O Esboço da Fuga
Nos capítulos anteriores:
- Poção Polissuco? Nem ferrando! – Empurrei o copo para ele. – Eu não faço mais isto!
- Fazer o que... Tudo para o nosso plano de fugir dar certo.
Segundos depois os cabelos negros da menina ficaram castanhos, sua pele clara, seus seios ficaram menores, e sua estatura agora era a de Hermione Granger, assim como sua aparência.
Padma soltou um suspiro e correu pulando em direção ao corredor, do seu bolso caiu um bombom. Murta se aproximou para ver o que era.
- Ah não, ainda estas porcarias...
- Pansy... Olha... Eu quero deixar bem claro, eu vou me casar, como já deve saber, Juliet Delacour...
- Parente da Fleur Delacour. – Pansy torceu o nariz e fez uma cara de advertência, que lembrava muito a de Narcisa Malfoy.
Draco assentiu. – Nós não temos nada, por favor, pare de cuidar da minha vida, do que eu faço ou deixo de fazer...
- Draco, e os nosso planos? Seríamos... Uma família sangue-puro, moraríamos na Irlanda, nossos filhos seriam Sonserinos, assim como nós dois, seríamos comensais da morte...
- Você pensa pequeno Pansy. E todos estes planos, eu ainda os quero, mas com um porém, realizarei-os com Juliet, não mais com você.
‘E se ele casars com alguma sangue-ruim...’ – Promete ficar com uma sangue-puro?
- NÃO! – Mesmo não olhando mais nos olhos da menina, podia até o momento ouvir seus pensamentos, Draco que até agora observava as chamas verdes hipnotizado, virou-se para Pansy, dando um chute em um vaso próximo. – A VIDA É MINHA. Quem cuida dela sou eu, e pare de me espionar no corredor, ok?
– Vocês namoraram quatro anos, a menina agora nem come mais, sabia que ela ta com anorexia? Sabia que ela ta tirando notas baixas? Sabia que ela vai cantar uma música pra você no musical de fim de ano? Ou pelo menos ela queria, afinal, você nem liga mais pra ela Draco... Lembra do baile de inverno? Você sabe bem o que fez com ela, você sabe o quanto é importante para a menina...
- Vicent... Por favor, menos. – Draco, alisava algumas fotos suas com amigos da Sonserina, enquanto o rosto de Hermione aterrorizava sua mente.
- ELE ESTÁ NAMORANDO A GRANGER!
- PANSY PARKINSON... – Draco esqueceu a dor de cabeça que estava sentido e ergueu a varinha em direção à menina.
- Seu eu fosse você, não faria isto... Ainda. – Então ele viu que Pansy estava segurando Hermione nos braços, ela parecia desacordada.
- O que ela disse?
- Pansy... Você...? – Crabble se aproximou do corpo de Hermione no chão.
- Veritaserum meu amor! – Ela sacudiu o frasco no ar. – E tem mais umas gotinhas de Draco não confirmar tudo que ela disse.
- O que ela disse? – Draco tentava manter a calma.
- Me disse que... que ela te ama, que vocês têm um caso, e que iriam fugir.
- Ei, olhem! – Crabble gritou, assustando Pansy, que derrubou a poção no chão.
O menino Crabble acenou com a varinha e ergueu a menina no ar, o seu rosto estava se transformando, e agora ela era Padma Patil.
Harry sacudiu a cabeça e continuou andando, pelo corredor de Hogwarts, um carpete verde, um homem loiro diante dele, Lucius Malfoy, a voz fria e ofídica de Harry soou pela grande e pomposa sala de estar.
- Ela ainda teima em não me servir?
- Quer afastar Draco do senhor.
- Draco quer me servir, é diferente.
- Desconfio que Narcisa esteja manipulando a mente de Draco, o que faço Milorde?
- Continue a torturá-la, um dia, se renderá.
- HARRY? – O menino estava sentando no chão, olhava para o teto, estava no meio do corredor.
