O poder da Sétima filha

Capítulo 35 – O Poder da Sétima Filha


- PAI!!! PAPAI!!!! – Acordei assustado com o grito que vinha do quarto de um dos meninos. - MAMÃE!!!

Primeiro pensei em Alvo, mas logo reconheci o choro de Tiago. Levantei-me correndo em direção ao seu quarto. Tiago estava sentado na cama, seu rosto banhando em lágrimas. Fui logo a sua direção e o peguei no colo para acalmá-lo.

- Pronto... Foi só um sonho ruim. Papai tá aqui! – Tiago enterrou o rostinho no meu ombro ainda soluçando. - Passou!

- Era um homem mau, queria me levar... – Tiago resmungou. Era a quarta vez que Tiago tinha pesadelos. Pelo que ele contava, era sempre a mesmo sonho: um homem de preto que queria pegá-lo. Continuei afagando seus cabelos...

Com tudo que aconteceu, ficamos preocupados que Alvo pudesse ter algum tipo de sequela, más lembranças... Mas não! Alvo, sempre que questionado sobre quando estava com Bessy, falava pouco; disse que teve medo, mas sabia que eu e mãe iríamos buscá-lo logo, pois a moça que o levou sempre falava isso; e, um homem bom deu comida para ele e brincou, deduzimos logo que foi Theodore. Quanto a Bessy e a Umbridge, Al disse que tinha medo delas, que gritavam com ele, mas o homem bom sempre o defendia. Chegamos à conclusão que Bessy não seria burra de fazer algo que ferisse o menino, pois ele era seu objeto de barganha, ela o usaria para ter o que queria de nós.

Isso foi um grande alívio. Apesar de ter sido um evento traumático, não afetou meu menino nas proporções que eu e Gina imaginávamos. Se havia deixado sequelas, ainda não sabíamos ao certo, mas Alvo não me parecia tão frágil...

- Passou Tiago... – Mas agora tinham os pesadelos de Tiago. O que estava acontecendo. Será que isso não teria fim?

- Harry... O que está acontecendo? – Gina estava parada na porta do quarto, sua expressão demonstrava preocupação. Apesar de tudo ter acabado, ela não estava dormindo bem, andava sempre irritada e continuava achando que tinha alguém nos perseguindo. – Outro pesadelo!

- Sim,... Mas já passou... Ele já dormiu novamente! – Falei colocando Tiago na cama; Gina se aproximou e conferiu se ele dormia mesmo.

- Pesadelo de novo... É a terceira vez só essa semana... Harry!

- Gina... Ele só está impressionado... – Falei tentando ignorar o tom da voz de Gina. – Vamos deitar!

Gina cobriu Tiago e saiu do quarto, parando de braços cruzados no meio do corredor, com uma expressão típica de Sra. Weasley, o que não era bom sinal!

- Tem alguma coisa acontecendo! Tiago não teria pesadelos seguidos à toa! – Gina falou, dei de ombros e aproveite para dar uma espiada em Alvo. – Eu odeio quando você faz isso! HARRY, NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDO!

- TALVEZ SE VOCÊ NÃO ESTIVESSE TÃO PROTETORA COM ELES... – As palavras saíram da minha boca sem eu sentir e em um tom mais alto do que pretendia também. – Gina, eles sentem! Droga, você não está os deixando brincarem no jardim! Por que você acha que Tiago tá chorando para ficar na escola e tendo pesadelos?

Essas primeiras semanas de Tiago na escola nova estavam sendo difíceis. Ele havia se dado tão bem na creche, mas agora... Gina estava ficando quase todos os dias na escola, a adaptação dele estava complicada, ele chorava que não queria ficar longe da mãe e se agarrava em Gina, não a deixando ir embora.

- Harry... – Gina começou também falando alto, mas o resmungo de Lilly a fez calar. Ela foi ver a menina e logo voltou entrando no nosso quarto, eu a segui, fechando a porta e lançando um abaffiato. – É tudo novo para o Tiago! A escola, a professora, os colegas, agora ele está ficando em horário integral... Isso é normal! Na creche, ele via o Alvo e Rose na outra sala. Ontem e hoje, ele ficou sem problemas...

- Ontem eu o levei e não fiz cena, como você anda fazendo! - Respirei fundo. - Gina... Essa sua proteção com eles está indo longe demais. Quando Alvo volta para a creche? Quando você vai voltar a trabalhar?

- Você acha que eu estou protetora demais... – Gina começou a andar nervosa pelo quarto. - OK, EU ESTOU SIM! Porque eu... Eu não sei explicar, mas eu acho que eu tenho que cuidar deles! Bessy podia ter feito muito mal ao Al... Eu tive meu filho praticamente morto nos meus braços, será que você não entende isso Harry?

- Gi, eu entendo, isso me atinge muito mais do que você pode imaginar! – Tentei falar mais calmo. - É claro que você, que nós, temos que cuidar deles, somos seus pais! Mas você está exagerando! Bessy está morta! Quantas vezes eu vou ter que repetir isso! – Passei as mãos nervoso pelo cabelo. – Gina, meu amor, acabou ninguém vai fazer mal a eles... Alvo está bem!

- Eu sei... Eu estou tentando me convencer disso, eu quero acreditar que acabou... Mas algo me diz que não! – Gina falou angustiada. – Aquele dia na estação tinha alguém nos cuidado, outro dia, quando eu fui levar o Tiago na escola também... Eu sei que você não acredita... Mas eu sei o que estou sentido!

- Eu não vi ninguém... – Isso não era bem verdade, mas era só uma impressão minha, pelo menos tentei me convencer disso. – Gina, por favor... Alvo me perguntou se não ia voltar para a escolinha, ele gosta tanto! Eu coordenei a verificação dos feitiços de segurança na creche e na escola... Luna está contando com você para assumir o jornal quando ela sair de licença! Gina, meu amor, talvez seja melhor não viajarmos!

- NÃO HARRY! Precisamos viajar sim! Mas Alvo não precisa voltar para a creche ainda... – Gina deitou-se evitando me encarar.

- GINEVRA, PELO AMOR DE MÉRLIN... Isso está passando dos limites, depois você me acusa de ser protetor! Lembra o quanto você me acusava disso? O quanto sofremos quando ficamos separados... Sempre tive medo de perdê-la, de Voldemort descobrir o que eu sentia por você e fazer algum mal... Gina lembra como você ficou magoada na gravidez da Lilly?! – Falei alto e ríspido. Gina colocou as mãos no ouvido como se não quisesse ouvir encolhendo-se na cama. Fui até ela e forcei que ela me encarasse. – Gina, você não faz mais nenhum feitiço perto do Alvo, não é isso que vai afeta-lo, está sufocando Tiago, não é assim que você vai evitar que algo aconteça a ele! E Lilly, acha que eu não percebi! Você não está deixando nem a sua mãe pega-la!

Gina não falava nada. Evitava me encarar, mas lágrimas escorriam pelo seu rosto. Sabia que estava sendo duro com ela, mas ela precisa ouvir isso. Até Monstro comentou que ela estava possessiva demais com as crianças. Até comigo, queria saber que horas eu chegaria, onde estava; se me atrasava cinco minutos, ela já mandava um patrono. Usava a lareira vária vezes por dia, até o pessoal do departamento brincou que a marcação estava cerrada.

