A Marca Negra
Nos capítulos anteriores:
Harry começou a encarar sua Poção que estava ficando azul-marinho, tendo que ficar amarelo-ouro com bolinhas prateadas, a Poção foi ficando cada vez mais escura, e mais escura, Harry agora estava num lugar mal iluminado, conhecia aquele lugar, era a sala, a sala onde Lucius Malfoy estava com sua esposa, onde havia quebrado a varinha de Lucius com os dentes.
- Milorde... – Lucius fez uma reverência.
- Sem bobagens, não tenho tempo, olhe Lucius, pare de procurar por um menino loiro de olhos azuis e lindo de morrer, procure por animagos ilegais.
E então, Harry começou a sentir algo molhado em seus pés, havia derrubado o caldeirão, não ligando, virou-se desesperado para Hermione, e disse muito baixo:
- Animago, ele é um animago?
- Tigre.
- Voldemort já sabe.
Lufa-Lufa: 380 pontos
Sonserina : 350 pontos
Corvinal : 10 pontos
Grifinória: 0 pontos
- Como sabe que você-sabe-quem já sabe que Draco é um Animago?
- Eu vi, foi como o Sr. Weasley ano passado, como o corredor...
- Mandei-o para Hagrid, como presente de Madame Máxime, mande uma Leoa e um Tigre.
- Onde está a...?
- Sou eu, Hagrid deve pensar que fugiu.
- Bom-dia alunos! – Bradou Hagrid feliz. – Quero lhes apresentar Alunito! O novo Tigre Listrado de Hogwarts! Estamos montando um mini-zoo de animais selvagens, podem olhar, temos girafas mais para trás, e também zebras... Onde está a Leoa? Carlota... Carlota... Venha cá, deixe-me mostrar você para os meus alunos...
- Hermione... – Harry ia dizer alguma coisa quando viu que a menina havia desaparecido, antes de pensar em qualquer coisa, Harry viu que Hagrid sorria, apesar das fundas olheiras roxas.
- Queridos, está é Carlota, a Leoa!
- Digo sim, é a verdade, seria melhor se o Harry Potter não estivesse aqui. – Harry se levantou e saiu correndo do salão principal.
- Gina, você não vai atrás dele? – Era incrível como ela foi seca quando ele saiu correndo.
- Não. Toda ação tem uma reação Mione, ele fez, ele esta vivendo as conseqüências. – Uma mão carinhosa pousou sobre o ombro de Gina.
- Bons pensamentos Srta. Weasley, o Sr. Potter soube o que eu quis dizer ontem de noite, ele sabia que não deveria ir, por amizade, foi uma to lindo, mais foi muito, muito, mais muito errado mesmo, se Severo não tivesse ido atrás deles... Merlin saberia o que estaria acontecendo com ele neste momento?
Ouvi então um forte rugido de tigre vindo da floresta proibida, era como se ele gritasse meu nome, desesperado por notícias, não precisei da capa de Harry, me coloquei sob um Feitiço da Desilusão e sai correndo pelo buraco do retrato quando Harry, que entrava com toalhas na mão me deu espaço, esbarrei nele, que apenas coçou o braço, então descei, correndo, para onde o tigre continuava à rugir.
- Hermione! – Draco fechou o trinco da Jaula com força e me puxou para perto dele.
- Eu até gostei do meu novo nome... Alunito.
- Parece com Aluado... – Disse baixinho, Draco nem se quer ouviu.
- Aluado? Quem é esse? Outro amigo seu que se transforma em animago?
Dumbledore segurava um pergaminho na mão, apertava-o com força.
- Me desculpe a pergunta... Mas... o que é isto Profº?
- Isto é a prova de que as pessoas podem mudar, basta lhes dar uma ajudinha.
diga para Hermione que dez voltas vão bastar, avise-a para não sair de Hogwarts, e não falar com Draco Malfoy em hipótese alguma.
- O gira-tempo?
- Sim, o gira-tempo. – Dumbledore sorriu.
- Hermione... Hermione... Hermione acorde!
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Longe de onde Hermione havia usado o gira-tempo, Harry Potter acabara de entrar ofegante no salão comunal de Grifinória.
- Onde esteve? – Rony Weasley veio correndo ao seu encontro, seguido pela irmã, Gina.
- Em lugar nenhum. – Harry sentou-se numa poltrona. Gina o olhava brava, com as mãos na cintura. – Eu já disse Gina, estive em lugar nenhum.
