Capítulo Um
O vento frio da madrugada veio rápido e fez com que Harry Potter se encolhesse na cama. Há dias ele não dormia, não depois da briga que tivera com Ginny. Harry havia colocado o trabalho antes de tudo, ate mesmo da família. Não eram recentes as brigas do casal, mas a ultima, tinha sido definitiva. Ginny não voltaria. A briga fez com que se separassem, e ela estava agora na casa dos pais, dormindo tranqüila. Enquanto ele estava em sua casa, sozinho, esperando que no dia seguinte um oficial batesse a sua porta para que ele assinasse os últimos papeis do divorcio. Nada estava bem.
Seus filhos não ligavam mais pra ele, sua esposa fora embora. Sua casa... Esta já estava no nome da esposa a anos. Ele perdera completamente o rumo de sua vida. Ao menos ele ainda guardava esperanças. Esperanças de um dia poder ver novamente quem sempre lhe fizera bem.
Mais uma vez Harry mexeu-se na cama, e sem agüentar mais, levantou-se. Era melhor ler algum livro ou fazer algo para beber á ficar na cama remoendo as desgraças que vinham acontecendo-lhe. Desceu as escadas e se dirigiu a cozinha, antes que pudesse chegar ao seu destino, porem, foi interrompido pelo som da campainha que ecoou na casa. Intrigado em saber quem poderia estar fazendo uma visita as duas da manha, Harry vai ate a porta. Ao abri-la, pensou estar tento alucinações.
- O que você quer aqui...? – começou. Mas sua pergunta foi calada pelo jato de luz vermelha que irrompeu da varinha de quem batera a sua porta.
- O QUE?
- Isso mesmo senhora, seu marido, foi, seqüestrado - Falava novamente um auror a Ginny.
- Mas... Como? Você não tem nem pistas? Nada?- gesticulava ela.
- Nada, aparentemente não há vestígios de ninguém alem dele ter entrado na casa. Não há pistas, receio que não o encontremos, mas nossa equipe esta fazendo o máximo possível para encontrá-lo.
- Obrigada - disse, sentando-se num sofá estampado que havia no departamento de aurores, apertado entre tantos cubículos e caixas. Ela suspirou vendo o auror que antes tentava explicá-la que Harry havia desaparecido distanciar-se.
Ela estava cansada, tivera de acordar as seis da manha com noticias do desaparecimento de Harry, só tivera tempo de se trocar e deixar os filhos, que estavam de férias, com Molly.
- Gi, estou fazendo o possível e o impossível para encontra-lo! - Rony se aproximara dela, com Hermione logo atrás. Rony tinha a mesma aparência sonolenta e desarrumada da irmã. Com certeza também tinha sido alarmado do desaparecimento muito cedo, e como chefe dos aurores ele tinha de estar o mais rápido possível no ministério.
O que Ginny não esperava era que Hermione o acompanhasse, ela era uma espécie de Molly Weasley, que vivia cuidando da casa e dos filhos.
- Obrigada, Ron, só quero descansar agora - disse calma.
- Todos nós queremos, tivemos que levantar as pressas- anunciou Mione - só deu tempo de informar a á babá que teria de chegar muito mais cedo.
Um silêncio abateu-se sobre eles, Ron ainda estava de pé, então colocou as mãos nos bolsos enquanto aguardava.
- E quando vão liberar a casa?- indagou Ginny.
- Ã?? – exclamaram Ron e Hermione estupefados pela pergunta da mulher.
- Ginny, você não esta preocupada com o Harry?
- Pra falar a verdade, não. Sabe, ele não era o mesmo que eu conheci em Hogwarts e por quem eu me apaixonei, ele era meio estranho e distante ás vezes, e brigávamos sempre. Ele dava valor mais ao trabalho do que na família, pode parecer estranho, mas... Ele acabou me decepcionando. Na verdade, eu queria me mudar logo, não estou agüentando morar com a mamãe - confessou.
- Não acredito... - disse Ron, estupefado, sentando-se também no sofá - Pensei que fosse só mais uma briga...
- Gi, quanto ao fato do Harry lembrar-se mais do trabalho, que da família... É meio difícil de crer, sabe, ele sempre foi totalmente ligado á família, e sempre quis ter uma...
- Pois depois que teve, se esqueceu dela - Ginny disse, fria.
A ruiva levantou-se de um salto, os outros a encararam, ela simplesmente recolheu sua bolsa e anunciou.
- Estou indo. Se conseguirem alguma informação, me avisem.
E assim se foi, deixando Ron e Hermione estupefados, atrás de si. Firme, ela se dirigiu ao elevador, que no momento se encontrava vazio; antes, porem, que as porta se fechassem, ela ouviu alguém gritar “Não fecha!”, então, colocou a mão em uma parte da porta do elevador, segurando-o. Rápido, quem gritara entrou no elevador. Draco Malfoy sorriu. E ficaram lá, em silencio.
- Sabe, estava querendo falar com você - Ela o ouviu dizer. E assustou-se.
- O que? – Perguntou a ruiva.
- É. Sabe, meu amigo, Blásio, também desapareceu. E fiquei sabendo que o Potter também - começou – Então... Bem, pensei que poderíamos procurá-los.
- Procurá-los? Nós dois?
- É.
- Malfoy, de onde você tirou essa idéia? Além do mais, Todos os aurores estão à procura deles, você acha que poderíamos achá-los, sozinhos?
- Não sei, mas acho que nós dois juntos conseguiríamos - Garantiu.
Ginny pareceu pensar. Era uma grande verdade que os aurores eram em sua maioria, incompetentes. Mas, que mal faria tentar achar Harry e Blásio? Afinal, ainda tinha assuntos pendentes com o marido, e não queria esperar tanto tempo assim...
- Aceito - disse convicta.
Malfoy sorriu, e lhe entregou um cartão.
- Este é meu endereço, pode ir me encontrar quando quiser.
- Tudo bem. Mas, me responda... Porque quer encontrá-lo?
- O Potter?
- Não, Zabini.
- Porque ele esta me devendo muita grana.
A ruiva riu, parecia mesquinho vê-lo dizer isso, mas notou que ela também queria encontrar o marido por causa de dinheiro.
- Ok...- disse ela, mas a porta do elevador se abriu, e o loiro saiu dando-lhe um aceno de cabeça.
Dentro daquele elevador, Ginny mal podia pensar em tantas desventuras que iria encontrar nessa sua busca...
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