– AH, QUE DIABOS VOCÊ QUER TANTO FAZER NA ITÁLIA? - Gina não respondeu, afundou o rosto no meu ombro chorando mais. – Gi... Eu não queria ter gritado... Mas você está me deixando confuso!

Gina continuava chorando, eu comecei a beijar seus ombros, seu pescoço e ela não esboçava nenhuma reação.

- Harry para! – Continuei beijando-a, mas ainda sentia seu corpo tenso. – Harry... Eu não quero!

Minhas mãos começaram a acariciar sua barriga, os beijos no pescoço foram ficando mais intensos e ela começou a gemer baixinho.

- Não quer mesmo? – Gina se virou, me encarando com aqueles lindos olhos castanhos que tinham uma nuvem de preocupação. – Não suporto ver você chorando...

- Eu, eu só estou com medo... Harry, eu amo demais todos vocês para pensar na possibilidade de perdê-los...

- Gina, você nunca vai me perder e eu nunca não vou deixar nada acontecer com nossas crianças... Nunca, meu amor! Nunca... – Beijei seus olhos molhados de lágrimas.

- Eu vou tentar me controlar... Prometo! – Gina sorriu. – Ok! Alvo volta para a creche amanhã e você pode levar Tiago para a escola. Depois da nossa viagem eu volto a trabalhar... – Gina suspirou e me deu um beijo rápido. - Quanto a nossa viagem, eu vou contar, mas não agora... Me abraça!

- Só abraço? – Perguntei aninhando Gina em meus braços.

- Só... Quero me sentir protegida! – Concordei afagando seus cabelos para ela se acalmar. – Desculpe, mas não estou no clima para mais nada!

- Não me importo de só abraçá-la, de protegê-la! – Falei limpando suas lágrimas. Porque isso não tinha um fim? Só queria uma resposta? – Eu sempre vou estar aqui... Afinal, eu sou o menino que sobreviveu duas vezes, certo? – falei fazendo uma careta, mas que deu resultado, pois Gina esboçou um sorriso tímido...

******
Já fazia três semanas que Ted havia ido para Hogwarts; como todos suspeitavam o Chapéu Seletor havia o selecionado para a Grifinória (apesar de o chapéu ficar na dúvida quanto à Lufa-Lufa, casa de Tonks). Na carta que ele havia nos enviando, parecia encantado com tudo. Sabia que ele se daria bem em Hogwarts, mas confesso que ainda precisava lidar com a ideia que Ted estaria longe por um bom tempo, não viria aos finais de semana para nossa casa, não jogaria quadribol com ele... E o pior, era que precisava desde agora ir me preparando para ver Tiago embarcando no Expresso, depois Alvo, Lilly...

Depois daquela noite, Gina procurou cooperar com a adaptação de Tiago na escola, agora ele já estava ficando sem criar tantos problemas. Quanto a Alvo voltar para a creche, foi um pouco mais complicado, Gina fez questão de fazer uma série de recomendações para a equipe creche, eu já estava achando que a diretora iria nos expulsar de lá e dizer que não queria mais o nosso filho na escola dela. Por fim, ela se convenceu, mas acho que a carinha de felicidade de Alvo ao voltar para a escola amoleceu o coração de Gina.

Concordamos que Lilly ficaria em casa, pois ainda era muito cedo para ela frequentar a creche. Mas, como fizemos com os meninos, Lilly iria para a natação. Também sugeri a possibilidade de termos uma babá para ela, mas Gina achou melhor outro elfo como há tempos pensávamos. E por incrível que parece Monstro nos disse que já tinha um elfo perfeito para o trabalho. Assim que voltássemos de viagem, resolveríamos isso!

Também ficou acertado que depois de nossa viagem, Gina voltaria a trabalhar no Pasquim. Ela sabia que Luna contava com ela para assumir a direção do jornal enquanto ela estaria afastada por causa do bebê que nasceria em alguns meses. Eu apoiei a volta dela ao trabalho, por um tempo desejei que ela não trabalhasse, mas agora já havia me acostumado e quando Gina ventilou a possibilidade de parar de trabalhar, não achei que seria uma boa ideia, se fosse em outra circunstância. Contudo, Gina optou por um horário bastante flexível, iria ao jornal somente na parte da tarde.

Como ficaríamos fora apenas cinco dias, Gina achou que não era bom alterar a rotina das crianças, por isso Arthur e Molly foram “convocados” a ficar no Largo Grimmauld esses dias, o que eles aceitaram prontamente.

- Harry... Não tem porque se preocupar! Os feitiços de segurança do Largo estão ok... – Rony comentou depois que nos conferimos todos os feitiços de segurança da minha casa.

Depois daquela invasão no Chalé da Praia, achei melhor refazer todos os feitiços de segurança do Largo Grimmauld, inclusive mudar o fiel do segredo, pois era fácil deduzir que seria o Rony e vice versa; agora o fiel de minha casa era George (quem desconfiaria do gêmeo?), e Percy era o fiel da casa deles (menos improvável ainda!).

- E eu e Rony estaremos sempre por aqui! – Hermione comentou. – Rony, fica com ele, não aguento mais! Vou ajudar a Gi com a bagagem! – Hermione passou Hugo para Rony. O menino não queria ficar no colo do pai, queria era explorar o ambiente.

- Hugo... Aqui com o papai! – Rony mal colocou o filho no chão e ele já estava longe. Ainda tínhamos que passar por essa fase com Lilly, mas lembro bem que eu e Gina ficávamos exaustos com Tiago e Alvo. – Eu tenho a impressão que a Hermione dá todos os dias para ele alguma poção energizante! Cara... Rose era tão calminha!

Minha esperança era que Lilly fosse calminha, mas se puxasse aos irmãos - e a mãe - era melhor esquecer essa possibilidade.

- Rony... Hum, não quero que a Gina saiba, mas você escalou aurores para fazer a segurança da casa? – Perguntei usando um tom de voz mais baixo.

Havia visto duas vezes seguidas, alguém estranho rondando o Largo Grimmauld. Gina havia visto alguém na estação, depois quando levou Tiago a escola. Talvez por isso não estivesse mais tão empolgado em viajar, mas sempre que mencionava isso Gina argumentava que “precisamos ir”, mas não esclarecia essa urgência. Já estava claro que essa viagem não era para comemorar nosso nono aniversário de casamento; tinha algo mais. Sempre que iríamos conversar sobre isso acontecia algo, uma das crianças pedia atenção ou qualquer outra coisa que adiava mais uma vez saber o motivo de irmos para a Itália.

- Sim! Fiz tudo como pediu! Mas, Harry, você não está entrando na paranóia da Gina?! Investiguei aquele dia na estação, ninguém com as descrições que a Gina falou foi visto naquela redondeza. Também não foi detectado nenhum tipo de magia suspeita!

- Eu só quero conferir! - Rony, talvez tenha ficado impressionado com o que ela falou... - Bom, você não comentou nada com a Hermione? Não quero alimentar essa paranóia da Gina! – Rony não falou nada, só concordou com um gesto positivo. – Ela está mais tranquila agora...

