Tenho medo de não me adaptar.-confessou Brighid.
-É claro que você vai conseguir, Brighid.No começo é complicado, principalmente para você que começou agora.Mas eu ajudo em qualquer dúvida que tiver.-disse Hermione.
-Obrigada Hermione.Assim fico mais aliviada.
-Em que ano vai ficar, Brighid?
-Bom, segundo a professora Minerva, no mesmo que vocês.Tudo aqui é tão novo e assustador para mim.Tenho medo de não me adaptar.
-É claro que vai.Vamos ajudá-la no que pudermos.-disse Gina.
Durante o jantar, alguns curiosos olhavam para Brighid.A noticia do ataque sofrido por Voldemort e que Brighid fora a autora disso percorreu todo o mundo mágico.É claro que a garota percebera isso e ficara um tanto desconcertada com os olhares que terminou sendo uma cena constrangedora.
-Tudo bem, isso pára com o tempo.-sussurrou Harry nos ouvidos de Brighid.
-Tem certeza? Porque eles me olham assim desde o embarque no trem.
-Param sim.Foi a mesma coisa comigo no meu primeiro ano, e todos os outros que se seguiram, mas depois que se acostumarem com a sua presença, eles param.
Harry deu algumas palmadinhas carinhosas nas costas dela, que quase perdeu o fôlego.Reparando na sala a sua volta, como tudo era mágico.Surpreendente existirem pessoas que duvidavam ou simplesmente não acreditavam na existência de um mundo assim.E como sentiu falta de não dizer ao seu pai que ele estava certo, de aquele mundo nos livros que lia para que Brighid dormisse quando pessoa era real, e de dizer a sua mãe que existia um lugar melhor.
-Olha só quem está ali: Draco Malfoy!-resmungou Rony.-Vê esse garoto me faz perder o apetite.
-Nem bem o ano letivo começou e ele já deve estar dando uma detenção para os alunos menores.-disse Dino Thomas.-E vejam, um caloro bateu no pé dele!
Um menino franzinho, olhos castanhos e cabelos crespos tropeçou sem querer e bateu nas costas de Malfoy, quando ele saia para fora do salão, rodeado de seus comparsas Crabble e Goyle.O menino congelou ao ver os rostos de ódio de Crabble e os pulsos estralando de Goyle, mas Draco segurou os dois e disse para que saíssem logo dali.
-Qual é a sua Draco? Não vai bater nele?-perguntou indignado Goyle.
-Estou mais a fim de me afastar desse bando de trouxas e mestiços do que bater nesse pivete.-respondeu o loiro indiferente.-Vamos logo!Odeio esperar!
-Mas o que deu no Malfoy?-perguntou Rony.
-Que estranho!Ele não bateu e nem deixou os outros baterem.-disse Harry.
-Será que o arrogante Malfoy está mudando?-perguntou Lilá Brow.
-É mais fácil o Snape nos ensinar a poção do amor do que isso acontecer.-respondeu Rony voltando sua atenção para as costeletas de frango no seu prato.
Gina dera um disfarçado sorriso, retirou-se da mesa dizendo que ia logo para o dormitório pois estava bem cansada.
-Como assim dormir? Você não fez nada a manhã toda!-resmungou Rony
-Porque não toma conta da sua vida, Rony!Sou livre para ir onde quiser neste castelo.-respondeu Gina saindo mal humorada.
-A Gina anda estranha ultimamente.-disse Rony pensativo-Está o tempo todo trancada no quarto e anda sorrindo sem razão alguma.Lembram naquele dia quando ela se afastou do nosso grupo no Beco Diagonal?
-Ah, Rony deixa disso!Gina não esconde nada.-disse Hermione.
-Se ela estivesse escondendo algo, voce me contaria Hermione?
-Ora, mais porque essa pergunta agora!
-É apenas uma pergunta, e ai, contaria ou não?
-Com licença, vou dormir também.Boa Noite a todos!
E também seguiu para fora do salão.Harry ouviu Rony murmurar: mulheres!Aos poucos a o salão ia esvaziando-se.Os monitores encarregaram-se de levar os alunos do primeiro ano as respectivas salas comunais de suas casas.Brighid maravilhou-se em ver a de Grifinória, e as Parvati Patil e outra garota da mesma casa se ofereceu para levá-la ao dormitório das meninas.
-Boa Noite Harry, e Rony.-disse Brighid
-Boa Noite.-respondeu os dois meninos.
