O Legilimiens de nascença
Nos capítulos anteriores:
- O Malfoy vai se casar.
- CASAR? COM QUEM?
“Bem, Juliet Delacour está preparada para Draco desde o dia em que nasceu, fruto de uma das linhagens de sangue-puro mais famosas e ricas do mundo mágico, Juliet Delacour vai ser recebida em minha família...”
Na primeira página havia uma letra muito bem desenhada, sem nenhum pingo de tinta fora do lugar, era inclinada e muitíssimo fina. Era a letra de Malfoy:
“Hoje o dia foi super cansativo, papai anda lendo este diário, tenho que desabafar, hoje é 1 de Janeiro de 2005, estou no quinto ano de Hogwarts, papai torturou mamãe hoje novamente, tudo porque ela não quis ser comensal da morte com ele...”
"Olá, sou Draco Black Malfoy, e este é meu diário, hoje é 1 de Setembro de 2006, cheguei à Hogwarts, vim na cabine da Granger e do Weasley...eu vi que o cabelo dela pode até ser uma vassoura, mais é charmoso, e que mesmo ela usando roupa de trouxa, e sendo metade trouxa, ela é legal, e o sorriso dela, cara! É de abalar o mundo...”
- SAI DAQUI SANGUE-RUIM!
- Não grita, quer que todos saibam da sua farsa de doente?
- Como você....?
- Sim, fui eu quem li seu diário, e sim, eu li as partes que você fala de mim, acho que descobri seu segredinho Draco... – Eu sorri.
- Não me chame de Draco, não somos amigos, me chame apenas de Malfoy. – Ele disse tentando se defender das minhas palavras.
- Sonhou com as palavras do diário, eu sei que deve estar pensando que são todas bobas, e mentirosas, elas poderiam ser, até o ano passado, mas Hermione, eu mudei, no trem, Snape não estava por perto, nem nenhum espião do meu pai, nem quando eu escrevo. – Ele meu puxou para mais perto dele, estávamos tão perto, que eu podia sentir a sua respiração fria em minha pele. – É verdade Hermione.
- Não me chame de Hermione, não somos amigos. – E então nos beijamos, as varinhas caíram, e eu senti como se fosse levitar até o mais alto céu. Seu beijo era maravilhoso, ele escorregou as mãos até minha nuca, me puxando para o seu colo, em cima da maca.
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Passei o dia todo na enfermaria, finalmente resolvi dar um sinal de que estava viva, Madame Pomfrey chamou todos os professores para me verem, e Harry e Gina foram me visitar, apesar de Harry já ter ido alguns dias antes quando me negou ajuda para descobrir a cura de Draco.
- Você ficou tanto tempo assim... Eu estava triste com você, mais passou, no salão comunal só se fala de você... Todos queriam vir Mione, mais então eu resolvi que eu e Gina...
- É... nós viemos por todos... Estamos sentindo sua falta demais!
- Quando você volta?
- Não sei Harry... – Me sentei na cama, fingindo dificuldade. – Acho que hoje ou amanhã.
- E ele? – Disse Gina baixinho, fazendo um sinal com a cabeça para o Malfoy.
- Está realmente ruim, não acorda desde o dia do acidente, acho que vai morrer. – Eu disse querendo rir, mais não deixei eles perceberem meu desejo.
- Tomara que morra! Um comensal a menos no mundo.
- É, tomara. – Eu coloquei a mão em baixo da cama, onde Harry e Gina não poderiam ver, mais Malfoy poderia. Sacudi a mão, uma espécie de ‘oi’. Ele retribuiu com um espirro muito alto.
- E aí Potter...
- Olha aqui sua doninha nojenta! – Eu me levantei da cama com muita rapidez, na minha mão direita eu escondia uma pequena carta. – Não ouse a arrumar encrenca com o Harry. – Fingi pegar no pescoço dele com muita força.
- Você ta brincando né? – Ele disse sem quase sem mexer os lábios, e muito baixo.
- Sim. – eu respondi da mesma maneira.
- Sim, isto mesmo! Eu mato você se mexer com o Harry outra vez... E não adianta chamar seu papai. – Joguei a carta na mão dele sem deixar ninguém perceber.
