Você é irritante!
Capítulo 21- Você é irritante!
Sirius estava dormindo o seu tão sonhado soninho da manhã quando sentiu uma mão gelada nas costas. Virou-se para ver o que era. Um Inferi estava diante dele. Olhou para onde seria a cama. Não estava mais em casa, mas sim em uma ilha. Pedras duras e pontudas sob seu corpo. Levantou-se e procurou a varinha. Foi quando percebeu que ela não estava mais com ele. Aliás, ele percebeu nessa hora que estava apenas de cueca, como normalmente dormia.
Olhou ao redor. Um enorme lago de onde saíam muitos inferis.
- Sirius? –chamou o Inferi diante dele
A voz era idêntica a de Perséfone.
Sirius ficou encarando o inferi diante dele.
- Não se aproxime, inferi! Eu ainda posso me defender. –falou Sirius
- Do que me chamou? –perguntou o inferi
- Te chamei do que você é! Inferi! Não se aproxime! Você não vai conseguir me matar! –falou Sirius
- Eu não quero te matar. –falou o inferi
- E o que quer então? –perguntou Sirius
- Sirius, temos uma reunião agora. Será possível que vou ter que te acordar todas as vezes que marcar uma reunião contigo? -perguntou o inferi
- Perséfone?É você mesma? Por que está se parecendo com um inferi? –perguntou Sirius
- Como é que é? –perguntou Perséfone brava
O rosto do inferi ficou com uma expressão furiosa.
- Sirius Orion Black! Ou pára com a brincadeira ou vou te acordar com Crucciatus! –ameaçou Perséfone
- Você não é a raposinha brava da Ordem. Você não vai me atacar se eu fizer isso! –falou Sirius
Ele puxou o inferi diante dele e tascou um beijo na boca.
Beijo que foi retribuído na mesma hora.
De repente, Sirius começou a sentir o chão macio. Mas não sob seus pés, mas sob suas costas. As mãos em seu rosto não eram mais frias como as mãos do Inferi. Eram mornas e macias. Mas não tão macias quanto os lábios.
O beijo foi interrompido.
- Cruccius! –falou Perséfone
A dor que passou pelo corpo de Sirius fez com que ele acordasse por completo.
- Você acha mesmo que pode ficar me beijando assim? –perguntou Perséfone brava
- Mas você bem que gostou! –falou Sirius quando a dor passou
- Cruccius! –falou Perséfone
- Tudo bem, me desculpa! –falou Sirius
- Finite! –falou Perséfone
- Caramba... Você resolve tudo com Crucciatus? –perguntou Sirius
- Não... Algumas coisas eu resolvo com Avadas mesmo. –falou Perséfone
- Bem, pelo visto você não tem nada contra me ver de cueca... –falou Sirius
- Nadinha mesmo. –falou Perséfone
- Ce ta sozinha ou a Gaya também ta aí? –perguntou Sirius
- A reunião é apenas para nós dois esqueceu? Preciso te ensinar o ritual. Precisamos de três para fazê-lo. –falou Perséfone
- E confia em mim a esse ponto? –perguntou Sirius
- Confio. –falou Perséfone
Sirius ficou comovido com a segurança que ela disse isso.
- Tive um pesadelo. –falou Sirius
- Não foi um pesadelo. Foi um ataque de Vlad. E os outros precisam saber disso. Onde era o “pesadelo”? –perguntou Perséfone
- Em uma ilha escura e cheia de pedras. –falou Sirius
- Ainda bem que o ritual vai ser realizado dentro de uma caverna. Aliás, seu irmão morreu nela. –falou Perséfone
- Regulus morreu na caverna em que o ritual será realizado? –perguntou Sirius boquiaberto
- Isso mesmo. –falou Perséfone
- A caverna onde Voldemort guardava uma das Horcruxes? –perguntou Sirius
- Exato. –falou Perséfone
- E por que temos que realizar o ritual lá? –perguntou Sirius
- Bem... É um local de difícil acesso. Além do mais, precisamos nos conectar com a morte para trazer o espírito de Snape de volta. Para ele espionar os Draculs para a gente. –falou Perséfone
- O Snape? –falou Sirius
A expressão no rosto dele tornou-se de ódio.
- Não temos muitas opções. Snape tem experiência como espião. –falou Perséfone
- Tudo bem... Se você acha que é uma boa idéia, então não me resta muita alternativa além de concordar. –falou Sirius
Perséfone sorriu para ele.
- Bem, você acabou de acordar. Quer comer alguma coisa para começarmos depois? –perguntou Perséfone
- Você vai me acompanhar no café da manhã? –perguntou Sirius
- Acompanho. –falou Perséfone
- Então vou... –falou Sirius
Caminharam para a cozinha. Perséfone sentou-se na cadeira mais próxima da porta.
- Gosta de ovos? –perguntou Sirius
- Como de tudo. Mas gosto de ovos sim. –falou Perséfone
Sirius fritou ovos para os dois.