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O mês de Dezembro chegou com sua pompa e neve aos terrenos de Hogwarts, as pessoas já não mais passavam o tempo todo nos jardins, e sim, diante das lareiras nos salões comunais, os olhos azuis de Harry contrastavam fortemente com o tom roxo de sua cicatriz, que o atormentara até então, com uma insuportável queimação e um Lucius Malfoy que torturava a mulher diante dos olhos ofídicos de Harry Potter.
O salão comunal estava vazio, apenas um trio de alunos ficara lá, quando já se era tão perto do natal, Hermione estava sumida desde o nascer do sol, enquanto Rony e Harry jogavam xadrez bruxo ao lado da lareira, enrolados ambos, por grossos cobertores de lã.
- Sua vez Ron.
O cavalo de Rony andou até um peão, que Harry não percebera que estava em tão fácil acesso para o adversário, então com um galope e um salto, o cavalo destruiu o peão desavisado de Harry.
- É... Peguei você. Sua vez agora, amigão.
Harry observou as peças, nada lhe fazia sentido, apenas a latejante cicatriz em sua testa lhe prendia os pensamentos, então levou a mão até a testa, imaginando quando seria a próxima visão, e de que se trataria.
- Continua tendo as visões com os Malfoy então? – Comentou Rony, que conjurara um copo de chocolate quente. – Quer um?
- Olha... Eu não to afim mesmo de falar nesse assunto, sabe, eu sonho toda noite com a intimidade do casal Malfoy, Voldemort está na casa deles, você sabe o que é isso Ronald?
- Isso é chocolate quente...
Harry girou os olhos e tentou não dizer mais nada, para não ser grosseiro com o amigo.
- Ei... meninos! – Hermione se aproximava, os flocos de neve e o cabelo desarrumado deixavam claro que estava vindo da parte exterior do castelo.
- Onde andou? Ta uma tempestade lá fora...
Rony não continuou à falar, Hermione apenas o olhou com veemência, e acenou com a cabeça, em direção à porta.
- Venham comigo.
- Hermi...
- Venham. Comigo.
A menina deu às costas, evitando o olhar incrédulo de Rony, Harry seguiu a amiga, Ronald, porém, continuou sentado olhando a lareira.
Ao descer as escadas, Hermione finalmente olhou Harry nos olhos, parando de surpresa, quase fazendo o moreno tropeçar na barra de sua casa.
- Hermione, onde estamos indo?
- Draco... Vai embora amanhã.
- E por que motivo eu, Harry Tiago Potter sairia no meio da tempestade de neve para ver Malfoy?
- Por que ele te salvou de Voldemort.
- Ele simplesmente disse que era uma visão criada, qualquer um poderia ter dito.
- Ele te ajudou.
- Olha aqui... Só por que ele é seu novo namoradinho, não significa que eu quero estar perto dele, ele é Malfoy, Malfoy. Não precisa de alertas em relação à ele, esta sendo burra Hermione, burra.
Hermione sentiu uma onde de raiva sair de seu corpo, e percebeu que atingira Harry.
- Quer saber... Vou voltar para o salão comunal... – Harry estava à dois metros de Hermione, quando disse algumas últimas palavras. – E não conte comigo para absolutamente nada.
Hermione deu os ombros, como se já esperasse tal atitude de Harry, então foi em direção à floresta proibida, quando se aproximou, transformou-se em leoa, e muitos metros dali, Rony soltou um berro.
- Harry! Ainda bem que chegou... – Rony corria para o amigo, os olhos quase saindo das órbitas.
- Você... Que houve?
- Bem... Hermione estava andando, então, não era mais Hermione, ai apareceu um leão, e Hermione sumiu.
Harry deu os ombros, se jogando em uma poltrona laranja.
- Onde ela queria que você fosse?
- Ver Malfoy.
- Será que Malfoy era o Leão... Não... Ele não pode ser um animago... Ele tem nossa idade... Somente alguém muito... Inteligente.
