O Segundo Ataque Mental



Capítulo 25 – O segundo ataque mental

Gaya deixou apenas algumas poucas pessoas na enfermaria. Apenas Bella e Cissy puderam ficar com Perséfone. E Jacke fez companhia para Naj, que se recuperou momentos depois de chegar ao hospital.
Perto das 4 da manhã, Bella levantou-se e foi ao banheiro. Nessa hora um enorme cão preto entrou na enfermaria.
- Nem vem, Sirius. Eu sei que é você. –falou Narcisa
O cão se transformou em Sirius.
- Narcisa, eu sei que vai ser mais razoável. Eu a amo! Preciso saber como ela ta! –falou Sirius
- Eu não sei o que está acontecendo. –falou Narcisa
- Será que Vlad está fazendo com ela o mesmo que fez comigo? –perguntou Sirius
- Um ataque mental? Mas como? –perguntou Narcisa
Sirius se aproximou da jovem na cama.
Perséfone não entendia como tinha voltado para a ilha. Mas via uns barcos se aproximando. Só não dava para ver o que havia dentro.
Voltou para o centro.
“- Vai ver voltaram para me buscar.”-pensou Perséfone
- Olá, Persezinha... Ta feliz com minha morte? –perguntou uma voz igual a de Anastácia
Perséfone olhou para onde vinha a voz. Era Anastácia. Ela estava morta?
- Está morta? Mas como estou te vendo? –perguntou Perséfone
- Porque eu vim te buscar. Nós viemos te buscar. –falou Anastácia
- Nós? –perguntou Perséfone
- Eu e meus novos amigos. –falou Anastácia
Vários inferis saíram da lagoa nessa hora. Ao redor da ilha por completo. Aproximavam-se cada vez mais.
Perséfone sacou a varinha.
- Não se aproximem! –falou Perséfone
- Vai fazer o que? Lançar Estupefaça em todos? Lançar Avadas? –perguntou Anastácia
- Inferis não falam. –falou Perséfone
- Como? –perguntou Anastácia
- Isso não é real. Inferis não falam. –falou Perséfone
- Então tente sair do seu pesadelo, querida... –alou Anastácia
Perséfone tentou, mas não conseguiu localizar o ataque.
- Dessa vez eu fui mais prevenido, não? Não vai me achar. –falou Anastácia
- Mas como? –perguntou Perséfone
- Oclumência. Deveria ter aprendido. Agora, vou descobrir de você o que eu quiser. –falou Anastácia
- Não vai não. –falou Perséfone
- E o que vai fazer? Atacar-me? –perguntou Anastácia
Perséfone apontou a varinha para si mesma.
- A mente é algo extremamente sugestionável. –falou Perséfone
- Vai se matar? Não vai morrer de verdade. Vai estar morta em vida! –falou Anastácia
- Mas os meus amigos estarão seguros. –falou Perséfone
- Que gesto mais griffinório... –falou Anastácia
- Perse... Acorda! –falou Sirius
Perséfone olhou ao redor. Onde ele estava? Não o via em lugar nenhum.
- Perse! Se você não levantar vou te tirar dessa cama com Crucciatus! –falou Sirius
- Ce ta maluco? Não dá para acordar ninguém assim! Vai matá-la do coração. –falou Narcisa
- Cachorrão e tia Cissy! –murmurou Perséfone
- Não adianta nada. Eles não podem te ajudar. –falou Anastácia
Os inferis a puxaram para o lago. Perséfone tentava resistir, mas não conseguia. Sentia a água fria do lago gelar-lhe a pele.
Se fosse mesmo uma ilusão, não estaria sentindo isso.
- Vou te acordar na marra! –falou Sirius
- Ela está em choque! –falou Narcisa
Perséfone fechou os olhos. Não queria ver e nem sentir nada daquilo. Foi quando sentiu um toque suave nos lábios. Quando abriu os olhos estava na enfermaria de Hogwarts e Sirius a estava beijando.
- Você é louco? –perguntou Narcisa
O beijo foi retribuído.
Sirius sentiu uma ponta cutucar-lhe o peito.
- Por que diabos você sempre me beija sem me perguntar se eu quero ser beijada? -perguntou Perséfone
Sirius sorriu.
- Levo o Crucciatus feliz agora. –falou Sirius
- Assim não tem graça. –falou Perséfone
E guardou a varinha.
- Tia Cissy! –falou Perséfone abrindo os braços em direção a Narcisa Malfoy.
