CAOS NO QUADRIBOL
Capítulo Dezesseis:
CAOS NO QUADRIBOL
O fim de semana mais esperado do ano havia chegado e o primeiro jogo de quadribol da temporada estava muito próximo.
Os times de Grifinória e Lufa-Lufa estavam nos vestuários e dentro de uma hora o jogo começaria, os alunos e convidados preenchiam as arquibancadas enquanto uma corrente de ar quente corria pela noite.
Assim que todos terminaram de se vestir Rony pediu a Harry que revisasse o esquema do jogo e nesse mesmo instante Hermione surgiu na porta do vestuário, pedindo para que Harry fosse ao encontro dela.
Harry pediu a Rony que revisasse o plano e caminhou para fora do vestuário.
_Aconteceu alguma coisa? – perguntou assim que ficou defronte a Hermione.
_Eu sei que esse não é um bom momento – Hermione falou parecendo aflita – Mas eu não poderia deixar para outra hora. – ela olhou para os lados e continuou, em voz baixa – Durante as suas sessões de treino eu tenho me encontrado com Minerva e Flitwick, para falar a respeito do meu mal desempenho – ela falou essas duas últimas palavras constrangida – E nós chegamos a conclusão que realmente isso aconteceu depois da aula que tivemos com Tolkien, aquele feitiço que ele nos ensinou deve ser algo muito ruim porque nem mesmo o Flitwick conhece.
Junto com essa mudança eu também passei a sentir coisas estranhas e uma delas são pressentimentos e é por isso que estou aqui.
Harry continuou olhando para Hermione e a ouvindo, ela parecia muito nervosa, mas completamente ciente do que estava fazendo.
_Eu tenho um pressentimento ruim sobre essa noite – ela falou devagar – Algo realmente ruim, muito perigoso – ela parou e fitou Harry com atenção – Eu estou com medo por você, Tolkien matou o próprio irmão há mais de um ano e alguns professores sabem que ele esconde coisas – imediatamente a visão do Vampiro ressuscitado veio a cabeça de Harry – E todos os professores que adentraram o cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas sofreram com algo, o cargo é amaldiçoado e Tolkien está nele há três anos.
_Você quer dizer que quem amaldiçou foi o Tolkien? – Harry perguntou depressa, a voz de Rony cada vez mais alta, podendo ser ouvida no corredor e até no vestuário de Lufa-Lufa.
_Claro que não – Hermione falou – Deve ser algo muito antigo, eu só quero dizer que das outras vezes quando tive pressentimentos ruins aconteceram e agora estou tentando usar isso a meu favor.
_O que você quer que eu faça? – Harry indagou enquanto a Profa.Sprout avançava pelo corredor.
_Tome cuidado, muito cuidado, algo perigoso pode acontecer hoje, Tumus está no castelo e Tolkien pode ser uma ameaça, Você-Sabe-Quem está quieto desde que Quim tornou-se Ministro, há algo acontecendo que não sabemos.
_O.K – Harry falou rápido – Sprout está vindo para cá.
Hermione puxou uma carta de um dos bolsos e estendeu a Harry.
_Gina não conseguiu falar com você antes do jogo, me pediu para te entregar, ela queria que você lesse antes de entrar no campo.
_Certo – Harry falou guardando a carta em um dos bolsos das vestes.
_Sr.Potter, o senhor está pronto? – Sprout perguntou se aproximando.
_Sim – Harry respondeu.
_Nos veremos nas arquibancadas Srta.Granger – ela falou e Hermione caminhou pelo corredor a fora, deixando uma última olhada para Harry no final. - Cinco minutos Sr.Potter, apanhe sua vassoura.
Os cinco minutos seguintes foram os mais rápidos que Harry já passara, antes mesmo que podesse conferir se sua vassoura estava bem, todo o time deixou o vestuário, caminhando, em meio a torre de Grifinória, em direção a uma das portas de entrada.
_...DE UM LADO TEMOS O CORAJOSO TIME DA GRIFINÓRIA! – Blarry, o novo narrador, membro da Corvinal, anunciou. – FINNIGAN! BROWN! WEASLEY! CORRIGAN! EVERETT! CORBIN! Eeeeee o capitão, HARRY POTTER!
