O Verdadeiro Plano
Nos capítulos anteriores:
- Eu fui até Londres, voando em coisas que eu não via, no ano passado, por causa de uma visão criada que você teve, quase morri, e não era para o meu bem. Olha, você vai se arriscar muito menos do que eu naquela noite, e ainda é para o seu próprio bem, custa ficar mais calmo?
– Posso até ir, mas... Hermione olha só, Voldemort voltou, tenho muitas visões com ele, e é loucura ir.
- Dumbledore é louco? Por que ele esta nos ajudando.
- Dumbledore? – Gina, que até o momento estava distante, pareceu voltar a si.
- Sim, Dumbledore. – Hermione respirou fundo. – Ele nunca me meteu, digo, nos meteu, em nenhuma furada.
- DOBBY! O que faz aqui?
- Vim trazer um recado do meu senhor para o meu ex-senhor.
- Você quer dizer que o Harry quer falar comigo?
- Exato. – Disse ele na sua voz aguda e amargurada. – Sr. Potter me manda Dobby dizer que Sr. Potter irá para você-sabe-onde no domingo, ou seja, amanhã. A Srta. Granger e os dois Weasley vão junto, a Sra. Malfoy esta lá à espera de todos. Todos estão no Caribe, lhe esperando, assim como foi combinado no trem naquela noite.
- E o estoque de Poção Polissuco?
- A Sra. Weasley realmente não quis nos ajudar, disse que ai seria demais... Mas graças à Deus temos a Srta. Lovegood que é uma...
- A Lovegood? Quem colocou ela no plano?
- O Sr. Potter, meu ex-senhor.
Logo, no jardim estava Narcisa Malfoy, despindo um uniforme da Corvinal e vestindo um vestido de veludo, Luna acenou para suas vestes escolares e logo elas sumiram.
- Bem... Srta. Lovegood, para todo o mundo mágico, está com ‘Mal da Bruxa Louca’, aquela doença quase sem cura... O pai dela esta conosco.
- Bom... Vá até onde Hermione esta... E lhe entre isto.
Draco entregou nas mãos magras e esverdeadas de Dobby um envelope colorido.
- O senhor é muito nobre Sr. Malfoy, o senhor esta salvando a vida de sua mãe.
- Dobby, sem drama, vá logo.
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O jardim estava escuro e não havia nenhuma estrela no céu quando os quatro amigos chegaram em Châteu Villet com a ajuda de Dobby, um gato totalmente preto esbarrou nas pernas de Harry, gemendo.
- Eca! – O menino chutou o bicho.
Harry entrou na grande casa ainda muito apreensivo, Gina estava abraçada ao menino quando entraram, Rony e Hermione vieram atrás, Narcisa Malfoy estava sentada na sala, olhando para o relógio até perceber que haviam chegado.
- Oh! Pensei que não viessem...
- É, eu também pensei que não viria. – Murmurou Harry para si mesmo, evitando o abraço de Narcisa, Gina fez o mesmo.
- Olá Sra. Malfoy. – Disse Rony. – Onde podemos colocar nossas malas?
- Segundo andar, quinto quarto à esquerda, quatro camas prontas.
- E Draco? – Hermione apressou-se em perguntar-lhe.
- Virá daqui uma semana.
- E o que vamos fazer quando ele chegar? Ficar aqui vivendo feliz para sempre? É isto que a senhora acha? É assim que pensa que vai ser? – Hermione disse alterando a voz.
- Não fale assim comigo mocinha... E Draco virá, esta desconfiando do meu filho?
- Estou. Olhe bem para a família dele, qualquer um desconfiaria.
- Só por que sou...?
- ‘Comensal da Morte’? – Completou a menina. – Imagine só, uma comensal da morte e eu, na mesma casa, e olha, o Harry Potter esta junto, ah, eu só podia mesmo estar louca. – Hermione tomou a sua mala que estava sendo levada ao piso superior por Rony. – Me dê isto, Harry... – Hermione correu até o menino. – Me desculpa...
