A volta para Hogwarts
AVISO:
NESTE CAPÍTULO SERÁ USADA A MUSICA 'MY HEART WILL GO ON'
Nos capítulos anteriores:
Harry Potter rastejava fracamente pelo chão frio daquela mansão que já conhecia, sua pele fria e pegajosa grudava nos pequenos fios do tapete, a fraqueza tomava conta de si, até que parou, Harry desmaiou, ali no chão mesmo.
- Essa coisa de ser bonzinho, você ta levando muito a sério... Logo sua marca negra vai arder, e não adianta vir me dar revistas.
Rony se levantou, ah, como ele era cabeça dura, assim como Harry... dois cabeças-duras!
- Weasley... É pelo bem da Hermione, fique meu amigo, é sério.
- Hermione? Que tem ela?
- Olha, se eu pudesse falar...
- Se não pode falar, por que toca no assunto?
- Então vire meu amigo.
- NÃO!
Não por uma coruja, mas sim por um barulho estranho, o meu Profeta Diário saiu pulando de um lustre acima da minha cabeça, nele tinha uma anotação ‘Pagar esta edição quando voltar à Hogwarts’
‘Acabei de receber meu Profeta Diário noturno’
‘E você ta depressiva por isto?’
‘Não... É que... Bem, seu pai acabou de convidar todos os bruxos para o seu casamento. Ser sangue-puro e rico são as únicas condições para a entrada.’
Eu rodava os olhos para os lados, procurando por mais outra notícia que me fosse interessante.
Passadas uma semana, Narcisa Malfoy ainda tentava dobrar Lucius para ajudar na fuga minha e de Draco, sem saber das ‘novas amizades’ do filho, Lucius Malfoy, mandava Patronos diários para Draco, o avisando sobre o casamento, e perguntando como estava andando ‘A Missão’.
Qual era ‘A Missão’? Bem, ele não quis me dizer, o que me fez desconfiar de suas intenções pela segunda vez naquela viagem, a primeira fora, no avião, quando ele me atacou com tanta força e bravura.
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Fora anunciado que nós poderíamos voltar nas nossas cabines normais, sem aquela frescura de ‘alunos selecionados para melhor organização da viagem’, se era para ficar mais organizado por que colocaram Malfoy e Harry na mesma cabine? Me diga? Ah esquece isto. Agora estou arrastando minha mala até o vagão, o terceiro vagão para ser mais exata.
- Mione... – Ouvi uma voz no pé do meu ouvido. Me virei, não havia ninguém.
- Harry?
- Não, mais bonito e mais gostoso.
- Draco?
- Acertou! – Ouvi uma risada gostosa, e agora parecia que algo estava me abraçando.
- Você ta invisível?
- Não... Imagina, todos estão me vendo!
- Deixa de ser besta Draco, como você ficou assim?
- Você esqueceu a capa do Potter comigo.
- Quando?
- Sei lá... Tava no meu malão, e ta escrito ‘Tiago Potter’ na bainha.
- MEU DEUS! Ele me mata!
- MIONE! – ‘Harry esta vindo’
‘Ok, vou te seguir até o seu vagão, vou sentar do seu lado.’
- Harry... Como vai? Bem? Que bom que esta bem! Então... Novidades? Ah, nenhuma... Hum... Ok...
- Ei, eu nem te respondi ainda... na ordem : Não estou bem, tenho novidades.
- Quais?
- O assunto você-sabe-quem.
- A dor novamente?
- Horrível, e eu vi... Desta vez, eu vi, não era uma visão planejada, era real.
- E sobre o que falava?
- Eu olhava para Lucius...
- Você não disse que ele estava fraco?
- Acho que errei... Mas desta vez...
- Psiu...
- Que foi?
- Vamos pro vagão, lá falamos disto.
Indo para o vagão, já tinha me esquecido de Draco até ele pisar no meu pé, quando avistamos uma cabine vazia, entramos, alguém me tocou, era Draco invisível. Harry me olhou estranho, como se soubesse que Draco estava ali.
- Oi gente!
- Oi Rony. – Dissemos ao mesmo tempo.
Então a coisa aconteceu: Rony sentou-se do meu lado, e Draco soltou um grito agudo, Harry soltou outro, Rony se jogou no chão, e eu olhei estupefata.
- Tem alguém invisível aqui? Ah... Gina... Por que você...? – Mas não era Gina, e Harry parou de falar assim que puxou a capa e viu Malfoy.
- Oi Potter. – Ele sorriu, corando.
- Minha capa? Como foi parar em você? Está sumida fazem meses...
- É... Eu achei no achados e perdidos de Hogwarts, ia te devolver na escola, sério mesmo...
‘Você ia mesmo?’
‘Claro que não’.
- Pronto, agora que devolveu, pode ir para a sua cabine.
- Esta é minha cabine.
- Não...
- É sim!
Draco sentou-se, tirou finalmente a varinha do bolso (todos havíamos recebido). Conjurou lanches e sucos.
- Hum... Adoro este... Uva né? – Rony logo apanhou dois lanches e dois sucos, eu fiz o mesmo, Harry levantou as sombracelhas.
- Pode pegar Potter... É sério...
- Mesmo?
- Mesmo.
