Com uma ajudinha de Dumbledore



Nos capítulos anteriores:



- Gina... Seja o que for que esta acontecendo, Hermione deve estar em perigo... Vamos logo... Mesmo que ela esteja com... – Luna contraiu os lábios. – Voldemort...

- Não, não é nada disso, agora vamos Luna, e vem com a gente Cho, quanto mais gente melhor!

- Vamos Harry, Vamos! – Gina apenas gritou do buraco do retrato, mais ao invés de só Harry vir, como ela havia chamado, Harry veio seguido de Rony, Lilá Brown, Simas e Dino.

- Quantos Harry’s há na Grifinória? – Luna disse com um tom de riso.

- Harry Potter, quem você pensa que é pra fazer isto? – Gina respirou fundo, e agora parecia um dragão furioso.

- Harry Potter. – Harry sorriu pomposo.

- Onde eles estão indo? – Crabble disse baixinho para Goyle.

- Parece que estão buscando pela Granger, citaram Malfoy, parece que ele está com ela.

- E o que estamos esperando para buscá-lo? – Crabble parecia realmente preocupado com o amigo, o que ele não havia visto é que Severo Snape estava parado ao seu lado, ouvindo tudo.

- Vamos, nós três. – Snape respirou fundo, fitando Harry correr em direção ao jardim. – Ele não vai conseguir sozinho, se eles, meros estudantes sabem que em Portugal não há bruxos, por que um casal de Comensais da Morte, formados nas melhores faculdades de Bruxaria não iriam saber? – Snape sorriu para si mesmo. - Não, nada de vassouras, vamos aparatar, e esperar Potter chegar ao seu destino.

Harry não estava mais sobre o Testrálio, estava numa mansão com uma sala grande e pomposa, diante dele, Lucius Malfoy corria de um lado para o outro, com a varinha na mão, Harry encheu seu peito ofídico de ar, rastejou-se até Lucius e quebrou sua varinha com os dentes afiados, sacudiu a língua e foi, balançando seu chocalho até um homem branco com fendas vermelhas no lugar dos olhos.

- Lucius... – De repente, Harry não era mais a cobra, e sim, o homem.

- Milorde... Juro que não ia fazer nenhuma besteira, não precisava quebrar minha varinha...

- Quebro quantas varinhas quiser Lucius, agora sente-se, Snape me garantiu que...

- Snape? Severo Snape?

Harry sentiu o triunfo diante de si, sabia que Draco, seu mais novo servo acabaria com aquela nascida trouxa, então Harry quis ir até Hermione, não para salvá-la, e sim, para matá-la.

Quando estavam no extremo Oeste do território Espanhol, eles caíram no chão, no gramado vazio de uma fazenda que parecia abandonada. Um homem de cabelos negros e oleosos estava de pé ao lado deles.

- Talvez estejam num esconderijo subterrâneo, podemos...

Mas Gina foi interrompida, finalmente Snape mostrou-se presente para todos.

- Bom dia Potter! – Snape sorriu sarcasticamente.

- Snape? O que está fazendo? Vai ajudar Draco a matar Hermione? Eu sempre soube que você servia as artes das trevas.

Luna Lovegood levantou do chão, onde estava deitada, devido á queda. – Estou ouvindo mal, ou o Sr. Esta querendo ajudar o Harry?

- Sim, estou. Por que não estaria? Potter não faz nem lição de casa, olhe só se ele mataria alguém...

- Jaula, Draco, Jaula. – Ela sussurrou para o tigre, que gentilmente obedeceu, a menina correu para o lado oposto de onde o tigre fora, e então, caiu no chão, segundos depois, alguém estava a olhando com muita ferocidade.

- Srta. Granger! Quase todos os alunos da Grifinória foram para Portugal te procurar, onde a Srta. Estava? – Um rosto familiar, era Alvo Dumbledore. – Onde a Srta. Estava? Onde? – Dumbledore pegou a menina pelo braço, a colocando de pé.

- Me perdi na floresta proibida noite retrasada. Não consegui sair, tentei pedir ajuda, na verdade Prof. Eu fui até Hogsmeade, tentei aparatar, mais quando voltei, cai na floresta proibida, e não consegui voltar ao castelo, porque eu cai foi ontem de madrugada.



