Ao Rei



Cindy já estava na cidade há 4 dias. Aragorn ficava com ela sempre que podia, mas ele normalmente tinha muitas coisas a resolver, e ela ficava com o Legolas ou com a Éowin a maior parte do tempo.


Mas dessa vez até os seus dois amigos estavam ocupados. Ela caminhava perto do portão de Minas Tirith, onde dava de ver Gondor. Mas uma coisa chamou a atenção dela, e ela parou para olhar. Um cavalo branco ia cavalgando muito rápido em direção ao portão.


‘ Talvez seria melhor se eu saísse daqui.’ Ela pensou, mas a curiosidade foi muito maior. O cavalo se aproximou rapidamente. Seu cavaleiro tinha cabelos morenos e lisos, seus olhos eram verdes e suas orelhas eram pontudas. Um elfo.


Ele se aproximou, olhando para cima. Cindy achou que ele ia passar reto por ela. Isso a deixou indignada: não era tão insignificante assim. Por um instante, pensou em chamar o elfo, ou gritar, ou tossir, ou espirrar para ver se ele olhava para baixo. Mas enquanto estava concentrada, pensando em mil maneiras de como chamar o elfo, ele já estava olhando para ela.


- Com licença.- ele disse. Ela levantou os olhos, envergonhada.


- Sim?


- Você sabe onde o rei Elessar está?- ele olhou para cima, no 7º patamar de Minas Tirith.


- Sei sim.- ela sorriu para ele.- Gostaria que eu te levasse até ele?


- Seria bom.- ela foi à frente dele, mas então parou.- Espera, não tem como eu te acompanhar se cavalo. Ou eu vou ter que ir muito rápido, ou você muito devagar.- ela saiu dos portões, e então deu um assovio.- BREGO!- ela gritou. O cavalo marrom foi para ela, rápido como vento. Ela montou, e o elfo olhou com assombro.


- Esse não é o cavalo do próprio Rei?- ele olhou para ela.


- Sim, esse é o cavalo.


- Então você deve ser muito amiga dele...- o elfo disse. Não havia feito uma pergunta, mas Cindy percebeu que ele queria uma resposta.


- Sim, sou uma amiga e convidada especial do rei.- Brego começou a cavalgar, e o elfo foi atrás dela.- Poderia perguntar da onde você é?


- Desculpa, eu nem me apresentei. Sou um mensageiro de Lothlórien...- antes mesmo de ele terminar de se apresentar, Cindy sabia quem o havia mandado para Minas Tirith. – e vim a mando da sra. Arwen, para entregar um recado para o rei.


Cindy engoliu em seco, mas conseguiu falar.


- Imagino que o Rei realmente quer notícias sobre a sra. Arwen.- ela falou, e sentiu um aperto no peito. Ela resolveu mudar de assunto para ver se se sentia melhor.- Mas eu imaginei que depois da partida de Galadriel, todos os elfos tinham ido embora.


- Sim, e foram.


- E então...- ela perguntou, olhando para ele.


- Na realidade, ficaram muito poucos em Valfenda e Lórien. Os que ficaram largaram a imortalidade para ficar com humanos.


- Como a Arwen?


- Como a Arwen.- ele concordou.


- Então você também é apaixonado por uma humana?- ela perguntou, interessada.


- Sim, sou.- ele sorriu.- Ela mora em Rohan. Na realidade, eu ia para lá amanhã, mas como a sra. Arwen apareceu em Lórien há alguns dias atrás, eu fiquei lá, a pedido dela.


Cindy engoliu em seco. Eles já estavam no terceiro nível de Minas Tirith.


‘Agora você está atrapalhando o amor de um elfo.’ela pensou e suspirou. Estava cada vez mais culpada. ‘Mas também, Cindy, sua idiota. Você queria que a Terra-Média parasse para você, enquanto beijava o Aragorn.’. Esse pensamento a deixou deprimida, e ela não estava disposta a falar mais nada, mas o elfo fez uma pergunta.


