FIRBON E A LUTA DE DOM QUIRRAM
Capítulo Dezessete:
FIRBON E A LUTA DE DOM QUIRRAM
Harry se sentou no sofá mais próximo da onde o Ancião estava e o olhou, Wendy ao seu lado, parecendo curiosa e aflita:
_O vale das sombras foi criado há duzentos anos, por Dom Venerran de Burke. Dom era uma pessoa fria e cruel, que tinha o obssessivo desejo de aprisionar almas e torturá-las. Ele nunca conseguiu isso na realidade, nunca até ele conhecer esse lugar e cair aqui durante uma noite de guerra, rapidamente ele simplesmente ficou surpreso com um mundo tão misterioso e encantando e decidiu vir para cá testar seu desejo. - o Ancião parou por um instante e respirou fundo – Isso ele conseguiu. Foi uma poderosa e grande maldição, vindas daqueles que participavam de rituais mágicos malignos há muito tempo e em poucos dias todo o lugar estava amaldiçoado. Assim que todos os bruxos que moravam aqui descobriram que seria por toda a eternidade mataram Dom Venerran furiosos.
Desesperados, um dos bruxos que aqui morava descobriu a maldição e que apenas uma poção poderia quebrá-la, mas que era uma das mais perigosas e difíceis de todas, a Poção do Renascer. – Harry e Wendy se enteolharam por um instante – Quatro ingredientes meus jovens – o Ancião apanhou um charuto e o ascendeu – O sangue de Firbon, a cobra, um raro ingrediente perdido na mansão de Dom Quirram, uma pedra com um líquido único que está na caverna dos Grimberg e um osso de DomVenerran, provavelmente em seu túmulo. Unidos, esses ingredientes quebrariam a tão poderosa maldição e todos ficariam livres.
_E porque ninguém nunca tentou? – Harry perguntou abruptamente – Duzentos anos e ninguém nunca tentou reunir os ingredientes, mesmo sabendo aonde estavam.
_Muitos tentaram – o Ancião respondeu calmo – Mas ninguém conseguiu, os ingredientes devem ser pegos na seqüência e ninguém nunca conseguiu matar Firbon.
_Firbon? – Wendy repetiu parecendo assustada. – Eu ouvi falar algo sobre ela, mas as pessoas tem medo de mencionar.
_Exatamente – o Ancião concordou – Há anos recebo jovens como vocês que sonham sair daqui e então nunca mais os vejo – Wendy engoliu seco – Já contei essa história dos ingredientes centenas de vezes.
_Nos conte sobre Firbon – Harry pediu fitando o Ancião - Por favor.
_Quando Dom Venerran descobriu O Vale dos Jardins Verdes, o antigo nome daqui, ele imediatamente voltou para casa, recolheu alguns pertences que estimava e trouxe junto com si um animal que o ajudaria no seu plano. Naquela época as cobras eram muito populares por sua periculosidade e assim trouxe uma realmente grande e venenosa, que ele batizou de Firbon.
Firbon está viva até hoje, vivendo em uma caverna perto do vilarejo de Dom Quirram, o seu sangue é realmente raro e funcionara na poção apenas se ela estiver morta, o que ninguém nunca conseguiu.
_É um basilisco? – Harry indagou.
_Não – o Ancião negou no mesmo instante – E caso vocês estejam realmente interessados na Maldição acho que seria importante lhes contar uma outra história – Wendy e Harry acenaram positivamente com a cabeça – Apenas um bruxo quase derrotou Firbon e ele se chamava Weckle. Ele é conhecido até hoje, mas morreu ao enfrentar a cobra, deixando apenas um dragão, o mesmo dragão que ele usou na sua luta, e que está até hoje na porta da caverna esperando alguém corajoso e forte o bastante para derrotar Firbon.
O mesmo dragão está sob cuidados de Cody, um rapaz da mesma idade de vocês, que também acredita que alguém corajoso está para vir.
_Porque o guerreiro não conseguiu matar a cobra?
