A CAVERNA DOS GRIMBERG



Capítulo Dezoito:

A CAVERNA DOS GRIMBERG


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_A caverna dos Grimberg é o lugar mais obscuro e afastado daqui – Wendy disse ao lado de Cody e Harry caminhando para fora do vilarejo Dozen. – Eu não sei como chegar lá – ela fez uma pausa e olhou para Harry – Eu nunca fui realmente boa com aparatações, eu estava melhorando ates de vir para cá.
_Eu consigo chegar – Cody disse no mesmo instante – Não em frente a caverna, mas há alguns poucos metros.
_Melhor que nada – Harry disse enquanto Cody estendia seu braço direito.
Wendy e Harry o tocaram e imediatamente colunas de fumaças surgiram enquanto tudo rodopiava e ouvindo vozes animadas caíram em um lugar escuro, cheio de folhas pelo chão e muitas árvores secas por todos os lados.
_A caverna fica logo em frente, meu avó meu contou como chegar lá. - a medida que o caminho vinha surgindo na escuridão Harry se sentia como muito próximo da Floresta Proibida. – Meu avó me disse que os Grimberg foram uma das primeiras famílias a ficarem presas aqui no Vale e que um deles lançou o feitiço final contra Dom Venerram, furioso por ele ter pego uma jóia da família para realizar a sua maldição.
_A pedra que teremos que procurar? – Harry perguntou em meio ao silêncio.
_Sim – Cody afirmou. – Os Grimberg eram conhecidos por seus mistérios e esquisitices, mas haviam herdado muitas jóias antigas e por isso despertavam o interesse de invejosos. – Cody parou por um instante e puxou sua varinha – Lumus! – anunciou e com a ponta da sua varinha acesa caminhou sozinho até alguns mais a frente – Podem vir – ele disse quase sorrindo – Achei a entrada.
Iluminados por suas varinhas, Harry e Wendy caminharam até um local com uma rocha negra alta coberta por algo verde escuro e se entreolharam. – É aqui – Cody murmurou – Mas não sei como entrar, o buraco está fechado.
_Acho que isso aconteceu com o tempo, não devem vir aqui há anos – Wendy disse se aproximando e vendo a rocha de perto.
_Cody – Harry falou iluminando as rochas – Os Grimberg eram vampiros?
Cody encarou Harry por alguns segundos, seus olhos azuis ainda mais claros com a luz da sua varinha e um pouco surpreso respondeu:
_Sim.
_Wendy – Harry se virou para ela – Você sabe curar cortes?
_O que pensa em fazer? - ela perguntou aflita. Harry a fitou por alguns instantes, esperando a resposta. – Claro que sei, minha mãe me ensinou, foi o primeiro feitiço que aprendi.
Harry levou sua varinha até seu braço e produziu um corte pequeno e linear.
_Mas?! – Cody exclamou chocado.
Harry correu a mão no sangue que estava caindo e passou em um lugar esverdeado da rocha.
_Wendy – disse logo em seguida. Wendy sacudiu a sua varinha sussurrando palavras estranhas e com uma forte dor o braço de Harry quase adormeceu enquanto o corte desaparecia.
_É dolorido – Wendy disse assim que terminou – Mas funciona.
Harry levou a sua varinha até o local manchado de sangue e fez a figura de uma cicatriz.
Cody e Wendy se entreolharam por um instante.
Assim que a figura foi completada um raio de luz disparou do centro dela e com imenso barulho a rocha foi se abrindo.
_Espere! – Wendy disse abruptamente ficando frente a frente com Harry. Ela empurrou os cabelos de Harry para o lado e encarou a cicatriz. – Oh céus, por isso você é tão bom, você foi aquele que derrotou o Você-Sabe-Quem! Eu não me dei conta no começo, estou aqui há duas semanas e as vezes as pessoas vão perdendo a memória do que aconteceu lá fora.
_Harry Potter – Cody repetiu em um sussurro – Sim, você está certa, foi ele quem venceu Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
_Porque não nos disse antes?! – Wendy retorquiu surpresa.