Draco sorriu radiante quando Harry mordeu o lanche, depois, Harry caiu da risada.
- Mione... Será que você podia pedir para ele sair só um pouco. – Olhou para Draco. – Eu preciso falar com você e Rony... Sobre aquilo. – Harry deu ênfase para ‘aquilo’.
- Voldemort? – Questionou Draco. – Se fosse você, não pediria para que eu saísse. – Draco se levantou. – Mas já que insiste...
- NÃO! Fique. Mas... Mione, ele é de confiança mesmo?
- Uhum. – Confirmou Rony de boca cheia.
- É sim.
- Pois bem... – Harry se levantou e trancou a porta da cabine, depois as janelas. – Abafiatto. Eu vi, Lucius Malfoy... Ele falava sobre um casamento... E... Eu falava com ele, enfim, Voldemort falava com ele, e ele mandava vir buscar Draco... Para o tal casamento, é estranho, mas Voldemort vai ao casamento...
- Ele vai no meu casório? – Draco engasgou com o suco de uva.
- O casório é seu?
- Você não lê O Profeta Potter? – Continuou o loiro, agora limpando a boca suja de suco.
- Tenho mais o que fazer.
- Ah, que ótimo, se lesse, saberia que todo o mundo mágico esta protegendo Hogwarts por sua causa, e mesmo sem ler, eu ia te contar, como já contei, e aproveitando que estamos tricotando, sabia que eu estou fazendo um plano pra você não morrer? Porque mesmo me odiando, sabe, eu não quero você morto...
- Sai com essa... Eu não vou ficar aqui ouvindo ele Mione!
- Vai sim... Você tem que me ouvir, você tem ir para a França, você tem que ficar lá.
- É... – Confirmei, sem saber mais o que dizer.
- Eu vou, e Gina também. – Rony assentiu.
- Gina? – Harry arregalou seus olhos verdes. – Como ela ousa?
- Sou o irmão mais velho dela, eu mando, ela faz.
- Ok, só falta você Potter.
- Malfoy, pra onde exatamente?
- Châteu Villet.
- Châteu Villet? Não temos dinheiro... Francamente...
- Aquilo é meu. Vamos.
- Harry, confie no Draco, ele vai cuidar de mim, vou estar segura... Você também estará, Voldemort nunca atacará a casa de um comensal da morte, e nunca vai imaginar que você estará com um deles.
- Lucius?
- Não, Narcisa.
- Hermione Granger, eu esperava algo mais sensato da sua parte, agora... Olha... Você sabe bem quem é o Malfoy e o que ele tem no braço esquerdo!
- Potter, você precisa deixar que eu te ajude! – Draco agora estava perdendo a paciência, e eu via nele traços de um Draco que eu havia conhecido até o quinto ano, ousadia, pompa, e um nariz torcido para Harry.
- Você é Malfoy, se precisa que eu te lembre.
Draco respirou fundo. Colocou a cabeça entre as pernas, e parecia estar muito nervoso, tentei me aproximar dele, mas com um gesto, ele me afastou, eu, Harry, Rony. Ficamos os três, parados, olhando Draco, o loiro que olhava fixamente para o chão, num tipo de hipnose, então, tudo ao nosso redor parecia ter parado, apenas eu e Draco estávamos naquele vagão, e ele começou a cantar.
Every night in my dreams I see you, I feel you.
That is how I know you go on.
Far across the distance and spaces between us
You have come to show you go on.
Near, far, wherever you are.
I believe that the heart does go on.
Once more, you open the door
And you're here in my heart.
And my heart will go on and on.
Love can touch us one time and last for a lifetime.
And never let go till we're gone.
Love was when I loved you, one true time I hold to
In my life we'll always go on.
Near, far, wherever you are.
I believe that the heart does go on.
Once more, you open the door
And you're here in my heart.
And my heart will go on and on.
You're here, there's nothing I fear.
And I know that my heart will go on.
We'll stay forever this way.
You are safe in my heart.
And my heart will go on and on.
- Draco... – Abracei-o forte. – Se acalma. – Disse com sinceridade.
- Mione... Faz ele acreditar em mim, por favor, é para a própria segurança... Sabe... Até o Dobby vai...
- O Dobby? – Harry coçou a nuca. – É, ele não voltaria para seus donos antigos para ser maltratado.
- Ele sabe que não vai ser, porque estará apenas comigo e com minha mãe, e Potter... Somos bons, sua mãe e a minha... Eram melhores amigas.
- Melhores amigas? Quem disse isso?
- Dumbledore.
- Anda falando com Dumbledore?
- Falo com ele tanto quanto você.
- Vai lá toda semana?
- Toda semana.
- E fala sobre o que acontece com você, e ele te ajuda, e te dá idéias de como fugir?
- Sim. Potter ouça, você tem que deixar que eu te ajude, você ficará em Châteu Villet com Hermione, Gina, Rony e minha mãe.
- E você?
- Vou me casar.
- Casar?
Sentimos a parada do vagão, a chuva e a neve eram fortes de mais, as luzes se apagaram, e ficamos parados ali, durante uma hora, na qual Draco disse a Harry sobre o plano.
- Aceita vir conosco Potter?
- Me chame de Harry. – Harry sorriu, a luz do luar iluminando seu rosto.
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