_Ele errou em dois momentos – o Ancião fumou um pouco e continuou – O primeiro erro foi ter ido sozinho para a luta, a sua arrogância o cegou. Segundo e muito pior, ele enfrentou Firbon sem saber como matá-la.
_E o senhor sabe como isso acontece?
_Naturalmente – o Ancião respondeu no mesmo instante – Há um ponto muito fraco no corpo de Firbon, ela foi atingida perto da boca por um bruxo que possuía uma espada enfeitiçada, em contato com a magia existente nesta espada ela foi presa por um veneno e então seu corpo ficou frágil nessa área. Firbon será morta apenas se a atingirem nessa área, a mais escura e frágil de todo seu corpo, e então poderão apanhar o sangue.
_Podemos usar o dragão? – Harry perguntou se levantando.
_Cody estará a sua espera.
Harry ohou para Wendy ainda sentada.
_Você tem certeza que quer fazer isso – ela perguntou - Uma cobra tão perigosa, e ainda mais a noite.
_Não posso perder tempo aqui – Harry respondeu caminhando até a porta. – Você, eu e Cody lutaremos contra essa cobra.
_Caso consigam – o Ancião disse nada confiante – O próximo passo será o ingrediente no porão de Dom Quirram, ele é um Vampiro e tentara atacar vocês, mas ao mostrarem para ele o sangue de Firbon perdera totalmente suas forças.
_Certo – Harry falou abrindo a porta – Muito obrigado. – e deixou a casa, Wendy logo atrás, amedrontada. – Você sabe como chegar lá? – Harry perguntou a ela.
_Eu estive nos portões do Vilarejo de Dom Quirram uma vez, o Ancião disse que a caverna fica próxima, não deve ser difícil encontrar.
_Então pronto – Harry disse pegando o braço de Wendy. – Me leve até lá. – no instante seguinte uma grande nuvem de fumaça surgiu e Harry sentiu o chão desaparecer, barulho de trilhos e de vagões por todos os lados. Rapidamente caiu em um lugar escuro e frio, haviam dois portões assombrosos, escuros e enferrujados, com estátuas altas e escuras nas pontas.
_Por aqui – Wendy falou parecendo querer sair daquele lugar o mais rápido possível.
Harry a seguiu por um caminho que descia cada vez mais para um lugar escuro, aonde haviam duas árvores altas e parecia haver algo escondido atrás delas, uma pequena fogueira acesa.
Quando Harry se aproximou, quase correndo, alguém se levantou ao lado da fogueira e um relampejo disparou pelo ar.
Harry sacudiu sua varinha e imediatamente uma barreira formou a sua frente desviando o raio.
_QUEM É? – o bruxo que levantara gritou.
Harry se aproximou ainda mais depressa.
_Você é Cody? – perguntou depressa.
_Sim – o bruxo respondeu em voz alta.
Cody tinha cabelos curtos e defintivamente a mesma idade de Harry, os olhos eram muito azuis, a pele muito pálida e uma expressão triste no rosto.
_Como sabe meu nome? – ele perguntou calmo.
_O Ancião nos disse – Wendy falou se aproximando. – Aonde está o dragão? – ela perguntou olhando ao redor.
_Ali – Cody respondeu apontando para um buraco em meio as duas árvores – Bem no começo da caverna.
Harry correu até o buraco.
_O que pensam que vão fazer? – Cody perguntou surpreso, seguindo Harry.
_Matar a cobra – Harry respondeu e sua voz ecoou para dentro da caverna.
_Agora?! – Cody retorquiu enquanto Wendy se juntava a eles.
_Você não está aqui a espera de alguém para fazer isso? – Harry perguntou e Cody apenas assentiu com a cabeça. – Você vem conosco.
_Vocês tem um plano pelo menos? – Cody perguntou angustiado.
_Eu vou distrair a cobra voando no dragão – Harry começou – Você e Wendy atacarão a área debaixo da boca, usem os feitiços mais fortes que puderem. Com sorte e boa pontaria conseguirão derrubá-la com um único golpe.
