A Câmara Secreta
Capitulo 6:
Câmara Secreta.
Ao invés de irem ao dormitório como Minerva McGonagall havia exigido, os três subiram as escadas e se esconderam atrás de um pilar e viram que havia mais uma mensagem na parede, mas não conseguiram ler o que era.
McGonagall, Snape, Flitwick, Sprout, Sinistra, Vector, Burbage, Hooch e outros professores de Hogwarts estavam olhando preocupados para a mensagem. Minerva, com a voz falhada, olhou para os professores e disse:
-O que mais temíamos aconteceu... O herdeiro de Slytherin levou um dos alunos para dentro da Câmara. – ela fez uma pausa e continuou – Creio que esse seja o fim de Hogwarts. A escola não é mais segura.
Os professores olharam para Gilderoy, que havia acabado de chegar com seu sorriso de orelha a orelha.
-Me desculpem, eu cochilei. O que foi que eu perdi?
-Uma aluna foi levada para dentro da Câmara, Gilderoy – disse Snape – Acho que está na hora de você entrar em ação. Afinal, você não disse que sempre sabia qual era a entrada para a Câmara?
Gilderoy ficou quieto, e seu sorriso sumiu. Toda cor do rosto dele sumiu, e ele parecia confuso.
-Ah...E-eu...Vou estar no meu escritório me... Me arrumando. – ele deu meia volta e saiu dali à passos largos.
-Quem que o herdeiro pegou, Minerva? – perguntou Madame Pomfrey.
-Gina Weasley.
Harry e Lilly olharam para Ron. O ruivo não gostava muito da sua irmã, mas ele ficara triste e preocupado. Assim que os professores saíram, eles conseguiram ler a mensagem na parede: “O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre”
-Gina! – disse Ron, num murmuro inaudível.
~~*~~
Lilly, Ron e Harry entraram no banheiro de Murta com Gilderoy Lockhart. Ele tentara escapar o caminho inteiro até ali, mas Lilly cutucava as costas dele com a varinha, fazendo ele levar choque.
Encontraram Murta sentada em cima da porta de um boxe, choramingando como sempre. Lockhart pareceu surpreso por encontrar um fantasma ali.
-Oi Murta, a gente quer lhe fazer uma pergunta... – disse Harry, se aproximando do fantasma. – Como você morreu?
Murta sorriu como se Harry tivesse feito um elogio, e desceu da porta e ficou parada em frente a eles.
-Eu estava aqui, chorando porque uma garota havia feito piadas sobre meus óculos, - ela fez uma careta de raiva – quando ouvi uma voz de um garoto. Ele estava falando em uma linguagem diferente, muito esquisita. Eu me levantei para manda ele embora e ai... Morri.
-Morreu? – perguntou Harry – Como?
-Eu não lembro direito...Só lembro de ter visto um par de olhos amarelos perto daquela pia. – Murta apontou para uma pia ao lado de Gilderoy e depois sumiu, choramingando.
Harry se aproximou da pia que ela havia apontado, e procurou qualquer vestígio de uma passagem secreta.
Os três alunos e Gilderoy se assustaram quando ouviram batidas vindo de um dos boxes. A maçaneta começou a girar, e viram a sombra de alguém lá dentro. A porta não abria, e de repente a porta fora explodida em mil pedacinhos, levantando poeira. Eles ouviram alguém tossindo, e de dentro do boxe saiu Kate, e ela não parecia muito contente.
-ONDE ESTÁ AQUELA VACA RUIVA? – exclamou ela, procurando por alguém.
Lilly ficou ofendida e se aproximou dela.
-Você está falando de mim?
-Não! E sim de Ginevra Weasley!
Dessa vez, foi Ron que se ofendeu.
-Minha irmã não é uma vaca! – disse Ron – E ela vai apodrecer dentro da Câmara Secreta, se não nos adiantarmos!
