O Musical de Fim-de-ano e a Pr



Nos jardins, haviam lâmpadas gigantes que rodavam em torno de si mesmas, todas muito coloridas iluminavam os campos e aquela iluminação lembrava muito uma rave trouxa, o palco era gigantesco, uma pista de dança de mais ou menos cinqüenta metros estava de frente ao palco, e depois da pista, centenas de mesinhas com seis lugares cada, eram nove da noite e as apresentações tinham começado, Grifinória havia sido a última a se apresentar no quesito ‘Musicais de Quadribol’. Harry pulava no palco, cantando, Rony tocava guitarra, e outros integrantes tocavam os demais instrumentos, mas Gina via apenas Harry, cantando, olhando diretamente para os olhos da ruiva, que pulava freneticamente, bagunçando os cabelos cor de fogo, o som estava muito alto, porém, magicamente controlado, para que nenhum trouxa ouvisse.
Todos aplaudiram o time de quadribol da Grifinória, que saiu do palco suado e corando, Gina correu para dar um abraço forte em Harry.
- Foi fantástico Harry! Podia montar uma banda de verdade...
- Estou seriamente pensando no assunto. – Brincou ele pomposo.
Harry e Gina foram até uma das mesinhas, onde Rony e Luna já estavam sentados, Draco e Hermione juntaram-se aos quatro quando Dumbledore subiu ao palco.
- Bom, primeiramente, boa noite a todos! – Só com isto, todos começaram a gritar e rir. – Bem... – Todos gritaram novamente, Dumbledore riu. – Eu queria dizer que este ano foi um ano muito especial para nossa escola, um ano em que podemos fazer uma confraternização maravilhosa como esta sem nenhum problema. Lufa-Lufa, foram ótimos decoradores, a iluminação está ótima. Sonserina, meus sinceros agradecimentos pela montagem e afinação dos instrumentos de todos, muito dedicados vocês. Grifinória, a comida esta realmente maravilhosa, vocês se deram bem com os elfos da cozinha pelo que vejo. – Ele deu uma risadinha. – Corvinal, parabéns pela organização dos convidados e pelo design do convite, ficou realmente lindo. Agora... com vocês... A Canção dos Monitores! Comecemos então por Corvinal, a nossa querida casa dos sábios!
Todos aplaudiram, Cho Chang, corando, subiu ao palco e tocou piano, o que fora uma surpresa pois ninguém ali sabia que Cho tocava piano tão bem.
- Susana Bonnes, representando nossa tão querida Lufa-lufa, a casa dos bondosos e simples.
Susana Bonnes entrou no palco tão corada quanto Cho havia estado alguns minutos atrás, cantou uma música não muito animada e que quase ninguém gostou, mesmo assim aplaudiram.
- Hermione Granger, representando os alunos de Grifinória, a casa da bravura.
Hermione subiu ao palco, vestia um longo vestido branco, com babados azuis, um sapato transparente quase que de cristal nos pés brancos, e um arranjo magnífico no cabelo, sobre o qual, algumas estrelas brilhavam. Ao subir no palco, Hermione deu uma piscada para Luna, que assim como os demais cinco, havia saído da área das mesinhas e se aproximado ao máximo do palco, Draco estava grudado na grade que dividia o palco da pista de dança, e sorria radiante. Luna acenou com a varinha e todas as luzes coloridas ficaram brancas e prateadas, flocos de neve caíam sobre uma Hermione sorridente no palco, e borboletas recém-conjuradas voavam por cima de todos além do palco, no palco a propósito, haviam milhares de narcisos amarelos que faziam-se perdidos na imensidão cheia de flocos de neve.
Uma nota soou, outra, e mais outra, e Hermione começou a cantar, ali, dentre todas aquelas pessoas, somente uma lhe importava, à qual ela estava cantando esta música.

“Uh, Uh, Uh
As vezes me pergunto se, eu viverei sem ter você, se saberei te esquecer
Passa um momento e eu já sei, você é o que eu quero ter, inesquecível para amar
Mais que uma história para viver, o tempo parece dizer, não não me deixe mais
Nunca deixe mais, nunca me deixe.
Quanto mais longe possa estar, é tudo que eu quero pensar ,não não me deixe mais
Por que eu te quero aqui, Inesquecível em mim.”.

Gritos e aplausos instantaneamente cobriram todo o jardim da escola, os olhos de Draco cintilavam na direção de Hermione, e os dela para os dele.

