Os segredos de Malfoy



AVISO IMPORTANTE:
Neste capitulo será utilizada a música 'Enrosca' de Fábio Jr. Cantada por Sandy e Júnior.
Não é necessário baixar a música para ler o capitulo, mas é mais lindo ouvindo a música =D



Nos capítulos anteriores:

- O Malfoy vai se casar.
- CASAR? COM QUEM?
“Bem, Juliet Delacour está preparada para Draco desde o dia em que nasceu, fruto de uma das linhagens de sangue-puro mais famosas e ricas do mundo mágico, Juliet Delacour vai ser recebida em minha família...”
- Na verdade... – Eu procurei as palavras por alguns segundos-... É outro cara... você sabe como é, se eu falasse ele, o Rony, ia ficar mais bravo ainda.
- Você mentiu pra ele?
- Menti Gina... Eu menti... – Senti meu rosto corar. Mas Gina não parecia furiosa, estava mais interessada em outra coisa:
- E quem é ele?
Respire Hermione Granger! Respire! – É o Malfoy.
- ENTÃO É ELE HERMIONE? - Ronald despiu a capa da invisibilidade.
- Agora somos só nós Granger. – Ele se aproximou de mim me olhando com um olhar cheio de ódio. – CRUCIO!
Senti por uma fração de segundos uma terrível dor, mais uma pessoa com uma cabeleira muito loura pulou na frente do feixe vermelho da varinha de Rony e começou a se contorcer no chão.
- PARA RONY! NÃO VÊ O QUE ESTÁ FAZENDO COM ELE?
- VOU MATAR ELE!
- POR MIM RONY...
- VOCÊ NÃO É NADA PARA MIM HERMIONE GRANGER.
- Sectumsempra! – Bradou Malfoy.
- Protego! – Gritou Rony
- Avada...
Neste momento, Draco desmaiou antes de terminar de pronunciar o feitiço.
Os meus olhos se apagaram, e eu não sentia mais nada.
- Granger... Snague-ruim... Sangue-sujo... Sangue-estranho... Pobre... Nojo... Granger... Ataque... - Delirava Malfoy na enfermaria.
- Granger, atacada pelo sangue-ruim, o sangue-sujo, o sangue-estranho, o pobre, sinto nojo dele, ajudei Granger, impedi o ataque à Granger... Granger, atacada pelo sangue-ruim, o sangue-sujo, o sangue-estranho, o pobre, sinto nojo dele, ajudei Granger, impedi o ataque à Granger...

