A pedra do amor
Capítulo 29 – A pedra do amor
Lily adorava as borboletas que a luminária produzia. Ficava encantada, olhando-as girarem a sua volta.
- Dorme Lily! Papai precisa falar com o Tio Rony e com a Tia Mione... – Lily parecia não entender minhas palavras, pois seus olhinhos castanhos esverdeados estavam bem arregalados.
Eu caminhava de um lado para o outro naquele quarto, embalava Lily e ela continuava muito atenta. Gina não gostava que eu a embalasse... Dizia que a deixaria baldosa. Lembro que, quando Tiago nasceu, sempre o embalava para dormir; o dia que não o embalei, ele abriu o maior berreiro, só queria colo. Se não fosse o choro do filho, tenho que certeza que Gina teria me azarado. Depois disso, parei de embalá-los, mas não resistia, ainda mais, quando queria que dormissem logo.
Rony, Hermione e Gina me esperavam na sala. Tínhamos muito que conversar. Hermione havia feito algumas descobertas sobre a pedra do amor e algo sobre os poderes de Gina. Eu e Gina havíamos achado a pedra, que estava muito bem guardada no escritório.
Quando Gina pegou a pedra, ela ganhou uma tonalidade vermelho vivo e o quarto ficou todo iluminado, quando eu peguei a pedra, ela ganhou uma tonalidade arroxeada, depois rosada e laranja. Precisei largá-la logo, pois aprecia que queimava em minhas mãos. Gina mencionou que o calor dá pedra não a incomodou.
- Lílian Luna Potter! Você vai dormir ou não? – Lily sorriu para mim. – Lily, por favor, coopera com o papai!!!
- Hei... – Os cabelos vermelhos de Rony apareceram na porta. – Hugo já dormiu há horas...
- A coisa tá difícil aqui! – Exclamei.
- Já tentou a poção do sono?? – Rony falou calmamente admirando as borboletas.
- Rony!! Você já usou em Hugo e Rose? – perguntei olhando para Lily. – Gina me mata!
- Claro que não! Mas já fiquei tentado várias vezes... – Rony falou. – Gina e Hermione estão lá em baixo, desce com a Lily!
Olhei para aquele rostinho lindo e suspirei.
- Vou tentar mais um pouco... – Rony não falou nada, sorriu e me deixou sozinho novamente com Lily.
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- Finalmente ela dormiu! – Exclamei assim que cheguei à sala e me joguei no sofá ao lado de Gina. – Ela me deu um baile!
- Lily não dorme tão fácil quando os meninos... – Gina se acomodou em meus braços. – Lily é manhosa, cheia de vontades... Ela me dá mais trabalho que Tiago e Alvo nessa idade.
- Harry, sinto muito, mas você vai ter trabalho com a Lily! – Rony falou como se fosse expert no assunto.
- Trabalho? Como? – Falei inocente na história.
- Meninas, Harry, meninas... São diferentes de meninos. Você tem que ensinar o Tiago e o Alvo a protegê-la, eu só tenho o Hugo... – Rony lamentou enquanto Hermione fazia careta. – Mas não se preocupe eu vou lhe ajudar... Sou mais experiente com meninas.
- Não dá bola para ele, Harry. Rony exagera... Rose só tem três anos ele já tá sofrendo por antecipação... – Hermione comentou.
- Sofrendo por quê? – Perguntei.
- Namorados... – Rony falou como se sofresse. – Namorados.
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- Ah!? – Gina começou a rir. – Rony, por favor... Não coloca idéias na cabeça do Harry. Ele ainda não se deu conta disso!
- Eu... Lily, não vai namorar! – Falei revoltado. – Imagina, a minha menininha com outro... Nem pensar! Meu bebê! Ela vai ser sempre meu bebê...
Hermione e Gina começaram a rir. Esse assunto não era engraçado. Era preocupante. Como elas não se preocupavam?!
- Ok! Mas as meninas ainda são pequenas... – Hermione beijou Rony. – Vocês terão tempo para se preocupar com isso! Mas agora vamos falar de coisas sérias!
- Hermione, minha filha e minha sobrinha namorarem é sério sim! – Rony olhou para mim e eu concordei com a cabeça. – Mas eu estou curioso para saber o que você descobriu... E a pedra Harry, você e Gina acharam? Onde está?
- Sim, eu e Gina achamos a pedra. Estava dentro da luminária de borboletas do quarto da Lily... – Falei. – Estava bem perto da gente esse tempo todo! Agora está guardada em uma caixa enfeitiçada, só eu e Gina podemos abri-la...
- É uma pedra vermelha brilhante, dependendo de quem a toca ela muda de cor... Para o Harry ela ficou tão quente que quase o queimou! – Gina falou. – Vou buscar a pedra para vocês verem.
Gina foi até o escritório buscar a pedra. Eu fiquei pensando em Lily namorar... “Mas que coisa absurda, ela é um bebê, vai sempre ser um bebê...”. Fiz uma careta só de pensar em Lily namorando... Imagina!
- Aqui está! – Gina mostrou a pedra. Hermione a pegou e ela ficou rosada e brilhante. Depois passou para Rony, a pedra também ficou quente, mas não mudou de cor. Rony a devolveu logo para caixa. Gina a deixou em cima da mesa de centro.
- Ela é linda... – Hermione falou pensativa e logo se voltou para nós. – A cor que ela fica quando pegamos de certa forma demonstra o poder que a pessoa que a pegou tem... Mas antes de falar da pedra... – Ela se voltou para a Gina. – Preciso esclarecer sobre os poderes da Gina!
- Hermione, para de enrolar e fala logo. Estou curioso! – Rony falou impaciente.
- Calma Rony. Isso é bem complexo... Tem muita coisa que estou entendendo melhor agora... – Hermione adquiriu aquele ar professoral que ela assume toda vez que quer explicar algo. – Vocês se lembram da herança magia? Dumbledore nos falou a primeira vez que fomos falar com ele... – Nós três assentimos com a cabeça e Hermione continuou. – Gi, Harry vocês não falaram mais dos poderes do Tiago, estão aumentando não?
- Sim Mione... O levamos ao medibruxo infantil e ele aumentou a dose da poção para controlar a magia espontânea, e eu e Harry estamos ensinando ele a controlar... Mas o medibruxo infantil nos avisou que cada vez vai aumentar mais e a poção não vai fazer efeito depois que ele tiver sete anos, então ele terá que ser instruído, treinado... . – Gina fez uma pausa. – Mas Tiago já está conseguindo controlar o uso da magia...