- Você morava aonde, antes de vir para cá?


Ela olhou para ele, e respondeu, mesmo sabendo que ele ia achar estranho.


- Morava em Londres. Um outro lugar, praticamente um outro mundo.


- E porque veio para Minas Tirith?


- Porque...- ela suspirou. Era estranho falar para um elfo que ela mal conhecia a história dela.- estava cansada do meu próprio mundo. Cansada dos mesmos rostos, cansada da mesma história, cansada de mim mesma. Vir para Minas Tirith me trouxe uma alegria que eu não sabia que tinha.


- Entendo.- ele sorriu para ela. Estavam quase no sétimo andar.


Eles chegaram no palácio em total silêncio. Cindy desceu de Brego, e o deixou ir embora. Ele cavalgou para baixo novamente. O elfo também desceu do cavalo, e o entregou para um dos guardas.


- Eu entro primeiro, só para dizer que você está aqui.- Cindy falou, e ele concordou com a cabeça. Ela entrou no palácio. Aragorn estava sentado em seu trono, e olhou assustado para Cindy, mas quando percebeu que era ela, sorriu. Mas ela manteve a expressão firme.


- Algo erra...- ele começou, mas ela o interrompeu.


- Rei Elessar, um mensageiro de Lothlórien gostaria de vê-lo.- Aragorn levantou uma única sobrancelha, e ela deu de ombros. Ele se levantou e disse:


- Pode manda-lo entrar.- ela balançou positivamente a cabeça. O elfo entrou imponente, e Cindy, depois de ter pedido licença, saiu, chateada e com suas próprias dúvidas.




Vidas que se encontram

(CPM 22)


Em um lugar qualquer

Quando nada mais tinha valor

Te conheci




Cindy estava sentada em uma pedra alta. Depois que havia saído do palácio do Rei, ela não sabia para onde ir. Era estranho, pois uma coisa que Cindy achava que não ia sentir na Terra-Média era solidão.


‘Você é tão ingênua, não é?’ ela pensou com raiva para si mesma.

E então ela havia visto aquela pedra, que mais parecia um banco. Ela era alta o suficiente para ver o resto da cidade, e ali caberiam 3 pessoas, com folga, de modo que ela se sentou confortavelmente.


Por quanto tempo ela ficou sentada, não sabia. Quando estava quase cansando de ficar ali, uma voz conhecida falou.


- Vai ficar nessa pedra pra sempre?- Aragorn chegou.


- Você descobriu os meus planos.- Cindy disse e riu.- Pretendia ficar até alguma boa alma perceber que eu estava aqui.


- Que bom que eu me lembrei de você. As boas almas que poderiam te salvar estão ocupadas.- ele falou.


- Mas você é a melhor alma que eu conheço, e não está ocupado.


Ele sorriu.


- Eu estava.


O silêncio pairou sobre os dois. Cindy se lembrou do mensageiro de Lórien.


- Aquele elfo já foi embora?


- Sim, já.


Eles ficaram em silêncio novamente. Aragorn se sentou do lado dela, e os dois ficaram olhando para Gondor.


- Não dá medo saber que você é responsável por todas essas terras?- Cindy falou, olhando para a paisagem, e não para Aragorn.


- Um pouco. Mas eu não sou uma pessoa que tem medo de coisas desse tipo.


- Você nunca tem medo.


- Sim, tenho.


- Fale uma vez que você teve medo, então.


- Hoje.


Cindy o encarou, e eles ficaram se olhando.


- Quando?


- Quando o mensageiro veio.


- Por causa da Arwen?


- Também.


- Mas que tipo de medo?


- De ela estar doente, de estar mal por estar sozinha.


- E teve medo por que mais?


- Por você.


- Por mim?


- De você ficar irritada. Resolver me deixar.- ele suspirou.- Você ainda pode fazer isso se quiser. Ainda tem tempo.