_Você sabe montar em dragões? – Cody perguntou enquanto eles adentravam a escuridão da caverna. Harry lhe desviou um olhar e pulou algumas rochas. Atrás delas, deitado e dormindo estava um dragão velho, muito bonito ainda, com longas asas douradas e olhos escuros e assustadores.
_DE PÉ BILLY, TEMOS ALGO PARA ESSA NOITE.
Ao mesmo tempo que Billy se levantava Harry sacou sua varinha e pulou das rochas, correndo em direção ao dragão.
Wendy e Cody sacaram suas varinhas e um sibilado surgiu distante, vindo da perigosa cobra.
Harry pulou nas costas de Billy e ele abriu as asas, mergulhando na escuridão para um buraco profundo e sem fim.
O coração de Harry estava disparado agora, e se sentiu como se estivesse correndo atrás do mais importante pomo de ouro da sua vida.
Assim que Billy se virou para a direita eles adentraram um buraco gigantesco enquanto Wendy e Cody chegavam as pressas.
Harry saltou os olhos quando Firbon ficou de pé, muito maior que um basilisco enquanto a língua bifurcada sacudia no ar perigosamente.
Harry agitou sua varinha voando próximo da cabeça da cobra e disparou um jato que explodiu nas rochas acima e muitas delas caíram por todos os lados.
A cobra, verde e feroz deu uma bocada na direção de Harry e Billy foi atingido em uma das asas.
Harry despencou até o chão e batendo as costas e o pescoço nas rochas viu tudo ficar embaçado. Elevando sua varinha disparou um último jato que quase atingiu a cobra perto dos olhos e então tudo ficou escuro.
_Harry! – uma voz gritou e parecia que muito tempo havia passado. Harry abriu os olhos no mesmo instante que uma grande pancada aconteceu, a caverna tremendo muito por alguns instantes.
_MATAMOS! – Wendy gritou e Harry viu um borrão surgiur a sua frente – Você está bem? – ela perguntou.
_O quê...o quê... – Harry disse enquanto se levantava – O que aconteceu?
_Você lançou um feitiço com uma cor estranha que pareceu deixar a cobra zonza, ela ficou distraída e atingimos a área enfeitiçada.
_Ela morreu? – Harry pergutou enquanto sua visão ainda voltava a normalidade e Cody apenas apontou para algo do seu lado.
Harry viu a cobra caída nas rochas, o sangue por todos os lados.
_Infelizmente Billy também se foi, estava muito velho e o desejo de Weckle era que ele partisse assim que se sentisse preparado, ou seja, após a morte de Firbon.
_Precisamos pegar o sangue – Wendy falou – Mas não há nada para guardamos.
_Há! – Cody disse retirando um frasco de um dos bolsos das suas vestes de frio. – Eu guardo isso desde que tenho doze anos.
Enquanto Wendy apanhava o sangue Cody acariciou Billy uma última vez e eles se voltaram para a saída.
_Tem uma escada aqui – Cody disse indo até um beco com uma longa escada no final – Mas temos que sair logo pois a caverna será fechada para todo sempre após a morte de Firbon.
Em passos largos Harry, Wendy e Cody deixaram a caverna e apagando a fogueira caminharam para longe da entrada.
_Harry Potter – Harry se apresentou a Cody.
_Cody McGregor – disse Cody apertando a mão de Harry.
_Temos que enfrentar Dom Quirram agora – Wendy disse guardando o frasco em uma bolsa que carregava.
_Com certeza vai ser muito pior do que enfrentar essa cobra, Dom Quirram é o mais perigoso e poderoso bruxo daqui. – Cody falou enquanto caminhavam para os portões do Vilarejo acima.
Em poucos e rápidos passos chegaram ao destino. Os portões estavam trancados e dali Harry viu apenas chamas distantes, no topo de tochas altas.