- Quando o Alvo ficou doente, o medibruxo falou que podia ser também uma espécie de manifestação de magia. – Falei, lembrando do que o curandeiro falou. – Ele não manifestou magia ainda, mas o medibruxo já comentou que ele é mais sensível à magia que as outras crianças.
- Como? – Rony perguntou.
- Ele sente manifestações mágicas... Ele ficou extremamente sensível, por isso a mudança de comportamento depois que Lily nasceu. Ele sentiu a tensão que eu e Harry passamos durante a gravidez da Lily, por isso o ciúme, ele a culpa inconscientemente pelo nosso sofrimento. – Gina esclareceu. - Se ele for exposto à magia das trevas, pode ser muito perigoso... – Esse era o nosso maior medo, pois sua vida estaria em risco.
- Talvez tenha a ver com o nosso contato com os horcruxes. – Hermione comentou. – Quer dizer, eu tenho certeza... Dumbledore havia falado sobre isso... O contato com a magia poderosa das horcruxes fez as habilidades que nos já tínhamos serem acentuadas. No caso do Harry, ele teve muito contato com magia das trevas... Alvo, de certa forma, herdou isso!
- Hum... Mas Gina não teve contato com as horcruxes? – Questionei.
- Teve sim! Primeiro, com o diário de Tom Riddle e depois com você. – Hermione comentou.
- Ah... O diário... – Gina ficou incomodada, ela não gostava de se lembrar daquele ano.
- Harry, você também foi usado como uma horcruxe e quando vocês... – Hermione ficou vermelha e Gina sorriu. – Sabe, ah,... Vocês me entenderam... Gina teve contato com as horcruxe sim, até mais do que eu e Rony...
- Aff... – Rony fez uma careta ao entender o que Hermione se referia. - Mas Mione, você disse que nossas habilidades foram acentuadas quando tivemos contato com as horcruxes... Como assim? – Rony falou.
- Rony, você sempre foi bom em duelos, você se dá muito bem em atividades práticas, em ações em campo... – Hermione comentou. – Eu, eu sempre gostei de estudar, mas sei que consigo entender as coisas muito mais o que os outros, memorizo tudo que leio... Harry, você é bom em várias coisas e entende muito de magia, lembra do Torneio Tribruxo? Você não foi escolhido à toa, seus sentidos são bem aguçados... E a Gina, sempre foi uma boa aluna, mas é extremamente habilidosa em poções, feitiços, transfiguração e outras coisas... E, eu sei que os dois... – Ela olhou para mim e Gina. – Que vocês podem fazer magia sem usar a varinha... Tiago, Alvo e Lily herdaram essas habilidades que irão se manifestar de diferentes formas. Rose e Hugo também herdaram. Rose é bem mais esperta que qualquer criança de três anos... Meus pais já comentaram isso e eu me fiz de desentendida. Quanto ao Hugo, ainda não sabemos...
- Mas o que isso tem a ver com os poderes de Gina e a pedra do amor? – Rony perguntou. – Acho que preciso de um whisky de fogo! – Ele se levantou e foi se servir.
- Eu também quero! – Falei para Rony. – É Mione, o que tem a ver?
- Calma... Tem a herança... Gina passou isso para eles, provavelmente, mais para a Lily do que para os meninos... Mas isso ainda não sabemos, Lily é um bebê, ela ainda não demonstrou nada que chamasse a atenção? – Hermione, vendo a nossa negativa, continuou. – Os poderes da sétima filha são enormes, ainda mais quando se teve contato com uma magia poderosa, como as horcruxes... Gina pode fazer qualquer feitiço sem usar a varinha, poder ler e comandar a mente das pessoas sem usar nenhum feitiço e pode evocar os poderes da natureza... – Vendo nossa cara de espanto, ela deu um sorriso e continuou. – Pode provocar uma grande tempestade, pode comandar o vento, a água, o fogo, a terra... Você só não foi treinada para isso... E com a pedra do amor em suas mãos, o poder que ela possui... Gina, você se tornou uma bruxa extremamente poderosa!
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Minha mulher é uma bruxa poderosa. Muito mais do que imaginávamos. Um sorriso brota nos meus lábios. Olha para o lado, Gina está acordada. Sei que toda a conversa com a Hermione deve estar fervilhando na sua cabeça, como está na minha.
- Harry... Tá acordado? – Gina senta na cama. – Eu não consigo dormir!
- Eu também não! – Também me sento e busco Gina para se acomodar em meu peito. – Está pensando em tudo que na Hermione nos disse...
- Sim... Harry, como eu posso ter tanto poder... – Gina deu um longo suspiro. – Porque isso sempre acontece conosco?
- Deve ser porque eu não sou um bruxo qualquer... O eleito, o-menino-que-sobreviveu... Não se casaria com uma bruxa qualquer! – Tentei fazer graça da situação, Gina riu, mas logo voltou a ficar séria.
- Eu tenho medo! Eu sempre soube que podia fazer coisas que os outros bruxos não faziam... Mas sempre tive medo de não conseguir controlar...
- Gi... Hermione disse que pode lhe ajudar a desenvolvê-los, controlá-los... Mas você nunca manifestou nenhum deles... – Falei, dei-me por conta que Gina sempre foi uma bruxa habilidosa, mas nunca demonstrou nenhum dos poderes que Hermione mencionou.
- Mais ou menos... Quando eu era criança... – Gina fez uma pausa, entendi que ela iria me contar algo que nunca havia mencionado. – Eu costumava obrigar o Rony a brincar comigo quando ele não queria. Teve uma vez, que fomos à casa da Tia Muriel para um piquenique, e eu não queria ir, então desejei que chovesse muito... E choveu... Aconteciam outras coisas, eu sempre falava para a mamãe e o papai que tinha sido um dos meninos e eles acreditavam...
- Gina...