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Durante toda a manhã, todas as aulas foram quietas, ninguém respondeu nenhum professor, ninguém respondeu nenhuma pergunta, ninguém trocou bilhetinhos.

- Como eu ia dizendo... O que se costuma fazer quando se encontra um Dementador? – Lupin questionava para a sala, mais nem mesmo eu, Hermione Granger, tive coragem de levantar a mão, por minha causa, umas dez pessoas da minha casa tinham levado detenção, Harry quase morreu, Patil fora petrificada, o mundo bruxo todo estava atrás do tigre de Hagrid e minha casa tinha tido os pontos zerados.

Lupin continuou a explicação sobre Dementadores, no intervalo das aulas, os alunos da Corvinal, tristes por terem 100 pontos descontados por Luna Lovegood e 100 por Cho Chang, os alunos da Sonserina que estavam preocupados com Malfoy, os da Grifinória, que tecnicamente levariam 300 pontos por aluno, e como eram mais de dez, não dava para tirar pontos de onde não tem, então, nossos pontos foram zerados, os alunos da Lufa-lufa eram muito caridosos e tinham um ótimo coração, por isso ficaram calados e demonstrando afeto pelos outros alunos, não brincaram, nem riram, nem fizeram nada que mostrasse felicidade, e pelo que conheço deles, não iram fazer isto até tudo voltar ao normal.

- Queria informar para a sala, que Rony Weasley esta novamente no time de quadribol, como goleiro! – Sra. Hooch informava, esperando um sorriso, alguns gritos, e comemorações, mais Rony apenas se levantou para ir até a mesa da mulher e assinar o papel de ciência e pegar o horário dos treinos.

- Bom dia sala! – O prof. Snape havia dado bom-dia, coisa que ele nunca fazia, e isto não fez a gente responder. – Na aula de hoje vamos preparar a poção do riso! O primeiro paço para a poção do riso,é literalmente rir, rir durante todo o tempo que ela esta sendo preparada.

- Isto é ridículo. – Disse Harry baixinho ao meu lado, enquanto preparava a Poção, carrancudo.

- O quê?

- Uma Poção do Riso quando ele vê que todos estamos extremamente tristes e preocupados, tinha que ser coisa desse... Seboso...

Snape observava com superioridade a Poção de Harry, eu tentava sorrir por alguns instantes, mas era impossível.

Harry começou a encarar sua Poção que estava ficando azul-marinho, tendo que ficar amarelo-ouro com bolinhas prateadas, a Poção foi ficando cada vez mais escura, e mais escura, Harry agora estava num lugar mal iluminado, conhecia aquele lugar, era a sala, a sala onde Lucius Malfoy estava com sua esposa, onde havia quebrado a varinha de Lucius com os dentes.

- Milorde... – Lucius fez uma reverência.

- Sem bobagens, não tenho tempo, olhe Lucius, pare de procurar por um menino loiro de olhos azuis e lindo de morrer, procure por animagos ilegais.

E então, Harry começou a sentir algo molhado em seus pés, havia derrubado o caldeirão, não ligando, virou-se desesperado para Hermione, e disse muito baixo:

- Animago, ele é um animago?

- Tigre.

- Voldemort já sabe.

Ninguém riu, nenhuma poção ficou certa, os alunos da Sonserina nem abriram as mochilas, e Pansy Parkinson tinha os olhos vermelhos, e algo estava em sua gravata, pareciam lágrimas.

A sineta avisou a hora do almoço, e o almoço foi a mesma coisa, o mesmo silêncio horrível que tomou conta da escola durante a manhã. Durante o almoço, Harry lançou um olhar triste para o painel das casas:

Lufa-Lufa: 380 pontos

Sonserina : 350 pontos

Corvinal : 10 pontos

Grifinória: 0 pontos

- Hermione, você disse um Tigre? – Comentou Harry, à caminho da aula de Trato de Criaturas Mágicas.

- Como sabe que você-sabe-quem já sabe que Draco é um Animago?

- Eu vi, foi como o Sr. Weasley ano passado, como o corredor...