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E foi isso mesmo que eu decidi, ficar ali até o Malfoy sair, eu sabia de uns macetes que Madame Pomfrey não sabia, eu poderia pelo menos tentar, a capa de invisibilidade de Harry havia sido confiscada, assim como a varinha de Rony, que estava em detenção até o final do sétimo ano, todos os fins de semana, o que era uma sorte, ele poderia ser mandado para Azkaban, Snape é claro, quis que isto acontecesse, mais Dumbledore não deixou, eu ouvi a enfermeira dizendo que durante uma das detenções o Snape chamou até um dementador, mais deve ser exagero daquela velha burra.
- Bom Weasley... Como sabe, esta condenado para detenções comigo até o final do sétimo ano, o que é uma lástima para mim, perder tempo com você, sabendo que dementadores fariam a festa com o novo sangue-sujo torturador.
- Prof. Snape...
- E não ouse a falar, organize aquelas fichas, limpe o chão, passe à ferro minhas capas, corte as pontas dos meus cabelos, corte minhas unhas, organize os frascos de poções dos alunos do terceiro ano por ordem alfabética, faça nove metros de pergaminho sobre a Poção da Sorte e vinte metros sobre o uso das pedras preciosas nas poções, também me entregue sua vassoura e cancele seus treinos de quadribol, todos os dias você ficará das oito da noite até à uma da manhã comigo, agora pode voltar ao seu salão comunal, até amanhã.
Todas as noites eu ia escondida sob um feitiço de invisibilidade até a biblioteca, e pegava livros sobre medicina, e sobre os efeitos da maldição cruciatus, tudo que eu lia eu tentava no Malfoy, mais nada o fazia acordar, ele nem se mexia, já estava ficando desesperada, foi a primeira fez que me senti burra, burra por não saber conjurar os aparelhos corretos, eu estava me atrapalhando toda, nem sei por que, ele nem ia ligar pra mim depois disso, ia correndo para a Parkinson, mais eu queria vê-lo bem, e foi isto que me fez perder aulas durante mais duas semanas.
- Ei... Harry... Você sabe alguma coisa sobre o hospital St. Mungus? Sobre o que usam lá contra artes das trevas?
- Hermione... bem... É o Malfoy outra vez? – Falávamos em baixo da mesa durante a aula de Feitiços.
- Harry, por favor, você é tão bom nisso quanto eu, e eu não dou mais conta, sabe, nada dá certo.
- Mas você leu absolutamente todos os livros da biblioteca sobre isso!
- Eu sei mas...
- Hermione, sinto muito, não posso te ajudar mais. Sabe, estou perdendo treinos de quadribol, atrasando lições de casa...
Eu passava todas as noites ao lado dele, mas foi em uma em especial que notei que debaixo do travesseiro dele, havia um caderninho, era marrom, e tinha uma pena e um tinteiro ao lado, e a varinha também, nem eu sabia que poderia caber tanta coisa debaixo da cabeceira de um doente. Será que Madame Pomfrey fez uma espécie de macumba trouxa pra ele? Eu hein... Tirei todas aquelas coisas debaixo do travesseiro dele, e coloquei debaixo do meu, o travesseiro estava alto demais, bem que eu estranhei, talvez com um travesseiro mais confortável ele poderia melhorar mais rápido, o corte no tórax já tinha cicatrizado, e seu único problema eram as pernas, ele sofria muito, de dia eu não suportava ouvir seus gemidos altos de dor.
- Aiiii! Aiii! Aii meu pé! Eu to morrendo! Por Merlim, alguém me mata, algo bem rápido e sem dor... Por favorzinho...
Eu estava no segundo andar e de lá ouvia-se os gritos do menino.
- Aiii!! Ta ardendo... Aii! Eu não sinto minhas pernas, será que fiquei aleijado?
Numa certa noite, só eu e ele estávamos na enfermaria, Madame Pomfrey estava no norte da Mongólia buscando um caríssimo antídoto para a Crucio, que o próprio Dumbledore havia mandando comprar, já que tudo havia sido aplicado nele, e nada sarava aquelas pernas quebradas, minhas mãos ficavam coçando só de pensar em ver o que tinha naquele caderno, e foi isto que eu fiz.
Na primeira página havia uma letra muito bem desenhada, sem nenhum pingo de tinta fora do lugar, era inclinada e muitíssimo fina. Era a letra de Malfoy:
“Hoje o dia foi super cansativo, papai anda lendo este diário, tenho que desabafar, hoje é 1 de Janeiro de 2005, estou no quinto ano de Hogwarts, papai torturou mamãe hoje novamente, tudo porque ela não quis ser comensal da morte com ele...”
Nas próximas páginas haviam alguns borrões, provavelmente lágrimas, avancei algumas páginas.
“Olá, sou Draco Black Malfoy, e este é meu diário, hoje é 1 de Setembro de 2006, cheguei à Hogwarts, vim na cabine da Granger e do Weasley, pelo menos por um minuto eu pude ser quem eu sempre quis ser, se meu pai não tivesse feito aquele feitiço no chapéu seletor no primeiro ano, eu poderia estar na Lufa-Lufa, na Corvinal, até na Grifinória, em qualquer lugar que não fosse a Sonserina, e que eu tivesse que honrar a linhagem sangue-puro dos Malfoy, até ano passado, eu adorava ser um sangue-puro de família nobre, mais este ano, uma castanha sangue-ruim me fez mudar de idéia, é obvio que nunca ela vai querer nada comigo, afinal, sou um semi-comensal da morte, se é que isto existe, mais eu sou, papai e mamãe já disseram que vou me casar com Juliet Delacour, a veela que está comprada para mim desde o dia em que nasci, é horrível, eu já passei o verão de 2004 com ela, ela é linda, ela parece um anjo, mais é o verdadeiro coisa-ruim por dentro, não queria alguém tão cheia de ódio para ser a mãe dos meus filhos, queria alguém... alguém como a Granger, ah, eu não acredito que escrevi isto, desde que nasci sou obrigado pelo meu pai, Lucius, a ser alguém que não sou, mais só neste último verão, no beco diagonal, quando eu a vi comprando livros na Floreiros e Borrões junto com o Potter, eu vi que o cabelo dela pode até ser uma vassoura, mais é charmoso, e que mesmo ela usando roupa de trouxa, e sendo metade trouxa, ela é legal, e o sorriso dela, cara! É de abalar o mundo...”
Meu sorriso é tudo isto? Valeu Malfoy! Eu pensei, e olhei para o loiro dormindo, bem, será que isto tudo era verdade mesmo? Continuei a ler... E então avancei algumas páginas... Enfim cheguei em 9 de Setembro de 2006, dois dias antes do duelo com Rony.