- Harry... Eu sei... Depois eu comecei a me policiar para não fazer mais isso... Fiquei com medo do que podia fazer quando Tom Riddle me usou para abrir a Câmara, achei que estava sendo castigada... – Gina suspirou. – Mas nem sempre eu conseguia. Eu fiquei com tanta raiva quando vi você com a Cho quando estávamos na Armada Dumbledore que... – Gina ficou vermelha. – Meio que obriguei o Miguel a ficar comigo, depois acabei ficando com ele por que eu me senti culpada, ele gostava de mim. Digamos que o seu namoro com a Cho não deu certo porque não tinha que dar, mas eu ajudei para que isso acontecesse mais rápido, também obriguei os gêmeos a me contarem que você havia emprestado o ouro para eles abrirem à loja...
- Gi... – Beijei os cabelos dela. – Tá tudo bem... Mas porque você não me contou isso antes?
- Harry... Eu, não sei, sempre achei que isso era errado, que não devia fazer. Depois, eu me programei para esquecer que meus poderes existiam... Depois ficou tudo calmo, a gente ficou junto, estava tudo bem... Confesso que tentei algumas vezes manipular você... Quando você terminou comigo... – Gina me olhou. – Mas com você eu nunca consegui...
- Gi... Está tudo bem... Isso não é errado, você era criança... – Tentei acalmá-la, mas ela chorava compulsivamente. – Olha, eu também fiz coisas que não foram certas... Mas já passou. Hermione disse que vai lhe ajudar com os poderes para você saber mais, saber como usá-los.
- Harry... Eu sei que se umas das crianças estiverem em risco, meus poderes vão vir à tona... Eu preciso saber usá-los para poder defendê-los! – Gina ficou olhando para o nada por uns segundos. – Quando houve a batalha em Hogwarts, eu sabia que era uma batalha sua... Algo me dizia que não devia interferir nas suas decisões, só tinha que lhe apoiar. Estar por perto... Mas agora é diferente... Essa batalha também é minha!
- Gina, não vai acontecer como da outra vez. – Nem gostava de me lembrar daquele dia. - Você vai saber como usar esses poderes. Eu sei que sim! – Procurei passar toda a confiança que eu sentia para ela. – Gina... Também tem a pedra, pelo que Hermione falou, só você pode usá-la...
- Eu e qualquer mãe para defender os seus filhos... Como a sua! Hermione, minha mãe se precisar... Mas os poderes da sétima filha junto com os poderes da pedra do amor são enormes... A pedra é um instrumento que as mães usam para proteger seus filhos... Por amor a um filho, uma mãe é capaz de tudo... – Gina sorriu ao terminar sua explicação. – A pedra só pode ser usada quando uma criança inocente estiver sendo ameaçada... Por isso sua mãe poderia tê-la usado para lhe defender de Voldemort, acredito que ela não teve tempo Harry...
- Sei... Minha mãe fez tudo para me proteger Gina, eu sei que ela tentou tudo... – Senti meus olhos molhados, respirei fundo e engoli aquela emoção que sempre me invadia quando lembrava de minha mãe. Respirei fundo. - Será que esse povo que está com o Herdeiro sabe disso? Da pedra do amor, dos seus poderes... Aquele dia, em Hogsmead, eles não tentaram nada porque você estava junto, mas no parque eles tentaram levar o Tiago e você sentiu que ele estava em perigo?
- Também pensei nisso Harry... Sobre a pedra, eu não sei, poucos bruxos sabem sobre ela. Durante um tempo, muitas mães a usavam para proteger seus filhos, mas depois esse costume foi se perdendo. As pedras foram destruídas, pois alguns bruxos mal intencionados começaram a usá-la de forma errada, ela tem alguns poderes de cura. Agora existem poucas pedras espalhadas pelo mundo... – Gina fez uma pausa. – E sobre os poderes da sétima filha, isso sempre existiu. Sempre houve esse mito sobre os poderes da sétima. Toda a comunidade bruxa sabe que eu sou a sétima filha, única mulher em sete gerações de uma família bruxa puro sangue. Até os trouxas tem lendas sobre a sétima filha... Eles devem saber sim, devem ter estudado sobre os poderes da sétima filha... Bessy me conhecia da escola, sabia quem eu era...
- Hum... Mas Gina... Você não é a única sétima filha? – Perguntei.
- Harry... Mas somos poucas, eu não me lembro de conhecer outra sétima filha... – Gina se soltou dos meus braços e ficou de frente para mim. – Amor! Uma vez na escola... Não lembro a situação, mas defendi a Luna de alguns sonserinos, usei um feitiço que não havíamos aprendido ainda, que não seria ensinado na escola nunca... Bessy, depois desse dia, ficava sempre me observando e me perguntou se eu sabia o quão poderosa eu era... Nunca dei bola para isso, mas agora...
- Eles sabem... Por isso não agiram ainda... Mas eles estão esperando o quê?!
- Harry... Talvez o Herdeiro, Theodore, seja só uma desculpa, um bode expiatório... Afinal nos sabemos que o Herdeiro não iria se transformar em um grande bruxo das trevas em pouco mais de um ano! Também existe a possibilidade dele não ser o filho de Voldemort... – Gina me olhou. – Tem alguém bem mais poderoso por trás disso... Alguém que já tinha um plano bem arquitetado há muito tempo e foi muito paciente para saber a hora de agir...
- Bessy!?!? Será!
- O que aconteceu com ela depois da guerra, ela não voltou para a escola... Nós sabemos o que todo mundo sabe sobre a família dela... Quem investigou? A Ordem ou os Aurores?? – Gina me questionou. Seus olhos brilhavam. Gina era realmente maravilhosa.
- Eu e Rony cuidaremos pessoalmente disso... – Falei, dando-lhe um beijo e a puxando de novo para perto de mim. – Sabe, o Ministério perdeu uma grande auror.
- Eu nunca quis ser auror... – Gina riu. A nuvem de preocupação em seu olhar já havia se dissipado. – Mas eu ainda estou sem sono...
- Acho que posso resolver isso! - Eu comecei a rir...
Foi um dia longo, cheio de novidades, merecíamos alguns momentos de tranqüilidade. Busquei seus lábios para um beijo apaixonado.
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Como era o costume, todos os domingos íamos almoçar na Toca. A Sra. Weasley ficava realmente furiosa se faltássemos algum domingo sem um motivo que ela considerasse realmente importante para justificar a ausência. O único que tinha esse privilégio era Carlinhos, por morar na Romênia. Mas os outros Weasley estavam pontualmente domingo na Toca.