- Lugar nenhum? Acha que eu não te vi indo para a floresta proibida quase agora? O que fazia lá, foi encontrar a Chang?
- Cho? Você ta louca... – Harry riu.
- Louca? E a Lovegood?
- Luna? Calma Gina, sou só amigo dela...
- Talvez tenha ido encontrar a Hermione...
- Mione? – Harry riu mais alto. – Você comeu hoje Gina?
- Talvez tenha ido encontrar a Hermione. – Repetiu Rony.
- Parem de cuidar da minha vida, e querer saber por onde eu ando okay?
Quando Harry estava prestes a pisar no primeiro degrau, ouviu a voz de Gina.
- Harry, amanha tem campanha da Hermione pela escola, lembra? A casa do candidato tem quem ajudar, o Dino, o Simas e o Neville distribuíram os folhetos, eu, você e Rony vamos tentar buscar votos, acorde cedo. Os panfletos estão na cabeceira da sua cama, Ronald colocou, temos que começar cedo, pois a Parkinson vai fazer a campanha do Malfoy logo cedo também, e Ernie vai começar cedo a da Susana, Luna Lovegood vai fazer o mesmo com Cho Chang, afinal Cho está com ótimas propostas...
Harry apenas assentiu, dando às costas para Gina.
- Acha mesmo que ele vai? – Perguntou Rony.
- Talvez... – Gina se sentou na poltrona que segundos atrás pertencia à Harry.
- Afinal, quais são as propostas da Susana e da Cho? Por que a Cho quer ganhar? Ela ta no último ano... Pela segunda vez mas está...
- Ouvi a Lilá dizendo que ouviu a Sprout dizendo, que ouviu o Dumbledore dizer para a McGonagall, que comentou com o Flitwick que a Cho, se ganhar, vai deixar o cargo de presidente do grêmio para um membro da casa acima do quarto ano, eu ouvi dizer que ela vai escolher ou a Patil ou a Lovegood... Talvez Marieta, mas Marieta sairá da escola este ano também...
- Lovegood no poder? Prefiro a Mione!
- Por que? Teve dúvidas quanto a Mione?
- Não... Óbvio que não... – Rony pigarreou. – E quais são as propostas da Chang?
- Bem, ela diz, que quem assumir o grêmio ano que vem representando a Corvinal, vai apresentar as seguintes propostas: Oportunidade dos alunos poderem sugerir novas disciplinas, como ‘Leitura labial’, ‘História de Hogwarts’, ‘Geografia Bruxa’ e ‘Feitiços Ecológicos’.
- Feitiços Ecológicos não foi idéia da Mione?
- Foi... segundo Dino Thomas, ele falou com ela um dia, aqui no salão comunal, e ela passou para ele as propostas... Mas então... A Susana Bonnes, diz que, assumindo o grêmio ano que vem, apresentara propostas como o uso da tecnologia em Hogwarts, deixar o uniforme de livre-escolha, você usa só se quiser, e permitir que os alunos vão todos os meses para Hogsmeade.
- Bem... até agora...
- As de Malfoy são as melhores, eu sei. – Gina completou a frase de Rony.
- Se a Hermione desistisse dessa coisa de libertar elfos... Talvez...
- Rony, eu acho que a Susana Bonnes pode conseguir muitos votos por causa da tecnologia e do uniforme, e a Chang por os alunos poderem sugerir novas disciplinas, a Hermione mandou bem com o lado ‘Ecologicamente correta’ e o Malfoy mandou bem em tudo.
- Sonserina. Eles têm cabeça cara, muito criativos.
- Também somos, é que Hermione está passando por um mal bocado. Só isso.
- E você e o Harry? – Rony mudou de assunto, pois sabia que mais cedo ou mais tarde, Gina acabaria falando do relacionamento entre Hermione e Draco. – Tudo bem com vocês?
- Acho que Harry está mudado.
- Depois que Lucius veio buscar Malfoy aqui, não é?
- Isso mesmo, o Harry ta estranho, parece que sei lá... Quando eu falo com ele, ou quando estamos juntos, ele parece pensar... Em outra.
- Luna? Cho?
- Não... Nenhuma delas.
- O que acha? Acha que é a Hermione?
- Também não... – Gina levou a mão até o queixo, deslizando-a para a barriga. – Acho que Harry não me ama mais.
- Harry casaria com você Gina, não fala uma bobeira dessas... Sou seu irmão e amigo dele, sei o que digo.
- Ronald, lembra quando você namorava a Lilá, mas mesmo assim, amava a Hermione?