******
Acordei sentido a ausência de Gina na cama. Estava tão acostumado com Gina do meu lado que não levava um minuto para sentir a sua ausência quando ela se levantava. Não percebi nenhuma luz em nosso quarto, nem no banheiro e não lembro de ter ouvido uma das crianças chorar.

Levantei-me apressado e fui direto para o corredor. O quarto dos três estava em absoluto silêncio. Onde ela estava? Sempre entrava em pânico quando acordava e não achava Gina. Cozinha, sala, escritório... Alguma coisa sobre a viagem. A nossa chave do portal para Roma seria acionada às 4 horas da tarde, já estava tudo pronto, pelo menos foi o que ela comentou antes de irmos dormir!

A sala estava iluminada somente pela luz que vinha da lareira. Senti a presença; ela, seu perfume floral... Uma coisa era certa. Eu e Gina estávamos juntos há bastante tempo, mas ainda existia a mesma paixão, o mesmo amor, a mesma urgência... Lembro que, naquele ano que ficamos afastados, as vezes, eu pensava nela com tanta intensidade que, por frações de segundo, sentia a presença dela. Será que éramos almas gêmeas como Luna falou? Eu não saberia dizer ao certo, mas só sei que minha conexão com ela era tão real, não precisamos nos esforçar para saber o que o outro queria.

Sabia que Gina não andava nos seus melhores dias, que ainda existia uma angustia nela em relação à Bessy e toda aquela história, por mais que eu quisesse me convencer de que tudo estava terminado, sabia que havia algo, era só olhar para ela.

- Senti sua falta... – Falei beijando sua testa.

- Sabia que viria! – Gina fez um gesto para me sentar ao lado dela.

- Que livro é esse? – Percebi que Gina tinha um livro aberto. Ela se aconchegou em meus braços e deu um longo suspiro.

- O motivo de estarmos viajando! – Gina me alcançou o livro e eu o reconheci como o livro que Hermione tinha conseguido para Gina, para ela estudar sobre os poderes da Sétima filha. – Quando estávamos no chalé da praia eu e Hermione descobrimos uma carta escondida na capa do livro, tinha um nome... Iremos a Itália conhecer uma Sétima filha!

- Gi... Você falou que eram poucas as sétimas filhas, que talvez você fosse a última viva! – Questionei surpreso.

- Bom, pelo que eu e Hermione investigamos não existe, depois de mim, uma sétima filha... Mas a dona desse livro ainda vive, Harry!

- Mas... Como?

- O livro não foi escrito por ela, talvez uma antecessora... Mas o importante Harry é que existe outra Sétima filha, e ela pode me esclarecer algumas coisas... – Gina, vendo minha expressão confusa, continuou. – Pelo que deduzi, ela foi instruída para ser a Sétima filha, o que não aconteceu comigo... Então ela sabe muito mais que eu! Ela pode me explicar por que Lilly é especial.

- Como? Deve ser a mesma explicação para a sensibilidade à magia de Alvo e Tiago já ser, mesmo tão novo, um grande bruxo... Lembra a Herança mágica, nosso contato com as Horcruxes!

- Não, Harry! Com a Lilly é diferente! – Gina ficou de frente para mim e abriu o livro, tirando dele um pedaço de pergaminho. – Tava escondido na capa... Leia...

“Querida Lexie... Está feito! O menino está em segurança com a família trouxa, pelo menos até ele ir para Hogwarts, não precisamos nos preocupar. A menina nasceu. Já falei com a família e eles esperam o seu contato, acredito que aceitaram a nossa ideia. Vamos deixar nas mãos do destino, tenho certeza que o caminho deles irá se cruzar. Ele será preparado para enfrentar um grande perigo; se sair vitorioso, terá para sempre ela ao seu lado, como há tempos já foi escrito, e depois de tanto tempo longe, eles merecem ser felizes juntos. Não devemos correr risco expondo-a, se Aquele-que-não-pode-ser-nomeado souber o que ela representa para ele, tudo estará perdido! Ele precisa dela viva. O amor que sempre os uniu dará forças para ele nessa jornada. Do sempre seu, Alvo”.

- Gi... É sobre nós que estão falando? – Meu espanto era tanto que deixei o livro cair. – Dumbledore assinou essa carta!

- Deduzo que sim, Harry... – Gina falou tranquila recolhendo o livro do chão. – Tem um nome completo aqui... Alexandra Castelli... Com esse nome chegamos a Roma e a Condessa d’Angeli... Se é ela a Lexie, eu não sei... mas é isso que vamos descobrir!

- Hermione não ficou de devolver o livro para o amigo dela na Alemanha? – Lembrei que Hermione havia feito algum comentário nesse sentido.

- Sim, mas posso ficar com ele o tempo que for necessário. Até porque esse livro foi parar na Alemanha de uma forma muito curiosa! – Gina riu. – Simplesmente apareceu do nada na mesa do professor com um bilhete para ser entregue aos cuidados de Hermione Weasley.

- Hermione não era casada ainda quando estava na Alemanha. E como saberiam que esse livro deveria parar nas mãos dela? – Questionei e Gina sorriu como dissesse eu não sei. – Mas você tem que devolver! Eu não estou enganado!

- Hum... É o mais curioso ainda! Hermione comentou que o amigo dela disse que poderíamos usar o livro pelo tempo que precisássemos, mas precisamos devolver, pois era da coleção particular do professor. – Gina parecia uma criança empolgada com um brinquedo novo. – Mas, ele mandou uma carta para Hermione logo depois que ela saiu do hospital dizendo que era para devolver o livro para a dona e contou sobre como o livro foi parar lá! Mas a gente não sabe quem é a dona! Ainda não!

- Gina... Você tá achando que essa condessa, que é uma sétima filha, mandou o livro para você?

- Não estou achando... Eu tenho certeza! – Gina ficou de frente para mim de joelhos no sofá.

- É, pode ser... – Gina sorriu e colocou o livro na mesa de centro e voltou a se aproximar de mim.

- Bom, e acho que estou em dívida com você, daquela outra noite, lembra? – Fiz um gesto positivo.

******
- Harry levanta! – Gina abriu as cortinas permitindo que a luz forte do sol entrasse no quarto. Fechei os olhos, tanta claridade estava me irritando. Minha cabeça doía, sentia-me nauseado, tonto.

- Gina... Eu não estou bem! – Falei não querendo sair daquela cama.

- Harry... Um banho e uma poção revitalizante... – Gina falou sem dó. – Depois de tudo que você comeu e bebeu ontem!

- Gina... Eu não conseguia dizer não para todos aqueles bruxos... A comida era maravilhosa e o vinho! – fiz uma careta ao lembrar do banquete que foi oferecido a nós por alguns empresários bruxos italianos. Admito que abusei da comida e do vinho, mas era tudo tão bom...

Não sei como, mas a notícia que estávamos no país foi divulgada na comunidade bruxa italiana (talvez o fato de fazermos essa viagem pelos meios bruxos, ficarmos em um hotel bruxo e que o sobrenome Potter, mesmo depois de onze anos, ainda era muito famoso), apesar de dizermos que era uma viagem de férias, alguns convites não se poderia evitar. Como o banquete com os empresários bruxos, o almoço com o primeiro ministro e sua esposa e - o mais curioso de todos: um convite para um chá com a Condessa. Quando recebemos o pergaminho nos convidado Gina, ficou muito entusiasmada. Esse convite era o principal motivo de estarmos na Itália.

