Como Resistir?



Gina esticou sua mão que estava dormente e sentiu alguma coisa peluda e desconhecida. Esticando os dedos ela tocou em… couro? Seus olhos se abriram e se depararam com a alarmante visão do escritório de Harry.

Ele vagava pela sala em movimentos leves e graciosos.

Gina se sentou no sofá de couro, embrulhada pelo falso tapete de pele.

– Por que cargas d’água…

Harry deu de ombros.

– Encontrei você adormecida em sua mesa antes de sair para almoçar. Tentei acordá-la, mas você dormia tão bem…

– Você devia ter me sacudido!

Com os cabelos brilhantes soltos na altura dos ombros, Gina lutou para desembaraçar-se do tapete e ficou de pé procurando seus sapatos.

– Por Deus, por que me trouxe aqui para dentro?

Harry franziu a testa.

– Onde mais você poderia dormir com algum conforto?

– Mas você deve ter me carregado… quem viu isso?

– Ninguém. Eu surrupiei você. – Seu sorriso carismático balançava seu coração e a deixava seu fôlego. – Gina… você parecia exausta essa manhã.

– É que… – Gina tentava se desconectar daquele olhar esverdeado magnético e, desajeitadamente, penteou os cabelos com os dedos. – Está tudo tão confuso…

– Gosto de seu cabelo solto… como costumava usar. – Harry aproximou-se. – É bonito, natural. Assim posso ver todos os tons.

Gina podia sentir a aproximação dele pulsar em cada célula de sua pele. Sua boca ficou seca, o coração se expandiu. A atmosfera se aquecia com o clima sensual. Ela estremeceu, mas não arredou o pé. Pega desprevenida, com a mente ainda nebulosa pelo sono, suas barreiras foram abaixo, e ela não pôde resistir ao apelo moreno da atração de Harry, ou à própria súplica por contato físico.

Harry colocou as mãos nos ombros tensos de Gina.

– Eu não me enquadro na categoria de assédio sexual aos empregados. Desse modo, você escolhe agora se quer ficar ou ir embora.

Gina engoliu em seco.

– Eu…

– Mas se não for embora agora, não terá volta – avisou Harry com a voz rouca.

Ao encontrar aqueles olhos brilhantes, ela disse a si mesma que era um sonho, um sonho do qual não queria acordar. Ele colocou uma de suas mãos nas costas dela puxando-a para perto. Você não está sonhando, você está bem acordada, gritava sua consciência. Mas ouviu a si própria murmurar:

– Só um beijo…

Harry a envolveu em seus braços e acariciou-lhe os cabelos brilhantes. A satisfação fulgurava em seu olhar ao esquadrinhar o rosto de Gina.

– Você está barganhando comigo… ou consigo mesma?

Ele não esperou pela resposta e, enquanto ela ainda tentava lutar consigo mesma, levou sua boca experiente aos lábios dela. Naquele momento, vulnerável pela expectativa de prazer, sentiu-se como um barril de pólvora em chamas. E oh… Harry não a desapontou.

Ela queimou de excitação e alegria por dentro, desejando, precisando tocá-lo, passar os dedos finos por aquele cabelo espesso e sedoso, pelas formas arrogantes de sua cabeça morena, sentir as palmas de suas mãos acariciando-lhe o rosto corado, segurá-lo bem firme. Segurá-lo tão firmemente de modo que nunca, nunca mesmo, iria deixá-lo partir outra vez…

– São quase seis da tarde. Vamos jantar… e conversar – decidiu Harry levantando a cabeça.

– Quase seis? – exclamou Gina, libertando-se do abraço e correndo para a porta. A creche fechava às cinco e meia e ela estava atrasada para apanhar Thiago!

Novamente em segurança dentro de casa, Gina havia acabado de colocar Thiago para dormir quando a campainha do apartamento soou.

Examinando pelo visor da porta, ela viu Harry e foi tomada pelo pânico. Tarde demais se deu conta de que fugir dele sem dar explicações tinha sido uma tolice ainda maior do que beijá-lo novamente. Sabendo que Thiago raramente acordava depois de ir dormir, ela abriu a porta.

– Por que saiu correndo assim? – perguntou Harry com as feições tensas.