Quando Livia Corbin deixou a torre Harry montou em sua Obvilliate e deu um grande impulso, surgindo velozmente em meio as luzes, palmas e gritos. Cartazes vermelhos e dourados por todos os lados.
_CONTRA OS LEÕES VEM AÍ O IMPRESSIONANTE TIME DA LUFA-LUFA! – As arquibancadas que estavam silenciosas explodiram em palmas e gritos enquanto os jogadores eram anunciados, cartazes com texugos negros e bordas douradas por todos os lados também.
Quando os times se apresentaram e pousaram no campo, Madame Hooch caminhou até Harry e Justino, frente a frente e pediu para que eles se cumprimentassem.
Harry apertou a mão de Justino que estava pálido e sério e todos voaram novamente.
_A GOLES É LANÇADA! – Blarry anunciou enquanto a bola voava entre os artilheiros e era apanhado por Cody Buckberry da Lufa-Lufa. Os balaços vieram em seguida e por último o dourado e pequeno pomo-de-ouro.
Harry disparou em direção a bolinha dourada que logo ganhou uma altura impressionate e desapareceu por detrás de uma torre da Sonserina.
Quando Justino ganhou vantagem e Harry tentou apanhar um atalho pensou ter visto algo escuro atravessar o céu, muito parecido com um Dementador. Distraído por isso viu Justino descendo novamente e atravessou as nuvens, o acompanhando. Rony acabara de defender uma goles e as arquibancadas explodiram em vivas.
_A GOLES ESTÁ COM CORBIN! BUCKBERRY! RAID! BUCKBERRY! RAID! BUCKBERRY! ELES ESTÃO SE APROXIMANDO, HORDE ESTÁ PRONTO PARA ATIRAR! BUCKBERRY JOGA PARA HORDE QUE ARREMESA E É GOOOL!! – as arquibancadas se agitaram por completo, Lufa-Lufa marcara seu primeiro gol. Harry estava muito a frente de Justino agora, ele parecia ter visto o vulto preto também e isso lhe tirara a atenção.
_CORBIN APANHA A GOLES! CORRIGAN! EVERETT! CORBIN, FORMAÇÃO DE ATAQUE AGORA, BUCKBERRY E HORDE TERÃO QUE CONFRONTAR!
Harry girou por detrás dos aros aonde estava o goleiro da Lufa-Lufa e de repente Horde foi atirado da sua vassoura, como se tivesse levado um brutal soco no nariz.
Ele despencou da sua vassoura até o chão, por um instante Madame Hooch ameaçou parar o jogo, as arquibancadas estavam quase silenciosas, ninguém sabia quem o golpeara.
_CORBIN PASSA PELA DEFESA ÚNICA DE BUCKBERRY, ELA SE APROXIMA DO GOL E ARREMESSA! – uma onda de “Uhhhhh” preencheu o estádio quando Hoover, goleiro da Lufa-Lufa, defendeu.
Harry viu o pomo próximo ao pé de Corrigan e quase sendo atingido por um dos balaços mergulhou campo adentro chamando a atenção de todos. Justino estava quase ao seu lado, o braço largo estendido.
Quando estavam disputando para ver quem tomaria a dianteira, Harry se abaixou quando um balaço passou e Justino avançou.
Segurando firme em sua Obvilliate disparou o mais rápido que conseguia, tentando ficar mais próximo possível do pomo, Justino estava há pouco mais de um metro de apanhá-lo e a sua velocidade só vinha aumentando.
As arquibancadas explodiam em vivas com a ação dos artilheiros e os balaços estavam ferozes, cortando o ar com grande precisão.
No mesmo instante que Justino estendeu sua mão e o pomo ficou há centímetros de ser pego houve uma explosão próxima e todo o estádio ficou em silêncio, Harry se virou para ver o que acontecera e pode perceber que Rony fora acertado por um feitiço.
Ele caiu da vassoura parecendo estar desmaiado e bateu a cabeça na mais alta das balizas, caindo no ar com um filete de sangue sendo deixado.
Simas imediatamente abandonou sua posição de batedor e correu em direção a Rony tentando apanhá-lo antes que chegasse ao chão e tivesse uma grande queda, mas então um novo raio, tão veloz quando o vôo de Miraz e tão feroz quanto uma rajada de fogo do mesmo, cortou o campo e atingiu Simas, fazendo-o ser atirado da sua vassoura há metros.