- Harry anda... Vamos nos atrasar... – Gina puxou as cobertas me obrigando a levantar, me dei por conta que estava nu.

Lembrei-me que Gina também havia bebido bastante e fizemos uma festinha particular quando voltamos para o hotel. Afinal, era bom não precisar se preocupar com crianças dormindo no quarto ao lado. Mas ela parecia que não havia sido tão atingida pelos maravilhosos vinhos italianos.

- Podemos repetir a noite? – Falei me aproximando dela, seus cabelos tinha cheiro de xampu. – É uma ótima forma de me acordar!

– Harry!!! Querido, tivemos uma BOA noite... Mas temos outros assuntos importantes para resolver hoje. – Gina se desvencilhou de meus braços. - A viagem até lá é longa e não vamos usar nenhum meio de transporte bruxo... Não quero que ninguém saiba do nosso encontro com a Condessa! Então, vá tomar seu banho...

- Gi... Será que alguém? Será que alguém associou você a condessa? – Perguntei antes de entrar no banheiro.

- Não... Acho que não... Não tem como saber! – Gina falou segura. – Enquanto você toma banho, vou falar com as crianças e pedir para trazerem o nosso café!

*******
- Acho que é aqui! – Falei parando o carro alugado. Estávamos em uma vila afastada três horas de Roma, chamava-se Sunshine, ou Luz do sol. Era um lugar realmente muito iluminado, como se ali o sol sempre brilhasse.

- Aquela casa! – Gina falou olhando em direção a casa que ficava no pé de uma colina. Era uma mansão, de pedras, com uma arquitetura rústica, mas muito bem cuidada. – Signora, prego procuramos pela Condessa D´Angeli, Alexandra Castelli... – Gina se dirigiu a uma senhora que estava próxima ao local onde estacionamos.

- Sim... E 'qui ... La contessa di aspettarsi ... Ci sono volte a mia figlia! – A senhora falou calmamente e apontou um caminho de pedras cercado por flores do campo.

- O que ela disse? – Perguntei seguindo Gina.

- Que a condessa já está nos aguardando. – Gina parou e me olhou. – Há muito tempo!

Preferi não comentar e continuamos nosso caminho em silêncio. Quando chegamos em frente à porta, não foi preciso bater, pois ela logo se abriu e uma senhora com cabelos grisalhos e robusta, com um sorriso cativante, nos recebeu.

- Sra. e Sr. Potter... – Gina fez um gesto positivo. – a Condessa espera há muito por vocês... Por favor, entrem! – Entramos, era uma casa que irradiava uma energia muito boa, era como se já estivesse estado ali antes. – Sentem-se, tomem um refresco! A viagem foi longa... Fiquem a vontade, eu vou avisar a condessa! Ela está ansiosa com a visita de vocês!

- Obrigada! Nos também desejamos muito esse encontro! – Gina falou simpática. Quando a senhora saiu, ela se voltou para mim. – Harry, esse lugar, parece que já tive aqui antes... Me sinto voltando para casa!

- Engraçado, eu também! – Falei sentando e bebendo o gole do refresco de limão. Gina sorriu e também se serviu de refresco.

Dez minutos depois, a senhora que nos recebeu voltou.

- A condessa vai recebê-los agora! – Ela anunciou. – Se vocês não estiverem cansados da viagem... Preparamos um lanche na sacada. De lá da para ver a vila toda!

- Estamos bem! – Gina falou. – A viagem não foi cansativa, foi muito tranquila!

- Ok, mas já aviso, a Condessa faz questão que passem a noite aqui... Então já mandei preparar o quarto para vocês! – E antes que disséssemos qualquer coisa, ela completou. – Não se preocupem... Já tomamos todas as providencias, acredito que as vestes que pedi para trazer de Roma serviram magicamente em vocês! Ah, eu me chamo Maddalena... Minha mãe era inglesa, estive em Hogwarts na mesma época que seus pais Sra. Potter...

- Gina, por favor... – Então, ela era uma bruxa.

– Hum... Desculpe, mas a Vila é... Têm outros como nós aqui? – Perguntei.

- Todos... – Ela falou sorridente. – Aqui só moram bruxos!

*******

Chegamos à sacada e avistamos uma senhora elegantemente vestida, ereta, com uma postura aristocrática, os cabelos prateados muito bem penteados em um coque. Virou-se para nós e abriu os braços, seus olhos estavam marejados, ou eu estava vendo coisas.

- Vocês não sabem meus filhos, o quanto desejei ver vocês dois juntos... – Foi ao nosso encontro e nos abraçou longamente. Olhei para Gina confuso e ela me retornou com o mesmo olhar. – Eu sei, estão achando que sou uma velha senil... Tudo vai ser esclarecido, se vocês chegaram até aqui, imagino que já sabem de muita coisa... E, existe alguma ameaça! Mas sentem-se... Maddalena preparou um lanche...

Sentamos e ficamos em silêncio. Tanto eu quanto Gina não tínhamos o que falar, estávamos surpresos, eufóricos... Estava claro que todos aqui sabiam da nossa visita.

- Bom... Eu tenho muito que falar, vocês devem ter muitas dúvidas... – Ela começou. – Eu, mesmo de longe, sempre acompanhei a vida de vocês... Sei tudo o que aconteceu... Queria ter estado presente quando Lilian nasceu... Mas minha saúde não me deixa sair muito daqui!

- Lilly... – Gina resmungou. - Como?

- Uma sétima filha sempre sabe quando uma outra irmã está passando por um momento difícil! Somos unidas por laços muito maiores do que o de sangue... Mas é melhor começar pelo começo... – Falou, nos servindo de chá. – Só peço que não nos julguem, nos só fizemos o que achamos que era melhor para vocês...

Eu e Gina nos olhamos e ficamos em silêncio. Tinha a sensação que sairia desse encontro com muitas respostas.

- Bom... A lenda, mito, folclore que envolve o número sete sempre existiu. Muitos dão a esse número propriedades místicas. – Deu uma pausa e continuou. – Até os trouxas acreditam nisso! Então sempre houve muitas histórias que envolvem o nascimento de um sétimo filho. Agora, imaginem tudo que envolve o nascimento de uma menina, sétima filha, única mulher em sete gerações de uma família puro sangue?

- Eu! – Gina exclamou. – Meus pais sabiam disso?

- Não exatamente... Eles não tinham noção do que seu nascimento representava... Mas Gina, não os condene, eles só fizeram o que eu é Alvo pedimos! – Ela falou. – Mas continuando, seu nascimento foi algo mágico, único... Envolveu um conjunto de energias poderosas. Você já deve saber que o seu nascimento foi o único nesses últimos cinquenta anos, depois de dois séculos só houve o nascimento de duas sétimas filhas e que dificilmente outra menina vai nascer nessas circunstâncias!

- O que faz da Gina uma bruxa única? – Falei.