Porém, esse era um domingo atípico, George não veio por causa de Angelina que estava grávida de seis meses, a gravidez dela era muito arriscada, ela estava de repouso absoluto. Mas mandou Freddy. Gui e Fleur também não vieram, pois ela já estava para dar a luz ao terceiro filho do casal, mas também mandaram Victorie e Dominique. Percy mandou uma coruja dizendo que as gêmeas estavam resfriadas, portanto ele e a família não viriam também.
- Rony, precisamos investigar melhor a Bessy. – Comentei, enquanto observávamos as crianças brincando no pátio da Toca. – Mas fica só entre nós. Gina acha que ela sabe sobre os poderes da sétima filha... – Contei para ele tudo que Gina me falou.
- Pode ser. Gina tem razão... – Rony ficou pensativo. – A pedra está bem guardada Harry? Quem mais sabe sobre ela?
- Hum... Só nós... – Falei, esse era um segredo nosso. – E é melhor continuar assim. Não acho bom que nem a Ordem saiba sobre a pedra e nem sobre os poderes de Gina... Desconfio de todo mundo... Enquanto conseguirmos manter isso só entre a gente melhor!
Rony concordou e saiu correndo para apartar uma pequena briga por causa de uma vassoura entre Dominique e Freddy, que viviam brigando.
- Harry... – Gina me chamou. – Dá uma olhada na Lily, estou ajudando a mamãe na cozinha e ela está chorando, acho que tem que trocar a fralda!
- Claro, já vou! – Entrei na casa e fui direto para o antigo quarto de Gina. Agora havia um berço ali, vários brinquedos e era onde as crianças menores normalmente ficavam quando estávamos na Toca.
Quando me aproximei do quarto, ouvi uma voz infantil, era Alvo que estava ali. Procurei não fazer barulho, não queria que ele se assustasse.
- Lily... Mamãe já vem... – Alvo fazia carinho no rostinho de Lily através das grades do berço. – Ela sempre vem quando a gente chora...
Fiquei encostado na porta. Lily não chorava mais, parecia entender o que o irmão falava. Alvo limpava as lágrimas do rosto dela...
- Você é minha irmãzinha... Tenho que cuidar de você quando papai e mamãe não estão... – Alvo continuava a fazer carinho nela e ela estava quietinha, tentava colocar o dedo na boca do irmão. Era difícil Lily ficar quieta. – Eu gosto de você!
Eu ri baixinho. Gina diria que era o instinto protetor dos Potter´s, mas Alvo estava entendendo que Lily não era uma ameaça a ele. Ele estava se acostumando com a presença dela em casa, já não estava mais com tanto ciúmes.
Tudo bem, Lily já estava com três meses, e todo receio que tínhamos em relação a ela, devido à gravidez e ao parto delicado de Gina, já havia passado (apesar do medibruxo infantil dizer que Lily estava ótima e que estávamos exagerando). Gina já se sentia segura em deixá-la com Monstro, as mamadas já estavam mais espaçadas e ela pode voltar a acompanhar Alvo nas aulas de natação (antes era eu que levava os dois), voltou a levá-los a creche e ficava mais tempo com eles, principalmente, com Alvo, depois do jantar.
- Alvo... Hei! Que bom filho, você fez a Lily parar de chorar! – Passei a mão em seus cabelos, que eram naturalmente desarrumados como os meus. – Você é bom, Lily está bem quietinha.
Alvo sorriu meio encabulado. Peguei Lily e fui trocar suas fraldas. Alvo ficou comigo, observando tudo que fazia.
- Papai... Eu gosto da Lily, antes não gostava, mas agora eu gosto, ela ri para mim... – Alvo falou, quando saímos do quarto.
- Que bom filho... – Parei, estava com Lily no colo e me abaixei para ficar na altura dele. – Alvo... Lily também gosta muito de você!
Ele deu um beijo na testa dela e eu também beijei a testa dele. Alvo saiu correndo.
- Alvo... Não corre! – Falei, mas tenho certeza que ele não ouviu, pois já estava longe. – Hei... Lindinha, você conquistou o seu irmão...
Lily sorriu para mim e começou a fazer aqueles barulhinhos que os bebês fazem, como se quisesse falar. Seus olhos castanhos esverdeados estavam mais verdes, já havia reparado que toda vez que ela sorria eles ficavam mais verdes. Gina disse que quando ela estava bem, feliz seus olhos ficavam mais esverdeados, era o nosso termômetro para saber o humor de Lily.
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Em meados de maio, nasceu Louis Willian Weasley, o terceiro filho de Gui e Fleur. Um típico Weasley, se Dominique e Victorie eram parecidas com a mãe veela, Louis era o oposto. Mais um bebê na família. Nessas horas, sempre me lembrava de Fred, sua ausência ainda era sentida, mas a chegada dos novos Weasleys a amenizava.
Olhei para o porta-retrato em cima da minha mesa na sala do Departamento de Aurores: Alvo, Tiago e Lily, quando a levamos para a casa. Peguei o porta-retrato do lado: Gina vestida de noiva. Minha mente vagou para o dia do nosso casamento, para a nossa lua de mel na Itália.
Depois que as coisas se acalmassem, Lily estivesse maior, iria viajar com Gina novamente. Somente os dois, a última vez que ficamos alguns dias sozinhos foi quando fomos para Paris há alguns anos, bem antes de Gina engravidar de Lily e da história do Herdeiro começar a ficar mais complicada. Com a situação nesse estado, Gina não viajaria de jeito nenhum. Eu também não me sentiria seguro em me afastar das crianças. Também, só em pensar em ficar longe deles me dava um aperto no coração. Talvez devêssemos pensar em uma lua de mel a cinco.
Meu casamento era maravilhoso. Gina era maravilhosa. As crianças eram incríveis. Não me imaginava tendo outra vida. A cada dia me apaixonava mais e mais pela minha mulher, pela minha família!
Gina me surpreendia sempre, nunca deixou nosso casamento cair em uma rotina. Nosso casamento teve períodos tensos, o mais complicado foi durante a gravidez de Lily. Gina ficou muito sensível, insegura e um tanto possessiva com os filhos e comigo. Mas agora já havia passado. Também, todos os problemas com o Herdeiro, essas ameaças contribuíram para a estabilidade emocional de Gina, que já estava abalada por causa dos hormônios da gravidez.