Harry se virou para a torre de Lufa-Lufa aonde alguns professores estavam e viu Dumbledore, Minerva, Tumus, Slughorn e Sprout se levantarem. Dumbledore imediatamente sacou sua varinha enquanto o estádio em silêncio parecia apreensivo e um grito surgiu distante, juntamente com uma explosão.
Harry olhou para onde viera e no mesmo instante um pedaço da Torre de Astronomia despencou nos terrenos, a Profa.Sinistra quase caindo também, se segurando apenas em um pedaço de uma porta que restara.
Harry imediatamente virou a sua vassoura e disparou em direção a ela, com sorte conseguiria salvá-la antes que a queda ocorresse.
Nunca Harry voara tão rápido na sua vida, quando percebeu que poderia chegar a tempo de salvá-la algo lhe agarrou no pescoço como um brutal gancho e foi puxando com violência para fora da sua vassoura. Uma capa escura rodeando todo seu corpo aos poucos. Distante o corpo da Profa.Sinistra despencou da torre e caiu nos gramados, provavelmente morta.
Harry tentou ver quem o agarrara e agora o estava fazendo se sentir gelado, com uma forte dor na cicatriz e então quando sentiu que não teria forças para se soltar viu Hagrid correndo pelos terrenos, desesperado.
_PEGUE ELES MIRAZ! – ele gritou e um rugido explodiu as suas costas, uma monstruosa labareda de fogo surgiu muito próxima e Harry foi imediatamente solto.
_VOCÊ ESTÁ BEM? - Hermione gritou correndo. Harry olhou para o campo de quadribol e viu duas torres da Sonserina despencando.
_MIRAZ! – Hagrid berrou como Harry jamais vira e o dragão voou em direção aos corpos caindo ferozmente. Os professores e convidados estavam tentando ajudar, jatos sendo lançados por todos os lados.
Quando uma torre da Corvinal também despencou Harry olhou para o campo e no alto havia uma monstruosa nuvem de fumaça negra, que estava se expandindo e cobrindo a visão de todos.
_O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Harry gritou para Hermione.
_NÃO SEI! – ela respondeu – SLUGHORN APANHOU RONY, MAS PERDI ELES NO MEIO DA CONFUSÃO!
_VOLDEMORT ESTÁ AQUI? – Harry trovejou se levantando – ISSO É UM ATAQUE?
_ACHO QUE SIM! – Hermione falou e então Harry viu um Dementador monstruoso surgir as costas dela.
No momento seguinte ela puxou a varinha e Harry foi atingido na nuca, caindo de bruços no gramado, com a visão completamente embaçada.
_EXPECTO PATRONUM! – Hermione berrou mas nada saiu de sua varinha.
Hagrid soltou um berro ao mesmo tempo que outras torres caíam no campo.
Harry tentou se levantar, a cabeça doendo muito agora, como se tivesse sido pisoteado.
O Dementador que atacara Hermione fora afastado por Blarry, que estava com o rosto muito ferido.
Quando Harry conseguiu ficar de pé viu que uma guerra estava acontecendo nos terrenos, assim como há poucos meses atrás. Os terrenos estavam cobertos por pessoas lutando e raios estavam sendo disparados por todos os lados. Professores e bruxos importantes lutando contra Comensais e criaturas desconhecidas.
Harry correu para distante dos dementadores e viu Slughorn lutando, Rony ao seu lado, mancando, mas também lutando.
_HARRY! – ele gritou assim que viu Harry mas Tolkien o agarrou e o levou para longe.
Harry não entendia o que estava havendo apenas viu um Comensal cercar Hermione e a levar para longe.
_SOLTA! – Harry berrou e apontou a varinha para o Comensal – SOLTA! – gritou novamente e sem pensar brandiu sua varinha, um raio estuporante atingiu o Comensal na cabeça e ele caiu para o lado, atordoado.
Hermione correu até Harry no mesmo instante que Miraz foi encurralado por Comensais e Dementadores.
Harry precisava encontrar Rony, e sendo assim pulou por cima do corpo do Comensal que abatera a pouco e no mesmo instante uma rajada de fogo disparou por cima da sua cabeça, os terrenos de Hogwarts ainda preenchidos pelos raios e bruxos lutando.