- Exato Harry! Gina é única... – Ela tomou um gole do seu chá. – Na verdade, existe uma raríssima, quase nula, possibilidade de outra sétima filha nascer, não com as mesmas características de Gina. Meus estudos sobre as famílias bruxas não indicam o nascimento de outra menina que possa ter o poder da sétima filha. Houve muitos casamentos com nascidos trouxas, mestiços, e é difícil que em sete gerações não nasça uma menina! – Sorriu. – Depois, os bruxos não estão mais tendo muitos filhos...

- Isso é verdade! – Gina comentou e eu concordei. – Mas eu estou curiosa! O que tudo isso implica? Eu sei que tenho habilidades maiores que os outros bruxos, mas eu realmente estou confusa...

- Gina, isso é compreensivo! Eu e Alvo chegamos a conclusão que seria melhor para você ser criada sem saber quem realmente você é! Isso a protegeria.

- Mas... – Gina começou.

- Eu vou contar... Tudo para vocês... Daí vocês vão entender! Mas sugiro que vocês passem a noite aqui... Maddalena já tomou todas as providências... Se vocês estão satisfeitos, eu os convido para um passeio pelo jardim, assim vocês conhecem um pouco desse lugar!

******

Acompanhamos a Condessa pelo belo jardim, tinha flores de todos os tipos. Ela nos explicava a história de cada planta. Era uma mulher encantadora, foi instantânea nossa simpatia, era como se nos conhecêssemos há anos. Ela nos contou que era inglesa, amiga de infância de Dumbledore, frequentou Hogwarts e se tornou a Condessa D´Angeli quando se casou com Julianno Castelli. Depois de quase meia hora caminhando, ela indicou dois bancos e fomos até lá.

- Não consigo ficar mais tanto tempo caminhando... A idade chega sem trégua! – comentou sentando, Gina sentou ao seu lado e sentei no banco da frente, observei como ela era atenciosa e carinhosa com Gina. A tratava como uma filha.

- A senhora sempre se refere a Dumbledore... Vocês eram próximos? – Perguntei com um certo receio de que fosse mal interpretado.

- Tudo bem, Harry! – Era como se ela soubesse o que pensava. – Alvo era um grande amigo... Nunca fomos mais do que isso! Ele me apresentou ao meu marido! Eu me casei muito cedo, infelizmente não tivemos filhos e meu marido morreu cedo. Desde então, vivo aqui!

- A senhora... Também é uma sétima filha, como eu?

- Sou Gina, com as mesmas características... Depois de mim, só existe você... – Ela falou serenamente.

- Porque só agora entrou em contato com Gina, com a gente? - Questionei.

- Eu sempre pesquisei a história das famílias bruxas, por ser uma sétima filha, era minha missão saber quando uma irmã iria nascer. Foi assim que cheguei aos Weasley. Sabia que Alvo conhecia Molly e Arthur, então pedi para ele nos colocar em contato assim que Gina nasceu, mas Alvo estava muito envolvido com outros assuntos mais urgentes, precisava garantir sua segurança Harry, infelizmente nos sabemos como tudo terminou. Quando soube da morte de seus pais, tive certeza que precisa proteger Gina... Pois se Voldemort soubesse que uma sétima filha havia nascido, estava em jogo um poder maior, muito maior que também seria uma ameaça aos planos dele. Até porque, assim que Gina nasceu fui informada que vocês estavam destinados... Então se Voldemort soubesse que o menino destinado a colocar em xeque todo seu poder, estava destinado a uma menina que nasceu para ser uma bruxa poderosa. Bom, ele iria querer tirar os dois do caminho!

- Como assim destinados? – Gina questionou. – Aquela história de alma gêmea...

- Sim... Vocês são almas gêmeas... Mas falaremos sobre isso em outra ocasião! – ela falou segura e continuou. – Alvo tratou de cuidar de Harry, eu entrei em contato com seus pais e falei sobre você ser uma bruxa poderosa, sugeri que eles tratassem isso como uma lenda, um mito, e não dessem atenção para suas manifestações mágicas, pois qualquer coisa poderia despertar o interesse de Voldemort. Todos estavam assustados com os últimos acontecimentos que envolvia os Potter’s, então seus pais não questionaram minha intervenção, concordaram que era melhor educá-la como uma criança bruxa qualquer... Como a caçula de seis irmãos e única menina, era fácil entender o excesso de zelo que tinham com você! Mas nunca foi a toa Ginevra! Seus pais e seus irmãos mais velhos, Gui e Carlinhos também sabiam...

Gina parecia entender porque sempre foram todos tão cuidadosos com ela. Não era só o fato de ser a caçula, única menina; eles tinham medo do que poderia acontecer. Lembrei que no dia da batalha em Hogwarts, o Sr. Weasley não queria Gina duelando, queria que ela ficasse em segurança na sala precisa. Isso fazia tanto sentido agora!

- O plano deu certo, mas no seu primeiro ano na escola, você foi possuída por Tom Riddle. - A condessa continuou depois de alguns segundos de silêncio. - Pensei em tirá-la na escola, entrei em contato com seus pais, talvez fosse a hora de iniciá-la nos poderes da sétima filha, mas Alvo me convenceu que você estaria segura lá, que chamaríamos mais atenção tirando você da escola... Mesmo sendo criada como uma bruxa normal, todos sabiam que era a sétima filha, de uma família puro sangue e única menina em sete gerações.

- Mas foi uma grande coincidência o diário ter ido parar comigo e tudo que aconteceu... Poderia ter sido com qualquer um! – Gina comentou.

- Foi uma coincidência, mas se você não fosse uma sétima filha jamais iria conseguir abrir a Câmara. Acredito que Malfoy não a escolheu a toa, como disse todos sabiam sobre você! – Concordamos, todos sabiam mesmo. - Nesse momento, tive certeza que você precisava ser protegida e treinada. Mas a nossa sorte foi que Voldemort, tão cego pelo poder, tão obcecado pelo Harry nunca percebeu você! – Ela levantou-se e começou a caminhar em direção a casa, a seguimos. - Então MacGonnagal sugeriu aulas para você, lembra, aulas de reforço para recuperar o seu primeiro ano conturbado. – Gina sorriu, ela já havia comentado dessas aulas. - Sutilmente, ela começou o seu treinamento, ajudá-la a controlar sua magia.

- Hoje eu sei que MacGonnagal me ensinou muito mais do que aprenderíamos no primeiro ano de escola! – Gina comentou.

- Os anos foram passando... Querida, você sabia que era mais habilidosa que as outras bruxas, mas você também sabia que outros não podiam saber disso! Você sempre teve uma intuição muito apurada! É uma das principais características de uma sétima filha... – Gina sorriu ao ouvir o comentário. – Até com Harry... Agiu por intuição, não foi?

- É... Mas, às vezes, eu duvidei um pouco dessa intuição! – Gina falou rindo e me olhando. – Mas... Minha intuição diz que meus filhos ainda correm perigo!

- Gina... Infelizmente, você não pode duvidar da sua intuição, não nesse caso! Eu... Eu acho, tenho certeza, que um grande perigo ainda ronda a segurança de seus filhos. – Levantei-me rapidamente, Gina se retraiu. – Calma... A luta pelo poder cega as pessoas... Foi o que aconteceu com Voldemort e é o que está acontecendo agora! E, seus filhos são bruxos habilidosos demais, possuem características mágicas raríssimas.