- O nome do ritual é? –perguntou Sirius
- Invocação de Goetia. Mas há uma diferença do tradicional. Estaremos usando os espíritos de Goetia para trazer o Snape da morte. –falou Perséfone
- Então no fundo serão duas invocações? –perguntou Sirius
- Isso mesmo. Primeiro vamos abrir uma passagem até o Plano Astral e invocar Goetia. Daí, através de Goetia, abriremos um portal ligando aqui ao mundo dos mortos. E traremos Snape de volta. –falou Perséfone
- Isso parece complicado. –falou Sirius
- Por isso é que eu estou vindo aqui. Vou passar contigo todos os passos. –falou Perséfone
- Eu nunca pratiquei magia negra na vida. –falou Sirius
- Sirius, eu não confio em outra pessoa para realizar isso de forma bem feita. –falou Perséfone
- Obrigado pela confiança, Perséfone. Espero que as suas palavras não sejam tão sinceras quanto os seu choro de ontem... –falou Sirius
- Hei! Meu choro foi quase sincero. –falou Perséfone
- Mas... Como funciona o sistema de Goetia? –perguntou Sirius
- Precisamos de 72 selos, que invocam os 72 espíritos de Goetia. Cada um desses espíritos controla umas 30 legiões de espíritos. Ao invocar os 72 principais, daremos a ordem de abrir os Portões do submundo e trazer Severus Prince Snape de lá. E os 72 ordenarão isso para as suas legiões. –falou Perséfone
- Isso nos dá 2160 espíritos além do Snape? –falou Sirius assustado.
- Não... Isso nos dá 4.320.000 espíritos. Goetia é bem básico para um necromante. –falou Perséfone
- Comandar 4.320.00 espíritos é básico? –perguntou Sirius
- Não vamos comandar tudo isso. Vamos ocomandar 72. E esses 72 comandam os outros. –falou Perséfone
- Ah, ta... É mais simples mesmo. –falou Sirius respirando aliviado
- O mais importante para um necromante é a força de vontade. Um necromante tem que ter força de vontade suficiente para resistir as forças da escuridão. –falou Perséfone
- Por que? –perguntou Sirius
- Para não acabar corrompido, como aconteceu com Voldemort na outra vida antes desse retorno. –falou Perséfone
- Entendi... Então as Horcruxes são necromância? –perguntou Sirius
- São. Uma forma antiga de necromancia. –falou Perséfone
- Isso parece quie vai ser complicado. –falou Sirius
- Eu trouxe os passos do ritual aqui em um esquema. Você lê e me fala o que acha. Já ta separado o que cada um vai fazer. –falou Perséfone entregando um pergaminho a ele.
- Não parece muita coisa. –falou Sirius
- E o ritual completo com todas as invocações estão nesse livro. Cuida bem dele. É a única coisa que eu tenho do meu pai. –falou Perséfone
- A única? Peraí. –falou Sirius
Ele caminhou até o quarto e voltou com uma caixa de fotos e outros pertences.
- Quando seu pai foi preso pela primeira vez, mandaram isso para a casa dele no sul da Inglaterra, sabe? Eu estive lá quando estava fugindo dos dementadores. São roupas, fotos e objetos pessoais. Eu trouxe para cá para entregar a você junto com a chave que está aí dentro. –falou Sirius
Perséfone ficou emocionada e começou a chorar.
- Esse choro eu sei que é sincero. –falou Sirius
Ele acariciou o rosto dela.
- É uma casa muito bonita. Não é tão grande quanto a casa dos Malfoy... Tem um zoológico atrás. –falou Sirius
- Sou animaga,sabia? –perguntou Perséfone
- Qual animal? –perguntou Sirius
- Uma raposa branca. Do tamanho de um gato. E meu cabelo não e naturalmente loiro. –falou Perséfone
- Não? –perguntou Sirius
A jovem fechou os olhos e os cabelos ficaram negros e ondulados. Os olhos, antes extremamente azuis, ficaram subitamente verdes.
- Metamorfomaga! –exclamou Sirius
Ele começou a rir.
- O Teddy também é. –falou Perséfone
- Sabe, Perse... Eu queria falar uma coisa contigo. Queria te agradecer pelo apoio que temme dado para... Você sabe. Não ficar com pena de mim mesmo e jogado em uma cama o dia todo. Eu não bebi ontem. Eu ia beber, mas me lembrei que você não gosta de me ver de porre... E não bebi. –alou Sirius
- Que bom. –falou Perséfone
- Você é meu novo melhor amigo. –falou Sirius
- Mesmo? –perguntouPerséfone sorrindo
- Mesmo. E um melhor amigo que beija muito bem, porque o Aluado foi meio fraquinho. –falou Sirius
- Eu fiquei sabendo... Beijou mesmo ele? –perguntou Perséfone
- Ele me estuporou durante o beijo. –falou Sirius
- Eu te lancei um Crucciatus. –falou Perséfone
- Vamos dar uma volta e conversar mais? Quero saber mais detalhes do colégio. –falou Sirius
- Tudo bem. –falou Perséfone
- Vou terminar de comer e me vestir... –falou Sirius
- Vai fazer o maior sucesso só de sunguinha. –falou Perséfone
Sirius riu.
- Mas só de sunguinha só a minha futura esposa pode ver. –falou Sirius
- Então é melhor se vestir antes de sair. –falou Perséfone
Terminaram de comer e ele foi se vestir para depois saírem juntos.
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