- Mandei-o para Hagrid, como presente de Madame Máxime, mande uma Leoa e um Tigre.

- Onde está a...?

- Sou eu, Hagrid deve pensar que fugiu.

Toda a animação dos alunos em relação ao show do fim de ano parecia ter evaporado, nenhum deles estava andando com papéis coloridos nas mãos, ninguém mais pulava pelos corredores, a imagem de Hogwarts estava realmente suja na sociedade bruxa, e não era só no rosto dos alunos que via-se isto, no corpo docente da escola, era uma cara pior do que a outra.

- Bom-dia alunos! – Bradou Hagrid feliz. – Quero lhes apresentar Alunito! O novo Tigre Listrado de Hogwarts! Estamos montando um mini-zoo de animais selvagens, podem olhar, temos girafas mais para trás, e também zebras... Onde está a Leoa? Carlota... Carlota... Venha cá, deixe-me mostrar você para os meus alunos...

- Hermione... – Harry ia dizer alguma coisa quando viu que a menina havia desaparecido, antes de pensar em qualquer coisa, Harry viu que Hagrid sorria, apesar das fundas olheiras roxas.

- Queridos, está é Carlota, a Leoa!

Hagrid acariciava a Leoa, enquanto o animal olhava abobado para o Tigre Listrado mais adiante, que também a olhava, era quase desesperador.

- Bem, como já vimos estes... Vamos... Abram os livros na página...

Depois da aula de Hagrid, os alunos da Grifinória tiveram um horário livre, no qual foram para o Salão Principal, ajeitar as tarefas de casa.

Uma gota saiu de seus olhos muito azuis, Harry esfregou o nariz, Gina o olhou com piedade no olhar, e o abraçou muito forte, e me levantei, e atravessei a mesa.

- Harry, obrigado. – Eu não conseguia me conter dentre as minhas lágrimas, e pensar que tudo aquilo estava assim por minha causa.

- Eu te amo Hermione. – Ele me abraçou muito forte, Gina o abraçava, e logo Rony se levantou, juntando-se ao abraçou, e começou a chorar também. Uma oriental correu da mesa da Corvinal até a nossa mesa, e abraçou Harry também.

-Desculpa pessoal, foi tudo culpa minha.

- Harry, nós fomos com você, isto só mostra o quanto nos amamos, Grifinória é uma família. – Gina sorriu, limpando as lágrimas de Harry.

- Eu sou um inútil mesmo... – Harry resmungou.

- Não. – Gina levantou os fios de cabelos que caíam sobre sua cicatriz, e passou a mão na mesma. – Você é maravilhoso Harry, você é mais importante do que imagina.

- Eu preferia que ele tivesse me pegado a estar aqui... Fazendo todas estas pessoas sofrerem.

- Não diga isto. – Gina agora se afundava em lágrimas e mais lágrimas.

- Digo sim, é a verdade, seria melhor se o Harry Potter não estivesse aqui. – Harry se levantou e saiu correndo do salão principal.

- Gina, você não vai atrás dele? – Era incrível como ela foi seca quando ele saiu correndo.

- Não. Toda ação tem uma reação Mione, ele fez, ele esta vivendo as conseqüências. – Uma mão carinhosa pousou sobre o ombro de Gina.

- Bons pensamentos Srta. Weasley, o Sr. Potter soube o que eu quis dizer ontem de noite, ele sabia que não deveria ir, por amizade, foi uma to lindo, mais foi muito, muito, mais muito errado mesmo, se Severo não tivesse ido atrás deles... Merlin saberia o que estaria acontecendo com ele neste momento?

- O senhor está certo Prof. Dumbledore. – Ele estava realmente certo, Harry sabia que era muito errado, ele poderia ter dito para alguém do meu sumiço, poderia ter feito qualquer coisa, mais... Ele quis ir pessoalmente, foi lindo o que ele fez, mais foi errado. Dumbledore tinha sido piedoso com ele. Muito. Muito mesmo.

