Reveillon e Reencontro
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SEGUNDO ANO
“Ouçam. (...). Não quero afirmar que este seja um livro trágico. Eu já lhes disse na primeira frase que ele é o meu livro favorito. Mas a partir de agora muitas coisas ruins estão para acontecer.”
O noivo da princesa, William Goldman.
Capitulo 1:
Reveillon e Reencontro
Kate estava sentada em frente de sua caixinha de música e ouvia a sua melodia, que ela tanto amava.
Kate tinha cabelos castanhos e olhos cor de violeta. Era alta para a idade, e também muito inteligente. Ela já havia apresentado sinais de magia controlada, o que deixara a mãe dela emocionada.
Ela amava a mãe. Sempre ajudava ela com tudo e sempre tentava animar sua mãe. O pai de Kate morrerá antes dela o conhecer, e isso fazia sua mãe sofrer. Ela sempre dizia que tudo estava bem, mas a garotinha via sua mãe chorando às vezes. E isso não é uma boa visão.
-Kate! – chamou a mãe. – venha, o bolo já está pronto.
Kate se levantou, fechou a caixinha de música e correu para a cozinha. Ela pegou uns potes cheios de guloseimas e confeitos no armário e depois os repousou sobre a mesa e se sentou. A sua mãe colocou o bolo na mesa e ela começou a decorá-lo com tudo o que havia direito.
-Você tem que fazer isso todo santo aniversário de seu pai?
A garota terminou de colocar confeitos no bolo e olhou para sua mãe.
-Claro! Eu acho que ele iria ficar feliz, não acha?
A mulher suspirou, e ficou observando a filha botar mais doces em cima do bolo.
-Você vai passar mal se comer isso.
Kate apenas sorriu e colocou um feijãozinho-de-todos-os-sabores na boca. Assim que o engoliu, ficou séria e parou de colocar doces em cima do bolo.
-Mamãe, qual é o nome dele? Você nunca me disse.
A mulher ficou séria, e não respondeu. Tentava dizer alguma coisa, mas não conseguia.
-Qual é o nome dele? A única coisa que eu sei que hoje é o aniversário dele. – disse Kate.
A mulher passou a mão no cabelo da filha, suspirou e falou, em voz baixa:
-O nome de seu pai era R...
Ela foi interrompida quando as duas ouviram uma batida na porta. As duas se levantaram rapidamente, e Kate abraçou a mãe, com medo.
-ABRA A PORTA, AGORA! – gritava uma voz masculina – Finalmente te achei, você acha que poderia fugir de mim a vida inteira, vagabunda?
A mãe de Kate pegou a varinha e depois se ajoelhou até ficar da altura de sua filha.
-Kate, vá para a casa de seu tio. Não volte, entendeu? Vá pelos fundos, agora!
A garota abraçou a mãe e começou a chorar.
-Não! Venha comigo!
-Vá, Kate! Será mais seguro para você! – ela secou as lágrimas da filha. – Eu te amo, meu bem.
Ela abriu a porta dos fundos, e ao mesmo tempo, a porta da frente havia sido explodida, e um homem bêbado estava ali, com a varinha em uma mão e uma garrafa de firewhisky na outra.
Kate pegou a sua caixinha de música e correu, sem olhar para trás quando um lampejo verde invadiu a casa inteira.
~~*~~
-...E a minha família viajou para cá, para passar o Reveillon. Mas acontece que estou fugindo deles. - disse Lilly, enquanto se balançava lentamente no balanço. – E você? Também está fugindo da família?
-Sim. Os meus tios são muito chatos! – falou Harry, e depois os dois riram.
Lilly e Harry estavam no parquinho da Magnolia Street, sentados no balanço e conversando. Os dois haviam se conhecido ali mesmo e no mesmo dia, e desde então começaram a virar amigos.
Lilly era uma garota de 8 anos, e tinha cabelo ruivo, e tinha olhos castanhos. Era extrovertida, engraçada e alegre, e gostava de conversar.
