O Ataque à Rússia
Capítulo 26- O ataque à Rússia
Era um castelo do tamanho de Hogwarts. Uma construção de cinco séculos pelo menos. Habitada durante esse tempo por uma das mais antigas e tradicionais famílias bruxas da Rússia: Os Romanov. Desde que o primeiro Romanov surgiu que eles rapidamente galgaram todas as escalas sociais, tornando-se, em tempo recorde, o que eram até os dias de hoje. A família imperial russa.
Chefes de estado, nobres, muitos deles eram inclusive considerados santos. Os Romanov são tidos como um exemplo de honra e dignidade. Colocavam a justiça e a sabedoria acima de tudo. Assim como a piedade e a religiosidade, um traço bem marcante na família, por isso tão venerada pela população.
Outra coisa que destacava bem os Romanov eram os traços físicos. Todos tinham cabelos castanhos e olhos azuis. E o mesmo tom de cabelos e olhos. Ninguém nunca entendeu como isso acontecia. Mas eles também carregavam outro traço além do físico em comum. Todos morriam de forma violenta e sem chances de defesa. O atual casal que representava a família era Nástenka e Nicolai Romanov. Casados, primos. Nástenka era filha de Maria Romanov. Nicolai era filho de Anastácia Romanov. Foram as duas únicas sobreviventes do massacre de 1918, em que todos os membros da família foram fuzilados no porão de asa durante a revolução comunista. Mas nem por isso, Anastácia e Maria tiveram um fim diferente. No final do regime comunista, Maria e Anastácia foram descobertas e fuziladas do mesmo jeito. O governo estava apavorado com a possibilidade de alguém descobrir o verdadeiro fim dos Romanov e precisavam dar fim às duas sobreviventes. Mas isso não impediu que a verdade viesse à tona. E que a Rússia voltasse aos tempos da realeza.
O que mais aproximou nástenka e Nicolai foi a perda das mães. Mortas no mesmo dia, nos fundos de casa, sem defesa. Foi a revolta e a dor que os uniu a princípio. Para depois serem substituídos pos um grande amor. Desse amor nasceu um garoto chamado Alexei. Miúdo e de saúde frágil, Alexei vivia com um médico ao lado. Tinha problemas sérios de saúde que exigiam atenção médica com muita freqüência. Era um garoto de seis anos. Assim como os pais, ele tinha o cabelo castanho claro e os olhos de um azul quase translúcido. Alexei era pequeno e franzino para a idade. Além de muito pálido.
Mas a noite em que vou relatar não era uma noite especial. Era uma noite comum. Alexei jantava com seus pais. Era uma sala ampla com uma enorme mesa no centro. Uma mesa comprida com mais de 100 lugares. Mas apenas cinco estavam ocupados. Na cabeceira estava o patriarca da família, Nicolai. Ao seu lado direito, a prima e esposa Nástenka. Ao lado dela, Alexei. Do lado esquerdo de Nicolai, estava um rapaz de cabelos negros e traços fortes. Alto, musculoso e de olhos tão azuis quanto os dos Romanov. Seu nome era Yerik Shakkarov e era chefe dos aurores no Ministério da Magia Russo. Yerik era muito amigo dos Romanov, graças a ele que Nástenka e Nicolai estavam vivos. Ele era muito apegado a Alexei, que dizia que queria ser como Yerik quando crescesse. Aliás, ele era o único no Ministério que freqüentava a casa da Família Real. E os Romanov tinham uma confiança cega nele.
Ao lado de Yerik estava Ilya Anatolevich, medibruxo da família que passava 24 horas ao lado de Alexei. Era baixo, troncudo, de pouca fala. Parecia muito bravo, mas tinha um bom coração.
- E como está o avanço de Vlad? –perguntou Nicolai.