Então Rony piscou com astúcia, como se estivesse acordado de um coma, provavelmente havia juntado às peças na cabeça.
- Hermione é um animago?
- Claro, como acha que ela se encontra com o Malfoy? Minha capa da invisibilidade não é pra essas coisas.
E jogando os cabelos negros para trás, Harry se encolheu em direção aos joelhos, fechou os olhos, e mergulhou novamente em um mundo de dor terrível, Harry arrastava-se pela barriga no chão frio dos Malfoy, olhava hipnotizado para Lucius, uma raiva muito grande tomou conta de seu peito, parecia esperar alguma resposta, talvez alguma recompensa.
Harry rastejou até os pés de um menino, dezesseis ou dezessete anos, loiro, olhos cintilantes, um uniforme da Sonserina, distintivo de monitor-chefe brilhando no peito, Harry subiu no colo do menino, que o acariciava e sorria.
Harry olhava para o tapete vermelho do salão comunal, Gina o olhava estupetafa.
- Estou te chamado fazem uns quinze minutos, o que houve?
- Rony... – Harry atravessou a sala, onde o ruivo olhava a neve cair pela janela. – Viu Hermione saindo da floresta?
- Hermione, na floresta? Poxa... Nessa tempestade... Que diabos ela...
- Gina, agora não! Rony... Você?
- Não, ela ainda não saiu, afinal, que foi que viu essa vez?
- Preciso falar com Hermione... – Harry falava sozinho, e repetindo esta mesma frase, buscou sua capa de invisibilidade e ficou sob ela, até chegar nas margens da floresta, onde pelas pegadas na neve, seguiu Hermione, e chegou até uma jaula, onde uma leoa solitária comia um pedaço de bife cru.
- Mione? – Harry disse baixinho.
Com um rugido, Hermione respondeu, Harry se aproximou, e logo a leoa tomou a forma de sua melhor amiga.
- Resolver vir é? Pensei que não quisesse me ver nunca mais na vida.
- O caso é urgente... Malfoy está na casa dele, com Nagini, a cobra de Voldemort no colo.
- Você não...?
- Sim, eu vi, e foi real, não é uma visão criada, não faz sentido criar esse tipo de visão, Malfoy está lá, com certeza, planejando usar você para me atacar, ou atacar Dumbledore...
Atrás de Harry, um arbusto de mexeu, e um tigre listrado se transformou em Draco Malfoy.
- E aí, Pottah?
- Malfoy... Aparatou é? Acha que não sei que estava lá... Agarrado com a cobra de Voldemort...
- Não me interessa saber o que viu ou não Potter, o que me interessa é que deu tudo certo, se foi isto mesmo que você viu.
Agora, Hermione sentiu o coração subir até a garganta. Harry estava certo?
- Ouviu ele Hermione? ‘Tudo deu certo’. – Disse Harry imitando a suave voz de Draco. – Agora entende que eu só quero o teu bem?
- Hermione... – Draco correu até a menina. – Tudo deu certo, minha mãe, a poção polissuco, Voldemort acha que minha mãe está no St. Mungus, mas ela está... Se passando por mim, tudo deu certo.
Uma lágrima rolou dos olhos de Draco, logo Hermione lembrou-se da conversa que tivera com Draco, alguns dias atrás, dentro de um armário de vassouras, depois de alguns amassos.
- Hermione, ela vai se transformar em mim, e Voldemort pensará que esta no St. Mungus...
- Ele não é bobo Draco. – A menina alisou a pele quente do rosto menino. – Logo vai perceber quer sua mãe não está no St. Mungus...
- Quando esse momento estiver chegando, vou passar o natal em casa, e então, eu realmente estarei lá, e minha mãe, ‘em recuperação’. – Draco sorriu. – Vai dar tudo certo.
- Não sei... – Hermione largou-se sobre a barriga malhada do menino. – Se você fosse mais cedo para casa... Não precisaríamos mentir... Entende?
