A escapada de Narcisa



Nos capítulos anteriores:


Passadas uma semana, Narcisa Malfoy ainda tentava dobrar Lucius para ajudar na fuga minha e de Draco, sem saber das ‘novas amizades’ do filho, Lucius Malfoy, mandava Patronos diários para Draco, o avisando sobre o casamento, e perguntando como estava andando ‘A Missão’.
Qual era ‘A Missão’? Bem, ele não quis me dizer, o que me fez desconfiar de suas intenções pela segunda vez naquela viagem, a primeira fora, no avião, quando ele me atacou com tanta força e bravura.
- Eu olhava para Lucius...
- Você não disse que ele estava fraco?
- Acho que errei... Mas desta vez...
- Mione... Será que você podia pedir para ele sair só um pouco. – Olhou para Draco. – Eu preciso falar com você e Rony... Sobre aquilo. – Harry deu ênfase para ‘aquilo’.
- Voldemort? – Questionou Draco. – Se fosse você, não pediria para que eu saísse. – Draco se levantou. – Mas já que insiste...
- NÃO! Fique. Mas... Mione, ele é de confiança mesmo?
- Uhum. – Confirmou Rony de boca cheia.
- É sim.
- Pois bem... – Harry se levantou e trancou a porta da cabine, depois as janelas. – Abafiatto. Eu vi, Lucius Malfoy... Ele falava sobre um casamento... E... Eu falava com ele, enfim, Voldemort falava com ele, e ele mandava vir buscar Draco... Para o tal casamento, é estranho, mas Voldemort vai ao casamento...
- Ele vai no meu casório? – Draco engasgou com o suco de uva.
- O casório é seu?
- Châteu Villet.
- Sai com essa... Eu não vou ficar aqui ouvindo ele Mione!
- Vai sim... Você tem que me ouvir, você tem ir para a França, você tem que ficar lá.
- É... – Confirmei, sem saber mais o que dizer.
- Eu vou, e Gina também. – Rony assentiu.
- Ele sabe que não vai ser, porque estará apenas comigo e com minha mãe, e Potter... Somos bons, sua mãe e a minha... Eram melhores amigas.
- Melhores amigas? Quem disse isso?
- Dumbledore.
- Anda falando com Dumbledore?
- Falo com ele tanto quanto você.
- Aceita vir conosco Potter?
- Me chame de Harry. – Harry sorriu, a luz do luar iluminando seu rosto.