- Lembro...
- É isto que eu acho que acontece... – Dizia a ruiva, sem desviar os olhos dos pés do sofá. – Ele fica comigo, mas gosta da outra...
- Pode ser a Hermione, bem, se for ela, ela ta bem, você, o Harry, o Malfoy, só gente bonita...
- Acha o Malfoy bonito? – Rony riu.
- Bem... – Gina corou. – Os loiros são sexy.
Em uma majestosa mansão no Reino Unido, um casal puro-sangue, muito louros, andavam pra lá e para cá na sala, durante a noite, Narcisa Malfoy havia voltado do hospital, onde havia permanecido durante uma tarde, devido à um acesso de desespero contínuo.
O fogo na lareira era esfumegante, chicoteava os tijolinhos verde-musgo que faziam uma bordinha em volta, em um instante o casal foi interrompido por um feixe de chamas verde-limão que tomou conta de todo o espaço dentro dos tijolinhos. Um homem muito branco e gordinho saiu, após ele, outro, um pouco mais moreno, de cabelos grisalhos e dentes grandes.
- Rabicho... – Disse um homem muito louro, que alguns segundos antes andava pra lá e pra cá na sala de estar. – Reuniu todos? Meu filho sumiu! Meu Draco Malfoy sumiu... Ele não pode simplesmente sumir, o nome dele é Malfoy, e não Potter...
- Se me dá a honra... – O homem muito branco e gordinho fez uma reverência.
- Oh! Vicente Crabble pai! Como anda as coisas?
- Muito péssimas Lucius, meu filho e seu colega de dormitório, Gregory Goyle filho não conseguiram nenhuma informação com o tal menino que sobreviveu, e a garota, Pansy Parkinson, revirou toda a escola, todos os banheiros femininos e mochilas das meninas, chegou a entrar no salão comunal da Corvinal e Lufa-Lufa, e nada...
- NADA! COMO NADA? – O homem louro acabara de dar um forte murro na mesinha de centro. – E GRIFINÓRIA?
- Não foi possível o acesso á Grifinória senhor.
- Mande todos! Mande que todos vão até Hogwarts buscar Draco... Revirem tudo, depois Beuxbatons, e depois Durmstrang, quero saber onde meu filho está! Ele é só um moleque, não deve ter ido longe. – Agora o homem se sentara numa banqueta, a mulher loura, ficara muito quieta, apenas se sentara em um puf de veludo.
- Lucius... Draco fugiu por sua culpa, você tirou ele de Hogwarts, ele gostava de lá... – Ela arriscou uma palavra, pela primeira vez naquela noite.
- Cale-se Narcisa! Não lembro de ter pedido a sua opinião até o momento. Draco fugiu por que é mal criado, ingrato, dei-lhe tudo do bom e do melhor a vida toda, tratei-o como um verdadeiro rei por todos esses dezesseis anos, e agora ele me foge, no meio da noite, de pijama sem deixar vestígios? Na última vez que o vimos, no dia 1 de Setembro, ele disse que não queria ir mais para Durmstrang, e lembra aquele dia no Beco Diagonal? Por que ele ficou tonto depois da Floreiros e Borrões... Ah... Há algo muito estranho nesta história... Ah se tem.
- Será que não seria uma Poção do Amor Sr. Malfoy? – Sugeriu Rabicho, com medo.
- CALE A BOCA RABICHO! Quem vai querer fugir com meu filho? Mesmo assim, ele está enfeitiçado, eu e Narcisa fizemos isto assim que nasceu, nada atinge aquele menino, o protegemos contra doenças, maldições, feitiços bobos, acidentes, tudo, ele é quase como um super-herói. Draco nunca seria atingido por uma Poção do Amor ridícula.
- Ok... – Rabicho abaixou a cabeça.
- Lucius... Seja onde ele está... – Narcisa arriscou dizer algo.
- Ainda não pedi sua opinião Narcisa.
- Então vou me retirar! Não aceito que comensais saiam por ai atrás do meu menino, ele é só um menino Lucius, só um menino.
- ‘Só um menino’ é como se define qualquer garoto. – Lucius fez uma breve cara de nojo. – Até mesmo aquele Potter. Mais olha aqui Narcisa... – Ele se levantou apontado o dedo no nariz da mulher, ela era muito branca, com olhos cintilantes, e com certeza havia herdado a bela feição que os Black costumavam ter.
- Não grite assim comigo na frente das visitas. – Ela fitou Rabicho e Goyle pai.