-Família é coisa complicada, não é mesmo? – disse a garota, e Harry concordou. – Cada uma mais irritante e maluca da outra.
Eles ficaram quietos por uns instantes, e começaram ouvir soluços.
-Você está ouvindo isso? – perguntou Lilly.
Os dois viraram e viram uma garota recostada na árvore, chorando. Eles se aproximaram dela.
-Você está bem? – disse Harry. – O que aconteceu?
-Eu... Eu... Eu tô perdida! – ela soluçou e secou as lágrimas com as costas das mãos. – Eu... Eu não sei...Onde meu tio mora...
-Talvez possamos ajudá-la. – sugeriu Lilly, e estendeu a mão para que pudesse ajudá-la a se levantar.
Ao invés de aceitar a cortesia, a garota olhou para a mão de Lilly e depois para os dois, e acrescentou, com arrogância:
-Eu não preciso de ajuda de dois trouxas! – ela se levantou e saiu dali, segurando firmemente uma caixinha de música.
Harry e Lilly se entreolharam. Lilly conhecia o termo, mas parecia que Harry não fazia idéia do que significava “trouxa”.
-A boa-educação está em falta nesses dias. – falou o menino, e depois os dois voltaram a se sentar no balanço.
~~#~~
-POTTER! – gritara Vernon Dursley.
Havia se passado quatro anos desde aquele encontro estranho, e Harry havia acabado de sonhar com ele. Ainda meio sonolento, se levantou e desceu as escadas, até encontrar os a família Dursley na sala. Os três estavam bem-vestidos, e Petúnia tirava um bolo do forno e começara a decorá-lo com glacê.
-Sim? – disse Harry, um pouco rouco.
-Hoje uma família vira jantar aqui. – Vernon arrumou a gravata – Os Jackson. O Sr. Jackson tem o interesse de fazer uma oferta generosa para minha empresa, e com sorte, conseguirei isso hoje. Como estão se mudando hoje à noite, queremos dar-lhes boas vindas ao bairro.
Vernon terminou de arrumar a gravata e olhou para Harry ameaçadoramente.
-Isso significa, moleque, que você vai ficar bem quieto em seu quarto, fingindo que não existe. Entendeu?
Ele afirmou com um movimento da cabeça e subiu para o seu quarto, e se assustou quando viu uma criaturinha pulando em sua cama.
~~*~~
A porta se abriu e logo um homem baixo e de ombros largos entrou. Ele tinha uma aparência bem simpática, com seus óculos bem pequenos, bigode e cabelo grisalho. Em seguida, uma mulher alta, de cintura fina e pernas longas entrou, e tinha uma aparência esnobe. Dudley, que estava assistindo TV, tirou sua atenção do Reality Show quando viu aquela mulher loira
usando um vestido tomara que caia preto e curto, entrando em sua sala.
Dois adolescentes também entraram, discutindo. Os dois tinham cabelo castanho, mas eram bem diferentes. A garota tinha olhos cor de violeta, e já o garoto tinha olhos azuis, e os dois eram bem atraentes.
-Sejam bem vindos! – disse Petúnia, guardando os casacos da família e direcionando-os para a sala de estar.
-Sr. Jackson! – Vernon sacudiu a mão do homem baixinho. – É uma honra ter a sua família em minha casa!
-Por favor, me chame de Alan. – o homem sorriu e depois lançou um olhar sério para os dois adolescentes. – Kate, Christopher, por favor, sejam educados!
Os dois murmuram desculpas e olharam para baixo. A mulher loira se aproximou de Alan, e falou:
-Me desculpe pelo comportamento dos dois. Eles acabaram brigando no caminho até aqui.
-Brigas acontecem, está tudo bem! – disse Petúnia, com um sorriso no rosto.
Depois das apresentações, eles se sentaram para jantar. Alan, Paris e Christopher alegaram que já haviam almoçado, então apenas Kate e os Dursleys jantaram. Kate se levantou e fui em direção ao banheiro, quando topou com uma pessoa no segundo andar.