-É, talvez ela seja uma pessoa legal.A Brighid.-disse Rony enquanto ele e Harry subiam para os dormitórios dos meninos.
-Ela é sim.Só deve estar confusa com todas as coisas que lhe aconteceram.E a seleção dela como foi?
-Um tanto esquisita.Brighid foi a última a ser consultada pelo chapéu seletor, e ele demorou um tempão lendo a mente dele.E quando eu digo um tempão, foi, definitivamente um tempão.Daí a indicou para nossa casa.E com o Dumbledore?
Antes de Harry respondeu entraram Dino Thomas, Neville e Simas Finnigan.Rony demonstrou ares de irritabilidade, porque só ficaria realmente sabendo da conversa entre Harry e Dumbledore no dia seguinte.
-Viram a menina que sobreviveu?Cara, que gatinha!-comentou Simas.-Acho que vou me oferecer para mostrar o castelo!
-Toma cuidado se fizer isso.Ela pode mandar você lamber sabão, literalmente.-respondeu Neville e todos começaram a rir.
-Essa tal garota é mesmo tão poderosa assim?-perguntou Dino.
-Bom, ela feriu Voce-sabe-Quem.Acha que ela não é?-indagou Rony.
-De qualquer maneira acho que estou fora do jogo.Viram que ela tem uma quedinha pelo nosso Harry aqui!-disse Simas batendo nas costas de Harry.
-O que?
-Não reparou? A garota estendeu um riso de orelha a orelha quando você sentou perto dela!
Os meninos desataram a rir, pondo seus pijamas e afundando nas camas de colunas.Porém, Rony fingiu apanhar um tinteiro perto de Harry para falar bem baixinho de modo que Dino, Simas e Neville não ouvissem:
-Toma mesmo cuidado Harry.Talvez essa garota seja legal, mas não se esqueça do poder que ela tem.Aquilo que o Simas disse foi verdade, eu também notei.
-Ela é gentil apenas, não tem nada disso.
-Pode ser, mas tome cuidado com ela.
E se dirigiu para sua cama.
Em outro lugar, distante de Hogwarts e de qualquer vestígio do passado de Lorde Voldemort, este observava as árvores ao seu redor.Era manhã e os pássaros nativos entoavam uma bela canção.Ele pos no chão a cobra que carregava nas costas.
-Belo paraíso, não acha Nagini?
A cobra emitiu um assobio ofídico que o bruxo entendeu em sua linguagem ser:lindo e com bastante fartura.Pois logo se via os ratos e animais silvestres correndo em direção a floresta fechada ao verem a imensa Nagini seguindo a direção deles.
-O quarto ficou pronto, milorde.-disse Pettigrow aproximando-se, com cautela.
-Perfeito.Estou indo para lá.E quanto aos intrusos?
-Mortos.Bellatriz os enterrou numa vala perto do rio Amazonas.
-Hum...bom saber.Puseram-se no caminho de Lord Voldemort.Recusaram-se em oferecer sua casa ao Lorde, pagaram com a própria arrogância.
Voldemot entrou na casa, na verdade, uma confortável choupana no meio da mata Amazônica.Toda feita de madeira e com detalhas entalhados, as paredes repletas de quadros de pássaros e índios.Voldemort seguiu direto para o quarto que ficava no primeiro andar onde Bella arrumara cuidadosamente para seu mestre.
-Aqui está milorde, um quarto digno para o senhor.
-Obrigado, minha querida.Esta choupana será um bom lugar para minha convalescença.
-Não entendo como milorde pode piorar nesses últimos dias.Depois do ataque aquela maldita, o senhor tem estado bastante fraco.
-Eu sei minha querida.Brighid carrega os poderes da Arca Perdida, objeto sagrado com o poder de liquidar qualquer mortal que o tocasse.Minha saúde fragilizou-se com aquela descarga de energia, quase morri.Mas neste paraíso, seu mestre ficará bom.Como andam nossos planos?
-Em perfeita ordem, meu senhor.Em breve, executaremos como combinado.
-Bom, muito bom.O remédio para minha fraqueza é ver o caos no mundo apático dos trouxas!
Mais um plano maligno esperava o mundo.Era a época do caos.Porém, nenhum deles percebeu que mais alguém ali se encontrava, e acabara por escutar os planos dos Comensais e de Lorde Voldemort.
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