- Grito quanto eu quiser. – Ele disse baixinho, agora se aproximando do ouvido dela. – Suba, e fique lá em cima, quieta, e nem ouse em ir atrás de Draco sozinha, você tem a marca negra Narcisa, tem, e tem que honrá-la, assim como neste momento, a de Draco deve estar cintilando em seu braço esquerdo.
Ela tremeu os lábios. – Ele não tem a marca negra.
- Tem, e vai ser como o pai, ruim, matador. – Lucius gargalhou alto.
- Cale-se! – Narcisa soltou-se dele e correu até o seu quarto.
Narcisa entrou em seu quarto, uma enorme cama de casal tinha uma colcha verde-musgo (assim como quase tudo naquela casa) e nela estava a palavra “Slytherin”, uma grande serpente negra com couro verde estava bordada, lá também havia uma lareira, com um fogo vermelho chicoteando os tijolinhos da lareira. Uma janela branca estava do lado da cama, uma cortina negra a cobria, o carpete era bege, um tom estranho, um bege escuro, era o que parecia. Narcisa sentou-se na cama, e abraçou uma almofadinha.
Ela ficou alguns minutos ali, sem olhar para nada. ‘Onde é que meu menino está?’ ‘Por que me casei com Lucius, por que sou quem sou? Não faz sentido’. Flashes de vários ataques de comensais da morte vieram em sua mente. ‘Não sou uma matadora.’ ‘Draco não é um matador, ele é um bom menino, eu tenho certeza’. Lágrimas cortavam o rosto muito branco da mulher. Até que ela ouviu um barulho estranho na janela, levantou-se com calma, armou a varinha e abriu a cortina com um feitiço cheio de cautela.
Um dementador? Comensais? Voldemort? Draco? Quem seria? Ela não viu nada, ou pensara quem não via nada, até avistar uma pequena criaturinha pousada na borda da janela, era uma coruja muito magrela e pequena, com um pergaminho amarrado aos pés. Narcisa conhecia aquela coruja, era a coruja da família Delacour, seus futuros parentes. Ela abriu a janela, e viu a forte chuva que caia. ‘Ele deve estar com frio’. Mais uma lágrima rolou, ela sorriu para a corujinha, e fechou a janela, sentou-se na cama, e começou a ler o pergaminho azul-bebê, nele haviam letras em uma tinta prateada e algumas estrelas brilhando nas bordas.
“Olá Família Malfoy.
Aqui sou eu Juliet Delacour, escrevo nesta carta, pra informar a Sra. Malfoy que venha experimentar o seu vestido para o casamento, mamãe e eu já escolhemos os nossos, não posso contar como é meu, por que é obvio que Draco logo saberia, e os trouxas dizem que isto dá azar, apesar de eu odiar trouxas, acho melhor manter o segredo.
Mandem um grande abraço para Draco, as férias de Beuxbatons serão no mesmo período que as de Hogwarts, isto quer dizer que eu poderei sim passar as férias novamente na casa de vocês, como foi no verão de 2005. Foi o máximo. Malfoy é realmente muito legal. Vovó acha que estou muito nova pra me casar, eu acho ao contrário, eu e mamãe. Malfoy esta ansioso para o casório? Espero que sim! Por que eu estou muito...”
A carta continuava mais Narcisa estava demasiado triste para lê-la, ali, em suas mãos estava outro plano para que Draco fosse uma miniatura de Lucius, e era o que ele vinha sido até aquele instante. Draco até a última ida até o Beco Diagonal estava como sempre foi, pomposo, de nariz empinado, coluna ereta, peito estufado e com seu enorme distintivo de ‘monitor’ que acabara de receber no peito. Chegando em casa, Draco se trancou no quarto com a desculpa de que iria estudar Poções.
- Filho, venha jantar! – Chamava Narcisa no pé da escada.
- Quero ver os novos feitiços mamãe! Amanhã eu tomo um café da manhã reforçado! – Ele berrou no alto da escada. – Preciso estudar Poções! – E subiu correndo para o quarto.
Não era bem Poções que Draco iria estudar, na verdade, ele nem tocou nos livros, apenas deu um toque com a varinha na porta para trancá-la.
- Olá Carmem! – Ele sorriu para uma coruja negra. – Afim de uma viagem? – A corujinha lhe deu uma bicada na mão em agradecimento á alguns biscoitinhos que havia comprado para ela no Beco Diagonal. Leve isto até... – Ele abaixou perto do ouvido da corujinha e murmurou algo inaudível. – Leve rápido Carmem!