---

Algumas semanas se passaram depois daquela noite na qual Harry aceitou a ajuda de Draco, assim como Rony e Gina, o plano estava pronto e a felicidade de Draco e Hermione se aproximava cada vez mais.
Até que em uma manhã depois do fim do Inverno muito frio das montanhas de Hogwarts, um aluno deixou vazia a cadeira na mesa da Sonserina, naquela manhã, Draco havia sido buscado por sua tia Belatriz Lestrange para o seu casamento.
- Querido, vamos de vassoura, tudo bem?
- Claro... Bela.
- Isto! Que bom que você parou de me chamar de ‘tia’, eu me sentia velha demais.
‘Tchau Hermione’. Pensou ele, olhando para o castelo, principalmente para a torre de Grifinória o máximo que pôde.
- Eu sei que vai ficar com saudade dos seus amigos... – Comentou a mulher, puxando o menino para perto de si. – São só dois meses, e afinal, Crabble e Goyle pai vão estar lá, você pode mandar recado para eles...
‘Não é bem por eles que estou triste Bela.’ – Vamos? – Sugeriu o loiro, com o coração em pedaços.
- Vamos.
Ali, longe do castelo, e da torre da Grifinória, Gina Weasley, Rony Weasley, Hermione Granger e Harry Potter se olhavam, um silêncio doloroso estava entre eles, Harry, que observara até as ondas do mar quebrarem, sentou-se na areia com os amigos.
- Devem estar indo de vassoura até onde terminam os limites de Hogwarts, depois, vão aparatar é claro.
Rony coçou as próprias costas com os braços longos. – Sabe Mione... Você, realmente confia nele né?
- Olha... Ronald, você e o Harry estão me perguntando isto fazem semanas, e o que eu respondi?
- Que sim. – Rony abaixou a cabeça, apoiando-a nos joelhos.
- Eu ainda acho uma idéia maluca.
- Eu fui até Londres, voando em coisas que eu não via, no ano passado, por causa de uma visão criada que você teve, quase morri, e não era para o meu bem. Olha, você vai se arriscar muito menos do que eu naquela noite, e ainda é para o seu próprio bem, custa ficar mais calmo?
- Não digo calmo... – Harry andava pra lá na areia branca e fria. – Posso até ir, mas... Hermione olha só, Voldemort voltou, tenho muitas visões com ele, e é loucura ir.
- Dumbledore é louco? Por que ele esta nos ajudando.
- Dumbledore? – Gina, que até o momento estava distante, pareceu voltar a si.
- Sim, Dumbledore. – Hermione respirou fundo. – Ele nunca me meteu, digo, nos meteu, em nenhuma furada.
- Tudo tem uma primeira vez. – Rony sugeriu, agora deitando no num montinho de areia, com a cabeça no colo de Gina.
Harry sentou-se um pouco distante deles, onde haviam deixado sua mochila, apanhou um pergaminho e começou a escrever um titulo. ‘A Poção do Riso’.
- Vou fazer dever de casa, pelo menos se eu morrer, vou ser um defunto inteligente.
- Somos dois.
Rony, fazendo o mesmo, sentou-se perto de Harry, e começou a copiar tudo o que Harry escrevia, Gina tricotava meias coloridas, enquanto Hermione, observava aflita o horizonte.
Logo estavam voando bem longe das montanhas, indo em direção à França, na mansão Delacour, lá seria o casamento, e então, durante uma semana, eles iriam para o Hemisfério Sul, de lua de mel.
Ao chegar na França, Draco e sua tia Bela não encontraram Narcisa, apenas Lucius e a família Delacour.
- Draquito! Mon amour! – A francesa correu para os braços do menino, abraçando-o muito forte, ele abraçou-a da mesma forma, para que ninguém soubesse o que se passava na sua mente.
- Oh! Juliet... Esta... Fantástica.
- É... – Ela corou um pouco. – Este vestido foi enfeitiçado por elfos. É lindo não?
- É...
E realmente Draco achou aquele vestido maravilhoso. Com certeza ficaria lindo em Hermione, pensou o bruxinho.Draco subiu para um quarto de hospedes onde estava o seu terno e todas as suas vestimentas. Ainda com a imagem de Juliet lhe perseguindo, ele via a menina loira de olhos claros correndo dentro daquele vestido branco, no qual borboletas azuis voavam na bainha e em sua coroa prateada uma pomposa borboleta lilás voava animada, enquanto nos seus sapatos brancos, estrelas tiradas dos céus brilhavam assim como na ponta de suas luvas. O sorriso de Juliet era doce, e seus cabelos eram tão bonitos quanto os de Fleur, o rosto da menina três quartos veela atormentou Draco durante toda a tarde, na qual ele se arrumou para a cerimônia noturna.
O grande jardim da família Delacour estava enfeitado com rosas brancas e elfos mal-tratados serviam bebidas aos convidados.
Draco observou tudo pela janela antes de descer, então, quando colocou a mão na fechadura da porta, um ser pequeno e de olhos brilhantes apareceu, dando um belo susto no rapaz.
- DOBBY! O que faz aqui?
- Vim trazer um recado do meu senhor para o meu ex-senhor.
- Você quer dizer que o Harry quer falar comigo?
- Exato. – Disse ele na sua voz aguda e amargurada. – Sr. Potter me manda Dobby dizer que Sr. Potter irá para você-sabe-onde no domingo, ou seja, amanhã. A Srta. Granger e os dois Weasley vão junto, a Sra. Malfoy esta lá à espera de todos. Todos estão no Caribe, lhe esperando, assim como foi combinado no trem naquela noite.
Todo o mundo mágico estava atrás de Harry, Rony, Hermione e Gina, que haviam aparatado de volta para o Caribe naquela noite em que Harry aceitou a proposta de Draco, aproveitando a bagunça da parada inesperada do trem, os quatro agora estavam numa bela praia, enquanto todo o mundo mágico os procurava.
Toda a família Weasley fora avisada do plano, apesar de acharem extremamente perigoso, agora passavam o dia rindo e brincando e ficavam magicamente tristes quando alguém perguntava sobre o desaparecimento de Rony e Gina.