- Claro que entendo princesa, acredita em mim...
Hermione olhou paras Draco, ali no meio da floresta, olhando-a esperando por uma resposta, Harry com a varinha apontada para o peito de Draco, e uma forte tempestade de neve caindo sobre eles.
- Draco diz a verdade Harry, abaixe a varinha.
- NÃO! Abaixar a varinha? E deixar ele te matar?
- Se toca Harry! O único perigoso aqui é você, agora por favor, volte para a torre da Grifinória, ou eu e o Malfoy, monitores, por hora, lhe daremos uma boa punição.
Harry armou as bochechas, como um bebê chorão, cruzou os braços sobre o peito, ainda não guardando a varinha, puxou o capuz para cobrir a cabeça e fitou Hermione, ainda segurando o bife cru na mãe.
- É deplorável te ver assim, sabia?
- Ótimo, agora vá.
E deixando Hermione e Draco na floresta, Harry foi em direção ao salão comunal da Grifinória, que logo recebeu a presença de Hermione.
Naquela noite, Draco fora, para Londres, onde passaria o natal.
- Sabe, uma vez eu estava em um concurso de moda, e eu ganhei o primeiro lugar, então, eu desfilei montada em um hipogrifo violeta, quer ver as fotos Draquinho?
- Quero. – Disse ele seco.
A grande mansão Malfoy tinha os jardins cobertos por uma grossa e rígida cama de neve, todos usavam roupas muito grossas e pesadas, a mesa era longa e farta, e a grande família Delacour ocupava três quintos da mesma.
- Ah... – Mas ela não parecia ter percebido, o papai-noel pulava em cima da mesa, tinha mais ou menos dez centímetros. – Ele é mesmo uma gracinha, Sra. Malfoy, quando iremos à Paris comprar nossos vestidos?
- Ah, querida... – Draco tinha o mesmo dom que sua mãe, então, eles podiam se comunicar mentalmente.
‘Mãe, por favor, o mais tarde possível, os Black que vieram da Itália ainda estão no Châteu Villet, só posso ir para lá em Fevereiro’
‘Março, ok?’
‘Ok’
‘À propósito, valeu por ser eu por alguns dias... Papai desconfiou?’
‘Nem ele, nem Nagini, deu tudo certo’.
- Em março minha querida, em março, é época em que eles decoram vestidos com pêlos de Unicórnio, fica realmente lindo.
- Um vestido com pêlos de Unicórnio? Ah... A senhora é o máximo!
Os dias se passaram, e o novo ano chegou... Draco estava na grande varanda de seu quarto observando os fogos de artifício dos trouxas.
- Um brinde ao casamento! – Lucius ergueu educadamente uma taça prateada.
- Ao casamento. – Disseram todos com educação e em um tom suave.
- Ao Draco. – Juliet ergueu outra taça. – E ao seu insuportável poder de sedução.
Todos brindaram. Ali, dentro da mansão Malfoy não havia tanta alegria como entre os trouxas, todos estavam vestidos de preto com sempre, e na ponta da mesa, um albino imponente sorria na direção de Draco.
- Ao meu futuro melhor servo. – Ergueu a sua taça com a varinha.
- Ao Lorde. – Disse Belatriz erguendo sua taça também com a varinha.
- Ao Lorde. – Todos repetiram.
Enquanto isto, gêmeos ruivos soltavam fogos dentro de uma sala apertada, enquanto o resto da família e seus convidados estavam na cozinha festejando, Gina cantarolava e fazia mini-pufes levitarem, Hermione, juntamente com Harry, batia tampas de panelas, Sr. e Sra. Weasley se perdiam em um romântico beijo, que fora interrompido por um dos mini-pufes levitantes de Gina.
- Cinco... Quatro... Três... – Contavam Fred e Jorge, em coro.
- Dois... – Agora Harry, Rony, Gina e Hermione entravam para o coro.
