Não vou me casar com você!



Minutos depois de Harry chegar à tarde no prédio da Devlin Systems, Gina foi chamada a sua sala. Harry deitou os olhos frios sobre ela.

– Por que você veio hoje? Está maluca?

Como as pessoas recorrem automaticamente as suas rotinas nos momentos de crise, não ocorrera a Gina permanecer em casa.

– Eu… eu…

– Você achou que eu iria querer encontrar meu filho pela primeira vez em uma creche do ambiente de trabalho? – Suas feições morenas estavam marcadas pela hostilidade de seu olhar. – Desça e tire meu filho daquela creche. Então suba no carro que está esperando e leve Thiago para minha casa.

Aflita com a amarga hostilidade de Harry, Gina aquiesceu. Deveria ter ocorrido a ela que Harry desejaria encontrar Thiago. Mas somente quando Harry a presenteou com o coelho de pelúcia, significando sua boa vontade em aceitar a criança que acreditava ser de outro homem, foi que Gina se deu conta do quão forte poderiam ser os sentimentos de Harry acerca do próprio filho.

– Você decidiu que eu havia dormido com outra mulher e como vingança negou-me o direito de conhecer meu filho – condenou Harry.

– Nós terminamos antes de eu saber que estava grávida – protestou Gina. – Você se lembra de ter comentado sobre um amigo seu que teria caído em uma armadilha feita por uma mulher… você disse que ela tinha dado o golpe da barriga?

– Não tente se justificar com esse argumento. Qualquer um entre meia dúzia de homens poderia ser o pai do filho daquela mulher! E o que nós tivemos foi algo muito diferente… ou, pelo menos, eu pensei que fosse…

Gina se sentiu derrotada.

– Mas eu acreditava que você poderia me acusar de estar dando o golpe da barriga, porque você era rico… eu não queria o mesmo rótulo!

– Você irá assinar sua demissão… – continuou Harry, passando por cima da fala de Gina, parecendo querer deixá-la sem defesa.

– Está me demitindo?

– Estou protegendo minha reputação e a reputação da tola mãe de meu filho de prejuízos futuros.

– Ontem mesmo você me disse para não dar atenção a essas tolices…

– Você deveria ter me contado no instante que entrei nesse prédio, que tinha tido um filho e que esse filho era meu! – Então Harry deu uma risada sem graça. – Você deveria ter me contado no dia em que descobriu estar grávida. Eu não teria deixado nenhuma mulher lutando sozinha para criar meu filho…

– Mesmo se fosse por minha responsabilidade que isso tivesse acontecido?

– Certamente eu sou maduro o suficiente para aceitar que fazer amor pode resultar em um bebê! E que em algumas ocasiões esse acontecimento criativo particular está além do nosso controle…

Ela se viu em uma poça de lama. Tinha procurado e encontrado a culpa. De todos os ângulos ele deixava isso claro. Ela o julgara mal, tomara as decisões erradas, presumira o pior, capitulando ante as próprias expectativas pessimistas.

À beira das lágrimas desde que entrara naquele escritório, a garganta de Gina doía, mas ela ainda precisava perguntar a ele uma coisa:

– Então, se eu tivesse vindo até você há um ano e admitido que estava grávida, o que você teria dito?

Os olhos atraentes de Harry penetravam os seus como facas esmeraldas.

– Teria lhe dito que era o destino… e teria casado com você.

– É fácil ser perfeito e íntegro… depois que tudo aconteceu. – Gina partiu sentindo que tinha rasgado seu coração.

Harry teria casado com ela.

Apesar de ele nem ter mencionado o amor. Sem dúvida alguma Harry a teria feito se sentir horrível se tivesse casado com ela. Ele não a amara e agora até seu respeito por ela havia desaparecido.

– Ele é realmente brilhante… – Harry olhava o filho deles, com seis meses de idade, rir e cavar sob uma almofada para encontrar o coelho de pelúcia que seu pai tinha tentado esconder dele.