- Mione... Você não pode fazer isto... Esta em recuperação. – Harry estava realmente preocupado.
- Não há problema algum Harry, eu nunca estou de recuperação quando o assunto é brigar com o Malfoy.
Nós três rimos. Malfoy quis soltar uma risadinha também.
- SAIAM! SAIAM! SAIAM! – Disse uma Madame Pomfrey muito brava. Mais de onde aquela velha veio? Não estava na Mongólia?
- Mione... E você e o Malfoy? – Disse Gina bem baixinho, Harry já havia saído.
- Confundi as coisas... Era ódio. – Eu sorri de lado. Ela saiu.
- E você Srta. Granger! Pode arrumar seus pertences, e se vestir, aproveite e tome um banho aqui no banheiro da enfermaria, e nada de estudos até o sábado, você tem que ficar no salão comunal de sua casa em repouso, no máximo uma caminhada pela orla do lago, o mesmo para você Sr. Malfoy, pare de ser dengoso! Também pode ir para seu salão comunal... Arrumarei-lhe uma cadeira de rodas...
- Mais fica nas masmorras Madame Pomfrey. – Ele resmungou choroso.
- Acho que o que não falta nesta escola são jeitos de se locomover sem usar os pés... Creio eu... Francamente Sr. Malfoy, se porte como um bruxo... Não como um trouxa que vê problemas até em descer escadas de cadeira de rodas...
Eu soltei um riso, a velhota ignorou, deixando eu e Malfoy sozinhos novamente.
- Lê. – Eu sorri.
Ele abriu a carta com cuidado, eu a tinha dobrado em formato de pássaro, você puxava as asas e a carta se abria, ele sorriu para mim ao abrir a carta, então começou a girar os olhos pelas palavras no pergaminho.
“Olá Malfoy,
Eu não sei bem o que aconteceu ontem de noite, na verdade, foi mal ter lido seu diário, francamente não acreditei muito naquelas palavras...”
Então ele pegou sua pena e escreveu alguma coisa, jogou o pergaminho para mim, e era ele, o pergaminho que murta havia descrito para mim, o colorido, com certeza não era para aquela ocasião parecia ter dado bastante trabalho para enfeitar.
“Oi Granger...
Bom dia para você também
São palavras verdadeiras sérias, é sério, hahaha, pode acreditar em mim....”
Escrevi a resposta e joguei para ele.
“Olha aqui Malfoy... Eu não vou acreditar, e aquela Juliet Delacour? Você vai se casar, saiu até no Profeta Diário....”
- NO PROFETA DIÁRIO?- Gritou o menino.
- Você não leu? Seu pai e sua mãe deram uma entrevista para a coluna das socialites e falaram do casamento, e disseram que você ama ela, vão se casar assim que você terminar os estudos em Hogwarts.
- VOU ME CASAR COM 17 ANOS E NINGUÉM ME FALA NADA?
- Para de gritar Malfoy... Você vai se casar sim, a Murta-Que-Geme me mostrou o jornal, nem eu acreditei, é deplorável, mas... se seu pai insiste tanto...
- Ela é uma veela.
- Então fique com ela! Vai se muito melhor do que ficar com a sangue-ruim cabelo de vassoura. – Virei de lado na cama.
- Ei... Não foi isso que eu quis dizer, você me entendeu mal.
- Não entendi mal, entendi perfeitamente o que você quis dizer, entendi perfeitamente, como eu pude pensar que um sangue-puro ia gostar de mim? Eu estou realmente com problemas mentais, acho que o duelo me fez mal.
- Hermione... – Eu ouvi os passos dele se aproximando de mim, e logo ele sentou do meu lado, colocando sua mão nos meus calcanhares.
- Tire suas mãos de mim!
- Eu não pertenço à você... – Ele continuou, não, eu não estava cantando a música, eu estava pedindo para ele tirar aquelas mãos de dementador de mim! TIRAAAA MALFOY!
- TIRA MALFOY? Quer que eu tire mesmo? – Ele diminuiu os olhos arregalados e sorriu, abrindo os botões da camisa da ala hospitalar.
