O Término do Serviço



Apenas uns cinco segundos depois, chegaram a uma enorme casa afastada da cidade.
- Milorde. – Bellatrix fez uma reverência e se ajoelhou à frente de Lord Voldemort.
- Bella – Ele inclinou a cabeça em resposta. – E Rodolphus. Juntem-se a nós. – E indicou duas cadeiras vazias em uma longa mesa de madeira, onde todos estavam sentados em silêncio.
Aparentemente, eles haviam chegados atrasados.
Havia algo, ou alguém, inconsciente num canto escuro da sala.
Voldemort, percebendo que Bellatrix examinava curiosamente o vulto largado ao chão, se levantou e fez sinal para que ela o acompanhasse. Imediatamente, ela se levantou.
Quando chegaram perto da figura, ela já não entendia mais nada mesmo.
- Milorde? – Sua expressão era confusa, e era verdadeira.
- Imagino que conheça Sirius Black. – Ele a olhou, esperando uma reação dela.
- Claro, com certeza. – Uma expressão maligna iluminou seu rosto, ela se abaixou e descobriu o homem. Ela fez uma cara de repulsa ao ver as marcas no rosto dele: fora torturado. – Está morto?
- Imagino que não. – Voldemort não estava nem um pouco preocupado, falava com suavidade.
- O que aconteceu aqui?
- Ah, heróis... – Ele suspirou, e vendo que ela ia continuar questionando-o, acrescentou com calma. – Imaginei que você gostaria de terminar o serviço para mim.
Os olhos dela assumiram um conhecido brilho perverso.
- Claro Milorde. Com todo prazer.
- Cuide disso depois, então. – Ele passou o braço pela cintura dela, puxando-a para perto de si mesmo, e lhe deu um beijo que faria qualquer uma desmaiar.
Bellatrix era casada com Rodolphus, mas apenas se divertia com ele. E, além disso, ela era como a “amante” de Voldemort, e não costumava negar as vontades de seu Senhor.
Todos nós sabemos que ele não é capaz de amar, mas ela era uma mulher, e ele um homem, apesar de tudo. E amor era uma coisa que também não existia na vida dela.
Mas entre amor e atração física existe uma grande diferença, e os dois se enquadravam na segunda opção.
Ele a soltou e como se nada tivesse acontecido e voltou à mesa. Se alguém viu alguma coisa, para seu próprio bem, fingiu que não viu.
À frente de todos, mantinham uma relação apenas de Comensal da Morte e Lord Voldemort. E ela não pretendia mais do que isso. E por outro lado, Voldemort só a usava para satisfazer seu desejo, nada mais.

- Você não tem vergonha na cara, mulher! – Provocou Greyback, logo depois que a reunião terminou e todos começaram a se dispersar.
- Eu só não entendi em qual parte você entra na minha vida, seu idiota. – Ela ria dele. Como ele podia se achar no direito de se intrometer na vida dela?!
- Você não se dá o respeito. – Ele balançou a cabeça em sinal de desaprovação.
- Só lhe digo uma coisa: cuide da sua vida! Seu abutre imundo! E tire as mãos de mim! – Acrescentou ela, tentando se soltar dele, quando ele agarrou seu braço.
- Até parece que você não gosta. – Seu tom agora era suave. Ele ainda sustentava o aperto no braço dela.
- Já lhe avisei: me solta! Eu tenho nojo de você. – E esbanjando desprezo, ela se soltou dele, virou de costas e saiu andando para ir falar com o marido.

- Onde você estava? – Rodolphus a esperava para irem embora. Com certeza, ele esperava alguma coisa dela quando chegassem a sua casa. Ela, percebendo isso, retrucou:
- Se for isso que você está pensando, desista. E se estiver com tanta pressa, vá sem mim. Ainda tenho coisas a fazer.
- Como o que?
- Ah, não se meta. Vai logo. Não se preocupe, eu vou pra casa depois. – E lhe deu beijo no rosto e saiu andando em direção ao porão, onde estaria o corpo de Sirius.

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