O quarto ao leste
Nos capítulos anteriores:
- Todos queriam vir Mione te visitar, mais então eu resolvi que eu e Gina...
- E ele? – Disse Gina baixinho, fazendo um sinal com a cabeça para o Malfoy.
- Está realmente ruim, não acorda desde o dia do acidente, acho que vai morrer. – Eu disse querendo rir, mais não deixei eles perceberem meu desejo.
- E aí Potter...
- Olha aqui sua doninha nojenta! – Eu me levantei da cama com muita rapidez, na minha mão direita eu escondia uma pequena carta. – Não ouse a arrumar encrenca com o Harry. – Fingi pegar no pescoço dele com muita força.
- Você ta brincando né? – Ele disse sem quase sem mexer os lábios, e muito baixo.
- Sim. – eu respondi da mesma maneira.
- Sim, isto mesmo! Eu mato você se mexer com o Harry outra vez... E não adianta chamar seu papai. – Joguei a carta na mão dele sem deixar ninguém perceber.
- SAIAM! SAIAM! SAIAM! – Disse uma Madame Pomfrey muito brava. Mais de onde aquela velha veio? Não estava na Mongólia?
- Mione... E você e o Malfoy? – Disse Gina bem baixinho, Harry já havia saído.
- Confundi as coisas... Era ódio. – Eu sorri de lado. Ela saiu.
- E você Srta. Granger! Pode arrumar seus pertences, e se vestir, aproveite e tome um banho aqui no banheiro da enfermaria, e nada de estudos até o sábado, você tem que ficar no salão comunal de sua casa em repouso, no máximo uma caminhada pela orla do lago, o mesmo para você Sr. Malfoy, pare de ser dengoso! Também pode ir para seu salão comunal... Arrumarei-lhe uma cadeira de rodas...
- Mais fica nas masmorras Madame Pomfrey. – Ele resmungou choroso.
- Acho que o que não falta nesta escola são jeitos de se locomover sem usar os pés... Creio eu... Francamente Sr. Malfoy, se porte como um bruxo... Não como um trouxa que vê problemas até em descer escadas de cadeira de rodas...
Eu soltei um riso, a velhota ignorou, deixando eu e Malfoy sozinhos novamente.
- Lê. – Eu sorri.
“Olha aqui Malfoy... e aquela Juliet Delacour? Você vai se casar, saiu até no Profeta Diário....”
- NO PROFETA DIÁRIO?- Gritou o menino.
- Você não leu? Seu pai e sua mãe deram uma entrevista para a coluna das socialites e falaram do casamento, e disseram que você ama ela, vão se casar assim que você terminar os estudos em Hogwarts.
- VOU ME CASAR COM 17 ANOS E NINGUÉM ME FALA NADA?
- Hermione... – Eu ouvi os passos dele se aproximando de mim, e logo ele sentou do meu lado, colocando sua mão nos meus calcanhares.
- Tire suas mãos de mim!
- Eu não pertenço à você... – Ele continuou, não, eu não estava cantando a música, eu estava pedindo para ele tirar aquelas mãos de dementador de mim! TIRAAAA MALFOY!
- TIRA MALFOY? Quer que eu tire mesmo? – Ele diminuiu os olhos arregalados e sorriu, abrindo os botões da camisa da ala hospitalar.
- Não foi isto que eu quis dizer. – Eu ri.
- Pois foi o que eu entendi quando...
- Leu minha mente? Você anda lendo minha mente demais... Como consegue? Você não usa varinha... ou nenhum feitiço...
- Na verdade é um dom raríssimo, assim como o Potter é ofidioglota eu nasci com Legilimiens em mim, eu consigo ler a mente de qualquer pessoa que está próxima de mim, basta eu tocar nela, olhar, o simplesmente querer.
- Então aceite namorar comigo que eu prometo nunca mais ler seus pensamentos, mais só se namorar comigo. – Ele sorriu.
- Afinal... Por que fingiu estar doente?
- Era legal ser cuidado por você.
- Não vai dar um beijinho de despedida no seu namorado?
Como eu havia esquecido? Ele é meu namorado! – Okay... Namorado. – Dei-lhe um beijo.