Cindy ficou olhando para a paisagem, sem conseguir acreditar.


Naquela tarde que te encontrei

Meu mundo parecia somente eu e você

Não podia ser melhor!




- Você acha que eu quero ir embora?


- Eu não sei...- ele falou. Eles não se encaravam.- Você fez as coisas de uma hora para a outra. Tenho medo que você descubra que abandonar tudo por mim foi errado.


- Eu não fiz de uma hora para a outra, Aragorn. Isso já estava planejado há muito tempo.


Ele olhou para ela.


- Como assim? A gente não se conhece há tanto tempo assim.


- Mais ou menos, Aragorn. Eu já tive essa idéia desde a Rowling versus Tolkien. Só que eu ainda não te conhecia o suficiente.


- Mas você nem estava se desentendendo com o Remo.


- Mas eu já estava infeliz. Estava cansada dos mesmos rostos, das mesmas pessoas... E vocês todos, vindo diretamente daqui... foi o que eu precisava. – ela deu uma pausa, e então continuou - Eu queria uma pessoa que mais corajosa... que não fosse um lobisomem... e que não soubesse totalmente o meu passado e tudo que aconteceu. E eu achei você. Só não tinha certeza se você ia corresponder.


- E eu correspondi.- Aragorn a abraçou.


- Mas porquê você fez isso? É uma coisa que eu nunca entendi.- ela estava com a cabeça no ombro dele, e ele começou a explicar.




Vidas que se encontram

Seus olhos me dizem

Sem precisar falar




- Veja, eu conheço a Arwen há muito tempo. Eu tinha 20 anos.


- Eu conheci o Remo com 11.


- Então você vai saber do que eu falo. Ela fez de tudo por mim. De tudo mesmo. Largou a imortalidade por minha causa, acreditou em mim até quando eu não acreditava mais, e deu a esperança que eu não tinha.


- E foi por isso que eu achei que você não ia nem olhar na minha cara, no primeiro programa.


- Mas eu olhei. Olhei porque, apesar de tudo, eu não tinha pedido a ela tudo isso. E também estava infeliz.- ele suspirou.- Eu achava que não ia ser capaz de retribuir tudo o que ela fez por mim.


- Entendo... – ela o beijou.


Eles ficaram em silêncio. Cindy pensava em que Aragorn havia falado para ela. Dessa vez, ela se sentia bem. Afinal, ele estava infeliz com a Arwen, ela estava infeliz com o Remo, e não ia dar nada errado entre os dois.




Estar com você, nada é melhor

Estar com você, me faz pensar em nós dois




- Eu me sentia culpado.- Aragorn falou, quebrando o silêncio.


- Por causa do Remo?


- Sim. Até você me explicar agora.- ele suspirou.- Eu pensei que a gente nunca ia falar sobre isso.


- Eu também achava que nunca íamos ter essa conversa.- ela respirou fundo.- Também me sentia culpada por causa da Arwen.


Ele riu.


- Então nós dois estávamos nos culpando a toa?


- É o que parece...- ela falou - Aqui é tão complicado quanto Londres.


Ele a encarou.


- Alguma coisa está te chateando aqui.


- Não é nada...- ela falou. - Nada que eu não possa superar.




Em um lugar qualquer

Pelas ruas que levam ao mar

Foi onde te vi




Eles ficaram em silêncio de novo. Cindy achou que o assunto tinha acabado, mas então se lembrou de uma coisa: uma coisa tão óbvia que ficou surpresa pelo fato de não ter perguntado antes.


- A Arwen está bem?


Aragorn olhou para ela. Pelos seus olhos, ela achou que ele não ia responder isso, mas então ele disse:


- Sim. Eu diria que sim. – ele tomou fôlego - Ela deixou um recado. Para você.


- Para mim?- Cindy gaguejou.- Que recado?


- Para você cuidar bem de mim...- ela sorriu, mas ele não fez o mesmo – E para que você pense no que você fez. Pois talvez você perceba que foi um erro... e então será tarde demais.