“... É legal ser monitor da Sonserina, principalmente ser monitor-chefe, a gente faz várias coisas legais, eu fico monitorando até à meia-noite, posso andar pelos corredores, e ficar ouvindo música no meu iBruxo que parece com um iPod trouxa, a Granger monitora o andar térreo e as masmorras das sete às nove, e das nove às dez e meia monitora o quarto andar, eu fico no segundo e terceiro andar das oito às dez, e depois monitoro os jardins das dez às onze, e a parte mais legal é das onze à meia-noite, que é a monitoria de vassoura, se o Snape souber ele me mata, mais eu monitoro mais a torre da Grifinória, na janela do dormintório das meninas do sexto ano, sob um feitiço de invisibilidade, ontem fiquei lá até dez para meia-noite, a Granger fica linda até dormindo...”
Não... Não mesmo! Aquelas palavras não eram de Malfoy, eu deveria estar lendo o diário do Neville, hahahaha, nossa! Caramba... Já são uma da manhã, escondi o diário dentro da gavetinha do criado mudo.
“Abra os olhos Malfoy, se levante, ela deve estar dormindo, aproveite agora para escrever.... ouvir um pouco de música... dar um passeio de vassoura,depois você volta...”
Uma voz ia e vinha na mente de Malfoy. Então o menino levantou seu travesseiro, e tirou o gesso das pernas, elas não estavam quebradas, ele sabia como curar tudo aquilo, e Madame Pomfrey era uma tonta, que não havia percebido a farsa de Malfoy ainda.
“Droga, alguém tirou debaixo do meu travesseiro... quem será? Não deve estar longe...”
Então Malfoy procurou por sua varinha.
“Levaram a varinha também... Porcaria.”
Ele viu a varinha de Hermione sob o criado-mudo, com passos inaudíveis foi até ela, e pegou a varinha:
- Accio diário. – E a gavetinha do criado mudo se abriu,e o diário veio até Malfoy, ele viu que ali também estavam sua varinha, tinteiro e pena, ele sempre jogava um feitiço para deixar as letras invisíveis, e lembrou-se que não havia feito isto da última vez.
“Droga! Droga! Droga! Ela leu meu diário... Ah... Eu poderia matar ela...”
Malfoy olhou para a garota por alguns segundos e colocou seus pertences de volta no travesseiro.
Eu andava por um corredor claro e largo, cheio de flores no chão, uma brisa suave batia no meu rosto, um lindo loiro corria em minha direção, então saímos por uma porta, fomos até uma bela praia, onde eu sentei atrás dele uma Firebolt e voamos sobre o mar, contornamos todos os países da Europa, sorrindo um para o outro.
- Ai... Minha perna... Ai... Vou morrer assim...
Malfoy resmungou, e eu percebi, pela claridade intensa, que já havia amanhecido.
Pela manhã, eu, Hermione, acordei, e como não havia ninguém,e nada para fazer, fui logo ler mais algumas folhas do diário do Malfoy, era horrível, ler o diário dos outros, onde já se viu? Eu sou uma má educada mesmo... Foi então que eu percebi que não havia diário nenhum, não... Malfoy estava com as pernas quebradas, como poderia pegar o diário? Se eu peguei a varinha dele, e por que eu peguei a varinha dele? Bem, nem eu sei, foi então que senti falta da minha varinha, isto mesmo, a MINHA VARINHA! E onde ela estava? No criado mudo entre mim e Malfoy ontem à noite, isto quer dizer que ele acordou, esticou o braço, ele deve ser o homem elástico do Sexteto Fantástico para pegar, mais de alguma maneira ele pegou, e pegou o diário, o tinteiro e a pena de volta.
“Ele deve ter guardado debaixo do travesseiro outra vez, eu vou pegar...”
“Eu estou ouvindo os passos dela, está próxima, o que eu faço? O que eu faço?”
“Ele vai ver só, vou contar para toda a escola as bobeiras que ele escreve naquele diário nojento.”
“Será que ela chegou a ler o que eu escrevi dela? Ah, por Merlim! Estou frito, assado, e mal passado.”
“Coragem Hermione, levante este travesseiro e pegue o diário.”
“Por favor, não pegue o diário Hermione, você é tão boazinha, não é mesmo? É feio ler o diário dos outros...”
“Me ama o caramba, Malfoy, vou te jogar para os sereianos”
“Ela vai me matar se leu a parte que fala dela... E ainda vai contar para o Potter.... que vai...”
“Espalhar para a escola toda, é isto que eu vou fazer, e se reclamar eu conto até para o Harry.”
Eu estava parada ao lado da cama dele, haviam cortinas, e eu já estava encostada na cama, as cortinas me cobriam. Estiquei minha mão para pegar o diário, quando vi algo na mão de Malfoy que me era familiar, era a MINHA VARINHA.
Mudei a posição do meu braço, e bem devagar peguei minha varinha, olhos cinzas se abriram, e me encararam.
- SAI DAQUI SANGUE-RUIM!
- Não grita, quer que todos saibam da sua farsa de doente?
- Como você....?
- Sim, fui eu quem li seu diário, e sim, eu li as partes que você fala de mim, acho que descobri seu segredinho Draco... – Eu sorri.
- Não me chame de Draco, não somos amigos, me chame apenas de Malfoy. – Ele disse tentando se defender das minhas palavras.
- É claro que não somos amigos, não é bem amizade que você quer comigo não é mesmo? – Eu disse com a varinha esticada para o peito dele.
- Olha... Se você contar para alguém... – Ele esticou a dele em minha direção.
- Não vou falar nada, você leu minha mente, eu li seu diário, acho que estamos empatados. – Virei-me de costas, mais senti suas mãos no meu braço, como naquela noite.
- Não conte para ninguém, eu li sua mente ontem a noite, entrei em seus sonhos., depois que peguei o diário e minhas coisas da sua gaveta, eu não resisti.
Eu realmente senti algo estranho na madrugada. – Sonhei com você.
- Sonhou com as palavras do diário, eu sei que deve estar pensando que são todas bobas, e mentirosas, elas poderiam ser, até o ano passado, mas Hermione, eu mudei, no trem, Snape não estava por perto, nem nenhum espião do meu pai, nem quando eu escrevo. – Ele meu puxou para mais perto dele, estávamos tão perto, que eu podia sentir a sua respiração fria em minha pele. – É verdade Hermione.
- Não me chame de Hermione, não somos amigos. – E então nos beijamos, as varinhas caíram, e eu senti como se fosse levitar até o mais alto céu. Seu beijo era maravilhoso, ele escorregou as mãos até minha nuca, me puxando para o seu colo, em cima da maca.
Luzes coloridas surgiram por toda a enfermaria, eu e Draco estávamos frente à frente no meio do corredor entre as camas.