- Não foi isto que eu quis dizer. – Eu ri.
- Pois foi o que eu entendi quando...
- Você anda lendo minha mente demais... Como consegue? Você não usa varinha... ou nenhum feitiço...
- Na verdade é um dom raríssimo, assim como o Potter é ofidioglota eu nasci com Legilimiens em mim, eu consigo ler a mente de qualquer pessoa que está próxima de mim, basta eu tocar nela, olhar, o simplesmente querer.
- Então tire as mãos de mim, e fique longe de mim, era só o que me faltava, um amigo ofidioglota e outro que lê mentes, será que eu tenho um imã para gente estranha? Fica longe de mim... você dá medo...
- É impossível. – Ele se aproximou de mim, me beijando como da última vez.
- Malfoy... Não podemos ficar nos beijando por aí, já imaginou se alguém nos vê? Já imaginou se seu pai fica sabendo? Ele me mata, e mata você também... Acho melhor... Bem... – Eu me afastei. – Acho melhor, ficarmos longe um do outro, quem sabe este amor passe.
Ele foi até mim. – O que é verdadeiro nunca acaba.
Ah, ele pode ler mentes, então ele deve saber o quão derretida eu fiquei ao ouvir estavas palavras, seus cabelos estavam muito bagunçados, e ele estava com aquela camisa abertos.... Oh!
- Malfoy... – Eu abaixei a cabeça, tentando não deixar ele me olhar nos olhos, ele levantou meu rosto, colocando a mão no meu queixo.
- Granger... Não adianta fugir de mim. – Então ele novamente me beijou. Mais por que tantos beijos? Ele poderia beijar tantas outras meninas de Hogwarts... E por que eu? Ah... Ele vai acabar com meu ar assim... Então empurrei ele.
“Tomara que não dê em nada.” Eu pensei.
“Acho que vou pedi-la em namoro... É uma maneira de dizer que eu sou um cara sério... hahahaha.” Mafoy pensou enquanto olhava Hermione nos olhos.
“Tenho que esquecer estes beijos, tenho que esquecer estes beijos!”
“Não consigo parar de pensar nela, o que está me acontecendo?”
“Se o Lucius descobrir... Não quero nem ver o que vai acontecer com o Draco.”
- Draco? Se referiu a mim como Draco?
- Pare de ler minha mente Malfoy! Pare!
- Então aceite namorar comigo que eu prometo nunca mais ler seus pensamentos, mais só se namorar comigo. – Ele sorriu.
- Sim, eu aceito. – Então eu fui correndo para o banheiro da enfermaria, onde tomei um banho quente, coloquei meu uniforme que me esperava em cima da cama, as cortinas verdes não deixaram que Malfoy me visse trocando de roupa, o que foi uma grande sorte.
Antes de sair da enfermaria resolvi ir falar com o Malfoy, acho que eu deveria acreditar nele, e se ele estivesse dizendo a verdade? Ele poderia estar dizendo não poderia? Todas as pessoas podem mudar... E se eu não aceitasse? Ele ia casar com a Juliet Delacour, e virar um comensal... Não! Eu tenho que mudar esta história! É minha missão, não posso deixar ele ficar deste jeito, mesmo tendo plena consciência de que ela era uma veela, e que dava de 10 a 0 em mim, e que ela era perfeita, e que eu o odiava, mais queria ele perto de mim, eu fui até a maca dele. Respire Hermione! Respire.
- Boa sorte Malfoy, espero que fique bem logo.
- Enquanto você tomava banho, a Madame Pomfrey veio até aqui e me disse que posso ir para meu salão comunal, sem cadeira de rodas. – Ele apontou para as pernas, que estavam sem gesso algum. – Ela descobriu, disse que foi um milagre...
- Afinal... Por que fingiu estar doente?
- Era legal ser cuidado por você.
Naquele momento eu senti tanta raiva! Ele abusou da minha boa vontade... Olha só que safado sem vergonha que ele é... É, eu já não deveria ficar surpresa, afinal, ele é um Malfoy.
- Ficou brava comigo?
