A Visão de Harry
Nos capítulos anteriores:
- Se você saísse da frente, sabe, eu ia tentar ler.
- Ali diz que os alunos da casa tem que ajudar seu time a ensaiar a musica, as quatro casas, a taça de quadribol, a taça das casas, tudo agora depende de uma musica patética, ninguém aqui sabe cantar, principalmente um jogador de quadribol.
As pernas de Hermione ficaram tão moles, e ela começou a transpirar tão frio, que pensou que ia morrer.
- Que foi Hermione, você ta pálida...
- Ronald, tem alguém de um time de quadribol que sabe cantar, e ele canta muito.
- MALFOY! – Deu um grito e saiu correndo feito uma bala pelo corredor.
- Me desculpa, me desculpa. – Ela soluçava fortemente. – Me perdoa Draco, me perdoa, eu... eu não sabia o que dizer, eu... eu... eu sou da Grifinória, me perdoa Draco. – As lágrimas saiam de seus olhos como grandes facas matando um unicórnio.
- Mione... Não fala assim, você não fez por mal.
- Você já sabe do Caribe?
- Já.
- O Snape avisou Sonserina e Corvinal hoje cedo.
- A McGonagall avisou Grifinória e Lufa-lufa também.... Bem, o que tem o Caribe com a nossa fuga?
- Tudo. – Draco sorriu de canto, e seus olhos cintilaram.
- E qual é o seu plano para dobrar Dumbledore, McGonagall, Snape e Sprout?
- Mione, relaxa, minha mãe e Dumbledore são as pessoas que mais desejam esta fuga.
- Châteu Villet! – Draco Exclamou.
- Châteu Villet? O que tem com o plano? Draco, precisamos de um esconderijo, não de uma colônia para férias...
- Hermione, vamos escolher um livro, e vamos deixar recado um para o outro na última página, numa tinta que só pode ser vista por quem sabe ver...
- Como no mapa do maroto... – Hermione disse para si mesma.
- HOGWARTS, UMA HISTÓRIA!
- Mas... qual feitiço vamos usar?
- O mesmo do mapa do maroto.
- Que tal de mapa do maloco é este?
- É maroto. – Hermione respirou fundo, seria a segunda vez que ela iria contar o segredo de alguém naquele dia. – Bem, não me pergunte nada, eu descubro, e enfeitiço o livro, até o fim de semana, e então, na segunda, começamos o plano.
- Sexta, sábado... Domingo. Em três dias você faz isto com o livro, e bem, eu cuido de Dumbledore e da minha mãe, e do Châteu Villet.
- Menina Granger, não precisa mentir para mim, Châteu Villet é seguro, é alugado para luxuosos trouxas, mas com feitiços fortes, você e Draco podem ficar lá.
Hermione sentiu seus pés soltarem o chão. Como assim, Dumbledore sabia?
- O menino Malfoy vêm me falando de tudo que há entre vocês por cartas, ele me mandou uma carta em 31 de Agosto, na madrugada, pedindo socorro.
- Socorro?
- Não, Narcisa confessa-me o que sofre naquela mansão todos os meses, sempre que me manda cartas, esta triste e deprimida, ela queria muito tirar Draco daquela casa... antes que... que houvesse o grande choque.
- Qual?
- A marca negra.
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Era madrugada. Harry estava no dormitório masculino quando durante seu sono, uma queimação invadiu sua testa, ele levou a mão até a cabeça, gemeu alto, então, sussurros de cobra lhe invadiram por inteiro, suas pernas tremeram, e ele começou a suar frio, cada vez mais frio...
- A menina, quero a menina. – Dizia um homem pálido.
- Pegue Potter de uma vez!
- Quero brincar com ele antes de matá-lo, olha só, falando assim penso que não me conhece como diz Bela.
- Milorde... – A mulher de cabelos cheios curvou-se na frente do homem. – Não foi isto que quis dizer, se é a garota que quer, a terá.
- O mais rápido possível.
A mulher já estava diante de uma porta, colocando o capuz, quando virou-se:
- E qual mesmo o nome dela?
- Ginevra Molly Weasley. Gina, como é conhecida.
Harry ofegava na cama, mas parecia não conseguir sair daquele sonho, seus olhos não abriam, ele parecia estar preso.
- Mate-a na frente de Potter, e ele verá que é melhor vir para o meu lado de uma vez por todas. Aquele menino teimoso...