Agora, essas informações sobre os poderes da sétima filha, a pedra do amor... Isso a deixava vulnerável. Mas, ela estava reagindo de uma forma muito determinada. Estava comprometida em estudar e entender seus poderes e estava praticando, para conseguir controlá-los e usá-los, com a ajuda de Hermione. E, me pediu para treiná-la em duelos.
Estranhei o seu pedido. Mas não iria negá-lo. Sabia que Gina queria estar preparada para qualquer eventualidade. Tinha esperança que ela não precisasse usá-los.
Nossos treinamentos eram maravilhosos. Treinávamos quase sempre depois que as crianças dormiam, no porão do Largo Grimmauld. O bom era como terminávamos os treinos. Gina era muito boa em duelo, e com o meu treinamento (sou um ótimo treinador, modéstia a parte) ela estava cada vez melhor.
- Harry... Vamos? – Rony me fez voltar à realidade.
Levantei-me, vesti minha capa da auror e saímos da sala. Tínhamos conseguindo algumas informações sobre Bessy Macffyn e iríamos checar.
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Depois da morte de Voldemort, Bessy não havia voltado para e escola, sua família durante a guerra havia perdido todo o sua fortuna e prestigio, seu pai havia morrido alguns meses antes, sua mãe morreu ainda quando ela era menina. Seus dois irmãos mais velhos morreram naquele dia fatídico em Hogwarts.
Ela ficou sozinha e sem dinheiro. A única salvação foi recorrer a uma tia (que havia sido excluída da família por ter se casado com um trouxa), mas ela não se adaptou ao estilo sem magia de vida, já que a tia vivia como trouxa. A tia morreu em circunstâncias estranhas para os trouxas e deixou pouca coisa para Bessy, mas o suficiente para se sustentar por um ou dois anos no mundo trouxa e para pensar na sua volta ao mundo dos bruxos.
- É aqui! – Rony falou olhando para o pedaço de papel na mão.
Estávamos na Londres trouxa, um beco sujo em frente a um bar de péssima reputação.
- Vamos entrar... – Falei abrindo a porta. O lugar era escuro, com fumaça de cigarro, pessoas gritando, muitos bêbados caídos nas mesas. Uma garota com uma saia curtíssima veio em nossa direção.
- O que os rapazes vão querer? Aqui sempre tem tudo... – Ela falou sorrindo.
- Er... Duas cervejas... Por enquanto! – Falei indo em direção a uma mesa vazia no canto. Rony me seguia olhando tudo muito admirado.
- Harry... – Uma garota loira passou por ele e falou algo no seu ouvido. – Harry... Ela disse que por dez pratas ela ficava comigo...
- Rony... Esse bar é de garotas de programas e outras coisas, drogas... Essas coisas... – Falei sentando. – Er... Deixa que eu falo... Qualquer coisa a gente aparata rapidinho, não use magia... Depois seria um saco justificar...
Rony concordou. A primeira garota voltou com duas cervejas. Dei algumas notas a ela e quando ela ia sair segurei o seu braço.
- Será que você pode nos ajudar? – Falei, lhe oferecendo mais algumas notas. – Precisamos saber sobre alguém... – Mostrei a foto de Bessy e a garota fechou a cara. – Conhece?
- Olha... Essa garota é encrenca... Deu muito trabalho quando passou por aqui, ela e aquele amigo dela... Além de ser estranha... Muito estranha... – Ela falou ríspida. – Eu não sei mais nada...
Coloquei mais uma nota na sua mão.
- Fale o que você sabe sobre ela... – Percebi que ela ficou preocupada. – Ninguém vai saber que você falou com a gente!
- Eu, eu não sei muito... Mas a Mary, ela sabe, elas eram mais amigas... Se entendiam... Quer falar com ela? – Ela pegou as notas da mesa e vendo nosso gesto positivo saiu para chamar a tal de Mary.
Mary veio logo a nossa mesa. Talvez pensasse que era um cliente, pois seu sorriso morreu assim que nos viu.
- Vocês são bruxos... O que querem?
- Como sabe que a gente é? – Rony perguntou.
- Eu também sou... Quer dizer, sou um aborto, mas reconheço um bruxo de longe... O que querem?
- Precisamos saber tudo o que você sabe sobre Bessy M. – Falei. – É melhor falar tudo que sabe! Caso contrário... Mandamos você para Askaban; Bessy está muito encrencada e você pode ser acusada de cúmplice se não nos ajudar.
- Aurores... – ela respirou fundo, sabia que não havia como fugir. – Ok... O que vocês querem saber?
- Tudo ora... – Rony exclamou impaciente.
- Está certo... Me pagam uma cerveja... – Ela sentou junto a nos na mesa, Rony empurrou a sua cerveja para ela, ela bebeu tudo e pegou a minha. - Bessy... Bessy era revoltada, queria vingança, queria o poder, invejava a felicidade dos outros, desejava a vida que ela nunca teria... Ela só falava em voltar para o mundo bruxo e destruir todos que a prejudicaram... Ela idolatrava Voldemort, dizia que sempre iria servi-lo e destruiria todos aqueles que contribuíram para a sua derrocada... Ela me falava de seus planos, queria que eu a ajudasse, assim como ela convenceu aquele coitado... Mas era loucura... Era muita loucura ela querer roubar a magia de outra pessoa...
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Eu e Rony caminhávamos em silêncio pelas ruas trouxas de Londres, procurávamos um lugar seguro para aparatar.
- Aqui está bom! – Paremos perto de um caminhão de lixo. – Vamos para o Ministério... – Rony concordou.
Em minutos, estávamos na nossa sala no Departamento de Aurores. Rony se jogou no sofá da sala pensativo.
- Harry... Isso tudo é muito... Muito... – Rony começou a falar.
- É loucura, Rony, loucura... – Falei caminhando nervoso pela sala. – Não sei como, mas vou ter que contar para a Gina...
- Antes, você não acha que é melhor checar as informações que a Mary nos deu? Sei lá... Precisamos ter certeza dessa história antes de falar para a Gina. – Rony comentou. – Também não vamos falar nada para a Hermione por enquanto.
- Quero verificar essas informações o mais rápido possível... Não vou conseguir esconder isso da Gina por muito tempo... – Falei sentando na minha cadeira. – Droga! A Bessy sabe dos poderes da sétima filha! Ela quer os poderes da Gina!!
- Eu sei,... – Rony se levantou e começou a caminhar pela sala. – Isso é impossível de conseguir! Não é?? Pelo menos... Como? O livro roubado do professor Vangh de Berlim...
