Naj e Voldemort



Capítulo 22 – Naj e VOldemort

Naj estava terminando seu almoço quando alguém bateu em sua porta. Ela achou estranho isso. Não estava esperando visita e estranhou o fato de ninguém na recepção ter avisado.
Naj não estava em Hogwarts. Estava hospedada em um hotem trouxa no Centro de Londres. Havia se recusado a ficar na caa dos Malfoy. Não se sentia segura o suficiente com tantos comensais por perto. Correu para atender a porta. Foi umsusto ver Lorde Voldemort parado à sua frente.
- Voldemort? –perguntou Naj
- Posso entrar?-perguntou Voldemort entrando
- Claro. Eu estava terminando de almoçar. Me acompanha? –perguntou Naj
- Não, querida. Eu almocei em casa. –falou Voldemort
- Então a que devo a visita? –perguntou Naj
- Precisamos conversar.A Perséfone ia enviar uma coruja, mas achei melhor falar pessoalmente, devido aos acontecimentos recentes. –falou Voldemort
- Sente-se. –falou Naj
Voldemort sentou-se em uma cadeira ao lado daque Naj estava almoçando.
- O que houve? –perguntou Naj
- O sirius foi atacado. –falou Voldemort
- Como? –perguntou Naj assustada
- O sirius foi atacado por Vlad. Perséfone reconheceu o ataque. –falou Voldemort
- Como foi isso? –perguntou Naj
- Ataque de Legilimência. A sorte de Sirius é que Perséfone chegou a tempo. –falou Voldemort
- Mas como ele sabia que o Sirius estava de volta? –perguntou Naj
- Acho que alguém contou. –falou Voldemort
- E tem alguma idéia de quem? –perguntou NAj
- Suspeitamos da mesma pessoa. –falou Voldemort
- Da Penny? Mas ela sabia? –perguntou Naj
- Isso mesmo. A Bella estava mantendo contato com ela. –falou Voldemort
- E o que a Bella contou para ela? –perguntou Naj
- Tudo. Quem somos, porque voltamos, quando voltaríamos, onde... A Bella sabe tudo o que sabemos até a nossa volta. E Bella não acredita que a filha nos tenha traído. Acha que o ataque que Sirius sofreu foi apenas uma estranha coincidência. Que Vlad já deve ter pessoas na Inglaterra e que alguém viu Sirius na rua. –falou Voldemort
- Mas Sirius não tem andado pelas ruas como humano. Apenas como cachorro. E quase foi levado pela carrocinha ontem. –falou Naj
- Carrocinha? Ah, eu tenho que zoar com a cara dele depois. –falou Voldemort rindo
Naj nuncaimaginou o Lorde das Trevas, maior inimigo da Ordem da Fênix, zoando com a cara de um dos membros desta como se fossem amigos de infância.
- Você ouviu nossa conversa, não foi? Minha e da Perse. –falou Naj
- Ouvi. Mas na hora eu também achei estranho isso. Coincidência demais. –falou Voldemort
- E como ta o Sirius? –perguntou Naj
- Ta bem... Como disse, a Perséfone o defendeu. –falou Voldemort
- Mas ela não conhece Oclumência. –falou Naj
- Ela atacou Vlad através de Sirius. –falou Voldemort
- Mas isso foi muito arriscado! Vlad poderia ter atacado ela! –falou Naj
- Eu sei... Assim como sei que não é uma característica sonserina o altruísmo. –falou Voldemort
Voldemort passou a mão pelos cabelos muito negros.
- Mas sei que Perséfone sabe que o ataque é a melhor defesa. Ela teria dado uma grande comensal. –falou Voldemort
- Pode ter certeza que a Perse vai ficar muito orgulhosa de saber isso. –falou Naj
- Naj, eu vim aqui porque fiquei preocupado. Não tenho certeza de que Penny sabe apenas de nós, ou seja, Bella, eu, Remus, Sirius e Anastácia. Temo que a Bella também contou sobre a Perséfone e vocês. –falou Voldemort
- Mas como? –perguntou Naj
- Simples. Quando estamos mortos, não temos mais os limites de um corpo físico. Ela sabia que vocês eram amigas. E me contou que são também legilimens. Mas só eu e Bella estamos sabendo. Talvez a Penny. Não dá para ter certeza. –falou Voldemort
- Meu pai... E se a Penny estiver sabendo? –perguntou Naj
- É por isso que eu vim aqui. Eu conversei com Bella e ela ficou de ensinar Oclumência para alguns membros da atual Ordem. E eu fiquei de ensinar para outros. Vou ensiná-la Oclumência, Naj. –falou Voldemort
Naj começou a ficar confusa. O que ela sempre ouviu a respeito do Lorde das Trevas não condizia com o rapaz atencioso e gentil que estava diante dela. Sempre lhe falaram que Voldemort era cruel, sádico, odiava os trouxas e que deu a sua vida para tentar matá-los. Nunca imaginou que ele pudesse estar mesmo preocupado com ela, uma nascida trouxa. Mesmo depois de ter recebido os bombons e o bilhete, ela ainda não imaginava que ele realmente ia com a cara dela. Achou que ele tinha sido apenas educado. Afinal, querendo ou não, ela parecia uma das poucas da reunião que sabiam o que diabos era o tal Sistema Goetia.