- Amor, não na frente do Alexei. –pediu Nástenka
- Acho que Alexei precisa saber. –falou Nicolai
- Mas ele é apenas uma criança! –falou Nástenka
- Desculpem a minha intromissão, concordo com a senhora que Alexei é apenas uma criança... Mas acho que ele precisa saber disso para ficar prevenido. Tipo, para não confiar em qualquer pessoa e saber reconhecer um Dracul. –falou Yerik
- Mas mesmo aurores já com muita experiência são incapazes de reconhecê-los! –falou Nástenka
- Mas as crianças são puras. Elas vêem as pessoas como são. Por isso os Draculs não conseguem enganá-las. –falou Yerik
- Quer dizer que o Alexei poderia reconhecê-los? –perguntou Nástenka preocupada
- Exatamente. –falou Yerik
Nessa hora ouviu-se uma forte explosão.
- Como se reconhece um Dracul? –perguntou Alexei
- Pelos olhos vermelhos. Você verá os olhos deles vermelhos. –falou Yerik pondo-se de frente para a única porta da sala
- O que foi isso? –perguntou Nástenka
- Eles chegaram... Mas as minhas fontes me garantiram que não viriam nos atacar. –falou Yerik
- Suas fontes se enganaram ou foram enganadas. –falou Nicolai
- Mas podem não ser eles, não é? –perguntou Ilya
- Provavelmente são. –falou Yerik
- E o que devemos fazer quando vemos um Dracul? –perguntou Alexei
- Sair de perto o mais rápido possível. –falou Yerik
- Temos que sair daqui... –falou Nástenka
- Por onde? –perguntou Yerik
Nástenka foi até um quadro e o afastou.
- Essa passagem nos leva até o porão. De lá podemos sair do castelo. –falou Nástenka
- Quem diria que esse porão nos daria sorte um dia, hein? –brincou Nicolai
Yerik entrou na frente, pois a passagem não era usada há muito tempo e não havia garantias de que os Draculs não a tinham achado.
Logo em seguida, entrou Alexei, Nástenka, Ilya e Nicolai, nessa ordem. A passagem foi fechada.
Era um corredor muito escuro e baixo.
- Lumus! –falou Yerik e a ponta de sua varinha se iluminou.
Caminharam até que saíram no porão.
Era um lugar amplo, mas ainda escuro. Ilya acendeu a luz.
- Não faça isso! –falou Yerik
Mas já era tarde. A iluminação já havia chamado a atenção para o porão. Havia uma passagem uns 100metros à frente deles que levava até o cemitério. Yerik pegou na mão de Alexei e correu para lá, junto dos outros.
De repente.30 Draculs estava no encalço deles.
Yerik virou-se para trás.
- Reducto! –atacou Yerik e um dos Draculs foi feito pó
Mas três deles pegaram Nicolai.
- Avada Kedavra! –atacou Yerik derrubando mais um Dracul
Continuaram correndo.
- Estupefaça! –atacou Nástenka
Mais um Dracul no chão.
- Estupefaça! –atacaram Yerik e Ilya
Mais dois Draculs no chão. Ilya foi pego por outros 3 Draculs.
Quando estavam próximos à abertura, Nástenka foi pega por 7 Draculs.
- LEVE-O DAQUI! SALVE O ALEXEI! –gritou Nástenka
Yerik entrou pela passagem puxando Alexei pela mão. Pegou o garoto no colo e correu o mais rápido que conseguia. Precisava colocar Alexei em um local segura para poder voltar e ajudar seus amigos. Correu até chegar a um cemitério.
Ia deixar Alexei e voltar quando viu um grupo de 10 Draculs vindo pelo túnel de onde ele tinha acabado de sair.
- Desculpe-me, amigos. Mas eu tenho que proteger o Alexei. –falou Yerik
Ele apontou a varinha para o teto do túnel.
- Bombarda Máxima! –atacou Yerik
O túnel desmoronou soterrando os Draculs dentro dele.
E agora, o que Yerik faria? Alexei era muito pequeno... Não poderia ficar sozinho. E a Rússia estava dominada. Vlad com certeza liquidaria os Romanov.
Nessa hora, Yerik lembrou-se do lugar que ele mais se sentiu seguro na vida: Hogwarts.
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