- O livro, com certeza, Frederich Vangh era estudioso em feitiços, sabia muito sobre feitiços antigos. O livro tinha feitiços para trazer os mortos, transferir poderes... - Falei passando as mãos no meu cabelo e tirando meus óculos.
- É melhor irmos para casa, já está tarde, as meninas vão desconfiar... - Rony também estava nervoso.
- Você está certo! – Me levantei. – Preciso ter certeza que está tudo bem!
Rony bateu de leve nas minhas costas como se dissesse “vai ficar tudo bem”.
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Peter Dones tinha sido um dos melhores formandos da minha primeira turma de aurores. Não pensei duas vezes em designá-lo para fazer a segurança de Tiago e Alvo. Mesmo achando-o muito ambicioso, arrogante e irresponsável, sabia que ele era muito bom em duelos, principalmente, quando provocado. Ele era um auror de ação, de campo, não pensava, agia.
Diferente de Peter, Helen Schimit era a cabeça do grupo, estrategista, pensava muito antes de agir, seus planos estratégicos eram os melhores da turma. Excelente em feitiços de proteção. Helen era inteligente, perspicaz, agia muito levada pela intuição. Ela e Peter tinham uma relação conflituosa, sempre discordavam do caminho a seguir, mas ela sabia muito bem como argumentar a seu favor.
Alan Cruise pertenceu a Lufa-lufa na época da escola, era o mais discreto, mais responsável e o mais velho do grupo. Saiu da escola somente dois anos depois de mim, mas demorou um pouco para entrar no treinamento de aurores, pois precisava trabalhar para ajudar em casa. Enquanto Helen e Peter deixavam claro quais eram as suas intenções, suas ambições no departamento, pouco sabia sobre Alan. Na verdade, só o que estava na sua ficha. Ele era esforçado, se saiu bem no treinamento porque estudou e trabalhou para isso. Mas ele sempre agia como se tivesse que provar algo para alguém.
- Harry... Encontramos isso! – Hans me mostrou vários pergaminhos com informações sobre mim, coisas que foram divulgadas na impressa durante esses últimos onze anos.
Rony e France estavam vasculhando todo o pequeno apartamento. Eu olhava sem acreditar para Alan desacordado e amarrado no chão da cozinha.
As informações que Mary nos deu, davam conta que Bessy tinha um envolvimento com Alan há certo tempo. Eles se conheciam desde criança. E ele sempre foi apaixonado por ela, idolatrava-a. Mas como ele era filho de uma trouxa e um bruxo de família mestiça, além de ser pobre, ela sempre o tratou com arrogância, usando-o. Quando ela ficou sozinha, ele foi o único que lhe ofereceu ajuda. Bessy se aproveitou disso e viu em Alan a possibilidade de colocar em pratica uma boa parte de seu plano. Ele não queria muita coisa, a atenção dela bastava. Ela o ajudou nos estudos para se tornar um bom auror.
Não somente um bom auror, mas um ótimo. Seu plano deu resultados, pois escolhi Alan, junto com Peter e Helen, para cuidarem da segurança das pessoinhas mais importantes da minha vida. Só de pensar nisso, me arrepiava. Pensava em tudo o que poderia ter acontecido com Tiago e Alvo.
Muita coisa ainda não estava esclarecida. Alan, Peter e Helen cuidavam somente da segurança das crianças, toda essa história do herdeiro era tratada sigilosamente. Talvez não tão sigilosa assim! Como ele sabia das excursões do departamento para avisar Bessy? Quando ele recuperasse os sentidos, descobriríamos o que realmente aconteceu.
- Harry... Olha isso! – Hans me mostrou outros pergaminhos.
Como Hans era nosso chefe, foi preciso informá-lo do que eu e Rony iríamos fazer. Ele fez questão de vir junto. Poderia ter resistência, ele poderia não estar sozinho. Quando chegamos ao apartamento, ele estava sozinho, tentou fugir, mas como já sabíamos que ele poderia escapar, já estávamos prevenidos, colocamos um campo mágico ao redor do prédio, ele não poderia aparatar, nem usar a lareira. France o estuporou, ele caiu desacordado e o amarramos. Depois começamos a procurar qualquer coisa pelo apartamento.
Olhei para os pergaminhos que Hans me mostrava. Peguei um que estava escrito na parte superior “Tiago Sirius Potter: Primogênito. Filho de Harry Potter e Ginevra Weasley Potter. Manifestou magia com três anos e meio. Tem muitas habilidades para a idade... Como já manifestou magia é o nosso principal alvo.”
Peguei outro pergaminho... “Alvo Severo Potter... Segundo filho dos Potter’s. Ainda não manifestou magia. Mas já deu indícios que não tardará a acontecer, como o irmão, deverá ser um bruxo poderoso... Talvez seja mais fácil para pega-lo do que o irmão. É só esperar ele manifestar magia.”
E mais outro... “Lílian Luna Potter... caçula dos Potter’s, ainda é um bebê, deve ter herdado muito poderes também, mas demorará ainda a manifestá-los... será muito difícil pega-la, a mãe está sempre por perto, não tentem nada com ela, eles suspeitarão logo...”.
Rony apareceu com mais pergaminhos... Seu rosto estava transtornado quando me mostrou o que continha nos pergaminho que segurava... “Rose Elisabeth Weasley... Filha de Ronald Weasley e Hermione G. Weasley... Ainda não manifestou magia, mas é mais esperta que as outras crianças da sua idade... Também podemos pega-la, talvez seja mais fácil do que um dos Potter’s...”.
Por Mérlin, eles tinham informações sobre os nossos filhos...
- Rony... O que eles querem? – A pergunta não era só para Rony, era para mim também.
- Vamos levar tudo isso para o Ministério... Com certeza acharemos mais informações... – Hans falou separando duas pilhas enormes de pergaminhos. – Dêem uma olhada nesse...
“Scorpio Malfoy... Ainda não manifestou magia, mas podemos pega-lo para termos a colaboração de Draco Malfoy, Lucius quer o neto...”
- Devemos avisá-lo? – Hans questionou.
- Não sei... – Falei pensativo.
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- Protejo... – Gritei para me proteger do feitiço que Gina lançou. – Então eu Rony fomos falar com essa tal de Mary... Mas isso eu já te contei... Então invadimos o apartamento do Alan Cruise, lembra dele?