_Pensei que vocês se lembrassem – Harry falou se virando para a entrada agora revelada. – Os Grimberg eram, assim como todos os vampiros, (e nesse momento a figura de Tolkien surgiu a sua mente) ruins. Ao mesmo tempo que a cicatriz é a minha ligação com Voldemort – Cody e Wendy ficaram aterrorizados nesse momento – é também a minha proteção, por ter a força que minha mão deixou quando foi assassinada. Com a minha cicatriz eu posso combater as trevas e sendo os Grimberg pessoas malignas, e vampiros, o meu sangue iria contra tudo o que eles pregavam.
_Eles sempre falavam sobre individualismo – Cody disse segurando sua varinha firme – Teremos que enfrentar desafios sozinhos – e ele olhou para Wendy rapidamente – Muitas lendas cercam essa caverna, as piores talvez, mas teremos que lutar por si em alguns momentos.
Cody caminhou para dentro da caverna e ali aguardou silencioso,
_Pior do que a Arena das Almas Perdidas não pode ser – Harry disse adentrando a caverna, Wendy logo as suas costas.
Caminhando apenas com a luz da varinha, Cody, que estava bem a frente, parou em um determinado momento, encarando algo com uma expressão assombrosa.
Assim que Harry se juntou a ele viu que havia um gigantesco buraco mais a frente, aonde uma aranha monstruosa dormia, tão grande quanto Aragogue.
_Rony morreria ao ver isso – murmurou para si.
_É o primeiro desafio – Wendy disse – Há uma porta logo ao fundo, mas ela está deitada bem em frente e se tentarmos passar ela pode nos matar.
_Eu cuidarei dela – Cody falou apreensivo – Esperem aqui, provavelmente esse será o meu desafio.
Cody desceu por uma pequena escada feita de pedras até o fundo do enorme buraco e no mesmo instante a aranha acordou.
Harry e Wendy se afastaram, se escondendo por detrás de uma rocha.
Rapidamente a aranha se colocou de pé e Cody correu para o lado contrário.
Houve um relampejo de luz vermelha e então Harry tentou espiar por um dos lados da rocha.
Cody atingira a Aranha mas levara uma pancada forte no peito também.
_CRUCIO! – ele gritou e a Maldição apenas fez a aranha se afastar por alguns instantes. – CRUCIO! – ele tentou novamente e dessa vez o feitiço apenas deslizou pelas pernas da criatura.
Quando a aranha avançou contra Cody ele projetou uma barreira quase transparente e ela foi repelida por alguns segundos.
Sendo atingido mais duas vezes Wendy ameaçou ir para a luta mas então Cody lançou um jato que atingiu a aranha bem no rosto, ela tombou por alguns segundos, mas logo se levantou.
Harry olhou por cima da rocha no exato momento que caiu para trás, juntamente com um novo tombo da aranha, Cody usara um feitiço meio esverdeado que a atingira em cheio e imediatamente ela caira.
_Você está bem?! – Wendy perguntou descendo as escadas com pressa.
_Sim – Cody respondeu cansado – Foi difícil, ela era muito resistente,
Harry correu até a porta no fundo e a abriu, havia um corredor cheio de pedras agora.
Wendy e Cody seguiram por esse estreito e úmido corredor até chegarem a um local cheio de estátuas de criaturas horrendas, todas parecendo prontas para atacar. Havia uma bifurcação também, enquanto pelo chão estavam vários saquinhos sujos.
_O que será isso? – Harry perguntou ao ver que havia um grande frasco em meio a bifurcação.
_Eu sei o que é – Wendy falou quase na saída do corredor – Talvez um desafio feito por Madame Barafin, uma das mais perversas da família Grimberg. Ela costumava criar as poções para os rituais.
_E a bifurcação – Cody disse preocupado – Como vamos saber o caminho certo.
_Existem duas estátuas – Wendy falou – Que são iguais – e ela apontou para as duas estátuas mais escondidas dali, a de dois Pargos magros. – Uma poção terá de ser feita, assim que isso acontecer os Pargos ganharão vida e apenas um mostrara o caminho certo. – Wendy parou por um momento – Pargos não podem com luz, apenas o verdadeiro fugira dela quando a ver, se escolhermos o Pargo errado ele definhara diante da luz e perderemos a chance de saber o caminho certo.
_Você sabe fazer essa poção? – Harry perguntou ansioso.
_Acho que sim – Wendy respondeu – Talvez demore um pouco para os ingredientes serem achados – e ela olhou para as centenas de saquinhos pelo chão – Mas eu tentarei fazer o mais rápido possível.