“Ouço sua voz e a alegria, dentro de mim faz moradia, vira tatuagem sobre a pele,
Te levo sempre em meu olhar, não gosto de te procurar, entre meus lábios sinto a falta de você...
E assim profundamente meu, pra que pensar que existe adeus, não não me deixe mais,
Nunca me deixe...
Já não preciso nem dizer, o quanto eu me apaixonei, não não me deixe mais,nunca me deixe...
E vou dizer por que...
Se existe céu, você sempre será, Inesquecível para amar.
Não não me deixe mais
Nunca me deixe...
Inesquecível é você, digo então mais uma vez, Não não me deixe mais, nunca me deixe...
Oh Oh... Não... Não não me deixe mais, nunca me deixe... Ih... OhOh... Não não me deixe mais,
Por que eu te quero aqui, Inesquecível em mim.”

Assim que a última nota foi data, todos que estavam de pé pularam e aplaudiram, e todos que estavam sentados, se colocaram de pé e aplaudiram. Dumbledore sorria como uma criança que ganha um doce, Draco ria para não chorar, literalmente, ao descer do palco, Hermione encontrou Dumbledore subindo, o próximo seria Draco.
- Tenho a honra de chamar ao palco, e último, mas não menos importante monitor, Draco Malfoy, representando Sonserina, a casa da nobreza.
Naquele dia, Draco mal sabia o que cantar, ele sabia cantar, mas não o que cantar, foi então que se lembrou de um filme trouxa que havia visto uma vez com sua mãe, os dois haviam amado, e Lucius havia queimado o DVD quando descobriu que era de origem trouxa. Draco subiu ao palco, não esperava nenhum carinho do público, mas foi ao contrário, faixas se ergueram no ar, principalmente dos alunos de Grifinória e Corvinal, Luna Lovegood dançava na beira do palco, Hermione olhava para tudo aquilo estupefata, nem ela imaginava o tamanho carinho que aquelas pessoas tinham pelo menino que deixou de ser comensal da morte por amor à uma sangue-ruim.
Draco fez uma leve reverência ao público, acenou com a varinha, conjurou alguns violinos e um microfone.
“Presta atenção na letra, e vê se lembra de que filme é a música, com certeza você deve conhecer Mione.” Ele sorriu para a menina.
Hermione fora a única que usara efeitos mágicos na sua apresentação até o momento, Draco apenas apagou as luzes, deixou apenas umas dez acessas, para caso de emergência, as primeiras notas começaram, e Hermione lembrou-se imediatamente de seu filme preferido.

“Every night in my dreams
I see you. I feel you.
That is how I know you go on.

Far across the distance
And spaces between us
You have come to show you go on.

Near, far, wherever you are
I believe that the heart does go on
Once more you open the door
And you're here in my heart
And my heart will go on and on

Love can touch us one time
And last for a lifetime
And never go till we're one

Love was when I loved you
One true time I hold to
In my life we'll always go on

Near, far, wherever you are
I believe that the heart does go on
Once more you open the door
And you're here in my heart
And my heart will go on and on

There is some love that will not
go away

You're here, there's nothing I fear,
And I know that my heart will go on
We'll stay forever this way
You are safe in my heart
And my heart will go on and on”