- Não... EPA! Você leu minha mente outra vez?
- Não... é que pela cara que você fez, bem, qualquer um poderia perceber que você tava querendo me cortar em pedacinhos.
- Bem, eu realmente estava.
Nós rimos.
- Tenho que ir Malfoy, até as aulas de Poções, Adivinhação, Defesa Contra Artes das Trevas... História da Magia... Trato de Criaturas Mágicas...
- Feitiços, Aritmancia, Transfiguração...
- Todas né?
- Pois é... Quando você sai mesmo?
- Okay! Hoje mesmo eu saio daqui.
Dei um sorriso como despedida e fui embora.
- EI! – Ele me gritou.
- Fala... – Eu disse sem sair do lugar.
- Não vai dar um beijinho de despedida no seu namorado?
Como eu havia esquecido? Ele é meu namorado! – Okay... Namorado. – Dei-lhe um beijo.
- Fique bem... – Eu respirei fundo. – Draco.
- Obrigado Mione. – Ele sorriu para mim, depois me levou até a porta da enfermaria, de onde ficou me olhando até eu desaparecer no corredor.
Naquela tarde, eu peguei meu diário no salão comunal e resolvi escrever... E Draco fez o mesmo na enfermaria, enquanto aguardava Severo Snape, que iria buscá-lo.
“Querido Diário... aqui estou eu... Hermione... Eu e Draco estamos...”
“Namorando, é isto que eu e a Granger estamos, Granger não... Mione! Agora ela é minha Mione... Se papai descobrir eu estou morto, mais vale à pena morrer por ela hahaha, que frase bonita esta...”
“Eu cheguei no salão comunal fazem alguns minutos, e esta bem calmo aqui, todos estão nas aulas, óbvio! Depois do fim-de-semana eu já posso voltar as aulas, mais terei que fazer caminhadas diárias no lago negro, e junto do Malfoy...”
“Madame Pomfrey acabou de me falar que terei que fazer caminhadas diárias na beira do lago negro junto com a Hermione, vai ser divertido....”
“É, foi engraçado beijar o Draco, deu borboletas na barriga! Ah, e eu nem te conto diário... ele lê mentes, e leu a minha, foi engraçado, na hora eu fiquei com raiva, mais agora eu acho engraçado... Eu já disse que estamos namorando?”
“Namorando escondido da escola toda, vai ser muito legal, principalmente nas aulas do Hagrid! Já que são no meio do mato, hahaha, credo! Que coisa feia que eu escrevi agora, ignora ok?”
“As aulas do Snape vão ser cômicas... Afinal, o Malfoy senta na carteira na frente da minha... posso ficar mexendo no cabelo dele hahahaha, Rony e Harry me matam! Rony e Harry estão em dupla, e depois do acontecimento no corredor, Rony não fala mais comigo, e eu falei com o Harry que não ligava de fazer aula de Poções individual, já até imagino as outras que são em trios, como Adivinhação, por exemplo, Rony vai me tratar como um elfo doméstico... Vai ser horrível...”
“Bem que eu podia mudar de dupla nas aulas, já sei! Vou falar com o Professor Lupin se ele indica algum aluno para me dar aulas extras, é claro que vai indicar Hermione, e é claro que eu, um menino muito mal, não vou querer, o que vai aumentar a vontade do professor de me colocar para fazer reforço...”
“Eu posso dar aulas para ele, e durante as aulas nos podemos...”
“... Nos beijar até cansar! Se ela me der estas aulas, eu posso pedir para o Prof. Snape para ela dar aulas para mim no Salão comunal da Sonserina, nos sábados de noite, afinal, ninguém fica lá nos fins de semana...”
“... Ele está precisando mesmo de alguns reforços, esses dias disse que quem descobriu a Poção Polissuco foi Weaben Black, o ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-taravô do Sirius, falecido Sirius....”
“Estou com saudades dela.”
“Estou com saudades dele.”
“Espero que eu possa logo voltar as aulas...”
“Não vejo a hora de chegar segunda feira...”
“Te amo Hermione Granger.”
“Te amo Draco Malfoy.”
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