- Por causa da herança mágica, nosso contato com as horcruxes... – Falei e ela concordou com um gesto positivo.

- Sim Harry! Você é um bruxo poderoso, já nasceu com esse dom. Gina também! O contato com as horcruxes intensificou, aflorou as habilidades de vocês. Era inevitável que isso não fosse passado para as crianças. – Ela deu um longo suspiro

- Mas... Como ainda correm perigo? Bessy, que era a nossa maior ameaça, está morta! – Falei rapidamente. – Conseguimos deter todos que estavam com ela, o Herdeiro não me parece uma ameaça. Tem o Crayde...

- Ele é o problema. Ele iniciou tudo isso... – A condessa deu um longo suspiro. – Meus queridos, Crayde não se expôs, ele sabia dos riscos que corria, viu os erros de Voldemort... – Ficou em silêncio. – Eu sei o que estou falando, porque Adolfh Crayde é meu sobrinho. Ele sabe sobre o poder da sétima filha, ele sabia sobre o livro que está em seu poder... Ele sempre soube quem você era, Gina. Infelizmente, ele ficou sabendo por mim sobre você, ele foi criado nessa vila, como um filho. Eu não pari, mas tinha o Andy, ele veio para mim ainda um bebê. E foi minha maior decepção, meu maior erro!

- Eu sinto muito... – Gina pegou suas mãos. – Não foi sua culpa... Tenho certeza que a senhora fez o que qualquer mãe faria para ele seguir o caminho certo!

- Mas eu vi que ele estava indo pelo caminho errado e não fiz nada... Fiquei cega, só me dei conta quando não tinha mais volta! – Lágrimas rolaram pelo seu rosto. – Andy é filho da irmã de meu falecido marido, infelizmente, ela e o marido morreram em um acidente logo depois que Andy nasceu... Então nós o criamos. Meu marido morreu quando Andy tinha onze anos, ele nunca superou a perda do único pai que conheceu, ele se recusou a voltar à escola naquele ano, ele estudava na escola de magia e bruxaria de Roma, ficou recluso nessa vila... Depois, resolveu voltar para a Alemanha, ficar com a família do pai. Eu nunca o afastei da família do pai, sempre o deixei livre, mas nunca estimulei um aproximação pois sempre soubemos que os Crayde eram simpatizantes de Voldemort, comensais...

- A senhora não precisa contar! Nós entendemos! – Falei, vendo que a condessa estava muito emocionada.

- Não Harry, eu preciso! Continuando, Andy ficou com a família paterna até completar os estudos, nessa altura Voldemort já tinha um número considerável de seguidores, inclusive os Crayde. Então Andy me procurou, queria a sua herança. Meu marido o nomeou seu único herdeiro, quando soubemos que não poderíamos ter os nossos filhos. Ele queria o ouro para se juntar com Voldemort. Ele me contou isso como se fosse algo maravilhoso, ele não tinha noção, pelo menos eu gosto de pensar assim, do que Voldemort pretendia. – Ela levantou-se e ficou olhando o por do sol, respirou fundo e continuou...

“É claro que eu não liberei o ouro! Jamais liberaria nessas condições... Então eu conheci um Andy que eu nunca conheci. Um Andy que não era o meu Andy... Ele se voltou contra mim e eu precisei usar um feitiço para expulsá-lo dessa vila. Proibi que ele voltasse aqui enquanto ele não tomasse juízo. Eu achei que ele tinha se endireitado, depois que aconteceu tudo com seus pais... Ele voltou aqui, implorou meu perdão, disse que estava arrependido, que não sabia o Voldemort pretendia... Eu não duvidei, queria o meu menino de volta! Andy ficou aqui durante um bom tempo, eu estava maravilhada... Até liberei parte da herança dele! Ele era tão inteligente, astuto, foi assim que começou a construir o seu império. Depois, eu descobri que seus negócios não eram assim tão corretos! Nessa época ele conheceu uma moça, aqui de perto, já estava vendo meus netos correndo por aqui! Mas o romance terminou de uma forma muito violenta, aquela menina nunca mais foi a mesma e minha intuição diz que Andy tem muita culpa nisso, apesar dela nunca comentar o que realmente aconteceu. Então teve uma vez que Alvo veio me visitar, conversávamos sobre vocês, pois Harry iria para Hogwarts... Andy ouviu parte da nossa conversa, depois me questionou e eu contei tudo. Tudo que eu e Alvo havíamos planejado cuidadosamente, em segredo... Até hoje não consigo entender como contei tudo para ele... O amor também pode cegar!”

- Contou! Mas... – Gina exclamou, parecia que ela estava entendendo algo que eu ainda não havia assimilado. – Meu Merlin!

- Você entendeu né, Gina! É isso que eu não me perdôo... Não consigo entender como eu não vi isso, era tão óbvio! – A condessa deu um longo suspiro. – Contei ao Andy sobre o Poder da Sétima filha, sobre o livro, que está passando de sétima para a sétima há muitos séculos... Contei que você era a última com o poder da Sétima filha, que havíamos a protegido de Voldemort, porque sabíamos da sua ligação cármica com o Harry... E que o Poder da sétima era algo com que podia derrotar Voldemort.

“Aparentemente, Andy não se abalou com essas informações, mas quando soubemos que você havia sido possuída pelo Diário de Tom Riddle, percebi que Andy passou a se interessar muito por você, em saber sobre os poderes de Sétima filha. Eu só achava que ele estava interessado, passava todas as informações... Inclusive falei sobre Bessy Macffyn, pois havia a possibilidade dela ser uma sétima filha, mas isso não aconteceu. Então Andy se afastou novamente, mas foi inteligente de não brigar comigo, mas evitou me procurar, pois sabia que ia questionar as ligações que ele andava fazendo com o Malfoy’, os Macffyn’s, Dolores Umbridge outros comensais. Mas ele foi esperto, não se aliou diretamente a Voldemort, não se tornou um comensal, jamais de expôs... Mas sabia de muita coisa! Os meus estudos sobre famílias bruxas, magia antiga, ele sempre soube sobre isso, gostava de ensiná-lo, de instruí-lo... Andy sabia a história de todas as famílias importantes da comunidade bruxa, sabia como chegar onde queria... Inclusive soube de um grande segredo de Voldemort através de Narcisa e Bellatrix, a existência de um filho do Lorde”.

- Então... Só um pouquinho! A Bessy não era ela a grande interessada nisso tudo? Ela queria os poderes da Gina, usou a história do herdeiro como um escudo para chegar até nós, desviar nossa atenção... - Comentei assustado, percebendo onde toda aquela história iria chegar. – Esse tempo, nossas atenções foram para o Herdeiro e depois para a Bessy, enquanto Crayde ficava por trás! Achávamos que ele não era uma ameaça, só estava financiado tudo! Fomos enganados!

- Calma Harry! – Gina tocou em minha mão.