- Sim... Tempesta di vento... – Gina gritou mais um dos feitiços que estava treinando, a cada treino ela aparecia com um novo, alguns jornais velhos que estavam no porão formaram um redemoinho perto de mim, desviei para não ser atingindo. – Ele estava junto da Bessy...
- Protejo... Você está falando italiano? – Perguntei surpreso. - Quando o interrogamos, ele disse que descobriram muitas informações usando o Righi, Bessy o seduziu depois usou o obliviate nele... Impedimenta... – Gina sorriu ao se desviar do feitiço, que foi bastante previsível, e agilmente apareceu atrás de mim... – Ele ficou bem chateado quando se deu conta que havia sido usado. Furioso! Justo ele que sempre se achou tão bom... Hans afastou-o do caso... Ele ficou muito aborrecido por essa licença forçada... Não sei se ele vai ficar no departamento por muito tempo, ou se vai ser transferido...
- Vento attacchi... Esses feitiços novos são em italiano. – Gina apontou a varinha dela em minha direção e eu me abaixei. – Hum... Queria ter visto a cara dele... Ele nunca resistiu a uma mulher bonita!
- Hum... Attacchi ... – Um escudo se formou na minha frente para não ser atingindo pelo feitiço de Gina. - Hoje você não está acertando nenhum... Você precisa se concentrar mais... – Falei sabendo que ela iria ficar furiosa.
- Crucio... – Por pouco ela não me acertou. – Quem está distraído aqui, hein?!
- Estupefaça...
- Protejo... Amor... É a Bessy?
- Hum... Estupefaça... Bessy queria se vingar do responsável pela morte de Voldemort, ou seja, eu... – Falei com um sorriso irônico. – Ela sempre gostou de magia das trevas, sabia de algumas coisas, então procurou aquele professor de Berlim, Vangh, lembra do Marx Okther? Pois é, ela o conhecia, acho que as famílias eram amigas, entrou em contato com ele...
- Legare corde... – Cordas apareceram em minha frente tentando me prender... - Daí as coisas começaram a acontecer... Eles queriam o livro, mas estava com funcionário do Malfoy...
- Incendio! – As cordas começaram a pegar fogo. – Até o momento, Bessy queria o livro por causa de um feitiço de transferência de magia... Mas pelo que Alan contou, o funcionário do Malfoy se antecipou, queria o livro pela possibilidade de trazer Voldemort de volta... Então o professor foi assassinado e Bessy junto com Okther entrou em contato com Petrus Lion e Goyle, e ficaram sabendo sobre o Herdeiro...
- Blaze danza... – As labaredas ficaram maiores e começaram a dançar em minha frente. – Fizeram um acordo, pois ambos seriam beneficiados com o livro...
- Aguamenti... – A água apagou o fogo. – Exato... Estou exausto!
- Aceita a derrota! – Gina falou sorrindo, vendo minha negativa. – Acque agitate...
- Ahhhh... Esse é novo, não vale! Protejo... – Falei me protegendo e pulando para trás de umas caixas para fugir das águas que queriam me pegar. - Mas daí eles se desentenderam, Lion morreu, Goyle foi atrás do Herdeiro, mas como ele nunca foi inteligente, acabou preso... Okther morreu na missão da Austrália, Bessy fugiu com o Herdeiro para vários lugares, Alan entregou todas nossas investidas... Por isso não o pegamos... Lumus Maximum...
Gina ficou com a visão ofuscada com as luzes fortes que saiam da minha varinha.
- Tenebre perfetta... – O porão ficou escuro, mas logo voltou a sua iluminação de antes e ela começou a dispara raios com a sua varinha, eu precisei me defender rapidamente. – Onde ela está agora?
- Ele não sabe... Ela é que entra em contato com ele sempre... – Conjurei um escudo para não ser atingido pelos raios da varinha dela. - Mas achamos que aquele bruxo alemão, Adolph Crayde, está patrocinando ela; seus capangas estavam atrás de mim, no hospital, em Hogsmead... Aquele dia no parque com o Tiago era a Bessy disfarçada... Crucio... Ah, as mensagens, quem mandava era o Alan... Havia várias prontas no apartamento dele... Rony acha que ele não mandou mais por que a gente descobriu que feitiço usar para saber da onde vinham... Er... Eu e Rony comentamos sobre isso, ele estava por perto, mas nunca imaginamos que era ele...
- Ah... Hermione contou nosso segredinho né?! – Gina riu. - Como os poderes da sétima filha entram nessa história... – Gina se desviou de meu feitiço. – Por que eles querem as crianças??
- Simples... Ela se deu conta que a gente tinha se casado, uniu dois mais dois... O que ela quer são os seus poderes, usar o livro, o feitiço de transferência de Magia, como eu não sei. Hermione está investigando... Quanto ao Herdeiro, talvez ela esteja investido para desviar nossa atenção, mas eu ainda acredito que ela quer trazer Voldemort de novo, mas a gente sabe que isso é impossível... Accio varinha... - A varinha de Gina veio parar em minhas mãos. – Não disse que você estava distraída? – me aproximei de seus lábios.
- Ela quer uma das crianças para nos irmos atrás, sem falar que eles são poderosos. – Gina estava bem próxima a mim. – E se ela ainda acredita que pode trazer Voldemort de volta, precisa deles...
- Essa é a intenção... Mas sabemos que não há possibilidades para isso. – Nossos lábios estavam a milímetros de distancia, já estávamos quase nos beijando. – Pelo que Alan falou o Herdeiro não é tão poderoso como ela imaginava.
. – Eu é que estou distraída, né?! - Gina sorriu marota me mostrando as duas varinhas em mãos. – Talvez o Herdeiro não seja o herdeiro!
- Hum, verdade! Isso não vale... É golpe baixo, você me distraiu... – Falei puxando ela pela cintura... – E você usou um poder que eu não estava preparado!
Gina soltou uma gargalhada. Eu aproveitei para calá-la com um beijo. Mas o barulho na porta do porão interrompeu o beijo.
- Meu senhor... Monstro não queria interromper meus senhores... – Ouvi a voz de Monstro. – Mas meus senhores têm visita!
- Quem? – Perguntei, soltando Gina que me olhava surpresa. – Não estamos esperando ninguém, ainda mais essa hora!