_MIRAZ! - uma voz gritou distante e Harry se virou, Hagrid estava dando socos no ar tentando atingir os Comensais que atacavam as correntes dele, os Centauros deixaram a Floresta em um grupo gigantesco e imediatamente atacaram os Comensais que estavam lutando contra os mais jovens.
Quando Miraz foi atingido por um raio violento, Harry sentiu que precisava ajudá-lo e então voltou correndo.
_NÃO! - Tolkien gritou em meio as lutas e Harry apenas continuou a correr em direção a Miraz, a cabana de Hagrid explodiu depois de ser atingida por vários raios e ele gritou furioso. - EU DISSE NÃO! - Tolkien trovejou e Harry se virou para olhá-lo em meio a sua corrida, o professor agitou a varinha ferozmente e Harry foi atingido no peito, caindo com uma brutal força no chão. Tentando abrir seus olhos, sentiu alguém lhe chutar perto da cicatriz e tudo ficou escuro.
Estava atravessando vários tuneis agora, todos com chamas brancas que estavam-o rodopiando, faces sombrias por todos os lados, vultos branco-perolados sussurrando coisas e uma corrente fria se tornando cada vez gelada. Quando a rápida viagem terminou caiu em um grande campo, cheio de montanhas distantes, perdidas na noite e uma lagoa, com uma criatura do outro lado, pequena e magra, oculta pela neblina, como um vulto perdido, encarando quem acabara de chegar.
Harry se levantou atordoado e tentou olhar para o vulto de uma forma melhor, mas então um raio vermelho atravessou a escuridão e o atingiu no peito, fazendo-o cair em uma outra viagem, agora por vários túneis escuros e cheios de vozes.
Quando a viagem terminou estava caído, em meio a uma grande escuridão.
Se levantou e tentou olhar para um pequeno foco de luz distante mas apenas enxergou uma grande coluna de fumaça que começava a surgir em meio a escuridão e logo em seguida vagões, muitos vagões, e definitivamente um trem estava se aproximando.
Saindo do caminho do trem viu ele se aproximar, majestoso, verde e cheio de luzes. Estava em uma estação, bancos e pisos brancos por todos os lados, as paredes cobertas por folhas de jornais com manchetes.
Harry notou que o trem parara ali apenas para ele pois ninguém saía e então, quando percebeu que ele estava partindo e que perderia a luz novamente correu até a porta de um dos vagões e adentrou.
Não sabendo se fizera o certo correu até o banco mais próximo e se sentou, quase todos os bancos naquele vagão estavam vazios, e o silêncio era absoluto.
De repente uma porta ao fundo se abriu e um homem alto e magro, com trajes azuis formais e um broche dourado no peito caminhou em sua direção. Os passos dele ecoaram ali como se estivesse em uma grande sala vazia e logo chegou aonde ao seu destino.
_Passagem senhor? - ele perguntou em uma voz grave.
Harry o encarou por um instante e levou suas mãos aos bolsos, sabendo que nada encontraria e temendo qual seria seu destino viu o homem o olhar profundamente e então negou com a cabeça, receoso.
_O senhor não possui uma passagem? - o homem perguntou em voz baixa.
Harry olhou para o broche dele e leu o nome.
_Não Sr.Epicon.
_Eu sugiro que o senhor tente novamente - o homem disse calmo.
Harry levou suas mãos aos bolsos novamente sabendo que isso apenas adiaria a sua expulsão do trem e de repente sentiu algo um pouco amassado em seu bolso direito, aonde havia um rasgo; Puxando para fora viu que se tratava de uma pequena passagem retangular dourada com letras escuras e finas com o seu nome no topo. Olhou para o homem e ele estendeu a mão.
Harry rapidamente entregou a passagem enquanto o Sr.Epicon a guardava e estendia uma outra muito menor, branca e cheia de números.
_Boa viagem Sr.Potter.
_H-Hum, obrigado - Harry disse surpreso.
O homem seguiu em frente partindo para o próximo vagão enquanto o trem voltava a andar.
_Se saiu bem - uma voz suave disse ao seu lado e espantado Harry se virou.
Uma moça, provavelmente da mesma idade que a dele, estava sentada no mesmo banco.
Ela tinha olhos profundamente azuis e era muito pálida, os cabelos vermelhos cacheados e longos caindo por cima dos ombros.