Com as faces ardendo e cheia de emoções conflitantes, Gina o conduziu até a sala de visitas.

– Arrependimento… vergonha.

– Não há necessidade de nada disso… – Ele a tomou pelos ombros, obrigando-a a voltar-se e procurou seus olhos. – Eu quero você de volta, Gina.

Ela ficou imobilizada, em estado de choque. Com um suave suspiro, Harry passou o dedo indicador gentilmente pelos lábios carnudos de Gina.

– Por que está tão surpresa? Você devia saber que eu não prego peças em ninguém. O que você vê é o que obtém…

– Verdade? – A pergunta irrompeu de seu interior e ela rodopiou para longe dele. Seu corpo subia nas alturas ao toque de Harry, mas sua mente era um mar em dia de tempestade. – Alisha James sabe que você está aqui?

– Onde eu vou, ou o que faço, não é da conta da minha decoradora. – Comentou Harry entristecido.

– Sua… o quê?

– A firma de Alisha está decorando a minha casa.

Embora a morena evidentemente aspirasse a uma conexão mais íntima com Harry, era apenas uma decoradora. Gina ficou envergonhada de ter feito outra suposição falsa.

– Errou… de novo. – Seus olhos faiscantes agora brilhavam divertidos, enquanto ele estudava a expressão de Gina. – Mas quem se importa? Eu não me importo. Agora mesmo, a única mulher que eu quero em minha vida é você.

Gina deixou escapar um riso dissonante.

– Você já disse isso uma vez.

– Não entendo sua amargura. Foi você quem me deu o fora.

Deixando seu bom humor de lado, Harry franziu o cenho, com o rosto vigoroso bem atento.

– Foi um alarme falso ao me mandar embora? Eu deveria ter ido atrás de você e implorar que ficasse?

– Não.

– Sei que foi uma hora bem ruim para você, por causa da morte de sua mãe. Mas você fechou a porta do nosso relacionamento, como se não tivesse significado nada para você. Eu preciso que explique por que fez isso.

Os olhos de Gina abriram-se diante desse pedido. Harry parecia tão sincero. Possivelmente, não tinha consciência do encontro dela com a morena em seu apartamento. Mas ele era um rapaz esperto, devia ter suspeitado que ela descobrira sua infidelidade.

– Por que está fazendo isso comigo? – Gina levantou o queixo. – Por que está se fazendo de inocente? Pensou que eu não descobriria?

– Descobrir… o quê? – Harry parecia intensamente frustrado.

– Que você me traía… e você sabe que traía!

– Isso é uma grande mentira! – Ele se enrijeceu.

– Ora, vamos… eu usei a chave de seu apartamento, que você mesmo me deu. Uma Morena alta, vestida apenas de calcinha e sutiã, saiu andando do seu quarto!

Gina identificou o momento exato em que Harry estabeleceu a conexão. Ficou pálido de ódio sob a pele bronzeada. Disse qualquer coisa em grego e, virando-se nos calcanhares, caminhou a passos largos para o vestíbulo.

– Se eu ficar aqui vou dizer muita coisa da qual vou me arrepender!

Natália: O Harry está mais bonitinho aqui né? E vai ficar ainda mais, *suspirando*, não sei como a Gina resiste (bem mal, mas resiste).

Tonks & Lupin: Bem fazendo um pouco de marketing (espero que seja assim que se escreva), pelo seu nick dá para ver que você gosta da Tonks e do Lupin, eu tenho uma fic, Harry Potter e a Relíquia de Merlin, em que eu escrevo um capítulo especialmente para esse casal, se você tiver um tempinho passa por lá, o nome do capítulo é Momento Tonks e Lupin (ou ao contrário Lupin e Tonks) (não tava com muita inspiração para nomes de capítulos, mas o capítulo ficou bom), beijo e obrigada por comentar.

Annywp: Ainda vai demorar para o Harry descobrir que a Gina tem um filho, e vai ser da pior maneira possível... falei demais, mas não vou apagar, beijos e obrigada por comentar.

Prika: Eu demorei para postar, porque estou em semana de prova na faculdade, não teve jeito mesmo de postar antes, beijo.

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