-Ai! Desculpe-me, não te vi passando... – ela se levantou, e depois ajudou a outra pessoa a se levantar. Ela se surpreendeu quando viu o rosto daquela pessoa. – Você...Você é Harry Potter?
O garoto sorriu.
-Sim. E você seria a filha dos Jackson, não é mesmo?
-Não exatamente filha. - ela mudou de assunto rápido, e Harry percebeu que aquela conversa havia afetado ela. –Não imaginei que você estaria vivendo com trouxas.
Quando ela falou aquela palavra, Harry se lembrou imediatamente daquele encontro a anos atrás, o qual ele sonhara de tarde.
Ele abriu a boca para falar algo, mas foi interrompido quando a porta de seu quarto abriu e Dobby enfiou a cabeça pra fora.
-Dobby? – disse a garota, confusa. – O que você estaria fazendo aqui?
O elfo doméstico fechou a porta apressadamente.
-Você conhece Dobby? – perguntou Harry.
Era engraçado imaginar que Vernom estava pensando que aquela era uma família de trouxas, ou “normais” em suas palavras, ao contrário de ser “aberrações”, mas a verdade era bem outra.
A resposta dela foi interrompida quando ouviram um barulho de vidro sendo quebrado. Uma bola de futebol havia invadido a sala de estar, e havia acertado Dudley, que estava estatelado no chão.
Uma garota ruiva e de olhos castanhos apareceu no buraco da janela. Ela não era nem alta nem baixa, e usava uma blusa de time de futebol trouxa e uma bermuda.
-Me desculpem, sinto muito pela janela – ela falou, um tanto assustada – vocês poderiam devolver a minha bola?
Vernon lançou um olhar assassino para a garota. Ele começou a dar uma bronca na garota, e completamente se esqueceu das visitas – e das boas-maneiras.
Christopher se levantou, pegou a bola e saiu daquela casa. A garota estava indo embora, meio desanimada, e ele a chamou.
-Creio que isto seja seu – ele entregou a bola para a ruiva.
A garota se virou com um sorriso.
-Obrigada, achei que aquele cara de morsa não iria me devolver.
-Sou Christopher Jackson, e você seria...?
-Lilly Jones. – ela corou um pouco – Você quer jogar?
-Claro!
Os dois jogaram apenas uma partida, e no final Lilly havia ganhado, e os dois se sentaram no muro que havia perto da casa dos Dursleys.
-Haha, como se sente ter sido ganhado por uma garota? – Lilly riu, e Christopher também.
-Um pouco desapontado comigo mesmo. – ele sorriu, e olhou fixamente para a garota.
Ela corou de novo, e os dois se aproximaram. Ele estava se inclinando para beijá-la, quando os dois foram interrompidos quando uma outra garota que
Lilly não conhecia apareceu.
-Christopher! – disse Kate, com uma cara de surpresa – o que é isso?
-Eu só... – o garoto tentou falar algo, mas Kate o interrompeu de novo, e olhou para Lilly.
-Ele já tem dona, está bem? – ela puxou o Chris pela camisa, e ele tentou se
soltar, mas ela não deixou.
Lilly ficou com cara de boba sentada no muro, pensando em como os homens poderiam ser tão desprezíveis.
Quando Kate e Christopher já estavam longe da ruiva, Kate começou a rir.
-Isso não foi legal – Christopher se soltou dela e ajeitou a camisa.
-E daí? Você nunca mais vai vê-la na vida. – Kate ainda ria. – Você já teve tantas, para que mais uma?
Christopher parou de ficar chateado, e sorriu para ela.
-É, e eu vou sair amanhã com a aquela garota Emily...
-O nome dela é Aimée, Christopher. – disse Kate, séria. – É por isso que eu não deixo você ficar com as minhas amigas.
-Tanto faz! – ele deu de ombros, mas ele realmente não parou de pensar naquela garota ruiva.
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