- Fique bem... – Eu respirei fundo. – Draco.
- Obrigado Mione. – Ele sorriu para mim, depois me levou até a porta da enfermaria, de onde ficou me olhando até eu desaparecer no corredor.
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No domingo, às quatro da tarde, um bilhete chegou até mim, estava assinado por Madame Pomfrey.
‘Srta. Granger, Sr. Malfoy, hoje, às quatro e meia, se encontrem há três metros do Salgueiro Lutador, façam duas horas de caminhada e bebam água de vinte em vinte minutos’.
E assim foi dito e feito, era claro que Draco havia recebido o mesmo bilhete que eu, pois às quatro e meia ele estava no lugar combinado.
- Vamos? – Disse ele, pela primeira vez, tímido. Eu apenas assenti.
Por vinte minutos, andamos em completo silêncio, tínhamos muita coisa para dizer, porém... Tão pouca coragem. Até que ele tomou uma atitude, depois de beber um gole d’água, me lembrando que eu deveria fazer o mesmo, e fiz.
- Gran-Granger... Hermione, bem... – Ele pigarreou. – Bem... Eu... Sabe... É... Bem... Como eu ia dizendo... Bem... Eu... Hãn... Hein... Granger... Hermione... Você... Eu.... Quero dizer, Nós... Ou talvez... Agente... Hãn... Você me entende?
- Não precisa falar nada. – Levei a minha mão até a nuca fria dele, e lhe beijei.
- Era exatamente o que eu ia fazer. – Ele sorriu. – Quero dizer... Eu... Bem...
- Nossa... Você falando é mil vezes pior do que o Rony com fome e o Harry perto da Chang.
- Que horror! – Riu-se ele. – Então... – Ele acenou com a cabeça para um arbusto. – Pelo menos lá tem sombra, aqui ta sol demais, e eu nem quero caminhar...
- Sabe... Nem eu.
Senti algo que nunca havia sentido, as mãos dele pegaram na minha, e andamos dois metros de mãos dadas até o arbusto, dois metros que para mim, pareceram dois quilômetros, e aquilo era a melhor coisa do mundo, andar de mãos dadas com alguém que me fazia feliz, nos sentamos aqui, e ficamos olhando juntos o horizonte, por alguns minutos, sem dizer uma palavra sequer, apenas apreciando, o quão gostoso era, estar de mãos dadas.
- Você gosta de piadas? – Perguntou Draco, num certo momento.
- Gosto...
- E qual seu país preferido?
- Canadá.
- Sério mesmo? – Ele sorriu. – Sabia que eu sei uma piada do Canadá... quero dizer é de dois Portugueses...
- Fala... – Eu disse, deitada no colo dele.
- Dois Portugueses estavam na beira de uma piscina, o que um disse para o outro?
- O quê?
- ‘Manoel, Cá Nadá!”
E rimos juntos daquela piada, o que eu senti que foram horas.
Enfim a segunda feira chegou! Tínhamos todas as aulas na segunda juntos, ou quase todas, ah, sei lá, só sei que vai ser legal por um lado, e chato por outro, porque mesmo estando perto, vamos ter que fingir nos odiar, talvez se eu falasse para Gina a verdade, ela convencesse o Harry, que falasse com o Rony, ah, acho que estou sonhando demais.
- Profeta Diário! Profeta Diário! Olhem só o que aconteceu... Olhem só! – Dino chegou radiante com o jornal nos braços, jogando o papel na mesa do salão principal, eu notei os olhos de Draco querendo saber o que era toda aquela gritaria. Junto com o papel, Dino jogou folhetos laranjas, nos quais eu mesma sorria e segurava a foto de um elfo doméstico nas mãos ‘Abaixo à escravidão dos elfos!’ Dizia as letras acima da minha cabeça. ‘Gincanas, projetos voluntários em Hogsmeade e Recuperação Mágica do meio-ambiente, Adeus ao Aquecimento Global, com Hermione Granger, você aprenderá a reconstruir magicamente o meio-ambiente perdido, para o bem dos bruxos e trouxas! VOTE EM HERMIONE GRANGER PARA O GRÊMIO ESTUDANTIL!’