_Apanhem suas varinhas – Harry pediu se afastando do portão imediatamente – Precisaremos lutar.
_O que você vai fazer?! – Wendy perguntou preocupada.
_Harry agitou sua varinha e gritou: - EXPELLIARMUS! – um raio de fogo disparou da sua varinha e explodindo nos portões os escancararam enquanto eles eram cobertos pelas chamas.
Dois bruxos vieram correndo pelo caminho de entrada.
_CUIDADO, ELES SÃO VAMPIROS! – Cody gritou e antes que Harry pudesse se afastar um jato disparou tão perto da sua orelha que a sentiu queimar por instantes. – TODOS AQUI SÃO! – Cody berrou e Harry brandiu sua varinha tão ferozmente que tudo ao redor estourou em cacos por todos os lados.
Os dois vampiros foram atirados para longe e caíram atordoados.
_Que espécie de bruxo você é? – Wendy perguntou caída no chão.
_O tipo de bruxo que possue o orvalho de Midna – Harry respondeu correndo pelos caminhos escuros, uma grande praça mais a frente, aonde vampiros encapuzados estavam por todos os lados, fazendo um ritual sombrio com tochas altas para iluminar – VAMOS LUTAR! – Harry berrou e todos se viraram para ele surpresos, imediatamente pulou em cima de um banco e agitou sua varinha disparando raios estuporantes por todos os lados. Dois vampiros caíram na fonte central da praça e dali não saíram mais, Cody lutava realmente bem, era tão ágil quanto Harry, mas a pontaria nem era tão boa.
Wendy parecia querer lutar contra os mais fortes e lutava bravamente, mesmo parecendo frágil.
_AQUI! – Cody berrou depois de chutar um vampiro para longe e Harry viu que ele estava apontando para um monstruosa e longa ponte de madeira que levava para algo perdido na escuridão, um castelo cheio de torres altas e imponentes. – VAMOS! – e ele disparou pela ponte, três vampiros correndo logo atrás.
_ACTION PERINA! – Harry gritou e um dos vampiros foi atingido nas costas, tombando e caindo para fora da ponte.
_FILIPENDO! – Wendy berrou e um jato laranja disparou da sua varinha tão velozmente que Harry apenas viu um borrão cruzando o ar. – Sou boa nesse feitiço – ela disse quando Harry a olhou surpresa.
_ESTUPEFAÇA! – Cody berrou em meio a ponte e o terceiro vampiro também despencou da ponte, desaparecendo na escuridão logo abaixo.
Agora Harry ao lado de Cody e Wendy estava correndo pela ponte, enquanto ela balançava perigosamente e então uma luz estava surgindo em meio à neblina que escondia o castelo.
_Dom Quirram não vai permitir nossa entrada – Wendy disse assim que chegaram diante dos grandes portões de entrada.
_Eu vou até o fim! – Harry gritou e apontando a varinha para o centro das portas berrou: - EFFIGY! – dois jatos dourados dispararam da sua varinha e ao atingirem as portas criaram dois buracos enormes que foram se abrindo silenciosamente, corroendo a madeira.
_Tenho que aprender um desses – Cody disse antes de adentrarem o castelo.
Tudo ali era silencioso, haviam escadas por todos os lados e tapetes vermelhos, estátuas de ouro nos lugares mais escondidos e ao fundo um grande vidro com a figura de um bruxo de cabelos negros longos e vermelhos, os olhos escuros quase ocultos por uma cartola, as mãos pálidas segurando uma varinha fina e negra.
_A ousadia leva a morte – uma voz fria disse em meio ao silêncio e no mesmo instante o vidro se estilhaçou enquanto a figura do mesmo bruxo que estivera nela surgia.
_PROCUREM O INGREDIENTE! – Harry gritou – CUIDAREI DELE!
_NÃO MESMO! – o Vampiro berrou e Dom Quirram sacudiu sua varinha, todas as portas se fecharam depois disso.
_ABRAM TUDO! – Harry gritou correndo em meio ao salão gigantesco.