Durante a próxima hora Wendy encontrou os ingredientes e rapidamente trabalhou no frasco deixado ao fundo. Após vários longos minutos terminou e deu um toque com a sua varinha, a poção estava feita, e era prateada, muito brilhante e até bonita.
_Vamos aplicar nos Pargos – Wendy falou levitando o frasco.
_Eles não vão atacar? – Cody perguntou.
_Não – Wendy respondeu – Não são petrificações de verdadeiros, apenas estátuas. O desafio aqui é saber encontrar os ingredientes certos em meio há tantos, fazer a poção dentro dos horários corretos e principalmente não errar na escolha do Pargo.
Wendy levitou o frasco até um dos Pargos e deixou que um pouco da poção caísse sob a cabeça dele. O Pargo ganhou vida imediatamente, olhando ao redor assustado. Após acordar o outro Pargo Wendy colou o frasco no chão e pediu que Harry e Cody lhe ajudassem.
_Apenas um mostrara o caminho certo – ela disse enquanto olhava de um Pargo para o outro.
_São completamete iguais! – Cody exclamou.
_Sim – Harry disse.
Por quase vinte minutos Harry, Cody e Wendy olharam para tudo ali na busca a uma pista que pudesse lhes ajudar de alguma forma e apenas depois desse tempo, um deles teve a resposta.
_Já sei! – Harry falou animado – Reparem que todas as estátuas estão olhando para a entrada da direita, como se ela fosse a correta. Mas isso é apenas uma jogada, o que Madame Barafin queria era dizer que o Pargo correto era justamente o da direita.
Cody e Wendy se entreolharam por alguns segundos.
_Estamos nesse desafio há quase duas horas e talvez isso seja realmente a resposta certa – Wendy disse elevando sua varinha para o Pargo da esquerda e fechando os olhos. – Espero que seja isso mesmo. Lumus! – um jato de luz disparou da sua varinha e atingiu o Pargo. Ele não mostrou reação nenhuma no começo, mas então começou a se petrificar até que explodiu em pedaços, caindo em pó no chão.
_Certeiro! - Cody exclamou. – Nos mostre o caminho certo – falou para o outro Pargo e ele imediatamente saltou até a saída da direita.
_Realmente uma boa jogada – Wendy falou – Ela queria nos confundir.
Wendy, Cody e Harry caminharam até a saída da esquerda e logo se viram em um novo corredor muito mais longo, úmido, gelado e sombrio do que o anterior.
_Estou ouvindo barulho de água – Cody murmurou depois de um tempo.
_Claro que não – Wendy desaprovou – Acho muito difícil ter água aqui dentro.
Harry, que estava a frente, elevou sua varinha e viu que algo grandioso estava muito próximo.
_A saída – disse e então correu até ela.
Assim que Cody e Wendy também deixaram o corredor eles olharam ao redor.
Eles estavam em um lugar gigantesco, aonde haviam dez pequenos barcos e um lago que desaparecia no escuro.
_Vamos – Harry continuou indo até um dos barcos – Teremos que seguir sozinhos até depois da escuridão, procurem ficar juntos, não podemos nos perder aqui.
Wendy e Cody apanharam outros dois barcos.
_Tenham cuidado com a água – Harry pediu um pouco mais a frente – Podem haver criaturas.
_Tenho certeza que há – Cody disse – Já vi várias sombras desde que cheguei aqui.
O caminho em direção a escuridão foi muito mais longo do que parecia, silenciosos e atentos para não se perderem, Harry atravessou a escuridão, e sentindo muito frio chegou ao outro lado da caverna. Havia uma entrada logo em frente, que parecia assustadora.
_Tudo bem? – perguntou a Wendy e Cody assim que eles chegaram.
_Não foi tão aterrador –Wendy disse indo até o caminho – Provavelmente o seu desafio Harry – ela disse indo mais a frente.
Assim que atravessaram a entrada chegaram a um lugar pequeno, cheio de caveiras cravadas nas paredes e uma porta ao fundo, com um buraco no meio dela, linear e muito fino.
_O que deve acontecer? – Cody perguntou.
_Só há caveiras aqui – Harry falou – Quando eu tentar atravessar a porta elas deixarão as paredes e me atacarão, como é um lugar pequeno não terei muita saída e logo serei encurralado, e então só depois de matar todas conseguirei passar. – Harry olhou para Cody e Wendy um momento – Se afastem, pode ser perigoso.