- Lucius Malfoy vai vir para Hogwarts hoje à tarde... – Simas lia a notícia em alto e bom tom, enquanto Draco me olhava apavorado.
- Parece que esta sabendo de uma coisa de Draco fez, a Rita Sketeer não falou, droga de mulher burra, ia ser legal saber o porque do Malfoy levar uma bronca do pai na frente de toda a escola. – Rony disse num tom de riso.
- É... seria. – Eu disfarcei alguma animação.
- Ei, alguma notícia da ordem? – Harry puxou o jornal para perto de si.
- Nada. – Gina comentou triste.
- Alguma fuga? Algum sinal de Voldemort?
- Nada também. – Repetiu Gina.
Um estrondo alto fez todos pararem de falar, veio de fora, todos os professores largaram suas taças, e os alunos do primeiro ano se espremeram debaixo da mesa, Harry, valente como sempre, estendeu a varinha e foi em direção ao barulho.
- Não! – Gritou Dumbledore. – Pode ser Voldemort atrás de você, fique na mesa de sua casa Harry, fique quieto.
- Não professor. Eu vou junto. – Harry correu até a grande porta do salão principal, o corredor diante dela estava vazio, todos que passavam por ele estavam parados feito estátuas, com varinhas estendidas e olhos arregalados.
- Harry! Cuidado! – Gritou Gina que havia ido com ele, mais era tarde, Harry fora atacado por um homem de preto, com capuz, e uma máscara de metal, eram comensais da morte.
- É ele. – Simas disse baixinho para Rony.
- Veio buscar o Harry em Hogwarts. – Rony se espremeu pra cima de mim, mais logo viu que era eu, e se afastou. Todas as quatro mesas olhavam com pescoços eretos o corredor, Dumbledore e Snape estavam de varinhas na mão, parados, olhando para todos os lados, nenhum comensal, sem ser o que havia atacado Harry, que fora petrificado por Snape deu sinal de vida.
Alguns minutos depois de muita tensão, todos pensamos que era uma bobeira, até que um homem muito loiro entrou no salão principal, pegando Draco pelas orelhas, e o arrastando pelo chão para fora do salão, poderia ter sido engraçado em qualquer outro dia de aula, mais naquela manhã, o coração de todos pulsava forte, ninguém queria o mal de Malfoy.
- Draco Black Malfoy! Faça-me o favor, arrumando brigas no meio do corredor...
- Você devia ter vindo quando eu estava doente, mamãe veio, mas como sempre, não deixou ela chegar perto de mim...
- Cala essa boca menino, me respeita que eu sou seu pai!
- Você é um idiota que maltrata minha mãe! COVARDE!
Foi então que eu, descontrolada, fui atrás dele, toda a mesa da Grifinória me olhou assustada, eu não liguei para os olhares deles, o que importava é que estavam machucando Draco, e que eu não podia ficar parada.
- Srta. Granger, afaste-se! – Snape colocou o braço na minha frente, querendo me impedir de me aproximar de Lucius, que segurava Draco pelas orelhas, e dera um soco na boca dele, que sangrava muito.
- Hermione, vá! – Harry gritou quando um feixe de luz saiu da varinha de Dumbledore, e em seguida, Draco estava ao lado do diretor.
- Vai levar o menino Lucius?
- Vou. É meu filho, pelo menos era até se meter com sangue-ruins por aí. Acha mesmo que eu não fico sabendo das coisas Draco? Acha que consegue fazer seu pai de bobo? 16 anos negociando com o Sr. Delacour, para você se perder nos braços desta sangue-ruim, arrumando brigas com ela no meio de corredores durante a madrugada... ME POUPE! – Ele apontou para mim, e eu senti minhas pernas tremerem como nunca tremeram antes.
- Mione... – Harry me olhou, juntamente com todo o salão principal, que espiava tudo como se fosse um espetáculo de circo.
Finalmente Dumbledore soltou Draco, que foi correndo em minha direção, para minha surpresa, me abraçou.
- Pai... Não pode me levar embora.... – Ele me olhou. – Não deixe ele me levar Mione... Você pode...