-O que aconteceu? – perguntou Gilderoy, querendo mais tempo para planejar uma fuga.
-A sua irmãzinha queridinha, Ronald, é a pessoa por trás destes ataques! – disse Kate, revoltada – Eu estava seguindo ela. Eu vi ela escrever a mensagem de despedida no terceiro andar, e depois a segui até aqui, onde ela me viu e me deixou inconsciente!
-Há! Gina, a herdeira de Slytherin? – zombou Lilly – Aham, e minha avó é virgem!
Kate tirou o pó de suas vestes e encarou Lilly, e tinha um olhar assassino no rosto.
-É claro que ela não é a herdeira de Slytherin. Ela está sendo possuída por ele.
-Ele? - perguntou Harry, curioso – Quem é ele?
-Acho preferível deixar a melhor parte para o final, não é mesmo? – disse Kate, com um sorriso enigmático no rosto.
~~*~~
Lilly se levantou, sacudindo o pó de suas vestes. Ela olhou ao redor; a burrice de Gilderoy havia feito um desabamento. Ela avistou Harry e Kate, mas nenhum sinal de Ron ou Gilderoy. A idéia de que as rochas haviam esmagado Ron assombrou sua mente, e começou a chamar o nome do garoto, até que uma voz atrás das pedras respondeu.
-Eu estou bem! – gritou a voz de Ron – O feitiço de Gilderoy acabou voltando contra ele, ele não consegue nem se lembrar quem é!
-Ron! – chamou Harry – Mova umas pedras para que possamos passar depois, está bem?
Ron concordou, e começou a tirar pedras do caminho, enquanto Kate, Lilly e Harry avançaram para o interior da Câmara.
Após abrir a escotilha, eles se viram dentro de uma câmara enorme, com pilhares em forma de cobras, estalactites e uma estatua enorme do rosto de Salazar Slytherin.
Enquanto eles avançavam, eles viram Gina Weasley, caída no chão desmaiada, segurando o diário de Tom Riddle. Harry se ajoelhou do lado dela e verificou seu pulso.
-Gina! – chamou ele – Por favor, não esteja morta! Acorde!
-Ela não irá acordar. – disse uma voz fria e clara, vindo de atrás de um dos pilares.
Tom Riddle apareceu, com a mesma aparência e vestes que Harry e Lilly haviam visto na memória do diário. Ele fez um movimento com a mão e um dos pilares criou vida, e acabou capturando Lilly e Kate, deixando as duas presas.
Harry ficou confuso, e olhou para Lilly e Kate, que tentavam quebrar um dos caninos da cobra.
-Tom Riddle? Você é um fantasma? – perguntou Harry – A gente tem que sair
daqui, a gente tem que salvá-la!
-Não. Apenas uma memória. – disse ele, com a voz calma, mas em seu rosto havia ansiedade. – Eu não posso salvá-la, Potter. Enquanto Gina Weasley enfraquece, eu me fortaleço.
“Foi Gina Weasley que abriu a Câmara Secreta, foi Gina Weasley que mandou o basilisco atacar todos os sangue-sujos, e foi Gina Weasley que escreveu as mensagens na parede!”
-Ela não poderia! Ela não faria isso! – disse Harry, se levantando. Alguma intuição dele avisava que Tom Riddle não era tão confiável.
-É claro que ela fez, porque eu mandei ela fazer.
Lilly se virou para trás, e viu Kate sentada com um olhar de “eu te avisei”.
~~*~~
Lilly e Kate se cansaram de tentar quebrar a estatua de pedra que as prendiam, e tentavam pensar numa solução para sair dali. Harry e o basilisco haviam sumido num túnel, e conseguiam ver Lord Voldemort com um sorriso malicioso no rosto, e também a inconsciente Gina Weasley no chão.
-Eu tenho uma idéia! – sussurrou Lilly, para que Voldemort não as escutassem – Vamos falar “Bombordia” ao mesmo tempo, pode ser que de certo!