Hermione não fez como Draco, e sim, soltou lágrimas na frente de toda a escola, Draco fora o mais aplaudido dentre os outros cantores colegiais de Hogwarts.
O resto da noite foi coberto de músicas, bruxas e trouxas, comidas gostosas e muita dança. Algumas lentas, como ‘Can I live – Nick Cannon’ cantada por Dobby, Winky e um menino da Lufa-Lufa fizeram as pessoas dançarem e rirem ao mesmo tempo, outras como ‘Do the Hippogriff’ fizeram os alunos se lembrarem do baile de inverno de dois anos atrás.
- Queridos alunos! – Dumbledore subiu ao palco novamente. – Quero lhes apresentar o DJ da festa daqui em diante. Qual seu nome DJ? – Brincou Dumbledore olhando para a parte de trás do palco. – Uhn... Ele é o DJ-que-sobreviveu? Será? – Dumbledore começou a rir, quase que desesperadamente, assim como todos os outros professores, até Snape deu uma dançadinha.
- E aí galera? – Disse Harry animado, em frente à uma mesa de som. – Música de trouxa para animar essa galerinha aí em baixo... Vamo lá!
Harry não conhecia muita música trouxa, mas com a ajuda de Rony e Draco ele fez uma lista de emergência.
Essa história de DJ começou durante a música de Draco, Harry foi puxado para fora da pista de dança por Dumbledore, o que ele pensou ser uma emergência mortal ou talvez um novo assassinato fora apenas um desesperado pedido de ajuda, o DJ que ia vir animar a festa teve sua vassoura atingida por um Boing trouxa, e o diretor agora queria a presença de Harry, afinal, ele conhecia todo mundo e era animado.
- Comecemos pelas dançantes... Casais apaixonados, esperem só algumas horas. – Brincou o moreno, colocando a primeira música: Heart in a cage – The Strokes, que havia sido uma das indicações de Draco, a música animou todo mundo, as meninas não estavam com o cabelo tão arrumado, muito menos de salto alto, os meninos despiram ternos e capas, varinhas jogadas de lado, e agora, um tumulto de gente dançava ao som da lista de Harry, que estava com fones de ouvidos gigantescos mexendo nos botões da mesa de som, se achando, realmente, o mais profissional DJ do mundo.
- Gostaram dessa? Se não gostaram, batam no Malfoy! – Disse Harry do palco.
- MAIS UMA! MAIS UMA! – Gritavam as pessoas.
- O pessoal apaixonado vai ter que esperar mais um pouquinho... Que tal um pouco de nostalgia?
E dançando sozinho no palco, com os fones de ouvidos grandes e mexendo nos botões, Harry colocou uma música chamada Hard feaded woman do Elvis Presley.
Todos começaram a dançar no estilo ‘Anos 60’, as saias das meninas rodando, e os meninos estalando os dedos, Luna Lovegood dançava com seu chapéu de águia, Rony dançava com a irmã Gina, que rebolava até o chão com seu vestido rodado, seu rabo de cavalo ruivo balançava pra lá e pra cá, assim como as suas mãos, Draco segurava o braço de Hermione no alto, e a girava, o loiro estralava os dedos e também girava e mexia os quadris no ritmo da música, enfim pegou Hermione no colo e a segurou de barriga para baixo, a menina deixou as pernas retas, Draco girou com ela no colo e a colocou no chão.
- Isso foi simplesmente a coisa mais maluca da minha vida. – Gritou a mina no meio do barulho.
- Idem!
- MAIS UMA! MAIS UMA! MAIS UMA! – Gritavam as pessoas ao final da primeira música.
- Essa próxima é uma indicação de Gina Weasley da Grifinória, que disse que o pessoal ta precisando rebolar feito trouxa hoje a noite!
- É ISSO AÍ HARRY! – Gritava Gina.
Então, pelas mãos de Harry, começou a surgir a música do Justin Timberlake, cantor trouxa preferido de Gina, Summer Love.
Gina, muito feliz por ter o pedido de música aceito, tirou a capa, e ficou com o short que estava por baixo, pegou um copo de cerveja amanteigada e começou a dançar, Draco juntou-se a Gina, fazendo um ‘Yo Yo Yo’ com a mãos na boca, feito rapper, dançou com a ruiva e Hermione até a música acabar, Rony dançava no chão, dando algumas cambalhotas junto com Dino Thomas, que conhecia muito bem aquela música, pois era nascido trouxa.
- Ok... Que tal Blink-182?
All the small thing logo começou a balançar os jardins de Hogwarts, a luz do luar cobriu o baile, Harry desceu do palco, pois aquela era a última música depois de horas de dança e brincadeira, todos pulavam e dançavam, Draco girava Hermione com a mão assim como girava na música do Elvis Presley, Gina rebolava até o chão bebendo sua cerveja abraçada com Harry, que pulava num monte de meninos, incluídos Rony, Ernie, Dino, Neville e Simas.
- Na, na, na, na, na, na, na, na. – Cantarolava Hermione dançando com Draco
- All the small things... Na, na, na, na, na. – Continuava Rony, que acabara de se aproximar do casal. – ATRAPALHO? – Gritou o menino.
- CLARO QUE NÃO! CHAMA O HARRY! VÃO DIZER QUEM GANHOU O GRÊMIO!
E dançando, já sem camisa, assim como Draco e Rony, Harry se juntou à Hermione, Luna e Gina logo fizeram o mesmo, e a música acabou.
Toda a felicidade se transformou em tensão, menos para Grifinória e Sonserina, pois sabiam que não iriam ganhar o Grêmio.
Alvo Dumbledore então subiu no palco, o silêncio pesou sobre os jardins, minutos atrás tão barulhentos.
