Alexei
Capítulo 41- Alexei
Perséfone voltou para Hogwarts no final da semana. Estava deprimida. A pomto do médico ter receitado remédios trouxas para ajudá-la a se recuperar. Seu estado era muito triste de se ver.
A jovem se idolou no quarto e não recebia ninguém. Nem Sirius. Nem Bella. Nem Nico, o seu elfo, conseguia entrar. Nada aproximou-se dela até aquele dia, até aquela manhã.
Uma manhã de sábado, como o dia do parque. Um choro fraco do lado de fora da porta. Era tudo o que ela ouviu. E foi o que a fez erguer-se da cama com dificuldade e abrir a porta.
Era um menino. Cabelos castanho claros e olhos azuis. Estava sentado na sua porta chorando baixinho.
- O que houve? -perguntou Persefone
Os olhos dela estavam inchados devido ao choro também. Os cabelos estavam negros e bagunçados, não os penteava havia uma semana.
- Meus pais... -falou o garotinho
- O que tem seus pais? -perguntou Persefone
- Meus pais são do grupo deles agora. -falou o garotinho
- Você não é aluno de Hogwarts. Quem é você? -perguntou Persefone
- Alexei Romanov. -falou o garotinho
- Eu conheci a sua mãe. -falou Persefone
Alexei olhou-a triste mas curioso. Persefone sentou-se ao lado de Alexei.
- Conheceu? -perguntou Alexei
- Sim. No torneio tribruxo. Nós aproveitamos que estávamos meio “de folga” e passávamos o dia treinando duelos. Ela era muito gente boa. Acha que ela se tornou um Dracul? -perguntou Persefone
- Ela me escreveu dizendo que se tornou um deles. -falou Alexei
Persefone ficou preocupada.
- Mantive contato com sua mãe mesmo depois daquele torneio. Aliás, participamos de um de duelos no ano da formatura. Não conte para ninguém sobre essa carta, tá bem? Sua mãe te avisou porque te ama e não quer ter segredos para você. Mas é importante que não conte a ninguém, entendeu? -falou Persefone
- Entendi. Os Draculs querem me matar. Minha mãe vai me matar. -falou Alexei
- De onde tirou essa idéia? Claro que não! Sua mãe te ama. Uma mãe sempre ama o filho mais do que a si mesma. -falou Persefone
- Amava tanto a sua filha assim? -perguntou Alexei
- Preferia ter morrido no lugar dela. -falou Persefone
Alexei ficou olhando os próprios pés. Algumas lágrimas escorreram pela face de ambos.
- Minha mãe sempre me falou que as pessoas que nos amam não nos deixam de verdade. A sua filha, mesmo não tendo nunca te visto, estará sempre no seu coração. -falou Alexei
Persefone começou a chorar.
- Te deixei mais triste? -perguntou Alexei preocupado
- Não. Você é muito maduro para a sua idade. Quantos anos tem? -perguntou Persefone
- Sete. -falou Alexei
- Eu entrei para o colégio come ssa idade, sabia? -perguntou Persefone
- Não. Não é com 11? -perguntou Alexei
- Eu era tida como um prodígio. Fala muito bem o inglês para um russo. -falou Persefone
- Aprendi com o Yerik, desde que eu era bem menor. -falou Alexei
- O Yerik tem um sotaque muito forte. Não é a toa que falam que crianças aprendem melhor do que adultos. -falou Persefone
Persefone sorriu. Alexei soltou um sorriso meio triste também.