- Ninguém foi enganado... Vocês fizeram o que era previsível. Andy arquitetou muito bem seu plano. Sabia que não devia se expor, então arranjou quem estivesse disposto a fazer isso por ele! – A Condessa falou recuperando a serenidade. – Bessy estava disposta a se colocar em linha de fogo. O único que foi usado nessa história foi Theodore. Harry e Gina o que vou contar agora são deduções minhas, posso estar enganada, mas pelo que conheço de Andy e sabendo qual é o seu objetivo, acho que estou no caminho...

“Diante das informações sobre os poderes da sétima, Andy cresceu comigo, sabia muito bem tudo que uma sétima filha poderia fazer, e também sabia que Gina não tinha noção dos seus poderes... Quando ficamos sabendo que vocês tinham casado, ele teve noção que precisava agir, vocês finalmente estavam cumprindo seus destinos. Andy tem um amplo conhecimento sobre magia, mas nunca se dedicou, mesmo com meus ensinamentos, ele nunca procurou se tornar um grande bruxo, podemos dizer que era um bruxo medíocre... seus interesses eram outros. Desde pequeno ele falava que a comunidade bruxa devia se unir, meu marido também tinha essa ideia, acredito que tenha o influenciado. Meu marido era um político nato, se não tivesse morrido tão cedo teria se encaminhado para o Ministério, mas suas intenções eram para o bem... Mas, com o tempo, isso virou uma obsessão para Andy: poder e ouro! Era só o que ele queria! Ele investigou tudo sobre o herdeiro, entrou em contato com Bessy. Essa menina era uma bruxa poderosa, era a companheira que ele precisava! Ele teria o domínio político e ela o da magia! Perfeito! Bessy queria os poderes da Gina, sabia da possibilidade de fazer um feitiço muito antigo onde poderia “ter” os poderes da Sétima. Então começaram a trabalhar nesse plano. Andy ficou escondido, financiou tudo, conseguiu alguns aliados...”

- Eu ainda não entendi onde o Herdeiro entra nessa história, pois já está mas que provado que trazer Voldemort de volta é impossível. – Falei.

- Nem todos sabem disso... Andy conseguiu o apoio que precisava alegando a possibilidade de trazer Voldemort de volta, e isso também não era do interesse dele! Porque ele dividiria suas conquistas? Mas o Herdeiro é o único herdeiro de Voldemort, se for realmente o filho dele pode abrir uma arca onde têm muito ouro, tesouros, relíquias, jóias... Coisas de valor que Voldemort juntou durante toda sua vida. Andy sempre quer mais e mais ouro! Essa arca estava na casa do Malfoy, não tivemos mais noticia dela então acho que ainda está lá. Não acredito que Draco saiba o conteúdo dessa arca. Talvez ele tenha se desfeito dela, pois jamais conseguiria abri-la!

- Eu estou entendendo... Mas ainda tem uma coisa que intriga, Bessy não conseguiu fazer o feitiço de transferência de magia comigo. – Gina questionou.

- Esse feitiço não é tão fácil Gina! Você estava sendo coagida, para passar sua magia para outro, você tem que estar disposta a ceder, de livre e espontânea vontade, e outro tem que estar aberto para receber.

- Mas eu não fiz nada... Estava disposta a abrir mão dos meus poderes!

- Seu inconsciente sabia que estava sendo coagida, por isso mesmo você querendo ceder, você ao mesmo tempo se retraia... Por isso não deu certo! A transferência de qualquer magia tem que partir de quem quer abrir mão dessa magia. Bessy não sabia disso, pois os livros não trazem essas informações complementares... Na verdade Gina, você só pode passar seus poderes para alguém que você deseja que os tenha, alguém que tenha laços muito fortes com você, mais do que de sangue, laços eternos. – Sorriu e deixou um suspiro escapar, acho que já estava cansada. – Lilian, você pode passar para ela se quiser, além de ser sua filha, os laços que une Lilian a sua vida e a de Harry são laços cármicos... Lilly é uma bruxa muito especial! Vocês já sabem disso! Mas diferente dos meninos, Lilly nasceu com esse dom, porque, apesar de não ser uma sétima filha, é filha de uma! Além do que, Lilly também tem laços cármicos muito fortes com vocês! Mas eu não aconselho que algum dia, você, Gina faça isso, pois é uma grande responsabilidade ter os poderes da sétima, se fosse para ela ter o poder da sétima, o destino teria cuidado para que ela fosse a sétima filha a nascer. O que não aconteceu!

- Eu acho que você tem razão... Minha filha já carrega muitas responsabilidades... Lilly tem uma energia muito boa, uma magia vital... Se não fosse por isso, teria morrido na gravidez dela! – Gina falou visivelmente emocionada.

- Sim Gina... Lilly já nasceu com um dom muito bonito. O que aconteceu com você na gravidez da Lilly foi o mesmo que permitiu que Tom Riddle lhe possuísse, você estava vulnerável. Nessas horas eu me culpo, pois se tivesse sido iniciada nos poderes da sétima, saberia como se defender, teria entendido os sinais, saberia mais cedo o que estava acontecendo!

- Tem mais uma coisa... O livro que estava em poder da Bessy! O que sabe sobre ele? – Questionei.

- É um livro muito antigo Harry, que contém muitos feitiços que podem ser usados tanto para o bem como para o mal; foi escrito por um grande bruxo. Conta a lenda que pelo próprio Merlin! – Ela sorriu serenamente para nós.

“Acontece que com o tempo caiu em mãos erradas. Daí o estrago é muito grande. O livro que está com Gina, também tem os mesmos feitiços, somente foi destinado as sétimas filhas, foi escrito por Viviane, dizem que foi o grande amor de Mérlin, era uma sétima filha e uma feiticeira de Avalon... Mas existe muita lenda sobre a origem desses dois livros, dizem que Mérlin e Viviane os escreveram junto, para cada feitiço uma versão, um contra feitiço... Porém, Viviane, pensou que seu livro podia cair em mãos erradas e fez um encantamento: somente uma sétima filha consegue ler e executar os feitiços. Se você tentar fazer um feitiço do livro vai causar uma grande estrago e não vai dar certo! O livro é seu agora Gina... você o passa para quem desejar, essa pessoa vai conseguir ler o livro! Como não há outra sétima filha, o deixe para sua filha, para uma neta, sobrinha... Mas tem que ser uma mulher que você confie, que tenha pelo menos laços de sangue com você”!

Gina foi até ela e deu um longo abraço. Era como se a Condessa tivesse tirado um grande peso das costas.

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Alguns minutos depois a Condessa se retirou alegou que estava muito cansada. Nós também estávamos. Fomos para o quarto destinado para nós, quase não conversamos, ainda era preciso assimilar todas aquelas informações, era muita coisa. Algumas horas depois Maddalena apareceu dizendo que o jantar já estava servido e que a Condessa pediu desculpas, mas não ira nos acompanhar, pois estava muito cansada.

Comemos em silêncio. Mesmo ainda tentando assimilar todas as informações recebidas, me sentia muito bem naquela casa. Com aquelas pessoas. Depois do jantar eu e Gina resolvemos dar uma volta pela vila, parecia tudo tão familiar. Quando retornamos, encontramos a condessa nos esperando.

- Está melhor? – Gina perguntou.

- Sim minha filha! Coisas de velho! Gostaram do passeio? – Ela nos indicou uma poltrona para nos sentar.