_Me sai bem? – Harry repetiu em voz baixa. – Foi você quem pôs a passagem no meu bolso?
_Naturalmente – a moça falou – Desculpa, mas eu precisava salvar a sua pele. – ela fitou Harry por alguns segundos - Prazer, me chamo Wendy Goldenberg – e ela estendeu a sua mão para cumprimentar.
Harry apertou e disse:
_Harry Potter.
_Como veio parar aqui? – Wendy perguntou aflita.
_Havia uma sombra e ela me lançou um raio vermelho e vim parar aqui.
_É sempre assim – Wendy falou imediatamente – Eu acho que você não tem idéia do lugar aonde acabou de entrar.
_Estamos em um trem em Londres não é? – Harry perguntou começando a ficar preocupado.
_Não mesmo – Wendy negou. – Você pode não acreditar em histórias para crianças, mas já ouviu falar da história do Vale das Sombras?
Harry negou com a cabeça.
_Ou da maldição que existe no túnel?
_Não – Harry negou rapidamente.
_Tudo começa quando você chega até a sombra no lago, ele é o guardião desse lugar. Logo você passa por uma rápida viagem e um trem aparece e te apanha e você é levado para o Vale das Sombras, aonde o tempo não passa e você nunca consegue sair.
_Vale das Sombras? – Harry repetiu assustado.
_Sim, um lugar gigantesco, com cidades e vilarejos, é como se fosse um pequeno mundo, aonde apenas os que estão ali podem ver ou ouvir o que acontece. No mundo lá fora ninguém faz idéia que existe o Vale das Sombras, e ninguém conseguiu sair daqui uma vez que entrou, não desde que a maldição começou.
_Maldição? – Harry perguntou no mesmo instante.
_Não me peça para contar, pois eu não sei, apenas o Ancião sabe realmente tudo sobre isso.
_Mas eu tenho que sair daqui! – Harry disse depressa – Eu não posso ficar preso aqui, meus amigos, Rony e Hermione, eles foram pegos.
_Sinto muito, mas não há como sair daqui, cheguei há apenas uma semana e até hoje, pelo que vi, ninguém tem interesse em romper a Maldição, eles temem o que pode acontecer.
_Sem essa maldição ser quebrada não tem como sair daqui? – Harry indagou preocupado e Wendy apenas negou com a cabeça.
_E como podemos quebrá-la? – Harry disse.
_Apenas o Ancião sabe – Wendy respondeu calma – Daqui duas paradas chegaremos ao vilarejo de Hurdwood, o Ancião mora lá, nós podemos nos encontrar com ele.
_Você estaria disposta a me ajudar a romper essa Maldição?
_Eu acredito que se apenas um tiver a coragem de enfrentá-la todos irão querer.
_Me conte um pouco sobre aqui então – Harry pediu.
_É um lugar, como te disse, cheio de cidades e vilarejos, estou morando em Dozen, um vilarejo pequeno aqui perto, geralmente as pessoas da nossa idade estão lá, e eles parecem dispostos a saber o que é a maldição, o que seria um bom começo!
_É – Harry falou completamente confuso.
Na parada seguinte do trem vários passageiros descerem no que parecia ser um vilarejo muito sombrio e cheio de estátuas prateadas.
_O Vilarejo de Dom Quirram – Wendy falou – É o vilarejo mais assustador e perigoso daqui, muitos nem ousam chegar perto.
_Se é tão perigoso, porque pessoas moram aí?
_As pessoas que moram ai estão no Vale das Sombras há muito tempo, são pessoas que quando encontraram o túnel já estavam velhas e se uniram nesse Vilarejo, Dom Quirram é a pessoa mais velha de todo esse lugar, ele vive isolado em sua casa, a maior desse vilarejo.
Poucos minutos depois, enquanto Wendy ainda contava mais sobre o Vilarejo de Dom Quirram, o trem parou e eles descerem.
Harry estava diante de uma entrada alta e bonita, com duas estátuas de leões no topo de altos pilares, e um arco no meio com os dizeres Vilarejo Hurdwood.
_Eu nunca me encontrei com o Ancião, mas dizem que ele recebe todos, principalmente os interessados na Maldição.