- UM!!!!!! – Todos gritaram.
- Feliz ano novo Harry!
- Feliz ano novo Gina!
- Feliz ano novo Rony...
- Feliz ano novo Mione...
- Feliz ano novo Sr. e Sra. Granger...
- Um brinde aos Weasley!
- VIVA!
- Um brinde do Harry!!
- AO HARRY!
- Um brinde à nossa nascida trouxa favorita!
- À HERMIONE!
Todos beberam o vinho rapidamente.
- Snap explosivo?
- Francamente Fred, é ano novo, não fim de semana...
- Por favor, Sra. Weasley... – Harry dizia querendo rir. – Deixa vai...
- Ta ok...
- Venham... Todos aqui... Venham... Aqui, isto, Harry, senta naquela cadeira, deixa o Rony nesta... Gui, pega a minha maleta lá em cima, Fleur, vem jogar? Ah, já está indo? Ok... Carlinhos... por favor...
- Para onde a Fleur vai? – Hermione puxou Fred para um canto da sala, com discrição.
- Para onde a prima dela, uma tal de Juliet está passando ano novo, parece que é na casa dos pais do noive de Juliet, por que Hermione?
- Nada... Não é nada.
Sentando-se novamente no sofá e tentando rir e se entreter com as pessoas, Hermione pensou, em seu profundo íntimo, se Draco estaria feliz em estar junto com Juliet na passagem de ano.
- Ai, você ta pisando no meu é Harry...
- Rony, tira seu cotovelo do meu rim...
- Fred... você é o Fred né?
- Não, sou o Jorge!
- Ah... Jorge...
- Brincadeira, sou o Fred...
- Ah, Fred...
- Poxa, já disse que sou o Jorge!
Todos n’A toca estavam muito felizes naquela noite de ano novo, Hermione estava no andar de cima, observando as estrelas, decidira subir, depois que vira que não tinha condições de ficar ali, no meio de toda aquela barulheira, os braços de Hermione estavam jogados sobre os vasinhos de flores na janela, onde algumas fadas mordentes festejavam também.
Dentro de o que pareceu à Hermione três horas, o barulho no andar inferior fora diminuindo, contudo, a vontade de Hermione de ver Draco não. Gina entrou no quarto, mal disse ‘Boa noite’ e já estava dormindo, quando Hermione tomou-se que era a única acordada, resolveu dormir.
Porém, enquanto Hermione mergulhava em seu sono, Harry se mexia na cama, de um lado para o outro, o suor frio e pesado escorrendo pelo seu rosto muito branco, o sangue correndo com ferocidade por suas veias.
Uma mulher morena de cabelos volumosos o beijava fervorosamente, deslizava as mãos pelo seu rosto, tão frio, tão sem sentimento Harry era.
Rony roncava sonoramente, os raios de luz do luar invadiam o quarto, onde Harry se debatia.
- Milorde...
Harry fechou os olhos, e sentiu uma sensação de imensa satisfação, que lhe foi dada por toda a noite.
- Harry! Harry querido!
Uma Sra. Weasley sorridente, com as mãos nos quadris o olhava com ternura.
- Bom dia Sra. Weasley.
- Bom dia Harry querido, vista-se, o café da manhã está pronto... Você foi o que mais dormiu... Também... brincou a noite toda, ouvi suas risadas durante a madrugada.
Então Sra. Weasley bateu à porta, Harry colocou os óculos que haviam sido abandonados na mesa de cabeceira na noite anterior, agora via tudo com mais clareza, principalmente o fato de sonhara que beijava Belatriz Lestrange, Harry limpou a boca, como se algo muito ruim estivesse sobre ela, então, jogou os cabelos para trás e desceu as escadas d’A Toca, ainda de pijama, em direção à cozinha.
A fumaça do expresso de Hogwarts tomou conta do céu na segunda semana de Janeiro, quando os alunos retornaram à escola.