- É tudo muito lindo aqui! Tenho a impressão que já conheço tudo e todos! – Gina comentou rindo.

- É porque vocês já viveram aqui... Mas essa é uma outra história! – Ela sorriu para nós. – Prometo que conto em outra ocasião. Vou deixá-los curiosos e assim terão que me visitar!

Concordamos sorrindo. Era uma excelente desculpa para uma próxima visita.

- Eu ainda tenho uma dúvida! – Falei depois de algum tempo, a condessa me olhou curiosa. – Sobre a pedra do amor!

- A pedra do amor... Ela também tem haver com o poder da sétima filha. Foi ideia minha deixá-la com sua mãe. – Nos ofereceu chá e continuou. – Infelizmente, ela não teve tempo de usá-la... Mas a deixou lá e, felizmente foi parar nas mãos de vocês e pode ser muito útil quando Alvo precisou!

- Mas a mãe do Harry não era uma sétima filha! Era uma nascida trouxa... – Gina questionou curiosa.

- Sim... Lilian nasceu trouxa, mas com certeza devia ser descendente de alguma bruxa poderosa, talvez até de uma sétima filha... Isso explicaria porque o Harry nasceu um bruxinho destinado a enfrentar o maior bruxo das trevas!

- A senhora tem como saber sobre a descendência de minha mãe? – Essa era uma coisa que sempre quis saber.

- Vou tentar! – Ela segurou minhas mãos e sorriu.

Ficamos conversando mais um pouco, principalmente, sobre as crianças. A condessa parecia encantada com tudo que falávamos de nossos filhos. Nos fez prometer que voltaríamos assim que possível com os três.

No outro dia, a Condessa nos esperava para o café, sugeriu que ficássemos mais um dia. Gina concordou prontamente, ainda queria conversar com ela sobre os Poderes da Sétima filha. Eu voltei para Roma para encerrar a nossa conta no hotel, buscar nossa bagagem e pedi para alterar a nossa chave de portal, iríamos no outro dia embora da Vila direto para Londres.

Quando partimos, ficou acertado que Gina e a Condessa manteriam contato, pois Gina precisava saber mais sobre os poderes da sétima filha e a Condessa queria saber sobre o andamento das investigações.

Eu estava ansioso para contar tudo para o Rony. Precisamos intensificar a busca a Crayde, tinha certeza que ele voltaria a atacar. Agora as suspeitas de Gina faziam um enorme sentido. Também tinha o Herdeiro; precisava garantir a segurança dele. Mas agora sabia o que deveria fazer para proteger a minha família.

- Harry... – A condessa me chamou quando já estávamos partindo e Gina se despedia de Maddalena. – Gina me contou como Bessy morreu! Eu... Tenho minhas dúvidas querido! Ela pode ter usado um feitiço de ilusão! Já instrui Gina sobre isso! Mas aquela menina está fora de controle... Cuidado!

Será? Não respondi. Gina apareceu rindo de algo com Maddalena. Despedimos das duas e fomos para nossa casa. Logo estávamos no hall do Largo Grimmauld, ouvimos ao longe as vozes infantis das crianças. As palavras da condessa não saiam da minha cabeça.

- Gina...

- Depois Harry! Depois... – Gina me deu um beijo na bochecha. – EI! CHEGAMOS! NÃO TEM NINGUÉM NESSA CASA?!...

- PAPAI, MAMÃE... - Os gritos de Alvo e Tiago, seguido por abraços apertados e beijos babados me fizeram esquecer os problemas por algum tempo!

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N/B: INCRÍVEL!!!! Amei cada letrinha desse capítulo! Muita coisa se revelou principalmente aquele filho de soldado com bailarina ! Humpft! E quer dizer que a sapinha nova não morreu? Ahhhhhhhhhhhhh, minha amiga! Adorei, viu? Obrigada!!! Amei ter inspirado uma pessoa tão culta, sábia e perspicaz.. E, realmente, como você me disse... Esse capítulo é absolutamente HG!!!!! Beijo enorme, Day! Beijos a todos, Alê.

N/A: N/A: Bom, meus queridos leitores capítulo 35 para vocês. Demorou mais saiu!!! Coloquei mais lenha na fogueira né! Espero que o capítulo tenha esclarecido o porque de tudo isso! Como sempre achei que a Gina era e é uma grande personagem que a JK deixou de lado, achei que devia combater essa injustiça. HEheheehhe ... Como sempre, qualquer coisa que tenha deixado passar me avisem, Ok! Quanto ao próximo capítulo, ele já tá adiantado, teve algumas partes que precisei tirar desse e já estavam escritas, mas achei que o capítulo já estava de bom tamanho e com muita informação, então acho que em torno de um mês estarei atualizando. Gente... a Condessa é uma personagem muito especial, pensei na minha querida beta para escrevê-la, eu já havia pensando nessa personagem, que seria alguém do estilo de Dumbledore e que daria todas as explicações necessárias ao Harry e a Gina, alguém que também teria uma ligação muito especial com nosso casal querido. Outra coisa, o capítulo ficou totalmente HG. Quando me dei por conta, não quis mudar, assumo é o meu casal preferido. Espero que gostem. Mas para os fãs de RHr, estou pensando em algo enfatizando mais o casal. Bom, acho que era isso! Um grande beijo para todos que estão lendo, comentando, como sempre... BRIGADO!
Daiana

Ayla Teresa – Dúvidas respondidas? Ou causei mais? Ehehhehe... Obrigada! Beijos!

Jessi – Assim que puder dou uma passadinha. Beijos!

Reji – Se o outro cap esclareceu, espero que esse tenha esclarecido mais ainda. Quanto a Bessy estar viva!!!!! Hum... Beijos e até o próximo!

Laurenita – Espero ter respondido suas dúvidas ou ter causado mais! Eheheh! Beijos e até o próximo!

Tatii Potter – Espero que suas dúvidas estejam sendo sanadas nesse capítulo, bom não pretendo trazer nada novo, agora é só esclarecer tudo. Continua lendo e bjs!

Pedro Henrique Freitas – Ainda não vou dizer quem está espionado eles, mas tá na cara né! Espero que a viagem a Italia esteja a seu contento, tem até nc oculta! O jantar no próximo capítulo e acho que vai ser legal... pelo menos a parte que eu já escrevi, eu gostei! Gostou da chamada no Harry na Gina, ela tava precisando... Já entrei em contagem para os capítulos finais, no máximo posso aumentar um capitulo do previsto inicialmente. Obrigada e bjs!

Maria Lua – ai, a janta na casa dos Malfoy´s será no próximo capítulo, quero que seja engraçada, tipo o Harry e o Draco implicando um com o outro... Continua lendo! Beijos!

Carol Alves – Seja bem vinda! Muito obrigada pelas palavras! O suspense tá terminando, acho que com esse capítulo estou deixando tudo claro. Continua lendo! Beijos!

Fêh – Sim, agora são quatro capítulos mais o epílogo, pelo menos é minha previsão, mas isso pode ser alterado! Continua lendo e beijos!


Tonks e Lupin – Espero ter respondido suas perguntas. Obrigada! Beijos!


JooOOoo Potter - Obrigada! Continua lendo! Beijos!

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