- E agora? -pergunmtou Alexei
- Eles são seus pais. Eles te amam acima de tudo. Se eles te avisaram sobre isso é provavel que te avisem sobre mais coisa. Tipo, quando deverá se proteger... Essas coisas. -falou Persefone
- Eu não sei me proteger. Eu sou uma criança. E eu ouvi o Yerik comentando que os Draculs são muito fortes e ele não pode com eles. -falou Alexei
- O Ursinho é meio exagerado às vezes. E melodramático. Existi um jeito de se defender deles sim, só não é um jeito politicamente correto. -falou Persefone
- Então por que não se defendeu da Penny? -perguntou Alexei
- Não sabia que ela era mesmo um deles. No fundo eu torcia para estar errada. -falou Persefone
- É verdade que ela te atacou pelas costas? -perguntou Alexei
- Verdade. Sem nenhuma defesa. -falou Persefone
- Ela matou a própria filha e a sua também. E se a minha mãe tiver ficado assim? -perguntou Alexei
- A Penny abandonou a Celene quando essa nasceu. Ela nunca a olhou como filha, mas sempre como uma cruz, uma carga que deveria ser carregada. Seus pais te amam tanto, que se colocaram em perigo para te proteger. Eles não são como a Penny. -falou Persefone
- Você conhece mesmo uma forma de proteção? -perguntou Alexei
- Conheço. Um amuleto. -falou Persefone
- Amuleto? -perguntou Alexei
- Isso. A confecção de um amuleto. Esse amuleto impede que qualquer coisa que um vampiro faça surta efeito em quem o está usando. Tipó, se quiserem te fazer um corte... A faca passará sem lhe causar um único arranhão. Mas é meio complicado confeccioná-lo. -falou Persefone
- E é copmplicado demais? Eu não quero me tornar um deles ou morrer. -falou Alexei
- Você não vai morrer tão cedo. -falou Persefone
- Como sabe? -perguntou Alexei
- Eu não vou deixar, tá? -falou Persefone
- E como vai me proteger se não tá nem comendo? -perguntou Alexei
- E se eu disser que vou voltar a me alimentar? -perguntou Persefone
- Jura? -perguntou Alexei
- Juro. -falou Persefone
- E vai pentear o cabelo? -perguntou Alexei
- Vou. -falou Persefone
- Vai tomar banho? -perguntou Alexei
- Tá me chamando de fedida? -perguntou Persefone rindo
- Não... Tô te chamando de porquinha fedida. -falou Alexei
- Tá, eu tomo banho. -falou Persefone
- Poderia manter seu cabelo preto? Você fica mais bonita assim. -falou Alexei
- Mesmo? Ninguém nunca tinha me falado isso. -falou Persefone
- Me lembra as figuras que eu via em uns livros sobre Mitologia. -falou Alexei
- Mas a Persefone dos mitos tem cabelos castanhos. -falou Persefone
- Acho que os autores ignoravam esse detalhe. -falou Alexei
Persefone riu de novo.
- Para um garoto de 7 anos, você é muito inteligente. -falou Persefone
- Obrigado. Foi bom falar contigo, sabia? Eu tava tão triste e agora estou bem mais animado. -falou Alexei
- E como estão os outros? -perguntou Persefone
- Tá todo mundo preocupado. O Yerik falou que o seu problema é carência. -falou Alexei
- Carência? -perguntou Persefone
- Isso. Disse que foi pouca atenção que seus pais te deram quando você era criança. -falou Alexei
Os cabelos de Persefone ficaram imediatamente vermelhos e lisos. Incrivelmente arrumados. Os olhos também ficaram meio avermelhados.
- O ursinho tá onde mesmo? -perguntou Persefone
- No salão comunal da Griffinória, eu acho. -falou Alexei
Persefone deu um beijo estalado na bochecha de Alexei.
- Vou ter uma conversinha com o Yerik e já volto, meu anjo! -falou Persefone
E saiu caminhando apressada até o salão comunal da Griffinória. No caminho, passou pela cozinha e pegou um enorme pedaço de bolo, causando espanto em Monstro e Nico.
Alguns minutos depois, Persefone chegou ao salão comunal da Griffinória com a varinha na mão.
- Ursinho! -falou Persefone
- Tá de pé? -perguntou Yerik
- Para o seu azar sim. Que história é essa de “carência de atenção”? -perguntou Persefone
Yerik começou a rir.
- O que foi? -perguntou Persefone
- Era uma pegadinha. Idéia do Tom! -falou Naj
- Como é? -perguntou Persefone
- Ele teve essa idéia para te forçar a sair do quarto. -falou Sirius
Persefone olhou todos a sua volta. Naj ao lado de Lupin.
- Me irritaram de propósito? -perguntou Persefone
- Mais ou menos. -falou Sirius
- Bolo? -perguntou Naj oferecendo uma fatia enorme de bolo de chocolate
Persefone pegou uma fatia e comeu rapidamente.
- Pois eu estou furiosa! Eu não tenho carência de atenção! -falou Persefone terminando em menos de um minuto com a fatia de bolo
- Tudo bem, acreditamos! -falou Sirius
- Tem suco? Tô com sede. -falou Persefone
- Laranja ou acerola? -perguntou Naj
- Planejaram me irritar para eu comer? -perguntou Persefone, e olhando para Naj- Laranja com bastante açúcar!
- Estávamos todos preocupados. E... Perse, eu não aguentava mais te ver sofrendo daquele jeito... -falou Sirius
Persefone ficou olhando-o pasma.