- Depois de quase me arrastar você consegue ver no que se meteu? Depois de encher o saco 24hrs por dia, de mim, da Gina e do Ron, ai você chega aqui e muda de idéia? Quem você pensa que somos? Idiotas que podemos ficar indo pra lá e pra cá? Você deixou toda a família de Rony preocupada, fez a gente deixar Hogwarts para chegar aqui e amarelar?! Hein... Me diga... Me diga Hermione...
- Harry... – Disse Rony numa voz mole. – Não olhe para trás, é sério. – Então o ruivo soltou as malas no chão.
Harry sentiu uma onda de adrenalina correr dentro de si, olhou para trás e encarou um homem de barbas brancas e longas, com a varinha na mão, apontado-a para Narcisa.
- Prof. Dumbledore? – Harry se aproximou, aquilo parecia mais uma miragem.
- Harry... Enganaram à sua amiga, enganaram à vocês, mas não à mim. – Dumbledore fitava Narcisa. – Diga... Diga na cara dela o que fez!
- Não fiz nada... – Narcisa sacudia o rosto negativamente.
- Fez... Um plano maravilhoso não é mesmo? Se não fosse pela ajuda de Severo... Severo, onde está?
Então, o mesmo gato que Harry chutara entrou na sala, logo tomando a forma do mestre de Poções.
- Olá. – Disse ele, tirando a varinha do bolso e indo para o lado de Harry.
- Severo... – Narcisa estava estupefata.
- Surpresa? Por depois quase um ano letivo a menina finalmente dizer algo normal? Algo que não foi você e seu marido quem colocaram na mente dela?
Harry olhava de Hermione para Narcisa, de Narcisa para Snape. Rony ainda estava parado aos pés da escada, com as mãos na boca, agora, abraçado com a irmã mais nova.
- Prof. Snape, será que podia me explicar do que se trata? – Disse Hermione.
- Se trata de você Srta. Granger. – Disse ele seco. – Maldição Imperius, acho que como uma aluna exemplar deve saber do que se trata.
Hermione apenas assentiu. Quando havia sido? Quando ela teria sido amaldiçoada?
- Obliviate... – Disse ela para si mesma.
- É, você realmente é esperta. – Snape disse à menina. – Agora queira pegar sua varinha, sinto que alguém nesta sala...
- ME CHAMARAM? – Um homem albino entrou pela porta, sua capa molhada pela chuva, um vento frio entrou com ele, atrás do homem um outro, louro e alto, ao lado do segundo, um terceiro, um menino, Draco Malfoy.
- Milorde... – Narcisa fez uma reverência.
- Milorde o escambau! – Disse Snape com a voz grave e cheia de ódio. – Usou dois adolescentes para entregar outro? Um menino da idade de seu filho,e pensou que podia enganar Alvo Dumbledore... Pobre Narcisa Malfoy... Crucio... – Disse Snape e logo a mulher começou a gritar, o rosto de Narcisa era muito bonito, porém, repleto de cicatrizes, provavelmente feitas pela maldição cruciatus.
Voldemort apressou-se na direção de Snape, que imediatamente apontou a varinha para a cobra do homem, Nagini, que rodeava os pés do dono.
- Matar Nagini? Acha mesmo que pode me abalar com isto?
- Que honra vê-lo aqui esta noite Tom... – Dumbledore aproximou-se com sua doce voz. – Eu receio em lhe dizer, mas caso Harry e Nagini morram esta noite, ah... Acho que só restara você.
- Seu velho insolente! – Gritou o homem.
- Não me chame assim. – Dumbledore disse calmamente. – Lembre-se que uma parte de sua alma esta nas mãos de alguém que eu mando.
Snape assentiu. Voldemort virou a varinha na direção de Draco.
- VOCÊ! Fez o que errado? Este era o plano perfeito.
- Para Dumbledore não há planos perfeitos! – Gritou Hermione.
Logo Voldemort se aproximou friamente de Hermione, com passos largos e pesados, encarou-a nos olhos, apontando a varinha para seu peito.