Harry atravessou a pequena sala e atento caminhou até a velha porta ao fundo,
levando sua mão na maçaneta a empurrou e no mesmo instante uma grito ensurdecedor surgiu no alto, da escuridão.
Uma caveira de fogo monstruosa, muito maior do que a aranha que Cody enfrentara surgiu dessa escuridão e despencou bem na frente de Harry.
As paredes se sacudiram no mesmo instante que as caveiras ganharam vida, queimando em brasa.
Harry agitou sua varinha e gritou:
_EFFIGY! – um raio atingiu uma das caveiras a fazendo despedaçar e imediatamente as outras soltaram gritos ensurdecedores. – EFIGGY! – enunciou novamente e atingindo outra ela caiu. No momento seguinte a esse ataque Harry sentiu algo lhe atingir na cabeça com uma forte pancada e então foi arremessado longe, a gigante caveira o atingira ferozmente.
Ainda caído apontou a sua varinha para a caveira gigante e disparou uma língua de fogo que a prendeu no pé fazendo-a tombar, várias outras caveiras sendo estilhaçadas com isso.
Quando a caveira gigante tombou Harry percebeu que ela tinha um osso que era mais escuro e brilhante que os outros, um osso que se encaixava no buraco existente na porta.
Agitado Harry apontou sua varinha e a sacudindo, berrou: - EXTREMUS PROTEGO! – a face de Tolkien surgiu em sua cabeça rapidamente. Um unicórnio branco-perolado disparou da sua varinha e lhe rodeando protegeu dos ataques.
_EFFIGY! EFFIGY! EFFIGY! – gritou contra outras caveiras e então quando a gigante se levantou novamente apontou a varinha para o pequeno e aparentemente frágil osso negro e berrou em meio ao fogaré: – EFFIGY! – o jato dourado cortou o ar de forma veloz e atingiu bruscamente a caveira no osso negro. Ela gritou ao mesmo tempo que tudo ao redor foi explodindo, o unicórnio foi dissipado e todas as caveiras de fogo explodiram em pó, a gigante tombou mais uma vez e em uma chuva se desintegrou.
Restava apenas algo no meio da pequena sala, o osso negro, ainda resistente do feitiço e brilhando muito mais agora.
Harry correu até ele e o apanhou, além de áspero estava muito quente. Indo até a porta colocou-o no buraco que havia e imediatamente a porta explodiu em chamas, havia uma sala grande depois dessa, com apenas uma tocha e um pequeno pilar. A tocha iluminava uma pedra azul que estava sob o pilar, exatamente em cima de uma almofada dourada.
_Chegamos – Cody disse adentrando a sala. Harry correu até a pedra, apagou a tocha e apanhou o objeto raro.
Correndo para fora da escura sala mostrou para Cody e Wendy.
_Porque você apagou a tocha? – Wendy perguntou.
_No escuro ninguém pode nos ver – e guardou a pedra em um dos seus bolsos – Nunca se sabe não é, pode ter alguém.
Cody riu antes de dizer:
_Não podemos aparatar daqui, teremos que fazer o caminho de volta.
Durante vários minutos Harry fez todo o caminho que percorrera até encontrar a saída e assim que deixaram a caverna, as pedras na entrada que haviam sido destruídas voltaram ao seu lugar de origem e como se ninguém tivesse passado por ali eles caminharam para aonde haviam aparatado.
_Resta apenas um – Wendy disse – E agora é o que mais temo.
Cody e Harry se entreolharam.
_O túmulo de Dom Venerram – disseram juntos.
_E aonde fica? – Wendy perguntou em voz baixa.
_Eu não sei – Cody respondeu.
Harry deu-se de ombros.
Wendy olhou ao redor e apagou a sua varinha.
_Vamos ter que voltar até o Ancião – ela falou. – Como fomos lá ontem, eu acho que consigo aparatar ainda.
_O vilarejo dele permite? – Cody indagou inseguro.
_Aparataremos em frente. – Wendy respondeu estendendo o seu braço esquerdo.
Harry notou que aparatar com Wendy era completamente diferente de aparatar com Cody, a viagem dela era muto mais trêmula, cheia de ruídos estranhos, pancadas fortes e muito mais longe, infelizmente,
_Desculpem – ela disse assim que caíram em frente ao portão do vilarejo. – Pelo menos chegamos.
