Diversão na Cidade Branca



Cindy ficou esperando Legolas voltar, pois Aragorn estava meio ocupado.


- Vai ficar aí o dia inteiro?- Aragorn entrou no salão, e viu Cindy na janela.


- Não o dia inteiro, mas até ter alguma coisa interessante para fazer.- ela falou, divertida. Ele se aproximou dela.


- Seu primeiro dia em Gondor.- ele a enlaçou pela cintura.- Espero que você goste daqui.


- Nem precisa dizer isso, eu já vou gostar. Você está aqui, certo?- eles se beijaram.


Legolas entrou no salão nesse momento.


- Olá Legolas. Foi tranqüila a viagem até o portão?- Aragorn perguntou.


- Foi. O difícil foi deixar a Mila ir embora.- Legolas disse, e Cindy suspirou.


- Que fofo.- ela disse.- Queria que alguém fizesse isso comigo.


Aragorn a puxou mais para perto.


- Só não faço isso porque você não vai embora daqui.- Aragorn disse, e Cindy sorriu.- Se não eu faria.


- O que você vai fazer agora, Aragorn?- Legolas perguntou, se virando para Aragorn depois do olhar mortal de Cindy.


- Preciso falar com o Faramir, logo após que ele terminar o café.


- Já acabei, rei Elessar.- Faramir entrou no salão.- Bom dia Legolas e Cindy.


- Bom dia, Faramir.- Cindy falou.- Bem, Aragorn, agora vai resolver os problemas de Gondor, ok?


- Ok...- ele deu um ultimo beijo nela, e saiu com Faramir. Depois, Cindy se virou para Legolas.


- Tem alguma coisa interessante para fazer hoje, Legolas?


- Na verdade, mais tarde eu devo sair. Mas por enquanto, nada a fazer.- ele disse, e então perguntou.- Quer conhecer Gondor?


- Claro!- os dois saíram.




Legolas mostrou para Cindy todos os lugares de Minas Tirith. Quando acabaram, era hora do almoço, e eles voltaram para o ultimo andar da cidade.


- Pensei que tinham se perdido.- Aragorn estava sentado na beirada da fonte que ficava na frente do palácio.


- Não é tão difícil se perder em Minas Tirith.- Cindy disse e respirou fundo.- Estou cansada.


- Vou entrar.- Legolas disse e entrou no palácio branco.


- Vamos almoçar. – Aragorn se levantou, mas então Cindy se sentou.


- Cansada, muito cansada. Como é que o Legolas ficou tão bem enquanto eu estou quase morrendo?


- Ele é um elfo.


- Isso é uma resposta.- ela sorriu, e disse.- Mas eu não vou sair daqui.


- Vai sim.- ele a pegou e a carregou para dentro do palácio.


‘Opa, disso eu gostei.’ Ela pensou.


- Cansou mesmo, né Cindy?- Legolas falou, enquanto Aragorn a trazia nos braços.


- É.- ele a soltou.- Mas não posso negar que seja um pouco de vontade de ser carregada pelo rei de Gondor.- ela acrescentou com um sorriso maroto.


- Ah, é assim?- Aragorn riu.- Não vou cair mais nessa, está ouvindo Cindy?


- Ah não?- ela perguntou divertida.


- Não.


- Vejamos...- ela fingiu que ia cair, e Aragorn a segurou. Cindy o beijou.- Não mesmo?


- Ok, admito. Eu me preocupo com você, e mesmo se estiver brincando, se eu puder salva-la, assim o farei.


- Isso me lembrou o que você falou para o Frodo quando o conheceu.- Cindy disse.


- É um discurso meio parecido. Mas não foi o que eu fiz? O protegi enquanto pude?- Aragorn perguntou.


- Protegeu.- Cindy disse e sorriu.


- Desculpa interromper, mas será que poderíamos almoçar agora?- Legolas perguntou, meio impaciente.


- Você está parecendo o Pippin na época da Sociedade.- Aragorn falou, divertido.


- Talvez.- Legolas empurrou os dois em direção a sala de jantar. Faramir já estava sentado, junto com Merry, Pippin e Gandalf.


- Oi a todos!- Cindy falou, escondendo a surpresa de ter visto todos ali.- Pensei que vocês tivessem ido sem se despedir.


- Claro que vamos nos despedir. – Merry falou.