Então, o albino soltou uma forte e aguda gargalhada, e finalmente Harry conseguiu abrir os olhos.
- GINA!
Antes de gritar, Harry não havia visto que ao seu redor estavam Simas, Dino, Neville e Rony, todos com muito assustados.
- Harry, o que foi? – Rony sentou-se ao seu lado, lhe entregando um copo de água recém conjurado.
- Harry, ta tudo bem?
- Ta sim Neville, Simas, Dino, podem dormir, eu vou descer para o salão comunal, eu e o Harry vamos conversar, e por favor, não digam a ninguém ok?
- Ok. – Responderam todos em coral.
Harry foi arrastado até o salão comunal, onde parecia mais frio do que normalmente, se enrolou na capa de Rony, e não sabia como juntar as palavras.
- Por que gritou o nome da Gina?
- Gina... Voldemort... Gina...
- Harry, fala as coisas com mais clareza.
- Voldemort quer Gina, quer matá-la aqui em Hogwarts, Belatriz esta vindo atrás dela, e de mim.
Mas Rony não entendera nada, Harry estava falando em língua de cobra.
- Harry, você está me assustando, fala normal.
- Eu estou falando normal. – Mas a voz de Harry era um sussurro que serpenteava pelo salão da Grifinória.
Rony olhava para os lados, apavorado, não sabia se era certo chamar por alguém.
Enquanto Rony estava desesperado, novamente a cicatriz de Harry formigou fortemente, os traços vermelhos e os avisos na parede foram trocados por um cenário mal iluminado e muito úmido, Harry olhava tudo do chão, como se estivesse deitado ali, imóvel aos pés de Voldemort.
- Bela! – Acenou o albino no meio de algo que lembrava um jardim escuro.
- Não vá mais atrás da menina Weasley apenas, pegue a sangue-ruim e todos os Weasley que ver, Harry Potter vai ver na mente de quem esta entrando.
- Como assim milorde?
- Ele sabe. – O homem parecia falar sozinho, pois a moça desaparatara. – Harry Potter. – Voldemort acariciou a varinha. – Se eu não tenho você, seus amigos também não irão ter.
- RONY, HERMIONE, GINA! – Harry voltou a si, olhou o salão comunal, e agora, uma Hermione de olhos inchados e sonolentos estava de pé.
- Não grita Harry, se não, vai assustar as pessoas.
- Vão embora! Ele quer todos vocês! Não pode ser... Não pode ser...
- Harry, por favor... – Hermione o abraçou forte. – Se acalma, fala.
- Mione... – Harry soluçava. – Ele vai vir buscar você, Rony e Gina, e depois todos os Weasley.
Harry ouviu Rony se colocar de pé e dar um murro na mesinha de centro.
- Da minha família? De que adianta ficar do seu lado Harry? Para morrer, é isto? Você quer cadáveres e não amigos, quer o Cemitério da AD, é isto que você quer, depois, quando ele tomar Hogwarts, ai sim que quero ver o que você faz, seu idiota! SEU IDIOTA! Minha família toda corre risco por causa dessa... Desta sua cicatriz ridícula, se entregue logo para ele, eu sinto muito, mais entre você e minha família, eu prefiro eles, e é claro que você não sabe como é, afinal, não tem família, quem sabe tivesse se morresse logo de uma vez naquela noite, Lílian e Tiago poderiam estar vivos, morreram por você Sr. Potter Poderoso, você acha que o mundo gira ao seu redor não é mesmo? Você acha que todos devem te proteger, você acha que todos devem ser seus amigos, não é? Pois eu digo o contrário Harry, seis anos de amizade, para agora, minha família morrer?
- Rony... menos, por favor... – Hermione tentava pedir para Rony falar menos, ou manerar, Harry enquanto isto, tocava a varinha dentro do bolso.
- ESTUPEFAÇA!
- HARRY! – Gritou Hermione.
Com um feitiço de corpo amarrado jogou Rony contra a parede.
- Abafiatto. – Acenou em direção aos dormitórios.
- Ronald Weasley, eu NUNCA iria querer matar a sua família, eu NUNCA ia querer ninguém lá morto, eu NUNCA ia querer ver minha namorada e meu melhor amigo mortos, EU NUNCA IA QUERER VER GENTE QUE ME TRATA COMO UM FILHO MORTO. Sua mãe faz por mim o que a minha não fez, a minha morreu, por mim, e eu estou vivo, e vou me entregar para ele, mas somente eu sei o que fazer antes disso, e por favor, se você for um pouco mais compreensivo, poderia pedir a sua ajuda.