- E quando o Tom disse que tinha uma idéia, topei na hora. Faria qualquer coisa para te ver pelo menos comendo de novo. -falou Sirius com uma barra de chocolate na mão
- Mesmo? -perguntou Persefone
- Mesmo. -falou Sirius
E olhando-a beber rapidamente o suco, ele começou a desconfiar.
- Qual é a segunda intenção? -perguntou Sirius
- Bem... Tipo... Amor... Tava pensando em algo interessante. -falou Persefone
- Algo interessante... E? -perguntou Sirius
- Nada demais... Mas sabe aquele livro muito super hiper mega legal que eu vi na Travessa dos Trancos? Pois é, o vendedor não quis vender para mim pois sou uma mocinha indefesa. Compra para mim? Eu te dou o dinheiro. -falou Persefone
- Em troca de não pular nenhuma refeição e comer normalmente durante o resto da semana? -perguntou Sirius
- Sim! -falou Persefone
Sirius tirou de dentro de uma caixa um embrulho e entregou para Persefone. Ela abriu e viu qye era o livro que queria.
- Como imaginou... -falou Persefone
- Vai ter que comer direitinho por uma semana. -falou Sirius
- Eu teria concordado em um mês se tivesse pedido. -falou Persefone
- Teria? -perguntou Sirius
- Naj, o que é aquele negócio vermelho? -perguntou Perséfone
- Tortinhas de morangos. -falou Naj
- Amo morangos! -falou Persefone pegando uma tortinha e começando a comer
- E o Alexei? -perguntou Yerik
- Tá bem. Estávamos conversando agorinha. NICOOOO!!!!! -falou Perséfone
Um elfo apareceu do lado de Persefone nessa hora.
- Chama o Alexei para vir aqui. Ele vai gostar dessa tortinha. -falou Persefone
- O Alexei recebeu uma carta. Elçe te falou a respeito? -perguntou Yerik
- Ah, falou. Mas eu prometi não contar o que era. Mas garanto que não era nada grave. -falou Persefone
- Tem certeza? -perguntou Yerik
- Assim como tenho certeza que você precisa aprender a fechar um pouquinho mais a boca. O menino estava completamente triste ao ouvir você, ursinho, falar que os pais dele tinham morrido! -falou Persefone
- Mas morreram! -falou Yerik
- Prove! E se tiverem vivos? Se for contar, faça isso com um pouquinho de cuidado. O Alexei é uma criança. Por mais inteligente que ele seja, ele precisa receber notícias assim com um pouco de consideração e cuidado. Não de forma desastrada. -falou Persefone
- Vou conversar com ele com mais calma. -falou Yerik
- E usa um pouquinho a diplomacia. Ele é um bom garoto. Não precisa sofrer por adiantamento. E nem merece. -falou Persefone
- Você teria dado uma boa mãe. -falou Yerik
Sirius abraçou Persefone que começou a chorar nessa hora. Naj deu um cascudo em Yerik.
- Que foi? É verdade. Nunca imaginei ela tão madura. -falou Yerik
- Obrigada, Yerik. -falou Persefone
- Ganhei nome! Virei gente agora, Lestrange? -falou Yerik
- Cala a boca, pinguinzinho! E vê se não acostuma! -falou Persefone
- Tô vendo que a conversa não fez bem somente ao Alexei. -falou Sirius
Persefone deu um beijo nele.
- Amor, vou tomar banho e já volto. -falou Persefone
- Amor... Tem problema se eu for... junto? -falou Sirius
- Não. Já te falei hoje que você é o cachorro mais gatinho do mundo? -perguntou Persefone
- Não. Pode repetir pela semana toda que não nos falamos. -falou Sirius beijando-a
- Te amo! -falou Persefone
- Também te amo, raposinha linda! -falou Sirius
- Quanta melação! -falou Yerik
- Larga de ser chato, ursinho Pooh. Quer melzinho para melhorar o humor? -brincou Persefone
E saiu com Sirius para o seu quarto tomar banho e se arrumar para o almoço.
Alexei apareceu nessa hora. Estava sorridente.
- Precisamos conversar. -falou Yerik
- Eu sei. Você foi meio estabanado com as palavras e estava de cabeça quente. A Perse me explicou isso. Não precisa se preocupar. Eu estou melhor. -falou Alexei
- Tá, mas qualquer coisa... -falou Yerik
- Acho que você é mais poderoso que todos eles juntos. Mesmo que vocẽ discorde. -falou Alexei
- Você é um anjinho, Alexei. -falou Yerik
E Alexei subiu para o dormitótio masculino.
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