Cindy não precisava perguntar sobre o que Arwen estava falando.


- Ela se preocupa com você.- Aragorn terminou de falar, e então suspirou.


- Ela não vai querer voltar. Não comigo aqui.- Cindy falou.


- Disso eu não duvido.- ele afirmou, confuso. Ela estava falando aquilo por um motivo que ele não conseguia entender.




Mas enquanto você me fizer sorrir

Eu vou estar bem aqui




Ela não queria falar mais nada. Até que tinha sido bom saber de algumas coisas, como a razão de Aragorn ter prestado atenção a ela na época da Rowling versus Tolkien. Mas certas coisas como o recado de Arwen haviam a deixado confusa.


- Vocês não vão almoçar?- Legolas chegou a cavalo.


- Oi Legolas.- Cindy falou em uma voz fraca.


- Pensei que você só ia chegar a noite.- Aragorn falou.


- Tinha pensado o mesmo, Aragorn. Mas pude sair mais cedo.- Legolas falou, e se virou. – Enfim, vamos.


Aragorn desceu da pedra, e ajudou Cindy a descer também. Os dois foram atrás de Legolas, caminhando devagar. Eles iam em silêncio. Cindy achava melhor assim, mas Aragorn ficou preocupado; porém não falou nada.


Eles almoçaram com calma, quando chegaram ao palácio. Aragorn tinha mais problemas a resolver, mas se pudesse, largaria tudo para ficar com Cindy.


- Eu quero que você fique bem...- ele disse para ela nas portas brancas do palácio na hora em que ia sair.


- Eu vou ficar.- ela disse, apesar de que seus olhos cheios de lágrimas não eram uma garantia.


- Virei o mais rápido possível.- ele a beijou, e saiu em disparada com Brego.


Cindy abaixou a cabeça, enquanto as lágrimas brilhavam em sua face. E então, subiu correndo as escadas que davam para os quartos.




Vidas que se encontram

Sem nenhuma explicação

Caminhos que levam pro mesmo lugar




‘ Camila:


Gostaria que você estivesse aqui, pois agora eu precisava desabafar. Você sabe como esses momentos são raros, e de como eu preciso realmente de ajuda quando isso acontece. Mas você está longe, e o máximo que eu posso fazer é escrever para você.


Eu nunca me senti tão culpada, em toda a minha vida! Esses sentimentos estão tomando conta de mim. Não faço idéia de como estou agüentando, pois a cada momento milhões de pensamentos e desejos passam pela minha cabeça, e meu coração parece preste a explodir.


Não poderia resumir tudo isso a uma palavra, como você sempre me pediu para fazer quando eu desabafava. Pois agora, o problema não é nem aqui, e nem aí em Londres, o problema é comigo, na minha cabeça. O problema é o porque de eu estar aqui.


Isso é complicado. Afinal, eu deveria ter escutado as milhões de advertências que o Aragorn me fez, ainda aí, em Londres. Mas eu não o ouvi, e o passado não volta, como o tempo não para por minha causa (eu nunca entendi tanto isso como eu entendo agora).


Acho que eu mesma posso perceber meu erro. Eu fui covarde, foi isso. Fui para um local seguro ao menor sinal de perigo, como um rato apavorado, que sabe que existem armadilhas por todo o lado. Em vez de pensar, o que eu fiz a minha vida toda, e que sempre me salvou dos problemas, eu me desesperei ao ver que minha vida estava indo pelo ralo. Que meu amor pelo meu ex-noivo estava sumindo. Tudo que sempre foi claro para mim começou a ficar complicado. E então eu me joguei nos braços de alguém que eu sei que morreria por mim.