- Logo não estaremos aqui mesmo.- Gandalf disse.- Merry e Pippin voltarão para o Condado, e eu vou para Rohan. Éomer me chamou. E espero que possa logo voltar para as Terras Imortais. Pelo menos para mim, chega de Terra-Média.


- Só para você, Gandalf.- Pippin falou.- Ainda tem muita Terra-Média para mim.


- É, mas veja quantos anos você tem e quantos o Gandalf tem.- Merry falou.- Sem querer te ofender, Gandalf.


- Ah, claro.- Gandalf falou, e riu.


- Nossa, se eu fosse você, eu dava uma cajadada na cabeça do Merry.- Cindy falou, divertida.


- Não é uma má idéia, mas deixa isso para depois.- Gandalf disse. Cindy, Aragorn e Legolas se sentaram nas cadeiras vazias: Aragorn na ponta, Legolas do lado esquerdo e Cindy do lado direito.


- Pip, você vai morrer.- Merry falou baixinho, mas os outros escutaram. Todos riram.


- Nossa, nunca pensei que eu tivesse que oferecer comida para um hobbit algum dia, mas, Merry, Pippin, por favor, comam.- Legolas falou, apontando para a mesa.


Depois que Aragorn se serviu (‘Mesmo com fome, primeiro os reis!’), Merry e Pippin começaram a comer.


O almoço foi o mais divertido da vida de Cindy. Todos estavam de bom humor, até mesmo Gandalf, por algum milagre. Quando acabaram, Faramir e Aragorn se levantaram.


- Poderia saber aonde o Regente e o Rei vão?- Cindy perguntou, divertida.


- Claro, srta. Black. O Regente e o Rei ainda têm assuntos a tratar.- Faramir falou.


- Gostei da parte da srta. Black. Ficou interessante.- Cindy falou.


- Mas eu ainda prefiro Cindy.- Legolas disse.


- E eu também.- Aragorn falou, e sorriu.- Agora eu e o Faramir estamos indo. Até!- ele saiu com Faramir logo atrás.


Gandalf, Merry e Pippin também se levantaram.


- Acho que chegou a hora de nossa viagem.- Gandalf falou para Cindy e Legolas que ainda estavam ali.- Vou para Rohan.


- E nós voltaremos para o Condado.- Merry disse, apontando para Pippin também.


- Agora vocês vão se despedir?- Cindy perguntou.


- Claro.- Merry falou, e abraçou Cindy. Pippin fez o mesmo.


- Adeus e uma boa viagem, meus queridos hobbits!- Cindy falou, e eles saíram do palácio.


- E eu também vou. Scadufax não gosta de esperar.- Gandalf falou.


- Aliás. Aonde o Scadufax vai ficar quando você voltar para Valinor?- Legolas perguntou.


- Aqui em Gondor. Aragorn sabe cuidar dele. Além disso, o Rei é uma das poucas pessoas em quem Scadufax confia.- Gandalf falou, e foi para a porta.- Adeus!


O cavalo apareceu, e ele foi galopando a velocidade do vento.


- Bem, o que faremos agora?- Cindy perguntou.


- Que tal mais uma voltinha em Minas Tirith?- Legolas perguntou, divertido. Cindy fez uma cara de espanto, e ele disse.- Claro que não. Sei lá, vamos lá para fora achar alguma coisa para fazer.- ele saiu, e ela foi atrás.




- Arco e flecha? Você está maluco?- Cindy olhava para Legolas, como se perguntasse se ele estava bem.


- Você não falou que queria aprender quando viesse para Gondor?- Legolas perguntou.


- Bem, é...


- Então você vai aprender hoje!- Legolas disse.- Espera que eu vou buscar dois arcos e algumas flechas.


- Pelo que eu me conheço, pode trazer muitas flechas.- ela disse e ele sorriu.


- Não é tão difícil. Bem, mas deixa eu ir agora.- ele saiu correndo em direção ao palácio branco, e Cindy ficou olhando.


‘Me diz se eu mereço o Legolas...’ ela pensou e sorriu. ‘Bem, mereço sim.’


Legolas voltou rapidamente, já com várias flechas e dois arcos.


- Encontrei o Aragorn quando estava pegando essas coisas. Ele mandou eu te perguntar se já quer que ele prepare as casas de cura, para o caso que alguma flecha perdida acerte os gondorianos.- ele falou e riu.