Narcisa a abraçou rapidamente e começou a chorar.
- Nunca mais dê um susto desses na gente! Nunca mais! –falou Narcisa
- Foi horrível! Eles me arrastaram para o fundo de novo... Como foi que eu saí da primeira vez? –perguntou Perséfone
- O Sirius pulou no lago e te tirou de lá. –falou Narcisa
- O Sirius? –perguntou Perséfone
- Isso mesmo. O cachorrão aqui. –falou Sirius
- Obrigada, gatinho! –falou Perséfone
Perséfone sorriu para ele. Bella entrou nessa hora. Correu para a filha e a abraçou.
- Da próxima vez eu te lanço um Avada e te depois te lanço mais Crucciatus do que lancei no casal Longbottom! –falou Bella
- Mãe, se me lançar um Avada, eu vou estar morta! O Crucciatus não vai fazer efeito. –falou Perséfone
- Não interessa. Não tem idéia do medo que eu passei agora. Preferia uns 100 dementadores a esse pavor. –falou Bella
- E a Anastácia? –perguntou Perséfone
Narcisa abaixou os olhos. Bella ficou muda. Sirius fitou-a nos olhos.
- Fez tudo o que podia... Não dava mais. –falou Sirius
- Ela morreu? –perguntou Perséfone
- Digamos que ela desapareceu. Ainda não podemos falar em morte. –falou Narcisa
- Cissy, ninguém viu ela sair do lago. Mas todos a viram afundar. –falou Sirius
- Então ela ta morta. Por que os inferis atacaram a gente? –perguntou Perséfone
- Não sei. Mas Snape avisou que isso ia acontecer. Mas ele não se lembra mais de muita coisa.
Os cabelos de Perséfone, que estavam loiros ficaram completamente negros e ondulados, ondas largas que iam até a cintura. Os olhos, antes azuis, ficaram verde-musgo. Os traços ficaram menos arredondados e mais finos.
- O que houve? –perguntou Sirius encarando-a
- É a verdadeira aparência dela. –falou Narcisa
- Eu não mudei de aparência. –falou Perséfone
A voz estava engasgada.
- Mudou sim. Não fez de forma consciente, só isso. –falou Remus que tinha acabado de entrar
- Por que a aparência dela mudou sem o controle dela? –perguntou Sirius
- É emocional. Com o tempo passa. –falou Remus
- Eu deixei apenas algumas pessoas aqui. Que eu me lembre, vocês dois não estavam incluídos. Agora vão sair todos. As pacientes precisam descansar. –falou Madame Pomfrey
Olhou para Perséfone e para Naj.
Naj estava dormindo. Gastou tanta energia que nem uma bomba atômica a acordaria.
Perséfone tinha o semblante completamente abatido. Parecia exausta.
Todos saíram. Nessa hora, Gaya entrou.
- Não podemos botá-la para dormir agora. –falou Gaya
- Por que, diretora? –perguntou Pomfrey
- Foi um ataque de Vlad. Se ela dormir, vai abrir uma brecha para ele atacá-la de novo. Voldemort acha que ele ainda este por perto. –falou Gaya
- Lorde Voldemort? –perguntou Pomfrey
- Isso mesmo. Ele está de volta. –falou Gaya
- Por deus! –exclamou Pomfrey
- Mas agora ele está do nosso lado. Somos todos aliados. –falou Gaya
- Eu não sei ainda como ela acordou. –falou Pomfrey
- O Sirius me acordou. –falou Perséfone
- Perse? –perguntou Gaya olhando para a amiga
- Eu não voltei a ficar loira? –perguntou Perséfone
- Não, miguxa... –perguntou Gaya olhando preocupada para Perséfone
- Merda! –falou Perséfone
- Perse! –falou Gaya
- Foi mal, a palavra feia escapuliu. –falou Perséfone
- Mas por que será que você não está mais conseguindo mudar sua aparência? –perguntou Gaya
- É emocional. Foi o que o professor Lupin falou. Peraí, mas ele também tava morto! –falou Pomfrey
- Isso é uma longa história, Pomfrey. Amanhã, quando elas saírem da enfermaria eu te conto. –falou Gaya
- Tudo bem, diretora. –falou Pomfrey
- A Perse teve algum dano físico? –perguntou Gaya
- Tirando ter bebido muita água, não senhora. –falou Pomfrey
- Então ela pode vir até a minha sala para conversarmos? –perguntou Gaya
- Pode. Ela estava aqui só até acordar. –falou Pomfrey
Perse levantou-se. Caminhou junto com gaya até seu gabinete.
