Conflito
Gina foi trabalhar refletindo que Harry permaneceria na Devlin Systems por apenas três semanas. Quase uma semana já havia se passado e ele ainda nem tinha idéia de que ela era mãe de uma criança. E por que motivo descobriria? Quem, afinal de contas, comentaria esse fato?
Na véspera, Gina ficara ouvindo sem parar a fita cassete somente para escutar o jeito dele falar, com sua voz arrastada, profunda e carregada no sotaque.
Ele havia recém-adquirido uma casa em Londres e ela deveria organizar um jantar festivo. Os fornecedores do bufê já estavam reservados, mas Gina teria de encontrá-los para organizar os detalhes finais.
Perguntava-se amargamente por que o eficiente empregado grego de Harry, Neville, não estava cuidando de tais assuntos domésticos. Pensamentos confusos e dolorosos, cada vez mais freqüentes, reportaram-na há quase dezoito meses.
Ela se apaixonara loucamente por Harry Potter e não estimou nenhum risco ao permitir que fosse seu primeiro amante. Sabia que Harry tinha uma reputação de namorador. Rico, deslumbrante e famoso aos vinte e nove anos, Harry tinha o mundo a seus pés. Entretanto, o que mais magoava Gina era admitir que ela não poderia culpar Harry inteiramente por cansar-se dela…
Poucas semanas depois do início daquele caso amoroso, romântico e mágico, a mãe de Gina havia morrido de repente. De todas as formas possíveis Harry a ajudou. Todavia, Gina se transformara em uma jovem melancólica e taciturna. Que homem desejaria lidar com esses problemas após apenas algumas semanas de namoro? Era natural que Harry tivesse ficado aborrecido. No entanto, como ela estava em um estado de dependência, ele teve dificuldade em se livrar dela. Por isso, deixara o relacionamento à deriva, sem dúvida esperando que ela entendesse a mensagem por si mesma.
Infelizmente, Gina lembrou, sendo arrastada para o presente com os olhos marejados de lágrimas enquanto dava comida para Thiago na creche durante sua hora de almoço, ela só entendeu a mensagem ao encontrar a morena seminua. Dispensar Harry pelo telefone, naquele mesmo dia, foi sua melhor tentativa para escapar de uma humilhação maior – resolveu não mencionar o degradante encontro com sua substituta.
Naquela tarde, uma elegante e vivaz loira entrou no escritório de Gina.
– Eu sou Alisha James. Encontre Harry e lhe diga que estou livre nesse fim de semana, afinal. – Um sorriso provocante estampava aquela boca perfeita. - Diga-lhe que eu tenho as idéias mais divinas para seu quarto de dormir!
Gina corou, empenhando-se em manter um sorriso simpático.
– Receio só ter acesso ao serviço de mensagens. Eu não sei onde o Sr. Potter está. Mas tentarei encontrá-lo.
Alisha gargalhou ruidosamente.
– Não há necessidade. Quando Harry receber a mensagem, e não ouse mudar uma vírgula do que eu falei, ele saberá onde estarei a sua espera.
Assim que a loira foi embora, Gina ligou para o serviço de mensagens, cheia de repugnância por Harry e pela posição em que ele a havia colocado. Sentindo uma dor amarga e raivosa, ela transmitiu o convite provocante de Alisha. Depois, atormentada por uma onda de ciúme humilhante, ela acrescentou com vivacidade artificial, machucando a si própria:
– Tenha um ótimo fim de semana.
DÚVIDAS
Gina passou o fim de semana sofrendo ao pensar no que Harry poderia estar fazendo com Alisha James.
Envergonhada pelo distúrbio emocional que havia destruído sua capacidade de dormir uma única noite inteira, e totalmente exausta, Gina chegou ao trabalho.
Estava com muita raiva de si mesma. Diversas mulheres sofriam desilusões amorosas e continuavam suas vidas. Harry estava dando a ela uma excelente oportunidade profissional e ela deveria se concentrar somente nisso.
Ao entrar em sua sala, espantou-se ao ver que Harry esperava por ela. Trajando um soberbo terno cinza-carvão, olhou-a de modo firme e resoluto.