- Boa noite. Primeiramente quero agradecer pela colaboração de todos, agradecer ao Harry e seus amigos que nos ajudaram na nossa pequena emergência musical, agradecer aos times de quadribol por cantarem, e agradecer para os monitores, por também cantares no nosso musical, agradeço também aos times de quadribol, que foram solidários com o Sr. Malfoy e o Sr. Potter, que tiveram alguns probleminhas neste ano, e então, não puderam jogar, obrigado Lufa-Lufa por terem jogado ante-ontem contra a Corvinal numa partira de emergência, parabéns mais uma vez para Corvinal, por ter ganhado a Taça de Quadribol e o Campeonato das casas...
- Será que ele ainda vai agradecer para muita gente? – Comentou Luna aflita.
- Acho que sim... – Respondeu Harry.
- Agora... o que mais lhes interessa... Professor Flitwick, traga-nos a urna de votação para o Primeiro Grêmio Estudantil de Hogwarts!
O pequeno Flitwick trouxe a urna, que era maior que ele, levitando ao seu lado, o homenzinho deixou a urna ao lado de Dumbledore e então se retirou do palco, com cautela, Dumbledore abriu a urna, sorriu ao ler alguma coisa ali dentro, e então, virou-se novamente para o público.
- Com 10% dos votos, Susana Bonnes, Lufa-Lufa.
Um pequeno grupo de pessoas comemorou.
- Com 12% dos votos, Hermione Granger, Grifinória.
Toda Grifinória comemorou, mesmo não sendo uma vitória.
O coração de Draco palpitou forte, Hermione pegou na sua mão com força, o mesmo fez Gina do outro lado.
- Com 15% dos votos... Cho Chang, Corvinal, que passaria o cargo para Luna Lovegood se ganhasse.
Muitíssimo poucas pessoas comemoraram, era de se esperar que ninguém quisesse Luna no poder.
- E com 63% dos votos! Mais da metade da escola... DRACO MALFOY! SONSERINA! O PRESIDENTE DO PRIMEIRO GRÊMIO ESTUDANTIL DA ESCOLA DE HOGWARTS! – Anunciou Dumbledore feliz.
- Você... Você ganhou! Você ganhou! – Hermione pulou no pescoço do menino, muito feliz.
- Venha cá Sr. Malfoy, dê-nos algumas palavras.
Tímido, Draco foi até o palco, no centro da estrutura, começou a dizer, não em sua voz pomposa e forte, mas sim em uma voz fraca e tímida.
- Eu... Não sei o que dizer, agradeço por todos que votaram em mim, e acreditaram que eu não sou uma má pessoa, também agradeço pelo carinho do pessoal da Grifinória, e espero que eu seja um bom representante dos alunos no ano que vem!
- Tenham uma boa noite alunos! – Disse Dumbledore. – Agora... Vão para suas camas, que amanhã é dia de voltar para casa!
- Na, na, na, na, na, na, na, na. – Cantarolava Hermione entrando no salão comunal da Grifinória.
- Gostei mais daquela assim ‘You can wait to fall in love... with me’ – Cantava Rony. – Mandou bem Gina, este tal de Justin até que faz um som legal...
- Gostaram de Strokes? Eu ouvia escondido do meu pai ano passado... – Comentou Draco, dando os ombros.
- A primeira música? – Disse Gina bocejando. – Amei.
- Acho que vou passar a noite aqui... Dumbledore deixou. – Draco sentou-se numa poltrona do salão comunal da Grifinória.
- Sério mesmo Draco? – Exclamou Gina.
- Gina, ele tem namorada, e você, namorado. – Lembrou Harry. – Que bom, Malfoy.
- Não me chame de Malfoy, somos amigos. – Sorriu o loiro.
Na verdade, Draco não dormiu, ninguém dormiu, a festa se estendeu por toda a madrugada, gritos e muita bagunça tomaram conta do salão comunal de Grifinória, que agora, recebia um Sonserino de braços abertos.
Espremidos na mesma cabine, Rony, Harry e Hermione estavam sentados no sofá da direita enquanto Luna, Gina e Draco na frente deles estavam. Neville, Lilá Brown, Dino e Simas entraram no vagão, ficando de pé, o que deixou tudo ainda mais apertado, eles continuavam a cantar a música que Harry colocara para tocar no final da noite.
- O Draco roubou poção da casa do bruxão, o Draco roubou poção da casa do bruxão!
- Quem eu?
- VOCÊ!
- Eu não...
- Então quem foi?
- Foi o Harry!
- O Harry roubou poção na casa do bruxão...
Cantavam os dez em coral, estralando os dedinhos e batendo palmas, a chuva lá fora não afetava a alegria de toda aquela molecada dentro do vagão, Draco não perdia nenhuma chance de olhar Hermione nos olhos e dizer, o quanto estava gostando, de pela primeira vez na vida cantarolar uma música que não diz coisas feias, rir de algo que não machucou outra pessoa, pular no colo de alguém, fazer montinho, cócegas, rir, chorar de rir, ter dor de barriga de tanto rir.
O trem se aproximava de Londres, e muito longe da li, Voldemort e Lucius sorriam um para o outro, era chegada a hora de um segundo plano para usar Draco ser colocado em ação. Harry, no meio de toda aquela bagunça na cabine, sentiu uma leve tontura e uma queimação na cicatriz, Draco sentiu uma pontada no braço esquerdo, quando levantou a blusa, viu que seu braço não era mais totalmente albino e que uma caveira com língua de cobra estava estampada ali. Hermione olhou-o estranho, num ato rápido, abaixou a manga da blusa, fingiu que nada aconteceu.

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