Uma nova reunião
Logo após as mortes de Teddy e Victoire, houve uma nova reunião da Ordem. Precisam entender o que estava acontecendo. Um membro estava muito ferido e outros dois haviam morrido.
A reunião foi na sala da Gaya. Não estavam presentes Bellatrix e Penny. Penny estava machucada e Bellatrix estava fazendo companhia para a filha.
Assim que todos os membros se acomodaram, Harry começou.
- Alguém sabia que eles estariam indefesos. E que não ouviríamos nada. –falou Harry
- Poderiam tê-los atacados a qualquer momento. –falou Celene
- Não poderiam. Aproveitaram que estavam sozinhos. E que ninguém ouviria nada por causa da música. Poderia ter sido qualquer um de nós. Mas eles ficaram sozinhos primeiro. –falou Harry
- O que sugere? –perguntou Voldemort
- Acho que há sim um traidor na Ordem. E acho que o que ocorreu hoje à noite apenas confirma isso. –falou Harry
- Alguma suspeita? –perguntou Naj
- Temos a mesma suspeita. –falou Harry
- O número de pessoas que não acreditam nela está crescendo. –falou Voldemort
- Gente, não dá para ter certeza que foi a Penny quem matou os dois. Poderia ser outra pessoa. –falou Celene
- Remus, você viu alguém se afastando deles? –perguntou Harry
-Não. E não havia rastros de fuga. –falou Remus
- Nenhum sinal? Não poderia ter aparatado? –perguntou Celene
- Quantas vezes eu vou ter que falar isso? É IMPOSSÍVEL aparatar e desaparatar dentro dos terrenos de Hogwarts. –falaram em uníssono Hermione e Perséfone
- Viu algo, Perse? –perguntou Harry
- Não. Nada, nem sombra de gente. –falou Perse
- Você está é com ciúmes porque minha mãe foi namorada do Sirius. –falou Celene
- Um bom motivo para querer acabar com a festa da Perse, não? –falou Gaya
Celene ficou calada. Era um bom argumento. Talvez Penny tivesse ficado com ciúmes... Mas matar dois inocentes seria demais.
- Mas a teoria tem um furo. –falou Sirius
- Qual? –perguntou Remus
- Penny também foi atacada. –falou Sirius
- Viu? Vai me dizer que ela se atacaria? Só para acabar com a festa? Isso seria doentio demais. –falou Celene
- E quem garante que não foi um ataque desferido por Victoire ou Teddy? –perguntou Perséfone
- Sabia que essa sua neura em acusar a minha mãe tá passando dos limites? Qual o seu problema, Perse? Tem tanto medo assim que ela roube o Sirius de você? Tem medo que ele te troque por ela, é? Afinal, ela deu a ele uma filha bem antes de você! –falou Celene
- Eu não tenho ciúmes dele! Não estou com medo de que ela “roube” meu namorado de mim! –falou Perséfone
- Ah, não? –perguntou Celene
- Eu confio no meu namorado. –falou Perséfone
- Ou o seu medo é que para ele, vocês duas sejam iguais? Ele a traiu mesmo ela estando grávida. É esse o seu medo? Que ele te traia com ela mesmo você estando grávida dele? –perguntou Celene
- Já chega, Celene! –falou Perséfone
- Ela o conhece há mais tempo, não? Sabe mais sobre ele do que você! Ta insegura... Ta com medo que ele perceba que ela ainda o ama e que te troque por ela. Como o Teddy fez, não? Te trocou pela Victoire! –falou Celene
Perséfone perdeu a cor.
- Ta tão maluca quanto a sua mãe! –falou Perséfone com os olhos cheios de lágrimas
- Não vai me sensibilizar com o seu choro falso. –falou Celene
- Não é falso! –falou Perséfone
- É quase sincero. É o mesmo que ser falso... –falou Sirius de brincadeira
Mas Perséfone não percebeu a brincadeira. E olhou-o séria.
- Amor, você já me fez ficar com a consciência pesando o mesmo que o planeta Terra com vários choros que não eram sinceros. –falou Sirius
- Vai me dizer que também acha que eu to com ciúmes exagerados? Seria insano acusar alguém de algo tão grave por ciúmes! –falou Perséfone
- E não ta com ciúmes? –perguntou Sirius
Perséfone abriu a boca pasma. Mas não disse nada. Apenas virou de costas e saiu andando.