- Manda ele preparar a casa de cura para o caso de eu me revoltar com essa brincadeira e meter uma flecha nele.- ela falou, e riu.- Brincadeirinha. Mas ele insinuou que eu não tenho boa mira. Vamos ver o que é que ele vai achar quando eu aprender arco e flecha.


- Então ta.- Legolas pegou um arco e deu para ela. Ele pegou uma flecha e mirou no alvo que tinha perto da floresta. Acertou bem no meio.


- Quer tentar uma vez?- ele perguntou para Cindy, que estava de boca aberta.


- Se você quiser que eu tente...- ela pegouo arco, e Legolas a ajudou a segurar direito. Ela mirou, e a flecha passou muitos metros a esquerda, longe o alvo.


- Sabe o que eu acho?- ele perguntou, quase rindo.


- O que?- ela ainda procurava a flecha.


- Que o Aragorn vai continuar achando que você tem péssima mira. Até que não é tão mal preparar as casas de cura. – ele disse e acabou rindo.


- Isso é difícil para uma humana que sempre viveu em Londres, sabia, elfo?!- ela perguntou, meio irritada.


- Ótimo, não estou falando nada, já calei minha boca.- ele disse, e controlou o riso.- Tenta de novo. A primeira vez é sempre um desastre, até para mim.

- O que você fez na primeira vez?


- Matei um passarinho...- ele falou envergonhado.


- Tadinho do passarinho!- ela olhou para ele.- Quantos anos você tinha?

- 10 anos...- ele disse, mas riu.- Eu me lembro que eu tive que fazer o enterro do pássaro depois, de tão culpado que estava. Afinal, como sempre meu pai dizia: os elfos são amigos da natureza, Legolas, então nunca a maltrate.


Cindy começou a rir, e ele riu também.


- Ótimo, eu tento de novo.- Cindy disse, e mirou de novo. A flecha acertou a beirada do alvo.


- Ta melhorando bastante.- ele apertou os olhos para enxergar melhor onde a flecha havia ido.


Ela mirou pela terceira vez... E essa também foi muito longe do alvo.


- Esquece o que eu falei.- ele falou e riu. Cindy riu também. Mas antes dela mirar pela quarta vez, um servo do rei apareceu, e chamou pelo Legolas.


- Eu tenho que ir agora.- ele falou.- Mas continua tentando. Daqui a umas duas horas eu volto, ok?


- Então ta. Mas eu acho que só vou conseguir acertar o alvo se eu mesma pegar a flecha e colocar no meio.


Ele sorriu, e foi em direção ao palácio.


Cindy tentou pela quarta, quinta, sexta vez, mas nada adiantava, ela sempre errava o alvo.


‘Eu queria ser uma elfa... Maldição...’ ela pensou quando errou novamente.


Quando ela tentou pela décima vez, a flecha acertou alguma coisa. Ela largou o arco, e foi em direção ao alvo. Mas quando chegou perto, percebeu que não era isso que ela havia acertado. Ela olhou para a direita e viu alguém no chão.


- FARAMIR!- ela gritou desesperada, e saiu correndo. Faramir estava deitado no chão, segurando o braço com a mão, e com uma cara de dor.


- Ai...- ele disse baixinho. Ela se ajoelhou sobre ele, desesperada.


- Faramir... Meu Deus, o que eu fiz?- ela olhou para o braço dele, mas não conseguia enxegar nada, pois a capa dele era preta.- Esta doendo? Onde é que a flecha foi?


- No braço...- ele apontou com uma voz cheia de dor.- E esta doendo bastante.


- Vamos, você consegue levantar, não consegue?- Cindy perguntou, em dúvida.


Mas Faramir não respondeu.


- Você não pode ter desmaiado!- Cindy o balançou, mas ele não se mexeu.- Era só isso que me faltava.- ela abaixou a cabeça, e suspirou.


Mas Faramir abriu um olho e começou a rir.


- Você...- ela não conseguia falar.- Você está bem?


- Nunca estive melhor!- ele se sentou, e tirou a flecha que tinha encaixado embaixo do braço. Cindy estava de boca aberta.


- Então você fez eu quase chorar por sua causa, enquanto ria da minha cara?


- Mais ou menos isso.- ele riu.- A flecha quase me acertou, por sorte que tinha uma árvore na frente. Mas resolvi brincar com você, até porque ouvi o que o Aragorn falou para o Legolas.