Era uma sala ampla, bem parecida com a elfa. Vários quadros de ex diretores de Hogwarts, como na época em que Dumbledore era diretor.
- Perse, eu realmente sinto muito pelo que aconteceu hoje. –falou Gaya
- Eu devia ter tentado mais... –alou Perséfone
Seus olhos se encheram de lágrimas.
- Não fale bobagem, criatura! Você quase se matou tentando salvar a Anastácia! –falou Gaya
- Mas eu fracassei, Gaya. Eu falhei. E ela ta morta por isso. –falou Perséfone
- Fez tudo o que podia. –falou Gaya
- Não acho que fiz. Deveria ter outro jeito, um em que a Anastácia não morresse. –falou Perséfone
A jovem estava chorando.
Gaya abraçou a amiga.
- Eu sabia que aqui você ia desabafar. –falou Gaya
No salão Comunal da Griffinória, Sirius e Remus ainda conversam.
Remus está de pé diante da lareira. Sirius está sentado em uma poltrona ao lado dele.
- O que acha que é? –perguntou Sirius
- Lembra quando você morreu? A Nymphadora se sentia culpada e entrou em uma depressão feia. Tão forte que nem conseguia mudar a aparência mais. –falou Remus
- Acha que ela ta deprimida? –perguntou Sirius
- Acho que ela está deprimida e se sente culpada pelo que houve com Anastácia. –falou Remus
- Mas ela fez tudo o que podia! Quase se matou tentando salvar a Anastácia! –falou Sirius
- Nymphadora também quase se matou duelando com Bella, mas isso não a fez se sentir menos culpada. E olha que ela não tinha culpa nenhuma. –falou Remus
- E por que Perséfone se sentiria culpada? –perguntou Sirius
- Porque ela gosta de você. Não percebeu ainda? –perguntou Remus
- Ela se sente culpada por que gosta de mim? –perguntou Sirius
- Ela se sente culpada porque gosta de você e é amiga da Anastácia. E a Anastácia, mesmo te dando um fora, ainda te amava. E sente que está traindo a amiga por isso. E ta com medo de te perder por causa da guerra com Vlad. –falou Remus
- Isso ta complicado. –falou Sirius
- Esse monte de sentimentos negativos devem ter contribuído para agravar o quadro de depressão. –falou Remus
- Coitada. –falou Sirius
- Mas ela é correspondida, não? –perguntou Remus com um sorriso maroto no rosto
- Acha que eu teria pulado em um lago cheio de Inferis se não a amasse? –perguntou Sirius
- Acho. Você é chegado em defender gente indefesa. –falou Remus
- E desde quando a Perse é indefesa? –perguntou Sirius
Remus pensou um pouco. A garota era realmente uma bruxa poderosa.
- E desde quando ela é Perse? –perguntou Remus
Sirius corou de vergonha.
- Você a ama mesmo. Nunca te vi ficar corado na vida... Se quiser ajudá-la, e eu tenho certeza que quer, tente tirá-la dessa depressão. Não vai ser fácil, mas ela vai ser grata pelo resto da vida. –falou Remus
- Quem vai ficar responsável por DCAT e pela diretoria da Sonserina enquanto ela estiver sem condições de lecionar? –perguntou Sirius
- Não sei... Talvez Voldemort. –falou Remus
- Lorde Voldemort? –perguntou Sirius
- Isso, meu rival. –falou Remus
- Seu rival no que? –perguntou Sirius
- Na disputa pelo coração de Najha Vet. –falou Remus
Sirius começou a rir.
- Ce ta ferrado... –falou Sirius
- Obrigado pelo apoio moral. –falou Remus
- Sério... Se você ganhar, ele te mata. –falou Sirius rindo
Remus eu um sorriso amarelo.
- Bem, se precisar de apoio moral ou conselhos pode me procurar. –falou Sirius
- Obrigado, Almofadinhas. –falou Remus
- De nada, Aluado. Aliás, não é noite de Lua Cheia? –perguntou Sirius
- Hades me curou. –falou Lupin
Sirius ficou boquiaberto sem saber o que dizer.
- Que maravilha, Remus! Quer dizer que nunca mais... Vai se transformar? –perguntou Sirius
- Isso mesmo. –falou Remus
E passaram o resto da noite conversando.

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