_COMO OUSA! – Dom Quirram berrou e ele agitou a varinha lançando um monstruoso jato vermelho.
_EXTREMUS PROTEGO! – Harry arriscou e imediatamente a face de Tolkien surgiu em sua cabeça, espantado com algo que acabara de acontecer. Da ponta da sua varinha surgiu um unicórnio branco perolado que engoliu o jato de Quirram e desapareceu em uma coluna de fumaça.
Dom Quirram desapareceu no momento seguinte.
_NÃO SE ESCONDA! – Harry gritou e sua voz ecoou pelo salão – ME DISSERAM QUE VOCÊ É O MAIS FORTE POR AQUI, MAS LÁ FORA ENFRENTEI BRUXOS MUITO PIORES QUE VOCÊ!
_NINGUÉM É PIOR QUE MIM! – Quirram trovejou e Harry sentiu uma língua de fogo lhe agarrar pelo pescoço e como um gancho o puxar para a escadaria principal. – Ninguém! – Quirram disse surgindo do nada e ficando centímetros de Harry, o cheiro de sangue por todos os lados agora, a cartola quase caindo da sua cabeça e os olhos negros fitando os verdes de Harry. – Você está morto! – ele abriu a boca e os dentes grandes e afiados surgiram.
_NÃO! – Harry berrou e apontou a sua varinha para a barriga de Quirram. - CRUCIO! – Dom Quirram foi atirado para longe, agoniando por alguns segundos.
_ISSO NÃO ACABOU! – ele berrou se levantando – AVADA KEDAVRA!
_AVADA KEDAVRA! – Harry também berrou e explodindo tudo ao redor os dois jatos verdes dispararam pelo ar se confrontando no centro do salão. Uma gigantesca explosão aconteceu e uma coluna de fumaça cobriu tudo.
Harry sentiu algo lhe agarrar os braços e tudo desapareceu.
Sentindo seus olhos arderem um ar gelado rodeou seu corpo e então olhou para frente, Dom Quirram o estava segurando pelas vestes no topo da mais alta torre do castelo.
_ADEUS – ele disse friamente. Harry olhou para baixo e viu que o chão desaparecia na escuridão.
Sentindo a mão de Dom Quirram soltar as suas vestes caiu por alguns segundos enquanto apontava a sua varinha para a figura alta dele e gritava:
_MOBILLICORPUS! – sentindo um grande puxão no braço Dom Quirram foi atirado da torre, caindo para a escuridão também.
Harry olhou ao redor e viu Wendy na janela de uma outra torre. Ela agitou a varinha e um veloz jato laranja atingiu Dom Quirram fazendo-o adormecer durante a queda, estaria morto assim que chegasse ao chão.
_HARRY! – Cody berrou e Harry sentiu algo lhe puxar pelas costas. Olhando para cima viu um pássaro negro o levar para longe, até a janela de Wendy.
_ACHEI! – ela gritou e a porta se escancarou no mesmo instante, Cody adentrou todo coberto por manchas escuras, como se tivesse passado por um fogaréu.
_AQUI ESTÁ O OUTRO! – ele disse e puxou das vestes um saquinho vermelho com um pó roxo dentro.
_Vamos juntar – Wendy disse retirando um saquinho dourado com um pó verde e o colocando dentro de um pequeno vaso transparente que havia ali. Cody juntou o seu pó e imediatamente uma luz forte surgiu, vermelha e azul, daonde um pó acinzentando foi formado.
Wendy apanhou o frasco e o guardou nas suas vestes.
_Obrigada Carl – ela falou ao pássaro negro que estava do outro lado da torre, silencioso.
_Como saímos daqui? – Harry perguntou agitado – Quirram deve estar morto agora.
_Aparatando – Wendy respondeu – Esse castelo é o único lugar do vilarejo em que pode-se aparatar, mas eu não sei como sair daqui, é preciso ser muito bom nisso.
