Novas Alunas



Capitulo 2:
Novas Alunas


Neville, Dean, Hermione e Seamus estavam sentados num vagão do Expresso Hogwarts. Hermione estava preocupada com Harry e Ron; ela não havia visto os dois no trem.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu que os três garotos estavam discutindo sobre carros voadores.

-Carros voadores? – perguntou Hermione – Isso é uma ambição dos trouxas, é claro que não existe!

-Existe sim! – disse Seamus

-Não existem carros voadores! – repetiu Hermione.

Neville apontou para a janela, e falou sorrindo:

-Existe sim!

Dean se aproximou da janela. Um Ford Anglia azul estava voando desgovernado ao lado do trem. A porta se abriu e eles viram que uma pessoa havia escorregado e estava pendurada no ar.

-Meu deus! – exclamou Neville – Aquele garoto vai morrer!

Eles viram o garoto entrar de novo no carro. Logo depois, Neville, Seamus e Dean começaram a discutir quem seria aqueles dois malucos no Ford Anglia.

“Ah, ai está os dois”, pensou Hermione, “Eles vão ficar bem enrascados dessa vez.”


~~*~~


Já no Salão Principal, Hermione ainda não havia tido noticias de Harry e Ron. Olhava para os alunos novos e para McGonagall, que segurava a lista de alunos e o chapéu seletor na outra mão.

-Lilly Jones! – chamou McGonagall – Srta. Jones, você está sendo transferida de Beauxbattons, portanto entrará no segundo ano.

Lilly assentiu com a cabeça e se sentou no banquinho.

-Hm... - falou o Chapéu Seletor quando foi colocado na cabeça da ruiva – Mente interessante, com certeza... Bem parecida com a sua família...Corajosa e destemida, e um tanto curiosa... Então você pertence à...GRIFINÓRIA!

Lilly se sentou ao lado de Hermione, e logo as duas se cumprimentaram e começaram a conversar. Bastante tempo se passou, e as duas viraram amigas. Ainda restava uma aluna para ser sorteada.

-Kate Jackson! – chamou McGonagall.

Ninguém mais prestava atenção. Conversavam sobre as férias, sobre o ano letivo novo e muitas outras coisas. Dumbledore se ajeitou na cadeira, como se quisesse ouvir para onde aquela garota iria ir.

Lilly imediatamente reconheceu aquela garota. Era a mesma que havia interrompido o beijo dela e de Christopher. Ela se virou e viu Christopher sentado na mesa da Corvinal, conversando com uma garota, e Lilly começou a ficar com raiva dele.

Hermione olhou para a garota, que agora havia sentado no banquinho, esperando ser sorteada. Estranhou a curiosidade de Dumbledore, mas escutou atenta as palavras do Chapéu Sorteador.

-É astuta, esperta e é poderosa. Você é bem parecida com seus pais, e já é capaz de fazer várias grandezas que eles fizeram. É melhor esperarmos que você não seguirá os mesmos passos...SONSERINA!

Hermione e Lilly se entreolharam.

-Você ouviu isso? – perguntou Hermione, e depois viu Kate sentar-se à mesa da Sonserina e começar a conversar com Draco Malfoy.

As mesas magicamente se lotaram de comidas e bebidas variadas, e logo as duas se serviram.

-Ouvi. – Lilly serviu seu copo com suco de abóbora – Interessante, não acha? E um pouquinho assustador?

-É. E o mais curioso ainda é porque Dumbledore se interessou tanto na seleção dela.

As duas se viraram para Dumbledore, e o diretor olhava para a nova Sonserina. Ele parecia preocupado e também um pouco desapontado, mas logo começou a conversar com o Prof. Flitwick.

-Acho que o melhor é ficar longe dessa garota. – falou Lilly – Estou com medo dessas “grandezas” que o Chapéu Seletor disse.


~~*~~


Quando Ron e Harry chegaram na Sala Comunal, já era tarde, e encontraram Hermione conversando com uma garota ruiva. As duas riram sobre alguma coisa e depois viram que os dois haviam chegado.