“O dia de aula se acabou, e nenhuma palavra foi dita, fora aquelas, eu sentei-me na cama, no dormitório das meninas, limpei algumas lágrimas que ainda rolavam do meu rosto. Como eu pude fazer algo tão errado? Às vezes as atitudes bonitas, como o que eu fiz pelo Draco, e o que Harry fez por mim, podem ter sérias conseqüências, e tiveram, conseqüências horríveis, não estou falando apenas dos pontos da Grifinória, mais estou falando de Narcisa Malfoy, ela não é má, ela é legal, cara, eu tirei o Draco da família dele, como eu pode? O mundo bruxo todo esta procurando por um menino que eu, eu, euzinha, Hermione Granger seqüestrei. Acho que ninguém se sentiria bem nesta situação, nem mesmo a maior sabe-tudo de Hogwarts.”

Eu havia prometido para Draco, que deixaria ele se transformar quando desse tempo, e não tivesse ninguém por perto.

Ouvi então um forte rugido de tigre vindo da floresta proibida, era como se ele gritasse meu nome, desesperado por notícias, não precisei da capa de Harry, me coloquei sob um Feitiço da Desilusão e sai correndo pelo buraco do retrato quando Harry, que entrava com toalhas na mão me deu espaço, esbarrei nele, que apenas coçou o braço, então descei, correndo, para onde o tigre continuava à rugir.

- Hermione! – Draco fechou o trinco da Jaula com força e me puxou para perto dele. – Como está? A escola? As aulas?

- Péssimas. – Me sentei no chão.

- Esse chão é frio, melhor ficar de pé.

- Draco... Desculpa... Sério mesmo...

- Sem essa Mione... – Ele me fez um leve cafuné. – Vai ficar tudo bem okay? Só aquele mergulho no mar valeu por tudo isso.

Me deitei no colo dele, seu peito frio e nu, seus cabelos tão desarrumados que lembravam os de Harry, e suas mãos fortes cobriam minha cintura.

- Olha... Se você quiser, pode dizer que fugiu de casa, mas voltou... Inventa uma história, não precisa ser um Tigre pra sempre...

- Eu até gostei do meu novo nome... Alunito.

- Parece com Aluado... – Disse baixinho, Draco nem se quer ouviu.

- Aluado? Quem é esse? Outro amigo seu que se transforma em animago?

- Não... – Eu sorri, agora olhando as estrelas. – Muito mais especial.

- Vai passar a noite aqui comigo?

- Às quatro da manhã eu volto para o Castelo, quero ficar aqui, jogando conversa fora, vai me fazer bem.

No salão comunal da Grifinória, apenas um menino estava lá, Harry Potter, segurando junto ao peito o mapa do maroto e a capa da invisibilidade.

“Como eu pude? Mamãe, papai, Sirius... E eu voando pela noite, sozinho, eles devem estar realmente chateados comigo, eu queria um abraço de um amigo, alguém que sempre ficasse do meu lado, eu pensei que Dumbledore fosse assim, mais ele não é, ele estava certo, bem, eu estou errado, e não há volta para o que eu fiz, não mesmo.”

Harry viu alguém atravessar o buraco do retrato, deveria ser algum aluno do primeiro ano que tinha se perdido depois do jantar. Mais não era. Era alguém com uma longa barba branca, vestes verdes-esmeralda e um sorriso angelical no rosto. Logo Harry ficou ereto no sofá onde estava deitado.

- Prof. Dumbledore, me desculpe, eu sei, o senhor estava certo, nunca mais vou te desobedecer, pode me expulsar de Hogwarts se quiser, pode me dar uma Crucio, meu mandar para a Umbridge, para o Ministério, ou me matar logo de uma vez... Melhor, me mande para Azkaban! Faça o que o senhor quiser, sério mesmo, mais por favor... O pessoal da Grifinória... Sabe... Rony, Lilá, Gina, Dino, Simas, Neville... Eles não tem nada com isto... Eles... – Harry sentia o sangue correr quente por suas veias, sua respiração estava muito ofegante.

- Acalme-se Harry. – Dumbledore havia o chamado de Harry, nas últimas horas era apenas Sr. Potter pra cá, Sr. Potter pra lá... E agora... Harry? – Não vou lhe fazer nada, eu sei que você fez aquilo com as melhores intenções, agora apenas suba no dormitório das meninas e diga para Hermione que dez voltas vão bastar, avise-a para não sair de Hogwarts, e não falar com Draco Malfoy em hipótese alguma.