- Menina... Sentimentos adolescentes, nunca pensei que seria tão fácil controlar você, tão bobinha, acreditou em tudo que Draco disse? Draco... Grande servo este tal Draco... Grande mesmo... Talvez nem eu soubesse ser tão teatral quando ele, ótimo ator, apaixonado por uma sangue-ruim, amor impossível, não é belo Srta. Sangue-imundo? – Disse Voldemort, derrubando Hermione no chão com um chute. – E em outro momento... Um fiel servo... Que falava mentalmente comigo todas as noites, e então, esta noite, ele me disse tudo, tudo mesmo, onde Potter estaria, que estaria sozinho, achando que estava seguro... Ah... Potter! – O homem virou-se para Harry, dizendo o sobrenome dele com astúcia, gargalhou. – Outro bobinho... – Ele riu para si mesmo, agora virando-se para Rony e Gina. – Weasleys. – Cuspiu no chão. – Mais bobinhos ainda... Fique sabendo que sua mãe esta enterrando seu irmão Percy agora, queridos.
Lágrimas grossas e pesadas saíram dos olhos de Gina, Rony estremeceu, Voldemort riu alto
Ele girou nos calcanhares. E a varinha de Harry agora estava apontada para a sua.
- Duelar? Creio que Dumbledore lhe ensinou como. – Fitou-o. – Crucio. – Com a varinha, Voldemort empurrou a coluna de Harry para que esse curvasse.
- Sectumsempra!
- Avada Kedavra!
Disseram os dois ao mesmo tempo, as varinhas ficaram ligadas, uma forte dor tomou conta da mão branca de Voldemort e de Harry, das varinhas saíram jorros de luz, e como na noite do Cemitério, saíram da varinha de Voldemort, os vultos das pessoas que ele havia matado. Percy Weasley, Gina soltou um grito, que foi abafado por um forte abraço de Dumbledore. A cicatriz de Harry doía como nunca. Naquele momento não havia ninguém para segurar o feitiço para ele, seria a morte? Seria a morte aquele frio que tomava conta de seu corpo? Seria a morte aquela dor horrível na cicatriz, jamais sentida antes? Seria a morte os gritos agudos de Gina ao fundo?
- Harry! Solte! Atrás de você! – Gritou Hermione, que duelava com Narcisa, ao virar-se, deparou-se com Draco, o feixe que antes ligara as varinhas de Harry e Voldemort, agora atingira um vaso na sala, que virou pó.
- Ei, Potter. – Draco disse pomposo. – Bom te ver. E aí? Afim de fugir outra vez?!
- Você... COMO TEVE CORAGEM DE FAZER O QUE FEZ COM HERMIONE?
Rony se aproximou.
- É, COMO TEVE CORAGEM?
- Olha como falam comigo...
- VOCÊ É UM RATO NOJENTO... E DE VOCE CUIDO EU! HARRY, VÁ ATÉ NARCISA!! RONY, VA ATÉ LUCIUS... VOCE E GINA... – Hermione se aproximava, furiosa, suando quente, cheia de ódio.
- Oh... Querida Hermione! – Draco sorriu.
- Seu... Nojento. – Draco se aproximou dando um abraço em Hermione. – ME SOLTA!
- É assim que trata seu amado agora? – Disse ele dengoso. – Mon amour!
- Malfoy... – Hermione levantou-se com um pouco de dificuldade, pois havia sido jogada no chão novamente. – Você... – Ela não sabia as palavras certas. – Não há como... Seu diário...
- FOI TUDO UM PLANO MINHA QUERIDA! UM PLANO PARA VOCE TRAZER O POTTER PRA CÁ, E OLHA, DEU CERTO NÃO? AGORA CALE A BOCA ANTES QUE EU TE MATE.
- NÃO GRITA COMIGO...
- VOCÊ NÃO ESTA REALMENTE ME AMANDO ESTÁ? AH... POR QUE SE ESTIVER, É MELHOR ME ESQUEÇER... OU PREFERE QUE EU LIMPE SUA MEMÓRIA NOVAMENTE?
- ATÉ DUMBLEDORE ESTAVA NOS AJUDANDO!
- DUMBLEDORE CAIU FEITO UM PATINHO ATÉ SNAPE ABRIR SEUS OLHOS!
- Afinal... como eu pude ser tão idiota?