O mês de Janeiro se passou com rapidez, o coração de Draco estava apertado, pois logo chegaria Março, e seria hora de partir.
Assim que Draco chegou à escola checou as mensagens anteriores no livro
‘Mione, falei com a minha mãe, depois eu te digo como, é o seguinte, em Março, é o casamento, o plano esta feito, minha mãe vai nos ajudar a fugir’
‘Draco, você não acha que vão vir atrás dos nossos amigos?’
‘Dos seus, no caso, aqui na escola, eu não tenho amigos de verdade, se quiser, podemos levar o Potter, e os dois Weasley com a agente.’
‘Rony e Gina?’
‘É, Ronald e Ginevra, eles podem ir para a França conosco, quero dizer, com você, enquanto eu estou de lua de mel, vai dar tudo certo...’
‘Olha, eu vou tentar convencer o Harry, ele é um cabeça dura...’
‘Que tal alterar a memória dele?’
‘Que horror!! Claro que não... nunca... Draco... Eu... nunca esperei algo assim de você... poxa...’
‘Desculpa... é que... ta, me desculpa. Então, você convence o Potter e eu os Weasley, ok?’
‘Ok’.
Faziam-se um mês e meio da chegada de Draco à Hogwarts, era Fevereiro, e na manhã seguinte, todos estariam embarcando para o Caribe, na tal viagem de aulas práticas para estudar trouxas.
- Hermione, você vai levar biquíni? – Perguntava Padma, que arrumava as malas.
- Bem... Não gosto muito de nadar sabe?
- É... Eu vou levar dinheiro trouxa, ou eu poderia usar magia mesmo...
- Não podemos usar magia Padma! – Lilá Brown tomou a varinha da mão da amiga. – A McGonagall disse as férias toda, cartas pra mim toda semana falando deste passeio... Tenha fé!
- Meninas... Com licença...
- Onde vai Hermione? – Perguntaram as duas juntas.
- À biblioteca.
Enquanto Hermione ia para a biblioteca, alunos do sexto ano radiantes não conseguiam pegar no sono, devido à ansiedade de embarcar como trouxa em uma viagem.
- Meu pai ia adorar... – Dizia Rony arrumando as malas. – Sabe, vamos de avião, um vôo Londres-Belize, Belize é pobre de um lado, e magnífica de outro, assim podemos ver como os trouxas vivem em condições precárias, sabe Harry... Quem sabe eu não conquisto a Hermione lá?
- Rony, se liga, ela não gosta mais de você, vocês são apenas amigos, e você sabe muito bem quem ela ama.
- Malfoy... – Disse Rony consigo mesmo.
- Ei, me empresta o mapa do maroto?
- Ah... pega aí na minha mala...
- Valeu.
Rony apanhou o mapa. ‘Eu juro não fazer nada de bom’
- Onde ela ta?
- Até você ta curioso né Harry?
- Ah... – O menino corou. – Ela é nossa amiga, já que não fala onde anda, temos que descobrir, qual a ultima vez que você a viu com o Malfoy?
- Bem... Antes do natal... E agora, ela vive na biblioteca, o que não é nenhuma novidade, mas ela costuma ir lá de madrugada...
- E o Malfoy?
- Ah, vai lá todas as manhãs...
Harry colocou as mãos no rosto, e observou a tempestade lá fora... Meditou um pouco:
- RONY! Eles devem estar se comunicando de alguma maneira...
- É... deve ser... – Rony não prestava atenção, apenas corria o olho pelo mapa. – Harry, ela não esta na biblioteca.
- E onde está então?
- No banheiro da murta-que-geme.
No banheiro da murta-que-geme, Hermione estava sentada no chão, com o grosso e velho exemplar de Hogwarts, uma história apoiado sobre as pernas.
- Nem em véspera de excursão você para de estudar?
- Murta... é... Eu não paro mesmo de estudar.
- Esta fazendo anotações no livro é? Denegrindo patrimônio publico do mundo mágico?