Naquela noite, foi melhor mesmo Draco ter subido para o quarto e não ter jantado com os pais.
- Avada Kedavra! – Foram as palavras que saíram dos lábios de Lucius Malfoy quando um elfo doméstico derrubou seu café noturno no chão.
- Como pôde matar ele? É um elfo! É INOCENTE! – Narcisa gritava, e Draco ouvia os gritos.
- Esta defendendo um elfo? Eu sou seu marido!
Draco se aproximou da porta e ouviu os gritos no quarto ao lado. ‘Eles estão brigando outra vez’. Pensou o menino ‘Aposto que os Weasley não devem brigar quanto meus pais.’ Ele se aproximou ainda mais da parede, agora eles tinham parado de gritar e conversavam, provavelmente deitados na cama, supôs Draco.
- Quanto fomos á Madame Malkin hoje, ela quis medir a manga esquerda do uniforme de Draco, e eu não sabia o que dizer... Lucius... Nem ele mesmo sabe, ele vai notar em breve.
- Não fazem nem seis horas que ele está com a marca Narcisa. Francamente... – Draco ouviu os passos do pai, ele parecia andar pra lá e pra cá envolta da cama. – Realmente, Narcisa, eu tenho, você tem...
- Eu tenho porque você me obrigou a ter. Você.
- Vamos parar com isto... alguém pode ouvir... Draco pode ouvir... E não quero que ele ache que é algo ruim.
- Algo ruim? Não Imagine se é ruim... – Narcisa disse num tom de desdém. – Ter a marca negra no braço esquerdo... Não é nada ruim hein? – Um silêncio tomou conta da casa. Draco levantou a manga de sua roupa, que ele não levantara á seis horas exatas, e ali estava, algo que lembrava uma tatuagem, negra, em seu braço muito branco, uma caveira com língua de cobra, ele gritou e disparou em direção ao quarto dos pais.
- MÃE! MÃE! MÃE! MÃE! – Ele gritava, e parecia demasiado desesperado.
- O que foi filho? – Lucius foi atencioso até o menino, enquanto Narcisa olhava chocada para o filho segurando o braço esquerdo.
- NÃO! – Narcisa se jogou na frente do menino. – Não é nada querido, vá dormir.
- É a marca negra Draco, é a marca que diz quem você realmente é. – Lucius sorriu.
Draco tentou disfarçar alguma felicidade com o fato de ter ganhado a marca negra aos dezesseis anos. ‘Isto é horrível! Não posso matar uma pessoa! Não posso mesmo!’
- Feliz? – Lucius sorriu.
Draco naquela noite não dormiu, e com certeza fora a pior noite da vida de Narcisa, finalmente Lucius conseguira o que tanto almejava, que o filho se tornasse um clone dele mesmo, e para o ódio de Narcisa, ele havia conseguido. Draco poderia levar uma vida normal, arrumar uma namorada, mais Lucius o tratava como um rei, e um rei não namora qualquer uma, então, naquela noite... Lucius mandou uma coruja para os Delacour, informando a confirmação do casamento.
Depois de ver Hermione Granger no Beco Diagonal, Draco, naquele 31 de Agosto parecia realmente aflito. Foi este o motivo do desespero ao descobrir a marca negra. E foi este o motivo de Carmem estar levando uma coruja para Dumbledore, naquele verão, Draco havia descoberto que ter sangue-puro não é tudo.
“Caro Prof. Dumbledore,
Aqui sou eu, Draco Black Malfoy. Por favor não dia á ninguém que estou lhe mandando esta carta, só peço que neste ano, me dê uma segunda chance para que eu não me comportem como uma doninha nojenta que eu fui até o ano passado, Prof. Dumbledore, por favor, não deixe que Snape fique me vigiando, e não tenha má impressão de mim, eu realmente quero mudar, aconteceu algo horrível esta noite. Hoje eu descobri, no Beco Diagonal que não é esta vida que eu quero para mim.
Descobri que não vale à pena ficar escondendo o inferno que vivo, daqui um ano me tornarei maior de idade, e pensar que dezenas de famílias sofrem por terem Comensais da Morte dentro de casa, gente realmente ruim.
Me ajude a ser bom e generoso. Não quero uma vida cheia de mortes e torturas, quero uma vida digna... Quero acabar com o mal que toma conta de nosso mundo.
Quero ser Auror”.
Na noite quente de verão, Carmem se aproximava de Hogwarts.
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