- Quando disse que ia preparar as casas de cura?- ela perguntou, começando a achar graça da situação.


- Exatamente.- ele sorriu.


Ela suspirou.


- Mas a sua cara de desesperada foi engraçada.- ele riu.


- Olha que eu vou contar para a Éowin que você quase me matou de susto.- ela disse, e riu.


- A não ser que você vá falar com ela, não tem como vocês se falarem. Ela não vem para Minas Tirith há muito tempo.


Cindy se levantou, e então disse:


- Acho que você vai ter que retirar o que disse, Faramir. A sua mulher chegou.


Éowin estava em um cavalo marrom, e galopava rápido. Quando viu Faramir sentado no chão, foi até ele.


- Posso saber o que você está fazendo no chão, Faramir?- ela desceu do cavalo. Estava com um vestido branco, que brilhava com a luz do sol.


- Bem, deixa eu me apresentar.- Éowin olhou para Cindy, e sorriu.- Meu nome é Cindy, e eu sou amiga do rei, e de todos os outros. Vou morar aqui agora.


- Prazer Cindy. Meu nome é...


- Éowin, claro.- Cindy terminou a frase.


- Como...?


- Bem, eu sei por causa do Faramir.- Cindy apontou para a figura calada de Faramir, ainda no chão.


- Ah, claro.- ela olhou para o marido.- Mas o que ele está fazendo no chão?

- Ele queria me assustar. Estou treinando arco e flecha, e acabei errando o alvo e acertando uma árvore. Mas como eu não tinha visto, o Regente resolveu me assustar, e pegou a flecha, colocou no meio do braço e deitou no chão.


Faramir começou a rir.


- Ah, mas acredite: foi muito engraçado.- ele falou e começou a rir.


- Ah, é engraçado, Faramir?- Éowin se virou.- Faça o favor de se levantar, ficar sentado no chão não é uma coisa nobre. Porque não sei se você se lembra, mas você é o Regente de Gondor.


Faramir se levantou em um pulo.


- E agora, faça o favor de me levar até o Rei, se você não quer levar uma flechada.


Ele chamou um servo, que levou o cavalo, e então deuo braço para ela. Cindy ficou parada, na dúvida se acompanhava eles ou não.


- Venha Cindy.- Éowin sorriu, e Cindy foi atrás dos dois.


Eles entraram no palácio. Aragorn estava com muitos papeis em seu colo, e os olhava com concentração.


- Com licença, Rei.- Faramir disse, e Aragorn levantou os olhos.- Minha esposa veio.


- Que bom revê-la Éowin.- Aragorn se levantou e beijou a mão dela.- O que senhora está fazendo em Minas Tirith?


- Resolvi vir para ver como estava meu marido.- ela olhou para Cindy e piscou. Cindy sorriu, imaginando o que ela ia falar.- E encontrei ele sentado no chão.


- Chão?- Aragorn olhou para Faramir.- O que você estava fazendo no chão?


- Bem... ahn...- Faramir tentava achar uma desculpa, mas estava muito difícil.


- Eu errei uma flecha, acertei uma árvore e o Regente quis me assustar.- Cindy, que estava quieta até aquele momento, falou.- Ele pegou a flecha, deitou no chão, e, bem...


- Que coisa feia, Faramir, assustando a Cindy à toa.- Aragorn pegou a mão dela.- Você está gelada.


- É, ainda não passou o susto.- Cindy disse, mas riu.- Mas... Comprovou que a minha mira é péssima.


Todos começaram a rir.


- Ah, mas isso você aprende.- Éowin falou.- Posso te ensinar, se você quiser.


- Claro!- ela falou.- Pelo menos por enquanto, que o Legolas saiu. Não quero irritar aquele elfo.


- Boa opção.- Aragorn riu.- Apesar que o Legolas é o elfo mais calmo que eu já conheci.


- Eu não posso falar nada. O Legolas foi o único elfo que eu conheci.- Éowin disse.


Aragorn sorriu, e baixou o olhar para os papeis que estava olhando antes deles entrarem.


- É isso! Faramir, já está resolvido o problema.- Aragorn disse, ainda de mãos dadas com Cindy.- Acho que tem como fazer o que eu estou pensando.