- O que foi que eu disse? –falou Sirius
- Tudo. –falou Naj
- Ela ta furiosa contigo. Vá preparando a bunda. Porque o pé ela já preparou. –falou Jacke
- Ela não terminaria comigo só porque eu... –falou Sirius
- Apoiou a Celene na teoria de que ela está acusando a Penny por ciúmes. Correu tanto tempo atrás e não percebeu que a Perse é extremamente passional? Ela não pensa antes de fazer. E a Celene passou e muito da conta. Lembrar que o Teddy tascou um pé na bunda dela para ficar com a Victoire foi jogo baixo. –falou Jacke
- Falei sem pensar. –falou Celene
- Deu para perceber. –falou Naj
- Acha mesmo que ela terminaria comigo por algo tão besta? –perguntou Sirius
- Besta? Se meu namorado não me apoiasse em algo tão importante, eu daria um cartão laranja na mesma hora... Ta fora do jogo. –falou Celene
- É vermelho, Celene. Cartão vermelho! –falou Naj
- É tudo cor de Griffinório! O importante é que você não devia ter concordado comigo! Agora ela vai mesmo achar que você ainda tem alguma quedinha pela minha mãe! –falou Celene
- Como? –perguntou Sirius
- Ela ta grávida! Se o que fizer for do tamanho de uma azeitona, para ela vai tomar o tamanho de um transatlântico. Hipersensibilidade. –falou Remus
- Ta brabo para o teu lado! –falou Naj
Sirius saiu apressado.
Voldemort, que estava sentado ao lado de Harry, comentou baixo:
- Penny já conseguiu a primeira briga séria dentro da Ordem. Ela ta lançando a discórdia entre nós. –falou Voldemort
- Percebi. –falou Harry
Sirius saiu do Largo Grimmauld apressado. Mas não alcançou Perséfone.
Foi até Hogwarts. Nem sinal dela em nenhum ponto do castelo.
Foi até a cozinha.
- Monstro! –chamou Sirius
O elfo atendeu.
- Onde está a Perséfone? –falou Sirius
- Na casa dela. –falou Monstro
- Na casa dos Malfoy? –perguntou Sirius
Monstro fez uma expressão de desagrado.
- Não. –falou Monstro
- Na casa dos Lestrange? –perguntou Sirius
- Isso. –falou Monstro
Sirius foi pegar a rede de Floo. Ao chegar a sua sala, percebeu que a casa dos Lestrange não estava conectada à sua lareira...
- Monstro! –chamou Sirius
O elfo apareceu novamente.
- Tem alguma lareira em Hogwarts conectada à casa dos Lestrange? –perguntou Sirius
- A da diretora Gaya e da senhorita Perse. –falou Monstro
Sirius foi até a sala de Gaya. Entrou na lareira e chegou até a antiga casa dos Lestrange.
Saiu na lareira da sala de estar.
A sala estava toda escura, as cortinas estavam fechadas.
- Perse! –gritou Sirius
Não obteve nenhuma resposta.
Andou pela sala tateando até chegar a um corredor. Sacou a varinha e iluminou o caminho com ela
Sirius conhecia bem aquela casa. E estava exatamente igual a antes de Anastácia se mudar com ele para o apartamento.
- Perse! –gritou Sirius
Chegou na cozinha. Os móveis estavam cobertos de poeira, como se não fossem limpos há muito tempo. E havia ninhos de fadas mordentes por alguns pontos.
Saiu da cozinha apressado. Quanto mais andava pela casa, mais se convencia de que não havia ninguém.
Foi quando ouviu um choro no andar de cima.
Correu até as escadas sem ver nada o que tinha pela frente. E subiu-a rapidamente. Chegando no andar de cima, parou para tentar localizar o choro. Vinha do fim do corredor. Entrou apressado na porta.
Não estava preparado para o que veria.
Perséfone estava caída no chão, coberta de sangue, chorando.