Ela ficou imóvel.
– Algo errado?
– Foi bom para você que eu tivesse dois dias para me acalmar.
Seus lábios estavam comprimidos. Ele movimentou o maxilar e inspecionou-a com um desafio ameaçador.
– Como se atreveu a deixar tal mensagem para mim? Aquela idiotice de Alisha coroada pelo seu comentário malicioso!
Embora tenha apreciado o fato de Harry não gostar de mensagens provocativas feitas por meio de terceiros, Gina não conseguia compreender por que desejar a ele um ótimo fim de semana pudesse receber a classificação de malícia.
– Não compreendo.
– Não? – Seu olhar escarnecia o dela. – Honestamente, você acha que eu não sei reconhecer quando vejo ou escuto demonstrações de ciúme? – continuou ele.
As faces de Gina ruborizaram ardentemente. Ela era honesta demais para mentir e estava muito mortificada para continuar sob aquele exame minucioso.
Ele precisava considerar que ela era neurótica e possessiva ou ainda estava loucamente apaixonada por ele.
Talvez, se não a tivesse magoado tanto, ou se não tivesse tido um filho dele, ela teria conseguido se livrar daquele passado compartilhado pelos dois.
Todavia, com Thiago por perto, o caso de amor deles ainda era um acontecimento de suma importância em sua memória, mesmo que não fosse assim para ele.
Sem aviso, Harry abandonou sua postura de confronto e tomou sua mão, deixando-a completamente desconcertada com aquela súbita mudança de comportamento.
– Gina… não tive a intenção de dizer isso. Sinto muito.
Gina abaixou os olhos para aquelas mãos morenas que aninhavam as suas, atraída pela simpatia e solidariedade dele, mas compelida a vacilar por lembranças que a atormentavam.
– Tudo bem.
– Vamos almoçar juntos e acabar com esses desentendimentos – sugeriu ele.
Almoço? Loucamente consciente da proximidade de seu corpo vigoroso, Gina estremeceu, ferida pelo ressentimento e pela saudade. Se fosse simples assim, pensou ela. Se pudessem agir como pessoas sadias e civilizadas. Sem dúvida, ele era capaz de tal façanha. Mas, infelizmente, ela não era.
– Não há razões para sermos inimigos – continuou Harry.
De fato. Por um momento insano, Gina desejou negar aos gritos. Harry tinha ido para a cama com outra mulher, enquanto ela ainda acreditava que ele fosse seu. Ela poderia ter compreendido, mas não havia perdoado.
– Lamento… – Gina se afastou, oprimida. – Ficarei mais confortável se permanecermos em um relacionamento profissional.
Os olhos verdes penetraram nos dela. Fez-se um silêncio perturbador. Harry inclinou a cabeça e abandonou a sala de Gina a passos largos…
Annywp: que bom que você está lendo essa fic também, obrigada por comentar, e o relacionamento do Harry e da Gina foi bastante dificil... mais detalhes é só continuar a ler a fic, hehehehe, beijos.
Natália: o Harry está meio frio mesmo, mas você vai entender porque, mais pro final da fic, ainda tem muita confusão para acontecer, principalmente quando o Harry descobrir que tem um filho com a Gina.
Tonks e Lupin: Você é que não sabe o susto que me deu! Quando comecei a ler seu comentário pensei que alguém tinha tido a idéia de adaptar o mesmo livro que eu, mas ainda bem que foi para outro shipper, eu morro de medo de colocar algo nas minhas fics que pareça plágio, porque o que eu prezo mais no escritor é a originalidade, beijos e obrigada por ler e comentar.
Carol Tem um motivo sim, mais pro final da fic você vai entender, o Harry não está frio com a Gina de graça, e nesse capítulo ele começa a ser mais gentil, e a partir do próximo ele começa a querer reconquistar a Gina, beijos.
Prika: E ainda não sei quantos capítulos essa fic vai ter, eu estou tendo que postar dois capítulos ao mesmo tempo, porque os capítulos são muito pequenos e talvez eu tenha que colocar mais que dois em algum momento, mas acho que vão ser uns onze, beijos!
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