O mesmo a respeito da família Granger, os tios de Harry mal foram avisados do desaparecimento dele e logo fizeram uma grande festa com toda a vizinhança. Dumbledore, assim como Narcisa, estava fazendo de tudo para que Draco se libertasse da marca negra em seu braço esquerdo, e pudesse viver em paz, como qualquer outro menino.
- Dobby, você pode dizer a Harry que já pode ir para Châteu Villet já que disse que minha mãe esta lá...
- Sra. Malfoy mandou Dobby dizer que ela estará no casamento, e que quando você partir para lua de mel, então ela partirá para o tal lugar onde encontrará os outros.
- E o estoque de Poção Polissuco?
- A Sra. Weasley realmente não quis nos ajudar, disse que ai seria demais... Mas graças à Deus temos a Srta. Lovegood que é uma...
- A Lovegood? Quem colocou ela no plano?
- O Sr. Potter, meu ex-senhor.
Draco foi até a janela, mergulhou em seus próprios pensamentos. ‘Luna Lovegood esta conosco, será que é seguro? Saberá como agir, como ser? Bem... Mamãe dorme em quarto separado do papai... Ele mal olha na cara dela, e não usa feitiços dentro de casa... Na verdade, mamãe fica o dia todo trancada dentro do quarto...’
- Sr. Malfoy? – Dobby vinha tropeçando na direção do menino.
- Fala.
- Bem... Srta. Lovegood, para todo o mundo mágico, está com ‘Mal da Bruxa Louca’, aquela doença quase sem cura... O pai dela esta conosco.
- Dobby, exatamente quantas pessoas o Potter colocou no plano? – Draco agora parecia furioso, principalmente na parte de pronunciar ‘Potter’.
- Eu, sua mãe, o senhor, a Srta. Weasley, a Srta. Lovegood, o Sr. Lovegood, toda a família Weasley, o Sr. Potter.
- Todos os Weasley?
- Sim. – Assentiu o elfo.
- Bom... Vá até onde Hermione esta... E lhe entre isto.
Draco entregou nas mãos magras e esverdeadas de Dobby um envelope colorido.
- FILHO! VAI DESCER AGORA? – Gritava Lucius do outro lado da porta.
- Sim papai, estou arrumando o cabelo... Um minuto.
- Um minuto... Contado!
Draco olhou para Dobby, que o olhava com os olhos molhados.
- O senhor é muito nobre Sr. Malfoy, o senhor esta salvando a vida de sua mãe.
- Dobby, sem drama, vá logo.
Com um piscar de olhos, Dobby desapareceu.
- DRACO! – Gritou Lucius novamente.
- FILHINHO... – Agora ele ouviu a voz de sua mãe.
- Estou indo... – Ele abriu a porta, ali estavam seus pais, sua mãe num vestido cor de vinho de veludo, até os pés, com gola alta e manga longa, que deixava aparecendo apenas seu rosto, os cabelos loiros presos num coque alto, e nenhum artefato estava nela. Seu pai em uma longa capa verde escura, assim como a capa de Draco.
O jardim estava exatamente como Draco havia visto na janela, um pouco mais barulhento é claro.
- Mãe... – Draco correu na direção da loura.
- Não fale comigo, o Dobby falou com você?
- Falou.
- Então tudo está dando certo.
Logo seu pai o empurrou até o altar, ao seu lado esquerdo um violinista começou a tocar a Marcha Nupcial, e a veela se aproximava dele.
- Casados...
- Na alegria e na tristeza...
- ...Na saúde e na doença
- Ser fiel à minha linhagem veela...
- ...Ser fiel à minha linhagem de sangue-puro
- Te declaro meu esposo, Draco Black Malfoy.
- Te declaro minha esposa, Juliet Bèatrice Delacour.
- Receba esta aliança...
-... Como símbolo do meu amor por você.
- E os declaro...
- ...Senhor e Senhora Malfoy. – Juliet sorriu para Draco.
- Pode beijar a noiva. – Disse o bruxo que redigira a cerimônia.
Ao tocar dos lábios, imagens invadiram a mente de Draco:
‘I’m here without you baby, but you still with me in my dreams / And tonight,girl, There’s only you and me...
[Eu estou sem você amor, mais você continua comigo nos meus sonhos / E esta noite,menina, há apenas você e eu]
Eu cantei o refrão baixinho, no ouvido dela.
- Não me chame de Draco, não somos amigos, me chame apenas de Malfoy. – Ele disse tentando se defender das palavras dela.
- É claro que não somos amigos, não é bem amizade que você quer comigo não é mesmo? – Ela disse com a varinha esticada para o peito dele.
- Olha... Se você contar para alguém... – Ele esticou a varinha dele na direção da dela.
- Não vou falar nada, você leu minha mente, eu li seu diário, acho que estamos empatados.
- Eu te amo Hermione.
- Não me chame de Hermione, não somos amigos. – E então se beijaram.’
- Draco, não vai me beijar? – Juliet sorria sem graça, então, ele lhe deu um beijo forçado, e todos aplaudiram.
Ao fim da festa, uma carruagem viera buscar Draco e Juliet, assim que adquiriu certa altitude ficou invisível.
Enquanto isto, Narcisa Malfoy desaparatara em Châteu Villet, junto com ela, Rony, Hermione, Harry e Gina. No jardim dos Malfoy, uma menina loira havia desaparatado acompanhada de Dobby.
- Valeu pela aparatação, você é o máximo Dobby! – Sorriu a menina.
- Tome, está tudo ai dentro. – O elfo lhe entregou uma pequena bolsinha de contas e desapareceu.
Luna foi até um arbusto, abriu a bolsa, lá dentro havia um vestido, um sapato e prendedores de cabelo que Narcisa usara mais cedo, também havia centenas de litros de Poção Polissuco, segundo os elfos, suficientes para seis meses. Todas as quantidades de Poção estava em minúsculas cápsulas, magicamente modificadas para serem tomadas a qualquer momento, como Narcisa tomava remédios para stress, não seria de se desconfiar que ela tomasse um comprimido de uma em uma hora.
Logo, no jardim estava Narcisa Malfoy, despindo um uniforme da Corvinal e vestindo um vestido de veludo, Luna acenou para suas vestes escolares e logo elas sumiram.

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