- Hãn?

Harry ficou confuso, mais então lembrou-se do terceiro ano, do gira-tempo de Hermione.

- O gira-tempo?

- Sim, o gira-tempo. – Dumbledore sorriu.

- Prof. Dumbledore, muito obrigado, muito obrigado mesmo.

- Você merece uma segunda chance Harry, já te tiraram tudo que tinha, não vou deixar que te tirem de Hogwarts. – Dumbledore continuava sorrindo e olhando nos olhos de Harry. – Esta revolta que você sente agora, esta revolta com o mundo, é que faz pessoas normais virarem Lord’s Voldemort’s... Talvez se ele tivesse tido uma escolha.

- Prof. Dumbledore! – Harry protestou. Como Dumbledore poderia defender Tom Riddle?

- Tom Riddle era um bom garoto, só não teve quem lhe dissesse como agir, e eu te digo agora Harry, suba no dormitório das meninas e dê o recado para Hermione. O mais rápido possível. – Dumbledore segurava um pergaminho na mão, apertava-o com força.

- Me desculpe a pergunta... Mas... o que é isto Profº?

- Isto é a prova de que as pessoas podem mudar, basta lhes dar uma ajudinha.

Dumbledore lhe deu uma piscadela simpática.

No mesmo instante, Harry se colocou de pé e saiu correndo em direção à escada que dava acesso aos dormitórios, foi em direção ao dormitório feminino. Dumbledore fez um ‘Psiu’ e Harry olhou para ele novamente.

- Boa sorte!

- Obrigado Prof. Dumbledore.

Harry entrou pisando devagar no chão, para não acordar nenhuma menina. Foi até a cama de Hermione e viu que a castanha não se encontrava lá, olhou ao redor, não estava em nenhuma outra cama, então Harry lembrou do arrepio que sentiu quando entrou na sala comunal pelo buraco do retrato.

“O Mapa do Maroto!”

Harry desceu as escadas correndo, deixando fechada a porta do dormitório feminino.

- Juro solenemente não fazer nada de bom!

O mapa se abriu.

‘Senhores Aluado, Almofadinhas, Rabicho e Pontas tem o orgulho de apresentar o mapa do maroto!’

Harry correu os olhos até a Floresta Proibida, na orla, onde estavam as jaulas dos novos animais de Hagrid, Harry viu os nomes ‘Hermione Granger’ e ‘Draco Malfoy’ um ao lado do outro.

Então Harry pegou sua capa de invisibilidade, e correu o mais rápido que pôde até a jaula.

- Ouço alguém, se transforme Hermione.

Draco se transformou num Tigre Listrado de branco e preto e deitou-se, fechou os olhos e soltou um ronco alto.

Hermione deitou-se como Leoa do outro lado da jaula, soltando um alto ronco e virando a barriga na direção das estrelas.

‘Droga, como eu faço para acordar um Tigre e uma Leoa?’

Harry pensou em pegar um palito, uma pedra, um balde, qualquer coisa, então tentou o que costumava fazer com Almofadinhas, chamar pelo nome humano.

- Hermione... Hermione... Hermione acorde!

- Dumbledore-mandou-dar-dez-voltas. – Ofegou Harry.

Draco logo se transformou em humano e olhou Harry com ferocidade.

- Que é Pottah? Vá pra cama.

- Vim falar com a Hermione.

- Ei! Parem de brigar... Falem baixo... Harry, já entendi, pelo menos acho, vá dormir!

- Ah! – Gritou Harry, alguns metros longe da jaula. – Ele disse para não encontrar Draco Malfoy!!

Então Harry desapareceu.

- Não ME encontrar? Quem o Pottah pensa que é?

Eu senti como se tivesse caído um balde de água fria sobre mim, como podia? Usar o gira-tempo? Não encontrar Draco Malfoy? Como assim? Dez voltas? Não seria muito? Onde eu vou parar? Uma semana no passado? Dumbledore deveria estar sonambulando...

- Uma, duas, três... – Ela contava consigo mesma dando voltas no gira-tempo... – Quatro, cinco seis... Sete, oito... nove... Dez!

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