- Se nem o Dumbledore fez alguma coisa, quem sou eu para fazer? – Eu disse séria, afastando ele de mim com o braço.
- O que esta acontecendo com você?
- Vá com seu pai Malfoy, ele deve ter entendido alguma coisa errada, nunca me envolveria com você, talvez porque ficamos na enfermaria juntos, mais foi só conhecidência.... Vá com seu pai e diga a ele a verdade, foi uma pena não machucar seu filho o suficiente Sr. Malfoy.
- Como ousa Srta. Granger? – Ele se aproximava de mim. – Você sabe com quem está falando?
- Claro, com o cara que tinha que pegar a profecia e deixou ela quebrar, com o cara que deixou você-sabe-quem muito furioso.
- Como ousa...
- E o cara que segundo Draco, tortura a própria mulher, o cara que vende o filho para um empresário Francês, eu sei com que falo Sr. Malfoy.
- Menina ousada... Menina bobinha!
- Depois da queda do Fudge não tem mais poder nenhum Sr. Malfoy...
- Draco... quem é essa criaturinha?
- Povo de Hogwarts, por que acha que eu odeio este lugar?
- Vamos Draco, acho que tem muito o que me explicar, e não pense que continuará em Hogwarts, tenho um amigo em Durmstrang, Karkaroff arrumou uma vaga para você lá, começa a estudar na semana que vem, sempre vi que Hogwarts não era seu lugar.
- Pai...
- Sei o que é melhor para você filho.
Então Lucius arrastou Draco pelo braço até o final do grande corredor, que levava para a saída de Hogwarts, o que foi uma visão horrível, ele ficou olhando para baixo, sendo arrastado pelo cabelo, enquanto até Dumbledore sentiu pena do garoto. Naquele momento eu percebi que não podia deixar Draco ir embora assim, quando ele me abraçou, eu senti um toque de desespero naquele abraço, como se ele quisesse pedir ajuda para mim, mais não pudesse falar.
Mais tarde, no salão comunal da Grifinória é que eu entendi isto, acredito que fui bem burrinha. Mais nunca é tarde.
- Harry... Lembra ano passado quando fomos para Londres voando?
- Lembro sim. – Ele respondeu sem mexer a cabeça, estava fazendo uma lição.
- Será que... Bem, você me emprestaria a Firebolt... Para eu ir para Londres... Meus tinteiros e minhas penas acabaram, e eu quero visitar minha tia, ela ganhou bebê, e está lá em casa... ela é Brasileira,e volta para o Brasil semana que vem, papai e mamãe me avisaram tarde demais.... Será que você?
- Desculpe Hermione... o que disse? – Ele não estava me ouvindo, eu não tinha tempo para dizer tudo outra vez.
- Me empresta sua vassoura Harry. – Todos no salão comunal pararam e olharam para mim, Harry tossiu forte.
- Se eu posso o quê?
- Me empresta sua vassoura, depois eu explico, é urgente!
- Tudo bem, vamos. – Harry se levantou, colocando seu cachecol. – Vamos pegar a vassoura, a capa da invisibilidade...
- Não Harry. Você não pode ir, fique seguro em Hogwarts, eu preciso ir para Londres, e chegar lá voando antes do amanhecer.
- Você sabe aparatar Mione, vá! – Rony disse. Por alguns segundos nos olhamos, então desviei o olhar para Harry.
- Aparatar não, não tenho tempo para reler a lição de Aparatação, Harry, por favor, ou eu vou ter que ir pela rede de Flu, que está bloqueada devido ao perigo da volta de você-sabe-quem.
- E como vai sair sem que ninguém te veja?
- Preciso de sua capa de invisibilidade.
- Você precisa das minhas cuecas também? – Ele soltou um risinho.
- É sério Harry, estou perdendo tempo, prometo que te conto tudo quando voltar.
Em segundos Harry pegou sua vassoura e a capa de invisibilidade do dormitório dos meninos, e me levou no salão comunal, onde já não haviam tantas pessoas, apenas, eu, Harry e Rony.