Ao mesmo tempo em que eu tenho essa certeza, de que ele realmente me ama, e que eu realmente amo ele, uma dúvida começa a vir. Afinal, o passado não pode ser esquecido, por mais que você queira. Dentro dele ainda existe muito da Arwen. Eu posso sentir quando ele me olha. E o que eu sei é que também existe muito do Remo no meu ser. Talvez, da mesma forma que a Arwen se manifesta no Aragorn a cada minuto, o Remo também se manifesta em mim. Por menos que eu deseje isso.

Eu nunca senti as dúvidas que eu sinto agora. Nunca percebi o quanto o meu passado me afeta.


Eu desejo nesse minuto que a Comitiva de Salvamento nunca tivesse falhado. Que eu nunca tivesse que passar pelo o que eu estou passando.




Cindy.’




Cindy largou a pena dentro do tinteiro. E então dobrou a carta em duas partes. Tudo o que estava a confundindo estava ali dentro, e ela desejou que os sentimentos ficassem ali, e nunca mais saíssem.


Sua face estava molhada com o choro. E então, sem pensar duas vezes, jogou a carta dentro da lareira acesa.


O papel virou cinza, e ela, já sem forças, caiu na cama do rei, inconsciente.

Quando Aragorn voltou, estranhou o fato que quando ele estava voltando para o sétimo andar de Minas Tirith, ele não viu Cindy em lugar nenhum. O rei não havia conseguido ficar muito tempo resolvendo seus problemas: uma certa ansiedade o tomou logo após de sair do palácio. Então, ele só resolveu o mais urgente, e voltou para casa.


Ele não entrou no palácio quando chegou. Resolveu dar uma volta por Minas Tirith. Brego parecia ansioso também, mas Aragorn não via nenhum motivo pra isso. Eles desceram até o 3º patamar, mas então voltaram. Já tinham passado por ali, e não tinham visto ela. Aragorn se virou, o seu cavalo disparou para o 7º patamar. Quando eles chegaram, Brego praticamente o derrubou, e o empurrou para as portas brancas. Aragorn passou a mão na crina brilhante do animal, em uma tentativa de acalma-lo, e então percebeu o porque do comportamento estranho: Brego estava com medo.


Aragorn entrou no palácio com uma sensação estranha. E então ele olhou para a escada, e sua mente trabalhou rápido.


‘Ela não saiu, ela subiu.’


Ele subiu rapidamente as escadas, e entrou no quarto dela, porém tudo estava vazio e em silêncio. Quando ele saiu do quarto dele, percebeu que a porta do seu próprio quarto estava fechada.


Aragorn não precisou usar força para entrar. Ele abriu a porta, e então um pânico que ele nunca havia sentido se apoderou dele.


Cindy estava desmaiada.


Ele se aproximou dela com passos largos, e se curvou sobre o corpo inerte na cama. Ela estava fria e pálida; seus cabelos estavam espalhados, e uma mecha encaracolada estava em sua testa. Suas mãos repousavam sobre o corpo.


Ele a puxou para cima, até poder colocar a cabeça dela no travesseiro, e tirou a mecha de sua testa.


- Cindy...- ele a chamou, balançando levemente – Por favor, acorde... Cindy...


Ela abriu os olhos.


- Como você me achou?- ela falou em um sussurro quase inaudível.


- Você está no meu quarto, então não foi difícil.- ele falou em um tom baixo.


Ela se sentou na cama calmamente, para não ficar tonta. Ele estava sentado na cama, no lado esquerdo dela. Assim, os dois puderam se encarar.


De súbito, ela se jogou nos braços dele, soluçando.


- Desculpa... eu não deveria pensar nisso... Se está dando tudo certo... Porque vai tem que dar tudo errado agora?... Eu deveria ficar agradecida... em vez de pensar esse tipo de coisa...


Ele tinha a abraçado, enquanto ela mantinha a cabeça enterrada no ombro dele. As palavras dela o deixavam curioso e um tanto confuso, mas não era a hora ideal para perguntar sobre o que ela estava falando.


- Eu te desculpo... Você sabe que eu sempre vou te desculpar, porque você é importante pra mim.

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