Éowin e Cindy se olharam, ambas com a expressão de não estar entendendo nada. Por causa disso, acabaram rindo baixinho quando se encararam.


- Acho que agora nós vamos, certo Cindy?- Éowin disse.


- Claro.- Cindy beijou Aragorn, e saiu logo atrás da Éowin.


Quando elas chegaram lá fora, recolheram as flechas que estavam espalhadas, e as duas únicas que estavam no alvo.


- Eu posso te perguntar uma coisa, Ci?- Éowin perguntou, enquanto tirava a ultima flecha, que estava no meio do alvo.


- Claro.- Cindy olhou para ela.


- Você não é daqui, né?- ela perguntou. Cindy explicou toda a história, do mundo bruxo, do programa de TV, de como ela havia conhecido Aragorn e os outros, e como ela deixou tudo para trás para morar na Terra-Média.- Você tem coragem.


- Talvez. Ou talvez eu seja louca por ter abandonado tudo para morar aqui.- Cindy suspirou, olhando para trás para poder ver a cidade.- Mas não me arrependi, não por enquanto. Sou feliz com o Aragorn.


- Qualquer uma é feliz com o Aragorn.- Éowin falou, e riu. Cindy riu também.- Mas ele gosta de você, e muito. Se não gostasse, não deixaria você vir para cá, e insistiria dizendo que Londres é a sua casa, e que você tinha que ficar com o seu noivo e com seu irmão.


- É... ele não insistiu nem um pouco.- Cindy ficou pensativa.- Só me perguntou se eu tinha certeza do que estava fazendo, e quando disse que tinha... Aqui estou eu!


- Ele gosta bastante de você, sem dúvida.- as duas sorriram. Éowin pegou um arco, e deu o outro para Cindy.- Bem, agora eu vou tentar te ensinar. Não estou garantindo nada.


- Tudo bem.- ela riu. Éowin pegou o arco e uma flecha, mirou e acertou o centro.- Você vai fazer assim...- ela ajudou Cindy. Quando estava tudo pronto, soltou a flecha, que ficou do lado da de Éowin.


- Nossa...- Cindy ficou olhando para a flecha.



Elas ficaram treinando a tarde inteira. Quando Legolas voltou, elas pararam de treinar, e entraram novamente no palácio. Aragorn ainda estava falando com o Faramir (‘Que conversinha demorada, não?!’ Éowin disse para Cindy e Legolas), e tudo estava em silêncio.


- Daqui a pouco é hora do jantar.- Legolas olhou para o relógio.


- Acho que eu vou dar uma volta por aí à noite...- Cindy disse.- Ah, não vou muito longe, não precisa ficar preocupado. Só dar uma voltinha.- ela falou, percebendo o olhar de Legolas.


- Por favor, Cindy, não saia desse andar.


- Ta bom...- Cindy pegou sua capa, e a colocou, e saiu.


A noite em Minas Tirith era linda. A lua minguante ainda estava no céu. Cindy caminhava, sem muito rumo, até chegar aonde tinha ficado a tarde inteira.


- Porque não? Uma tentativa sem ninguém.- ela falou baixo para si mesma, e pegou o arco que estava no chão, e uma flecha. Ela mirou, e soltou.


- Certo, acertei alguma coisa....- ela apertava os olhos, mas estava muito escuro.- Só quero saber o quê...


- O alvo.- uma voz conhecida falou.- E bem no centro.


O coração de Cindy disparou. Ela viu Aragorn se aproximando e suspirou. Por um instante, havia achado que era Remo. Ignorando o coração disparado, ela se aproximou dele, e o beijou.


- Desculpa, eu não tive tempo para você hoje...- ele a abraçou, depois que ela havia largado o arco.- Amanhã eu terei todo o tempo do mundo.


- Não, se você tiver coisas importantes para resolver, não quero que perca seu tempo comigo.- ela já havia se acalmado.


- Desde quando ficar com você é perder meu tempo?


- Você é o Rei desse lugar, portanto eu sou perda de tempo se Minas Tirith tiver algum problema.


- Esquece que eu sou um rei. Esquece Gondor. Agora só existe você e eu.- ele a beijou.


- Admito que é difícil esquecer Gondor e todo o resto, mas eu juro que vou tentar.- ela sorriu. Ele também sorriu, e pegou a mão dela.


- Vamos jantar, então...- ele começou a andar e ela foi atrás dele.

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