- Granger... – Eu ouvi uma voz um pouco rouca me chamar quando eu estava atravessando o buraco do retrato. – Tome cuidado, desculpa por tudo. – Era Rony, que no mesmo instante me abraçou forte, e eu não pude me controlar, algumas lágrimas rolaram dos meus olhos, mais logo as limpei.
- Obrigado Weasley. – Eu o tratei pelo sobrenome, assim como ele me chamara, afinal, não somos amigos.
Então desci as escadas às pressas, debaixo da capa da invisibilidade de Harry, segurando a vassoura debaixo do meu casaco longo, eu não sabia exatamente para onde ir, só sabia que era em Londres, num condomínio muito cheio de frescura, e que uma parede nos fundos do condomínio dava a entrada para a casa de Malfoy, era o que eu sabia, afinal, já havíamos estudado sobre “bons lugares para viver” no quarto ano, e o Prof. De História da Magia comentou sobre a nobre família Malfoy, que vivia ali há anos, foi então que eu ouvi Malfoy comentando com Goyle.
- É onde eu moro.
Lembrei-me também da Prof. Hooch ensinando a gente a voar no primeiro ano, dei um forte impulso com os pés e decolei, em direção à Londres, o vento frio cortava a capa de invisibilidade, que cobria eu e a vassoura.
Me aproximando de Londres avistei o tal condomínio, pousei na frente de um muro branco e comprido, lembrei da passagem para o Beco Diagonal, foi então que eu tirei a minha varinha das vestes, e fiz um feitiço aleatório que não deu certo.
- Você pode aparatar Hermione. – Ouvi a voz de Rony no salão comunal algumas horas atrás.
Foi então que respirei fundo, joguei a capa de Harry sobre mim e a vassoura, dei uma girada, e logo eu estava de frente à uma casa gigantesca, toda branca, com vidros de cristal, um jardim tão verde que brilhava mesmo sendo a noite, todas as luzes estavam apagadas, menos a de um quarto, a última janela a leste da mansão. Eu, Hermione invisível voei até lá, onde um louro de pijamas verde-musgo escrevia em um diário, que eu conhecia.
Mais como eu poderia chamar a atenção dele? Eu estava invisível, e tinha que continuar invisível.
“Malfoy, Draco, leia minha mente, leia minha mente, estou do lado de fora da janela, com a capa de invisibilidade, Draco, leia minha mente, sou eu, Hermione, leia minha mente, por favor”
“Lado de fora da janela? Não vejo nada.”
“Estou invisível. Estou com a Firebolt de Harry, pule a janela e venha comigo.”
“E para onde vamos? Você tem algum dinheiro? Podemos ficar em algum lugar trouxa... Assim ninguém vai nos achar...”
“Eu conheço um bom lugar, teremos que voar até Portugal, ou pelo menos aparatar lá.”
“Eu sei como aparatar Hermione, levo você, a capa e a vassoura, mais temos que ir logo, minha cabeça está doendo mais, preciso de contato visual, ou não vou conseguir mais falar com você”
“Não posso, estou parada na porta da sua casa, estou encostada na porta, venha, aparate aqui na minha frente, e vamos logo.”
Felizmente, a minha tentativa de fazer ele ler minha mente deu certo, e em alguns segundos Draco apareceu na minha frente, logo nos apertamos debaixo da capa de Harry
- Por que veio aqui? Por que se arriscou?
- Eu ia vir de qualquer maneira, vi o jeito que sei pai de trouxe.
- Mais você... Como achou minha casa?
- Por você, eu procuraria até no fim do mundo. – Eu sorri, ouvimos passos subindo a escada dentro da casa, com certeza ela Lucius.
- Para onde vamos Hermione? – Ele disse numa voz muito baixa e desesperada.
- Hotel Del Mar. Fica em Portugal.
Apenas tive tempo de ouvir um grito cheio de ódio:
- DRAAAAAAAAACO!
Senti meus pés deixarem o chão, tudo ao meu redor rodou e rodou, e fez uma enorme pressão na minha cabeça, minhas pernas doíam, e alguns minutos depois, estávamos na beira de uma praia, apenas eu, Draco, algumas ondas e um luar que iluminava a praia.
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