- É o que me pergunto todos os dias querida! – Havia um ódio desumano nos olhos de Malfoy. – Como Hermione Granger é burra!
- Wingardium Leviosa! – Gina fizera levitar um grande quatro e o derrubara em cima de Narcisa Malfoy, que tinha um grande corte na cabeça, que sangrava muito, os cabelos loiros da mulher faziam um forte e doloroso contraste com a poça se sangue ao seu lado.
Gina correu até o irmão Rony, que ajudava Severo Snape a duelar com Lucius Malfoy.
- ACHO QUE PERDI A PARTE BOA DA FESTA! – Belatriz Lestrange, e o marido Rodolfo entraram gritando na mansão.
- Crucio Pottah. – Sorria Belatriz, enquanto Harry se contorcia no tapete, Voldemort olhou para os lados, como se não acreditasse na presença de Belatriz. Logo Dumbledore lhe lançou um feitiço de corpo preso, ágil, Voldemort livrou-se dele, então, Dumbledore e Tom Riddle começaram a duelar.
- Tão bonitinho, mas tão fraquinho... – Debochava Belatriz, enquanto Harry se contorcia de dor no chão, e ao mesmo, tempo, tentava atacar Belatriz.
- Aguamenti. – Conjurando água, Severo Snape a jogava contra a face de Lucius Malfoy, que já não conseguia respirar.
- Serpensosia. – Uma serpente saiu da varinha de Lucius e foi até a perna de Snape, onde o picou, o homem caiu de joelhos no chão.
- Expelliarmus! – A varinha de Belatriz caiu no chão e partiu-se ao meio, quando Harry jogou o feitiço, sem varinha, Belatriz tentou dar um murro em Harry, mas, foi muito mal sucedida.
- Crucio! – Lucius torturava um Snape semi-desmaiado no chão.
Harry olhou ao seu redor, Gina ajudava Rony, que duelava com Rodolfo Lestrange.
- Empedimenta! – Rodolfo estava pendurado de cabeça para baixo no lustre de Châteu Villet, o homem se soltou e caiu no chão. – Estupefaça! – Gritaram Rony, Gina e Harry ao mesmo tempo, Rodolfo voou alguns metros, bateu contra a parede, que desabou em cima dele.
Agora, Harry, Gina e Rony foram na direção onde Draco jogava constantes feixes de luz diferentes contra uma forte barreira protetora construída por Hermione, quando finalmente Draco ia lançar a Maldição Cruciatus, o menino caiu no chão, em lágrimas.
Hermione sentou no chão, e ofegou. Suas mãos tremiam tanto, e tudo estava girando, não podia ser verdade.
Draco podia sentir a marca negra pulsando em seu braço, o sangue puro correndo em suas veias mais veloz do que nunca, Harry sentia sua cicatriz cortando de tanta dor, e Hermione ouvia gritos dentro de sua mente.
- O QUE ESTÁ FAZENDO COMIGO? – Gritou ela. – SAIA DA MINHA MENTE...
- Eu juro... Não sou eu... – Ele dizia, com a boca aberta, parecia abobado, olhava fixamente para algo atrás de Hermione. – Eu... Não faria... Isto.... EU.... sangue-puro... não ser mal.... eu... não... mal.... eu.... não...
- Ridículo. – Lucius disse, e era para ele que Draco estava olhando antes de cair desmaiado no piso de Châteu Villet.
- Você... Você... Usou o próprio filho? – Hermione levantou-se, apontando a varinha para Lucius.
- Expelliarmus. – A varinha da garota voou longe. – Não brinque com fogo. Sua mamãezinha trouxa nunca lhe disse isto?
- Avise Luna Dobby. – Disse Harry para o elfo que estava parado no jardim, olhando estupefato para tudo e dando pequenos pulinhos gritando ‘Dumbledore’.
Longe dali, Luva Lovegood, fora avisada por Dobby que era melhor ela ir para Châteu Villet, para que junto dos outros, fosse para um lugar seguro, e assim foi dito e feito.
Dumbledore continuava a duelar com Voldemort, e quando viu Luna chegar, apenas gritou um ‘VÃO LOGO!’ que fora acompanhado por um aceno positivo de Severo Snape.
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