Capítulo Dois



. Capítulo DOIS .


- Onde estou? – Foi a primeira coisa que Harry pensou ao se levantar do chão gelado. Com certa dificuldade, ficou de pé e observou o ambiente em que estava: Parecia ser um porão. Algumas cadeiras velhas foram postas de qualquer jeito debaixo de uma velha escada de madeira, que levava a uma porta branca no andar de cima. Várias caixas de papelão foram espalhadas pelo cômodo, contendo diferentes objetos em seu interior (Papéis, livros entre outras coisas). A única fonte de luz era um velho abajur, que estava encima de uma mesinha de canto, que fora posta a alguns metros do local em que ele estava. Encima da mesinha, também havia uma garrafa Pet cheia de água.

Ao visualizar o líquido, sentiu a garganta seca e encaminhou-se até a mesinha para pegar um copo de água, porém, não conseguir por que uma corrente fora presa em sua perna e na parede, de modo que ele não conseguia se distanciar o bastante para alcançar a garrafa. Suspirou longamente, tentando se lembrar o que havia acontecido: Lembrou-se de estar em sua casa, durante a noite, até que alguém bateu na porta e... É claro! Lembrou-se então do que havia acontecido, ele havia sido seqüestrado...

- Tem... Tem alguém aqui? – Harry ouviu alguém dizer. Era uma voz masculina, rouca, arrastada... Parecia vir de um canto escuro da sala.

- Quem é você? – Disse Harry, forçando, em vão, os olhos para tentar enxergar no escuro.

- Potter? Harry Potter? – A voz perguntou, parecendo incrédula. Harry pode reconhecer o contorno de um homem se levantando do chão. Não conseguia enxergar o seu rosto devido a escuridão.

- Sim... Quem é você? – Perguntou Harry, que, não sabendo se era seguro aproximar-se, se se encostou à parede.

- Eu sou Blásio Zabini, se lembra? – Disse o homem, aproximando o máximo que as correntes que também o prendiam a parede as permitiam. A luz vinda do abajur, ainda que fraca, iluminou o seu rosto, então Harry reconheceu o colega dos tempos de escola.

- Oh! – Exclamou Harry – É você... Como... Como viemos parar aqui?

- Você não sabe? – Zabini arregalou os olhos e encarou o outro. Harry fez sinal negativo com a cabeça. O moreno continuou: - Nós fomos seqüestrador por que...

Porém, ele parou de falar quando a porta do andar de cima se abriu com estrondo. A mesma pessoa que invadira a casa de Harry naquela noite e o trouxera até aquele lugar desceu vagarosamente as escadas, trazendo consigo uma varinha na mão esquerda.

- O QUE VOCÊ QUER COM A GENTE? – Gritou Harry, encostando-se na parede. Como resposta, a misteriosa pessoa riu maleficamente e sorriu para ele.

- Temos muito que conversar, Harry...

* * * * * *


- Então, vamos reunir tudo que nós conseguimos até agora – Falou Rony, dirigindo-se a equipe de investigação, três dias após o seqüestro – Aproximadamente as três da madrugada, Harry se levantou da sua cama, na suíte do segundo andar. Desceu as escadas e dirigiu-se, provavelmente, a cozinha. Nesse momento, a campainha tocou e ele foi atender. O seqüestrador não deixou nenhuma pista sequer: Nem digitais, fios de cabelo, marca de sapato... É provável que tenha aparatado ali na porta, para não deixar rastros. Tocou a campainha usando luvas, e, quando o Harry atendeu, o seqüestrador o imobilizou e desaparatou levando-o consigo.

- Não sei, tem alguma coisa estranha nessa história... – Disse Bernard Rowle, que fazia parte da equipe de investigação. Ele tinha cabelos negros, era alto e tinha uma cicatriz no rosto. Passou os olhos pelos presentes e encarou Rony – Por que seqüestrariam o Potter? Todos sabem que a carreira dele ia de mal a pior, o Semanário das Bruxas publicou que estava tendo problemas no casamento, o que provavelmente o acabaria deixando com problemas financeiros... Enfim, ele estava completamente falido!...

- Francamente, Rowle! – Respondeu Rony, rispidamente – Você acredita no Semanário? Essa revista só diz mentiras!

Bernard suspirou e voltou a encarar o ruivo.

- Weasley, entendo que você e o Potter eram melhores amigos, mas, não precisa fazer de conta que ele ainda tem a mesma glória que tinha há alguns anos atrás. O Potter estava falido sim, e precisamos levar isso em conta, afinal, por que alguém ia querer seqüestrar alguém que estava prestes a ser jogado no olho da rua?

- Por quê? Humm... deixe-me pensar... – Disse Rony, sarcasticamente – Por que ele é um AUROR! Ele caçava Bruxos das Trevas, ele derrotou Lord Voldemort... Muita gente ainda tem raiva dele por causa disso, muita gente ainda deseja vingar a morte de Voldemort matando Harry!