_Eu consigo – Cody falou quase sorrindo. – Peguem meu braço. – Harry e Wendy fizeram isso no mesmo instante e tudo ao redor desapareceu em borrões escuros e sombrios.
Caindo em uma sala cheia de luzes e sofás elegantes, Harry pensou que por um momento haviam chegado a torre de Grifinória.
_Wendy! – um bruxo disse descendo uma escada de madeira – Você demorou! Ficamos preocupados.
_Desculpa – Wendy disse enquanto mais um bruxo e uma bruxa desciam pela escada. – Esse é Harry Potter – ela disse e os três bruxos o olharam surpresos – Ele vai ficar aqui está noite.
Wendy contou a Harry que eles haviam chegado ao vilarejo Dozen, aonde a maioria das pessoas vivendo ali eram da mesma idade da deles. Ela morava em uma casa juntamente com mais quatro bruxas e quatro bruxos. Todos haviam ficados surpresos por Harry estar lutando para fazer a poção e imediatamente se prontificaram a ajudar, mas logo Harry achou que envolver mais pessoas em algo tão perigoso não era justo.
Após mostrarem os frascos com o sangue de Firbon e o ingrediente raro escondido no castelo de Dom Quirram eles ficaram boquiabertos e muito entusiasmados.
_Então podemos realmente sair daqui? – uma bruxa de cabelos vermelhos e olhos escuros falou animada.
_Sim – Cody falou sorrindo – Harry derrotou Dom Quirram agora há pouco.
Harry contou a luta que tivera contra Dom Quirram e sempre que narrava algum lançamento de feitiços todos saltavam os olhos.
_...e então Wendy o acertou com um Filipendo e um pássaro negro me salvou.
_Carl – Wendy falou – Ele pertencia ao Dom Quirram, mas eu sempre soube que não era tão mal quanto os que ali viviam.
_Amanhã vamos até a caverna dos Grimberg – Cody falou guardando o sangue de Firbon.
_Podem vir atrás de nós, não é arriscado dormir aqui? – Harry perguntou enquanto Wendy guardava o frasco com o pó acinzentado.
_Aqui é seguro – um bruxo loiro, de olhos saltados disse depressa – Tem uma cama sobrando no meu quarto e do Pier, o Tomy vai vigiar a fronteira essa noite – ele disse para Wendy - Harry pode ficar com nós lá. Cody pode ir com o Fooks e o Boudrin.
_Certo – Cody disse no mesmo instante que Wendy se levantou.
_Eu sei que estou aqui há pouco tempo, mas eu conheci pessoas que estão aqui há anos, e poder dar a saída para todos será algo maravilhoso.
_A situação lá fora é perigosa – Harry disse – Todos devem se lembrar da morte de Cedrico Diggory e quem o matou – alguns assentiram com a cabeça – A guerra está acontecendo de forma feroz, e se temos que lutar aqui para sairmos algum dia, lá fora teremos que lutar por muitos mais para sobreviver. – Harry caminhou pela sala bem iluminada e aconchegante – Dom Quirram não foi difícil perto do que já enfrentei aqui fora e ouvi que ele era o mais forte daqui, podem ter certeza que enfrentarão criaturas e bruxos com poderes quase ilimitados – Harry olhou de Wendy para Cody. – Eu lhes darei proteção até aonde conseguir.
_Eu não entendo – Cody falou – Porque você é tão poderoso.
_Eu bebi o orvalho de Midna – Harry respondeu – Explicarei à vocês antes da noite terminar.
O Vale das Sombras era um lugar cruel e feroz, amaldiçoado por Dom Venerran e alimentado por sua sede de aprisionar almas.
Harry poderia livrar todos com a poção do Renascer, mas o que estava acontecendo fora dali, depois da luta que começara durante o jogo de Quadribol, era algo muito pior e talvez, sem nenhuma volta.
PS: Espero que tenham gostado, desculpa pela demora e na quarta-feira temos o Cap.18. COMENTEM por favor, grande abraço e muito obrigado por lerem!
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