- Eles estão aqui! Chegaram à Inglaterra. –murmurou Perséfone
- Eles? –perguntou Sirius petrificado
- Draculs. Estão na casa... –falou Perséfone ficando cada vez mais pálida e fraca
Sirius correu até ela e a colocou no colo.
- Ta tão frio... –murmurou bem baixo Perséfone
- Aguenta. Eu vou te levar até o hospital. Você vai ficar bem. –falou Sirius
Perséfone fechou os olhos e parou de respirar.
- Não! Não pode morrer... Eu não posso te perder! Não posso! Você é tudo o que há de bom na minha vida! –falou Sirius chorando, abraçado ao corpo de Perséfone.
Pegou-a no colo e levantou-se. Quando se virou de frente para a porta, mais uma surpresa. Perséfone estava parada à porta, com o rosto molhado em lágrimas.
A jovem olhou estática para o corpo idêntico a ela no colo de Sirius. Atrás dela estava um elfo com orelhas longos, olhos azuis do tamanho de uma bola de tênis.
Foi aí que Sirius percebeu. O que ele tinha no colo era um bicho papão. Só podia ser. Se os Draculs estivessem mesmo na casa, ele já teria sido atacado.
Mas não o jogou no chão ou o soltou de forma brusca. Colocou sobre uma cama e caminhou até Perséfone.
- Pensei que estivesse ferida... –falou Sirius aliviado ao vê-la fisicamente bem
A jovem estava de moletom, gorro e pantufa rosa de porquinho.
E com uma imensa barra de chocolate na mão.
- Me desculpe por ter apoiado o que a Celene disse. Ela não estava certa, você estava. –falou Sirius
- Não acreditou no meu choro. –falou Sirius
- Quem tem fama deita na cama. Mas acho que não faria isso com algo tão sério. –falou Sirius
- Mas na hora, você concordou com ela. –falou Perséfone
- Mas eu não falei sério... Foi brincando. Vocês duas estavam tão furiosas que nenhuma das suas perceberam... –falou Sirius
- O bicho papão se transformou em mim morta? –perguntou Perséfone
- Morrendo. Mortalmente ferida pelos Draculs... –falou Sirius
E a abraçou com força.
- Mas era só um bicho papão. Graças a Deus. –falou Sirius
- Seu pior medo é que eu sofra? –perguntou Perséfone
- Não, senhora. Desculpe a intromissão de Nico, mas Nico acha que o pior medo do senhor Black é que a senhora morra. É perdê-la. –falou Nico
Perséfone abraçou Sirius com força.
- Fiquei tão preocupado... Quando saiu daquele jeito. –falou Sirius
- Ela vai continuar magra e bonitona... Eu vou ficar enorme de gora e inchada. –falou Perséfone
- De quem você está falando? –perguntou Sirius
- Da Penny. Você ainda sente alguma coisa por ela? –perguntou Perséfone
- Perse! Isso é lá coisa que se pense? Eu estou com quem? –falou Sirius
- Comigo. –falou Perséfone chorando
- E você se lembra do tanto de Crucciatus, tapas e outras coisas do gênero que eu levei para conseguir ficar contigo? Isso foi porque eu me apaixonei por você na hora em que te vi. –falou Sirius
- Mesmo? –perguntou Perséfone
- Mesmo. E você não vai ficar gorda e inchada. Vai ficar cada dia mais linda! As mulheres grávidas, principalmente as que se transformam em raposas e lançam Crucciatus nos namorados, tem a tendência de ganhar um ar todo especial quando ficam grávidas, sabia? –perguntou Sirius
Perséfone sorriu.
- Jura? –perguntou Perséfone
- Sabe, te vendo agora, de pantufa e de moletom rosa... Eu percebi uma coisa... –falou Sirius
- Que eu tenho quadril de lavadeira e to ficando com peito de atriz pornô? –perguntou Perséfone
- Percebi como você aparenta ser frágil e delicada. Casa comigo? –perguntou Sirius
- Casar? Tipo, passar o resto de nossas vidas juntos? –perguntou Perséfone
- Exatamente. Casar. Nunca amei tanto uma mulher como amo você. Casa comigo? –perguntou Sirius
- Caso. –respondeu Perséfone sorrindo
Beijaram-se.
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