Assim que Wendy e Harry adentraram o vilarejo puderam perceber que era um lugar realmente bonito e simples, haviam lojas com vários enfeites pendurados e as ruas estavam cobertas por folhas, as luzes dos postes iluminando uma praça central, com uma estátua de leão no centro.
As casas estavam espalhadas e eram todas de madeira, com raios de luzes saindo de suas janelas enquanto as árvores pequenas cobriam a entrada de algumas.
_Porque há tantas estátuas de leões aqui? – Harry perguntou quando viraram em uma rua movimentada, aonde haviam lojas por todos os lados, muitos bancos e pessoas comprando.
_Dizem que esse vilarejo foi salvo por um leão há muito tempo, as estátuas são uma homenagem.
Wendy parou de repente em frente a uma loja de doces e olhou para Harry.
_Agora não – Harry falou.
_Não isso – Wendy retorquiu e puxou Harry para dentro da loja cheia de crianças e mulheres – Vamos perguntar se eles sabem aonde podemos encontrar o Ancião.
Wendy e Harry foram até o balcão e a atendente se virou para eles, era uma mulher de cabelos brancos amarrados em um coque simples e roupas rosas e longas, um pequeno colar de ouro com um pingente no pescoço.
_No que posso ajudá-los jovens? – ela perguntou com uma voz suave.
_Queríamos uma informação – Wendy disse e a mulher apenas a olhou.
_Queremos saber aonde o Ancião mora – Harry continuou e a mulher se afastou alguns passos.
_É para falar sobre a maldição? – ela sussurrou para que ninguém mais ouvisse.
_É – Wendy confirmou.
_Sigam até a rua com os arcos e virem a direita, haverá uma outra rua, no meio desta haverá uma casa de madeira com uma porta grande e um escudo pintado no meio, ele estará lá.
_Obrigado – Wendy disse e ao lado de Harry deixou a loja.
A rua dos arcos ficava um pouco distante dali mas não tiveram dificuldade para encontrá-la, seguindo por ela viraram a direita e andaram até encontrar a casa do Ancião, um escudo azul com um leão prateado pintado na porta.
Harry subiu os poucos degraus de madeira que havia e deu dois toques na porta.
A porta se abriu aos poucos e Wendy se aproximou.
_Ancião? – ela perguntou.
_Entrem por favor – uma voz grave e cansada pediu.
Wendy e Harry adentraram a casa e agora estavam em uma sala pequena, com uma lareira ao fundo e estantes com livros por todo lado. Poltronas amarelas e laranjas espalhadas enquanto tapetes cobriam o chão de madeira.
_Não precisam me dizer o que querem – o Ancião falou e Harry se virou para olhá-lo. O Ancião era pequeno, tinha cabelos brancos bagunçados, óculos redondos pequenos e usava vestes roxas, os olhos verdes já não tão brilhantes e as mãos pequenas muito enrugadas.
_Sentem-se por favor – ele pediu – Contarei à vocês como quebrar a Maldição.
PS: Caros leitores, esse capítulo é muito importante por vários motivos. Ele é o primeiro de 2009 e agora ultrapassamos a metade da fic. O mais importante nesse capítulo é o que tenho falado nas últimas vezes, é algo completamente inovador e diferente, eu nunca escrevi algo assim e falo sobre a “sub-história” que vem agora, Harry terá que ajudar Wendy e a todos a saírem do Vale das Sombras e será uma história que deve durar pelos próximos oito capítulos até que tudo aconteça, talvez ele consiga quebrar a maldição, talvez ele saia sem precisar disso, talvez todo o mundo bruxo vá para esse lugar, mas agora, estamos nessa sub-história, algo completamente diferente e interessante, vocês vão gostar de ver tantas coisas novas, é como se fosse o primeiro livro de Harry Potter todo mudado, com novos cenários, pessoas, feitiços, lições, desafios.
Com isso essa fic conseguirá se igualar a Arena das Almas Perdidas e Lenda de Midna em termos de criatividade, espero que vocês gostem desse enorme desafio e principalmente que comentem, a fic precisara de muitos comentários agora em 2009, pois logo chegamos na reta final.
Deixo um feliz ano novo para todos, com muita saúde, dinheiro, liberdade, amor e tudo de bom.
Aguardo os comentários e quando eu os tiver trarei o Cap.17.
Grande abraço.
Fernando Cesar
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