Mas Voldemort gentil e, bem ela poderia dizer isso, carinhoso já era demais para a cabeça dela. Por que ele estava agindo assim? Será que ele também estava gostando dela? Naj já tinha quase certeza de que sua cabeça estava fundindo quando Voldemort olhou-a firme nos olhos.
Aquele olhar era terno, meigo, carinhoso mesmo.
- Sabe, Naj... Eu andei conversando com a Perséfone a seu respeito... E ela me disse que você é uma bruxa muito poderosa. Aliás, eu qeuria ver quais os feitiços que você selecionou para nos isolar. –falou Voldemort
- Claro. Vou te mostrar. –falou Naj levantando e indo até o quarto buscar o livro.
Voltou 5 minutos depois com um enorme livrão antigo na mão. Voldemort conhecia aquele livro. Ele mesmo o tinha consultado uma vez para se informar das Horcruxes.
- Eu conheço esse livro. –falou Voldemort
- Então deve conhecer o feitiço. –falou Naj
- Não conheço tudo do livro. Mas qual o feitiço? –perguntou Voldemort
Naj voltou a se sentar. Abriu o livrão e folheou até a página da descrição.
- Esse feitiço é poderoso. Exige uma demanda de energia muito grande. –falou Voldemort
Nessa hora ele ficou preocupado. Era realmente um feitiço complexo. Naj poderia não resistir devido à quantidade de energia exigida. E ele estava ocupado com a invocação de Goetia. Se ao menos ele pudesse fazer algo mais... Não queria expô-la a um perigo grande. Aliás, por ele, ela não ficaria exposta a perigo nenhum.
Há muito tempo o Lorde das Trevas não se sentia assim, tão leve. Aliás, nunca havia se preocupado com o bem estar de alguém dessa forma. Apenas com Bella, na época em que ela engravidou e Penélope. Mas logo depois veio a ruína, a queda e Bella foi presa. Aliás, ele tinha permanecido vivo e tentando reconstruir seu corpo graças a ela. Até perceber que o sentimento havia morrido. E que Bella também não o amava mais.
Como ele descobriu? No dia da invasão. Bella não queria largar Rodolphus para trás. Preferia ser presa a abandonar o marido. E ele não deixou que ela fosse presa. Mas deixou Rodolphus ser. A primeira vingança por ter perdido a mulher amada. A primeira que agora ele deixava no passado.
Tudo por amor. Voldemort não imaginava se apaixonar de novo. E não queria sofrer outra vez. Mas agora ele tinha alguém para orientá-lo a não por os pés pelas mãos. A filha de Bella, com Rodolphus. A filha que poderia ser dele se Bella não o tivesse largado. Ela não deixou os Comensais. Nunca faria isso. Mas nunca mais deixou que ele se aproximasse. Nunca mais o amou. Ele sabia que ela se insinuava para ele no final da guerra. Mas era para proteger Draco. Não porque gostava dele.
Voldemort olhou novamente para Naj. Os cabelos castanhos e lisos com algumas mechas caindo sobre o rosto davam-lhe um ar angelical. Como ele poderia ter se apaixonado tanto por alguém que conhecia a menos de uma semana?
Naj explicava o feitiço e Voldemort absorvia cada palavra como se fosse uma doce canção que embalava seu coração em um suave e aconchegante oceano de emoções.
Ele observava como os olhos de Naj brilhavam a cada detalhe falado. Como ela ficava animada descrevendo o feitiço e explicando para ele como deveria ser feito cada passo. A animação dela lembrou a ele como foi descobrir que era um bruxo. Descobrir que iria sair do orfanato, que poderia ter um futuro. Um bem diferente dos demais órfãos daquele lugar. Ele não seria largado do nada, sem eira nem beira. Ele teria ferramentas para ir atrás dos pais. Ou melhor, do pai. Pois sabia que se a mãe estava longe, era porque tinha morrido no parto. Mas e o pai? O pai largara a mãe grávida. Por isso odiava os trouxas. Mas estava apaixonado por uma? O que ele ia fazer?
- E é só. –falou Naj
Voldemort olhou-a da forma mais terna que conseguiu. Não adiantava fugir, não adiantava mentir. Ele a amava. E ia lutar por esse amor. Faria o que fosse possível, abriria mão do que fosse. De se vingar do pai, de odiar os trouxas... De tudo.
Quando os olhos dele cruzavam com os dela, seu coração perdia todo o espaço para ódio. Só cabia o amor por Naj.
- Selecionou o feitiço com perfeição. Nem eu teria feito melhor. –falou Voldemort
Naj ficou pasma com o elogio. Ela realmente ouviu o Lorde das Trevas a elogiando? O mesmo Voldemort que odiava trouxas?
A surpresa foi ainda maior quando ele tomou os lábios dela em um caloroso beijo.
Naj correspondeu ao beijo, deixando o coração de Voldemort leve, batendo feliz, como não era há muito tempo.
- Naj, podemos começar as suas aulas de Oclumência amanhã? –perguntou Voldemort entre um beijo e outro
- Podemos marcar de tarde? –respondeu Naj
- Claro. –falou Voldemort
E voltaram a apenas se beijar.

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