- Murta! Cala a boca!
Hermione se concentrava em falar as palavras que deveriam ser escritas no livro sem que murta as percebesse, a fantasma, triste pelo ‘cala boca’ acabou se jogando no vaso sanitário, deixando a castanha sozinha, finalmente.
‘Boa viagem Draco, te vejo no embarque em Londres’.
Na manhã seguinte, Draco leu a mensagem da menina.
O novo esconderijo do livro era no banheiro, murta, como era pouco inteligente ia demorar para juntar as peças e então o livro teria que ser mudado novamente de lugar, além de estar sob dezenas de feitiços protetores.
O sol da manhã cobriu Hogwarts, e os alunos do sexto ano estavam carregando malões em direção à estação de Hogsmeade.
- Meninas, por favor, nos cinco primeiros vagões, meninos, nos cinco últimos! – Dizia McGonagall.
- A lista de cada vagão é a seguinte...
Snape começou a sibilar grupos de seis nomes, dois de duas casas, e um de outras duas, ficou ali uns quinze minutos.
- Sr. Potter, Sr. Weasley, Grifinória, Sr. Moon, Sr. Alans, Corvinal, Sr. Diggory, Lufa-Lufa, Sr. Malfoy, Sonserina.
- Merda. – Harry pegou suas malas, Rony fez o mesmo. – Malfoy e Diggory.
- O Diggory aí... é primo do Cedrico não é mesmo?
- É... E é tão metido quanto ele.
- Será que esse tal Caribe vai ser legal, quero dizer, sem magia, como vamos nos virar?
- Acho que vai ser bem exótico. – Disse Harry ajeitando o capuz. – Pelo menos o clima lá vai ser melhor.
- Tomara que a viagem seja segura, papai adorou a idéia de viajar de avião trouxa.
- É... É bem a cara do seu pai essas coisas...
- Talvez pudéssemos usar magia escondido... É obvio que todos vão fazer isto... Sabe, pensar que daqui algumas horas estaremos no Caribe!
- Sei lá Ronald... Entra logo no trem, tem gente atrás de você!
- Ah... Okay.
Harry, cheio de raiva, sentou-se na cabine nº 751, como o Prof. Snape mandara. Ao entrar, esbarrou com Malfoy na porta.
- Ei, a janela é minha. – Sentou-se na janela e emburrou, como um bebê.
- Potter, não importo se vai ou não ficar na janela, pode ficar onde quiser.
- Há-há-há, então eu prefiro o ínfero à mesma cabine que você!
- Harry... menos. – Rony entrou na frente do menino de olhos esmeralda quando o mesmo se levantou, apanhando a varinha.
- Não vou tentar te matar, eu sou legal, te juro.
Harry soltou uma gargalhada, porém, Rony não fez o mesmo.
- Ele é sim, arrumou o livro da Mione, e jogou xadrez bruxo comigo, ele é legal sim.
- Ronald, se eu te der uma bolacha então isto muda que eu sou um comensal da morte? Acho que não. – Zombou Harry. – Vá lamber as cuecas do Malfoy, quando acabar, vem voltar a ser meu amigo. – À propósito, se não fosse por ele, Hermione ainda seria sua namorada.
Harry, sabendo que ‘pisara no calo’ de Rony, fechou os olhos e fingiu dormir por toda a viagem, na qual, Rony resmungava xingamentos e palavrões alternados a palavra ‘Malfoy’, enquanto lia o Guia Turístico Prático Caribenho.
O trem ganhou velocidade conforme Malfoy via que Harry Potter era realmente um cabeça dura, que Rony Weasley poderia estar no papo, e não fosse pelo fato de achar que era culpa de Malfoy, Hermione não ter ficado com ele, o que era verdade, para a alegria de Draco, e percebeu ainda que os meninos de Corvinal e Lufa-lufa haviam dormido a viagem toda, e não escutaram uma só palavra.
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