Kate concordou e as duas apontaram a varinha para os dentes da cobra que prendiam a saída. As duas berraram com toda a força e a estatua desmoronou, causando uma nuvem enorme de poeira e o quase soterramento das duas garotas.
Voldemort, que estava prestando atenção ao basilisco, foi distraído quando ouviu a explosão. Ele admirou a coragem e a força das duas, mas assim que o basilisco matasse o garoto-que-sobreviveu, as duas garotas também teriam o mesmo destino.
Lilly se levantou e depois ajudou Kate a se levantar.
“Ótimo.”, pensou Lilly com sarcasmo “Conseguimos sair. Só que esqueci que agora estamos frente a frente com um serial-killer. Bom plano, Lilly, bom plano.
Kate se levantou, pegou a varinha e olhou para Tom Riddle. Ao contrário de Lilly, ela não sentiu medo. Ela não sentia medo nenhum, e ela se lembrou de uma coisa que sua mãe lhe havia falado quando ela pequena, quando ela teve medo que um monstro estivesse no armário dela:
“Você vai ter que aprender, Kate, que quando você crescer você vai ter que enfrentar os seus maiores medos. Mas a ação certa será você encará-los de pé, sem demonstrar medo algum. - ela tirou o colar que ela sempre usava, o prateado com um pingente em forma de S com esmeraldas incrustadas e colocou no pescoço da filha. – Esse colar vai te proteger de algum deles, está bem? Agora durma, e se lembre do que eu te falei, se no seu sonho tiver algum monstro.”
Kate segurou o mesmo pingente que estava em seu pescoço, e continuou encarando Riddle sem demonstrar medo. Lilly, ao seu lado, tentava não entrar em contato visual com o Lorde das Trevas.
Tom Riddle riu ao ver a coragem da menina que o encarava. Depois estranhou ao ver que as vestes dela eram verdes e prateadas, enquanto as das duas ruivas e a de Potter eram vermelhas e douradas. Por um motivo estranho, aquela garota lhe pareceu familiar.
-Uma sonserina no meio de grifinórios? – disse Riddle, com um tom rude – Isso é bastante incomum.
-Eu não me importo se é incomum ou não, Riddle. – disse ela, com a voz clara e firme. - Eu ando com quem eu quiser, e ninguém pode mandar em mim.
“Pronto. Vai virar presunto. ”, pensou Lilly, ao ver a expressão no rosto de Voldemort após a fala da Kate.
Lilly achou que ele iria machucar, torturar ao até mesmo matar Kate, mas ao invés de fazer isso, ele deu um sorriso não muito amigável.
-Qual é o seu nome? - perguntou ele.
O colar que havia no pescoço da garota aumentou a curiosidade dele. Ele era bastante familiar, tão familiar quanto os olhos cor de violeta da garota.
-Kate. – respondeu a sonserina.
A simples menção do nome fez toda cor que restava no rosto de Riddle sumir. Ele quase deixara cair a varinha de Harry no chão, mas ele a segurou firmemente.
-Kate – murmurou ele baixinho, e apenas Lilly conseguiu ouvir o que ele dissera. – Não pode ser...
A curiosidade encheu a cabeça de Lilly, e ela e Kate levaram um susto quando de repente viram que Harry já estava lá há bastante tempo, e quando um basilisco apareceu do nada atrás de Lord Voldemort.
**
N.A.: Esse é o ultimo capitulo do segundo ano. O resto que acontece, é igual ao do livro: só acrescentando Lilly Jones no escritório de Dumbledore =)
Serena: Obrigado pelos seus comentários! Ah, e eu atualizei o vídeo. Realmente, foi um trabalhão danado esse vídeo...O computador travando toda hora, e o audio recusando a aparecer... Bem, fiz meu melhor. E eu amei o resultado (aquela nem um pouco convencida). Hahaha! Beijooos! :3
**
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!