- Eu sei muito bem o que ele fez, Weasley. Mesmo assim...

- CHEGA! – Berrou Rony, o que fez alguns aurores que estavam presentes prenderem a respiração – O mais importante é encontrarmos o Potter e descobrir quem fez isso. Essa mesma pessoa, ou organização, também pode ser responsável pelo seqüestro de alguns outros bruxos, ou seja, quanto mais rápido fizermos nosso trabalho, mais respostas vamos obter!

- Ok, entendi. Faça o que achar melhor, Weasley, mas saiba que seria melhor se você levasse em conta esse fato: O Potter Foi Seqüestrado Sem Motivos Aparentes. – Bernard levantou-se, reuniu seus objetos e colocou-os em sua mala e dirigiu-se a porta, dizendo: - Está na hora do meu almoço. Com licença.

Ao sair, fechou a porta. Os olhares todos recaíram em Rony, que se sentou em sua cadeira e começou a analisar alguns papeis, silenciosamente. Natasha McKing, uma mulher alta, de cabelos loiros, que fora escalada para a equipe de investigação, perguntou:

- Rony, desculpe-me, mas... Tem alguma coisa errada entre você e o Bernard?

Rony ergueu os olhos para a moça. Ficou algum tempo calado, pensando se respondia ou não. Suspirou longamente e então disse:

- Sabe, acho que vocês precisam saber de uma coisa. – Começou, levantando-se e avaliando cada um dos presentes – Não sei se vocês já ouviram falar de Thor Rowle, pai do Bernard. Ele era um Comensal da Morte. Esteve na invasão de Hogwarts em 1996, quando Dumbledore morreu, e na batalha em 1997, quando Voldemort foi derrotado.

Os aurores presentes no local ouviam curiosamente o que Rony dizia. O ruivo levantou-se da cadeira e começou a andar de um lado para o outro na sala enquanto falava:

- A três anos, Thor foi liberado de Azkaban. Ele dizia que estava agindo sobre a maldição Imperius, e mais aquele BláBláBlá que eles sempre dizem... Algum juiz foi burro demais ao ponto de acreditar nele e acabou o liberando. Assim que saiu de Azkaban, ele foi procurar o filho, Bernard, que havia acabado de entrar para o Ministério. Pelo que se sabe, Bernard não queria nada com o pai, e eles acabaram tendo uma briga feia e tudo mais. Só que, depois de um tempo, eles acabaram de entendendo e Bernard acabou aceitando o pai em sua casa, pois ele já está bastante velho e precisa de tratamento médico.

Rony parou mais uma vez. Suspirou, voltou a lançar um olhar para os companheiros de trabalho e finalizou:

- Eu sei que não devo julgá-lo por coisas que seu pai fez, mas, eu e ele nunca nos demos bem, entende? - Rony não esperou resposta, saiu rapidamente da sala, com seus pensamentos a mil. Poderia Bernard ter razão?



* * *


A mansão dos malfoy mudara muito. E Ginny pôde perceber assim que aparatou em frente desta. A mansão continuava com seu aspecto de imponência, mas já perdera todo o brilho que tivera durante muitas gerações. Parecia largada, mal cuidada e triste.
Ela atravessou o extenso jardim, que parecia não ver água há um bom tempo. Levantou a gola da blusa de frio para tampar-lhe o pescoço, que estava gelado pelo forte vento.

- Ah, olá!- exclamou Malfoy, quando abriu a porta assim que Ginny tocara a campainha, com uma cara cansada.

- Olá - disse ela, olhando em volta, a casa tinha muitos móveis antigos e imponentes, era muito grande, mas aparentava não ver uma boa faxina a algum tempo - Onde esta sua esposa?

- Ah, bem, esta na casa dos pais - disse, mas ao ver a cara de desentendida de Ginny, completou - Nos separamos a algum tempo.

- Oh, não sabia. Desculpe-me.

- Não, não tem que desculpar-se, todos nós podemos passar por isso, há um momento que não há mais diálogo, ou aquele antigo afeto, aparente que o casamento se tornou uma prisão, e você só continua a viver com aquela pessoa alimentando sentimentos do passado - falou Draco.

Ginny calou-se, tudo o que Draco dissera também fazia sentido para ela, que também perdera todo o dialogo com Harry. Sentia que só continuava com ele por ter esperanças que poderia ser como antes, mas não, tudo mudara, e Draco acabara de lhe dizer isso, de esclarecer-lhe. Olhou para ele curiosa, e depois sorriu. Ele não fazia nem idéia de como ela entendia. Entendia bem demais.

________________________________________________________

N/A: Olá, pessoal!
Bem, capítulo dois postado ^^
Esperamos que vocês gostem!
Deixe seu comentário e voto, ok?
Até mais xD

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.