- É melhor o meu Senhor ver com seus próprios olhos... – Monstro falou se retirando.
Olhei para Gina, que me devolveu a olhar mais surpresa ainda. Peguei a sua mão e fomos em direção a sala.
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N/B: Ok! *beta se agacha, para se livrar das azarações dos leitores da fic* Sei que demorei um pouco para betar, mas estava cheia de provas para corrigir!* Bom, mas que capítulo, hein? Day querida, para quem não escreveria essa semana, por conta de avaliações também, o que foi esse capítulo, mulher??? Tão cheio de mistério (aliás, acabou com um, né?), tão cheio de romance (ahhhhhhhhhh, o que foi esse duelo entre o Harry e a Gina????), tão “fofo” (o Alvo é tudo de bom, melhor e gostoso!) e tão cheio de aventura (Ron e Harry invadindo o apartamento de Alan!); enfim, tão “potteriano”!!!!!! Beijos a todos! Alessandra.
N/A: Pessoal... Capítulo fresquinho para vocês... Espero que gostem e desculpem a demora, a Alê me passou ele só que não tive tempo de fazer a última revisão, como ele tem muita informação precisei ser bem cuidadosa e ver se todas as pontas da história estavam corretas!!! Ok! Obrigada a todos que lêem, comentam, continuem... Quanto ao capítulo, algumas coisas foram esclarecidas, a tendência é que nos próximos capítulos muita coisa seja esclarecida e isso significa que a fic está se encaminhando para o final! (Autora triste com essa constatação)... Mas enquanto o final da fic não vem, estou com outra fic em andamento, é uma short sobre Tonks e Lupim, sem previsão para postar, quem sabe seja um presente de Natal para meus leitores queridos... Doces Momentos continua firme e forte... estou com dois capítulos em andamento que pretendo postar semana que vem. Quanto ao capítulo 30, somente em novembro... Ah! Um muito obrigada a Anny, Carol e Alê, como sempre maravilhosas (as meninas são o meu termômetro sobre o capítulo)!!!! Ahhh... Quem adivinhar quem foi visitar o Harry ganha um prêmio (uma prévia especial antes de todo mundo)!!!. Beijos para todos!!!!!
Tonks & Lupin – Que bom que gostou... Entendeu o motivo do ciúme do Alvo? Ele não foi fofo depois com a irmã... Beijos!
Yumi Morticia voldemort – A história do chá das cinco com o Voldemort foi idéia da Ale que eu assumi, pois achei muito engraçado... Quanto “quem” estava no quarto da Lily, hum... Imagine quem você quiser!!! Eu quando escrevi pensei logo na Lílian, mas não quis deixar isso claro, afinal nem todos acreditam nessas coisas... Beijos!
Reji Cullen - Oie guria! Obrigada! Sinistro né! As coisa vão começar a ficar mais sinistras, mas logo serão esclarecidas...A “briga” da Gina e da Cho ficou muito engraçada é mesmo... pensei seriamente na Gina dar uns tapas na Cho, mas lembrei que a Gina é uma mulher fina, jamais desceria do salto, heheh ... Outra NC oculta... Não esqueça que a fic é livre! Deixe sua imaginação voar longe e debaixo do chuveiro (ainda não esqueci da sua NC no banho de DM). Gostou da explicação do ciúmes do Alvo? Ele não teria ciúmes só por ter da irmã, tudo bem, ele puxou ao pai... mas tem um bom motivo! HEHE... Acho estranho que agora temos uma Sra. Potter e uma Sra. Weasley, que não é a Molly, ou melhor, várias senhoras Weasley. Eu ainda não me convenci que o nome do Alvo também é Severo, não sei onde o Harry (ops a JK) escolheu esse nome! A idéia do chá das cinco com o Voldemort foi da Ale, mas foi show, não? Magia sinistra, hehe, as vezes, acho que viajo legal nessa história, tenho uma idéias mirabolantes... Quanto “quem” estava no quarto da Lily, como já comentei, deixo livre para vocês imaginarem quem quiser... Eu quando escrevi pensei logo na Lílian, mas não quis deixar isso claro, afinal nem todos acreditam nessas coisas, mas só ela para deixar as coisas bem claras para o Harry né!... Beijos!
Duda Serejo - Hum... quando escrevi do ciúmes do Alvo, não liguei mesmo esse comportamento ao de um sonserino... Eu já decidi, ou melhor, sempre acreditei que o Alvo iria para uma casa (vc já deve saber qual é!) e não vou mudar isso mesmo! Mas acho que nesse capítulo o motivo do ciúme dele ficou explicado... Beijos!
Cindy Nolte - Obrigada! Continua lendo... beijos!
Jéssica Potter - Obrigada! Continua lendo... beijos!
Lua Potter - que bom que gostou do capítulo! A volta do Trio estava a tempos sendo ensaiada, mas não podia deixar a Gina de lado por qualquer coisa... Quanto a Lily estar com a avó,... cada imagine o que quer! Eu, particularmente, acho que sim, pelo que estudo da doutrina espírita, realmente, as crianças têm essa sensibilidade mais aguçada... Obrigada! Continua lendo e beijos!
Jessica M. Adams - Obrigada Jéssica! Você ama o Snape, sabe sempre achei que ele merecia uma segunda chance... Ele faz o Harry pensar!!! O lugar onde o amor despertou, eu amo essa parte do livro, acho perfeita, o Harry como sempre é meio lerdo para perceber onde seria. Deixei todas as dicas da luminária, algo muito especial ela tinha que te né! Hum, quem anda atrás do Harry, pois é eu também não sei... brincadeirinha né, eu sei quem é e já deixei claro nesse capítulo! Mas já abri muita coisa nesse último capítulo, tire as suas conclusões... Quanto a Gina, você tá no caminho certo... Beijos!
Gih Weasley – Oie! Que bom que gostou do capítulo... Tinha muita informação mesmo, deu um certo trabalhinho escrevê-lo... Mas ficou legal né! O final ficou exatamente instigante. Beijos!
Ady – Obrigada! Espero que tenha gostado desse também! Bjs!
Ana Eulina – Obrigada! Continua lendo e beijos!
Ayla Tereza - Obrigada! Continua lendo e beijos!
Beatriz Cotrim – Seja bem vinda! Obrigada! Fico feliz que esteja gostando das fics. Continua lendo... Beijos!
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