“Enrosca o meu pescoço Dá um beijo no meu queixo e geme, geme”

As palavras saiam de seus lábios rosados, a sua voz era tão suave como um pedaço de seda ao vento.

“O dia tá nascendo
E nos chamando pra curtir com ele
Adoro esse seu sorriso bobo
E a tua cara de assustada
Enrosca meu pescoço
E não queira mais pensar em nada Enrosca meu pescoço
Dá um beijo no meu queixo e geme, geme O dia tá nascendo
E nos chamando pra curtir com ele
Adoro esse seu sorriso bobo E tua cara de assustada Enrosca meu pescoço
E não queria mais pensar em nada”

As suas mãos me acariciavam. Suaves, suaves.

“Encosta seu ouvido em minha boca Que eu te boto tonta
Desliza sua mão no meu cabelo
E aperta minha nuca Adoro seu sorriso bobo
E sua cara de assustada
Enrosca o meu pescoço
E não queira mais pensar em nada
Pensar em nada”

Agora dançávamos juntos, rodopiando por toda a enfermaria, borboletas mágicas e coloridas surgiam ao nosso redor, e uma neve rosa-bebe caia sobre nós. Naquele momento mágico.

“Enrosca o meu pescoço e não queira
Mais pensar em nada
Pensar em nada
Enrosca o meu pescoço e não queira
Mais pensar em nada
Pensar em nada”

Aos poucos as luzes ficaram baixas, as borboletas saíram pela fresta na janela, a neve sumiu, a penas o sussurro de Draco no meu ouvido restou.

“Adoro seu sorriso bobo
E sua cara de assustada
Enrosca o meu pescoço e não queira
Mais pensar nada”

Madame Pomfrey estava chegando perto da porta, fui correndo até minha maca, Malfoy colocou o gesso, e deu um sorrisinho maroto para mim, eu retribui, com o coração acelerado, fechei os olhos e fingi dormir.

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