Rony se contorcia no ar, quando um loiro dentro de um pijama verde-musgo surgiu ao lado de Hermione.
- Draco, vá embora!
- MALFOY? O QUE FAZ AQUI? – Harry gritava cheio de raiva? – ELE NÃO QUIS MANDAR BELATRIZ E MANDOU VOCE?
- Potter... – Draco disse docemente. – Por favor, escuta, aquilo foi uma visão criada, não posso te dizer como mas, eu sei que ele disse pro meu pai, ele ia querer uma isca, pra você se entregar, esqueça, ele não vai pegar nenhum dos Weasley, nem Hermione, nem Rony. Os Weasley estão sob o cuidado de Dumbledore, eu o avisei sobre o plano de Voldemort, de criar a visão, eles estão seguros.
Harry guardou a varinha no bolso, Rony se soltou e correr para trás de Hermione.
- E a Mione? – Protestou o ruivo.
- Eu a protejo.
- Você? – Harry gargalhou. – Quem é você para proteger alguém Malfoy? Um Sonserino comensal da morte?
- Malfoy, o auror, lindo para o ministério, não é mesmo Ronald? – Harry zombava de Draco.
- Harry... – Rony parecia querer ouvir o que Draco tinha para falar... – Menos...
- Menos? Francamente Rony, Francamente. Olha aqui Malfoy... se você pensa que vai levar a Hermione, está muito enganado...
- Não. – Draco respirou fundo. –Potter, não há tempo para mais perguntas, não diga a ninguém que vim, afinal, foi ela quem me chamou. – Draco fitou Hermione. – E ela sabe bem como eu ouvi. – Piscou para a menina, desaparecendo no ar.
- Mione... – Rony a abraçou com força. – É verdade o que ele diz? Você ta de amizade com ele?
- Rony, confia em mim, eu sei de quem ser amiga, sei mesmo, o Draco não é má pessoa.
- É CLARO QUE É UMA MÁ PESSOA! – Urrou Harry.
- Pare de gritar Harry, quer acordar a torre inteira é? Ouça, vocês dois, ouçam: Draco é bom, apenas acreditem nisto, se eu sumir, estou com ele, estou segura, mandarei corujas, e qualquer problema, Harry, fique amigo de Draco, ele pode te mostrar como fugir de armadilhas feitas para você, onde você menos imagina.
- Hermione, eu sinto muito, não posso, ele é Malfoy.
- Por isto mesmo, ele é Malfoy.
Rony se aproximou dos dois:
- Harry, a Hermione nunca deixou a gente na mão, não é mesmo? E acho que não seria esta a primeira vez. – Ele sorriu para a castanha. – Vamos dormir. Obrigado Hermione.
- Ronald, você acredita mesmo em mim?
- Acredito. – Ele olhava para ela, com um olhar totalmente abobado. – Com que freqüência ele vem nos visitar no salão comunal?
- Não sei, quero dizer, sempre de madrugada, e não se preocupem, Dumbledore sabe.
- Dumbledore... Sabe? – Harry desviou os olhos que estavam colados na lareira e disse quase sem volume algum na voz. – Como?
- Ele sempre dá uma segunda chance às pessoas Harry.
- Mas ele é Malfoy, não merece. – Harry, ironicamente, tinha um tom de riso da voz.
- Harry, ouça, para com isto, Draco quer te ajudar, eu sei disso, ele quer sim. Mas ele não pode te ajudar se você não quiser a ajuda dele.
- E eu não quero! – Harry deu as costas subindo a escada para o dormitório masculino.
- Não liga, amanhã cedo ele muda de idéia. – Rony deu um beijo no rosto de Hermione e subiu.
Hermione sentou-se numa poltrona de frente à uma janela, e observou a tempestade de neve lá fora, minutos atrás Draco estava ali. Rony acreditava fielmente que não seria abandonado por Hermione, mas... Ela teria que fugir, sem dar noticias, era a vida de Draco em risco, e a dela também, será que o correto era esquecer o romance e continuar a viver como era antes?
Hermione deu os ombros para si mesma, e subiu para o dormitório feminino, onde ela não conseguiu dormir em paz, pensando nos três homens mais importantes de sua vida no momento: Harry Potter, Ronald Weasley... e o seu grande amor : Draco Black Malfoy.
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