Sentada rigidamente na sala de visitas da casa de Harry, Gina comparava o homem e o bebê. O cabelo preto, a pele dourada, os olhos misteriosos faziam dos dois uma boa dupla.

Thiago sentou-se no tapete. Ele tinha tirado uma soneca mais cedo e Harry ficara até àquela hora fazendo uma série de perguntas a Gina sobre seu filho. Do que ele gostava, o que comia, como dormia, qual era seu tamanho em comparação com outros bebês da idade dele, o quão avançado estava em relação a outras crianças da mesma idade. Para um homem que não se interessava nem um pouco por bebês, Harry queria saber tudo, inclusive o fato de Thiago ter nascido prematuramente.

Por que ela nunca se dera conta de que Harry poderia ser o tipo de homem disposto a rastejar pelo chão vestindo um terno caríssimo e fingindo ser um avião, ou um cavalo, ou um carro? Harry estava ainda avaliando Thiago, um ar de orgulho e prazer iluminando seu rosto determinado. Até onde ela podia ver, descobrir-se pai parecia ter sido uma fonte de alegria para Harry Potter.

– Ele está cochilando de novo – resmungou Harry desapontado quando os cílios de Thiago se fecharam e um enorme bocejo deixou seus dentinhos à mostra.

– Está na hora dele dormir.

– Por que você não disse? – reprovou Harry.

– Dormir uma noite mais tarde não irá prejudicá-lo.

– Mas nós devemos fixar sua rotina, agora que ele está fora da creche e tem toda sua atenção…

– Sim, eu peço desculpas por ter tido que trabalhar e ter descuidado dele, fazendo o que milhares de mulheres fazem para construir um lar…

– Pare de gracinha. Não estou culpando você. Estou apenas observando que ele irá apreciar muito sua companhia o dia inteiro…

– Está pensando em nos sustentar? – Desolada, Gina desejou pôr um fim na tempestade de raiva que rugia em seu interior.

Harry levantou suavemente Thiago do tapete e o deitou no sofá, arrumando uma pilha de almofadas ao redor do filho adormecido. Então, por via das dúvidas, colocou mais algumas, para o caso de Thiago querer escalar a barreira de segurança e cair.

– Obviamente, nós vamos casar. Já andei investigando sobre uma licença especial. Vamos fazer o casamento o mais rápido possível.

De certo modo, Harry estava oferecendo a Gina todos os seus sonhos secretos passados e presentes, mas naquele momento, pareceu que ele lhe infligia uma dor terrível.

– Não me casaria com você nem que fosse o último homem vivo na terra!


Prika: Tentar ele até tenta, mas sempre enfia os pés pelas mãos, o Harry sempre faz tudo errado, não dá estabilidade para a Gina e quer que ela confie nele, pede para ela se casar com ele, dando a entender que é só por causa do Thiago, aff, acho que concordo com você, o Harry é um jumento!

Natália: Concordo, fiquei morrendo de pena da Gina também, mas achei super fofo o coelhinho que o Harry deu pro Thiago, e mais ainda as cenas dele com o filho nesse cap, é tão fofis.

Dani: Eu não sei o nome da fic, suponho que seja o mesmo, quem me falou dela foi uma das leitoras, ela disse num comentário que tinha lido uma fic no fanfiction que era do mesmo livro. É a morena era a Hermione, a cunhada dele, hehehehe, a Gina se enganou feio nessa, mas acho que o Harry tinha que entender, tipo, se ele chegasse no apartamento da Gina e encontrasse um homem andando só de cueca, vindo do quarto dela, e mandando o Harry embora, o que ele teria feito?

Anywp: Você está certa, mas como disse para a Dani, se o Harry se colocasse no lugar da Gina, provavelmente faria a mesma coisa, ou pior, sair nos tapas com o cara, hehehe, beijos.

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