_Tudo bem – Harry falou se levantando, indo até o portão e adentrando.
Passando em frente as lojas cheias de luzes eles caminharam até a rua aonde o Ancião morava e lá seguiram para a porta de entrada.
Cody deu dois toques e a mesma voz que atendera Harry e Wendy no dia anterior disse:
_Podem entrar.
Cody abriu a porta e quando Harry e Wendy adentraram viram ele cumprimentando o Ancião de forma entusiasmada.
_Estamos mais perto do que nunca! – ele disse animado com os olhos quase úmidos – Depois de dois anos poderei sair daqui professor!
_Isso é certo? – o Ancião perguntou olhando para Harry e Wendy chocado – Firbon está morta? Dom Quirram vencido? A caverna dos Grimberg selada?
_Sim – Harry respondeu no mesmo instante – Resta apenas o túmulo de Venerram.
_Mas isso é fantástico! – o Ancião exclamou elevando as suas mãos enrugadas – Em anos essa é a primeira vez que vejo jovens conseguirem o que tanto desejam, e fico ainda mais feliz de saber que finalmente poderei revelar a alguém aonde está o túmulo de Dom Venerram.
_Quer dizer que ninguém sabe ainda? – Wendy perguntou.
_Não – o Ancião respondeu – Apenas eu. A maldição impedia que alguém soubesse, apenas se tivesse passado por todos os outros desafios.
_Então eu acho que esse é o momento – Harry falou fitando o Ancião – Aonde está o túmulo de Dom Venerram? – perguntou ansioso.
Houve um momento de silêncio enquanto o Ancião caminhava até um pequeno armário verde e apanha um pergaminho enrolado.
Ele sacou uma varinha velha das vestes e estendeu o pergaminho sob uma mesinha redonda.
Sussurando palavras em uma língua que Harry jamais ouvira o pergaminho revelou uma mancha vermelha e logo em seguida a figura de um bruxo alto, magro e com longos cabelos negros, os olhos pretos fitados em algo que está em suas mãos, a pedra azul que Harry pegara na caverna.
_Revele isto Venerram. – o Ancião disse e de repente um mapa surgiu, simples e com apenas um caminho, mas cheio de nomes, em longas tumbas. O Ancião encarou o mapa e deslizando o seu dedo mais murcho e feio por ele olhou para Harry com os olhos saltados, brilhantes e apenas disse: - Na Ladeira da Morte.
_Ladeira da Morte? – Harry repetiu no mesmo instante.
_Esse lugar realmente existe? – Cody perguntou – Ouvi falarem desse lugar uma vez na loja do Sr.Moskri, mas parecia apenas um conto sombrio, naturalmente jamais imaginei que pudesse ser real.
_Se existe um lugar aonde ninguém nunca pisou desde que a maldição foi lançada, foi na Ladeira da Morte.
_Desculpa, mas o que vem a ser a Ladeira da Morte? – Wendy perguntou séria.
_É um lugar que fica após a floresta de Gareth Lewis, e que ninguém nunca conseguiu ver antes. Existem tumbas lá, de outros bruxos que morreram, era um cemitério antes de Venerram chegar aqui, ele mandou construírem a floresta e fez uma maldição que impedisse que pudessem atravessá-la.
_Então como vamos chegar até lá? – Cody perguntou preocupado.
O Ancião olhou de Wendy para Harry e depois Cody.
_Eu os levarei até lá – e ele caminhou até uma pequena caixa retangular e fina, aonde a abriu e retirou uma varinha fina e longa, realmente nova – Despistarei qualquer um que surgir, não importando quem, e enquanto isso vocês atravessarão os portões.
Harry assentiu com a cabeça.
_Será uma aparatação difícil – o Ancião continuou – Mas penso que ainda sou bom nisso – ele disse enquanto guardava a varinha que acabara de apanhar – Peguem – pediu estendendo o braço esquerdo.
Assim que todos tocaram o braço do Ancião aparataram em uma velocidade impressionante enquanto borrões de diversas cores corriam muito próximos. A viagem aconteceu velozmente até que uma forte pancada atingiu a todos e eles caíram até o chão abruptamente, e então houve um grito de dor e uma voz berrou:
_FUJAM! FUJAM ATÉ OS PORTÕES! – Harry se virou e viu que Cody e Wendy estavam correndo, estavam em uma floresta agora.