-Onde vocês dois estavam? – perguntou Hermione, já séria – E o que os dois estavam pensando quando entraram naquele carro voador?

-Sabe Hermione, - disse Ron – quando você fala desse jeito parece que estou falando com a minha mãe.

Hermione ignorou a comparação do Ron e se dirigiu ao Harry.

-Perdemos o trem, voamos no carro do pai do Ron, quase fomos atropelados pelo trem, quase morremos esmagados no Salgueiro Lutador, fomos pegos pelo Filch, levamos esporro do Snape, McGonagall nos passou detenção e não fomos autorizados de entra no Salão Principal. – falou Harry, e sentou na poltrona.

-Uau. E eu achando que vocês dois não iriam mais entrar em encrencas. – falou Hermione, voltando a se sentar ao lado da garota. – Ah! Ron, Harry, essa é Lilly Jones. Ela foi transferida de Beauxbattons.

Lilly cumprimentou os dois.

-E aí, aconteceu alguma coisa no jantar? – perguntou Ron – Snape demitido, talvez?

-Não. – respondeu Hermione – Mas uma garota nova é bem curiosa.

Lilly e Hermione falaram sobre Kate a Harry e Ron; tudo que o Chapéu Seletor havia dito, sobre Dumbledore e sobre ela ser escolhida pela Sonserina.

-Ela conhece Dobby – disse Harry. – e foi Dobby que me alertou que havia um grande perigo esse ano. Alguma relação?

-Quem é Dobby? – perguntou Lilly.

-Um elfo doméstico que resolveu aparecer no meu quarto dizendo que Hogwarts está correndo grande perigo.

-Grande perigo? – repetiu Lilly – Porque sempre quando eu entro em alguma escola acontece algo?

-Como assim, aconteceu algo em Beauxbattons? – Hermione olhou para ela curiosa.

Ron, que estava amarrando o cadarço do sapato, se sentou perto das duas garotas e ficou atento. Harry também ficou, se sentou melhor na poltrona e ficou prestando atenção em Lilly.

Lilly suspirou e se deu por vencida. Olhou para o chão, e começou a falar, em voz baixa.

-Ano passado, eu havia acabado de entrar em Beauxbattons. Nos primeiros meses, tudo estava bem; havia feito bastantes amizades e as aulas estavam sendo fáceis. Mas um dia tudo mudou.
“Minha melhor amiga, Juillet, e eu, estávamos voltando de uma detenção. Era noite, e todos já haviam ido dormir. Estávamos rindo, conversando. Estava tudo bem quando ouvimos vozes vindo do jardim.
“Seguimos as vozes e nos escondemos atrás de um arbusto. Vimos duas pessoas encapuzadas. Uma delas era um adulto, reconhecemos pela voz. Mas eles não falavam francês, e sim inglês; Juillet não entenderá nada. Mas eu conseguia entender o que eles falavam. Falavam sobre algum plano e um reencontro. Foi só o que eu entendi.
“Juillet, naquele dia, estava gripada. Ela espirrou e as duas pessoas nos ouviram. Eles deram conta que havia mais alguém ali e começamos a correr. Lá em Beauxbattons tem um pequeno bosque, e corremos em direção a ele. E as duas pessoas também corriam atrás de nos.
“Eu e Juillet nós separamos. Me escondi e esperei, e nenhum sinal das pessoas encapuzadas. Achei que elas já haviam ido embora, e resolvi procurar por Juillet. Não a achei, então voltei para a escola, achando que ela estaria feito o mesmo que eu, e que estaria me esperando na escola. Mas ela não estava lá.”

Lilly parou de falar e sua voz tremeu. Ela retornou a falar, só que mais baixo ainda.

-No dia seguinte os professores a acharam no bosque. Assassinada.

Hermione colocou a mão na boca.

-Eu sinto muito por ter te perguntado, Lilly. – disse ela.

-Não, está tudo bem. – falou Lilly, mas os três sabiam que ela estava mentindo. – O que é passado é passado, né?











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