_VEM HARRY! – Wendy pediu correndo. Harry ouviu um grito atrás e ao se virar viu a figura do Ancião cambaleante, lutando contra duas criaturas com olhos vermelhos.
_VÁ! – o Ancião gritou antes de disparar uma rajada de fogo contra as criaturas.
Harry, Cody e Wendy atravessaram as árvores até chegarem a uma entrada cheia de pedras brancas e dois pilares altos e imponentes, com duas estátuas nas pontas e um portão enferrujado ao centro.
Em cima havia um arco com a palavra “Cemitério” no meio.
_É aqui – Cody disse indo até o portão e enunciando: - Alorromora! – o cadeado que prendia o portão se abriu com um rangido rápido e caiuno chão. – Vamos.
_Varinhas em mãos - Harry disse e imediatamente Wendy puxou a sua. Aquele lugar era tão escuro quantos os outros, mas tudo era muito branco também, desde as estátuas de bruxos sob seus túmulos até as lápides com datas e nomes.
_Deve estar mais para o fundo – Harry disse andando em meio as estátuas altas. Aquele cemitério parecia muito com o que havia dentro da Arena, inclusive tão assustador quanto.
O chão era coberto por folhas, e as árvores estavam realmente secas.
A cada passo o cemitério ficava mais gelado e escuro e assim que as estátuas começaram a se tornar mais altas e de aparência mais sombria Harry percebeu que Wendy e Cody haviam desaparecido.
_Talvez o último túmulo – pensou consigo iluminando o caminho cada vez mais estreito e assustador.
_Tome cuidado – uma voz murmurou muito próxima e de repente Harry se virou, ali estava uma alma flutuando, como se fosse um dos fantasmas de Hogwarts, uma pá nas mãos e os pés balançando rápido no ar, o rosto todo ferido e as roupas todas largas.
_Quem é você?! – Harry perguntou apontando a sua varinha para o fantasma que logo saiu da direção dela.
_O coveiro – o fantasma respondeu – Não aponte isso para mim! – ele trovejou – O que você quer aqui?!
_O túmulo de Dom Venerran! – Harry respondeu firmemente.
_NÃO MESMO! – o coveiro gritou antes de atirar a sua pá contra Harry. – VOCÊ JAMAIS VAI CONSEGUIR O QUE PROCURA!
_ISSO NÃO DEPENDE DE VOCÊ! – Harry gritou dando as costas para o fantasma e disparando: - ESTUPEFAÇA! – o bruxo que estava projetando o fantasma foi atingido no peito e caiu atordoado.
Harry se aproximou dele e lançando cordas o amarrou em uma estátua próxima.
_Falta muito pouco agora – disse antes de avistar Cody e Wendy se aproximarem, silenciosos.



PS: Caros leitores, eu só queria dizer algo sobre o feitiço Effigy, que é muito usado nesse capítulo.
Effigy foi um dos primeiros feitiços que criei, e uso ele desde a Arena das Almas Perdidas, o Effigy é um feitiço dourado que estupora, mas tem realmente o poder de definhar coisas, ou seja, se bem lançado ele faz a dor aumentar com o tempo. Ele é muito bom para quebrar ou definhar coisas, e contra bruxos ele tem esse efeito cada vez mais perigoso, além do grande impacto inicial.
Agora sobre o capítulo, eu adorei escrever pois foi muito legal pra mim, as cenas e tal. Sobre o Ancião no próximo capítulo vocês ficarão sabendo se ele morreu ou não, eu gostei muito desse personagem.
Sobre Wendy e Cody podem ter certeza que assim como o Tolkien ele ficara na história até o fim e serão muito importantes.
Adorei os dois, e me identifiquei com o jeito do Cody, adoro escrever as falas dele.
No começo do capítulo coloquei uma foto dos atores em que me inspirei para criar eles para vocês terem uma idéia de como eles são.
Sexta-feira teremos o Cap.19 e será um capítulo muito bonito, cheio de grandes emoções.
Mas agora eu realmente preciso que vocês comentem, eu tenho contado com os ótimos comentários do caro James, mas eu necessito que mais pessoas comentem, é muito importante para a fic e para mim, para me estimular a escrever capítulos ainda melhores.
Se puderem votem também, para aumentarmos a média da fic.
Deixo um grande abraço e estou a espera dos comentários, muito obrigado por lerem e ainda mais aos que comentarem.


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