Nox



Nos capítulos anteriores:



A primeira aula daquela manhã cheia de sol era Defesa Contra as Artes das trevas. Ao entrar na sala que descobri o porque de Snape estar tão mal humorado ontem no banquete na primeira noite. Ali estava o Prof. Lupin, sim ele tinha voltado. Todos ficaram radiantes, Harry em especial.

- Expelliarmus! – Foi um terrível engano eu e Malfoy falarmos juntos, o que fez cada um ir para um canto da sala.

- PAREM AGORA! – Gritou o Prof. Lupin.

- Este aborto que começou professor, o senhor viu como eu estava me comportando bem.

- É um comportamento que eu nunca iria esperar de você Hermione Granger, detenção.

- Detenção para você também Draco Malfoy. Onde já se viu? Chamar as pessoas de aborto...sangue-ruim... Agora vão os dois para a sala de Dumbledore, vão ter as varinhas confiscadas durante o período de detenção.

- Confiscadas? – Eu e Draco falamos juntos, ah, como eu odiava quando isto acontecia.

- E aí cabelo de vassoura? Afim de limpar a sala dos troféus hoje? – Não me provoca Draco Malfoy, não me provoca. Ou você vai sentir uma maldição cruciatus em você.

- Cruciatus Mione? Por que não vai para a Avada Kedavra logo? – Ele disse cheio de orgulho, parecia um pavão, sorrindo.

Hãn? Como ele sabe o que eu pensei?. – Como eu sei o que você está pensando?

- Eu li sua mente, mas acho que nunca mais vou fazer isto, ela é muito sem graça, poxa Granger comece a pensar em coisas mais interessantes, em mim por exemplo, ou talvez em algum tipo de shampoo para cabelos incontroláveis, sabe, cabelos que ficaram horríveis para sempre?

- HERMIONE, TÁ TUDO BEM COM VOCÊ? – Rony gritou.

- Calma Rony, eu estou bem. – Eu sorri, me levantando.

- Ótimo. – E então ele me beijou, me derrubando novamente no chão, e me dando aquele beijo de tirar o fôlego. Eu nem sonhava que o Ron beijava assim, poxa, é melhor que o Krum, bem, o Krum é o Krum... Mas... Oh! Rony Weasley! Você vai tirar meu ar todo.

- Por Merlim. – Harry disse baixinho para Gina, os dois olhavam estupefatos.

- Harry... Ele... Beijou a Mione. – Gina falou com as pernas tremendo.



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Eu tenho que admitir, o Rony beija muito bem, e eu fiquei assustada com aquele beijo, e estou super preocupada com ele, acho que a queda da vassoura foi forte, ainda está desacordado na enfermaria, onde eu estou aqui, do lado dele, acho que ele acordou.

- Rony...?

- Mione... – Ele sorriu pra mim. – Me desculpa pelo beijo, acho que me precipitei.

- Não foi nada, eu adorei. – Então eu abracei ele, talvez eu quisesse fazer aquilo desde pequena, o que me faltava era coragem, e bem, agora ela me veio, lhe dei um beijão daqueles!

- Acho que demorei demais...

- É...

Parecia não haver palavras no mundo naquele momento.

- Então... Ta tudo bem com você?

- Sim, uma luxação no pé, e outra no ombro, nada de muito grave, acho que este ano até esta sendo tranqüilo.

Eu soltei uma risada, realmente, em comparação com os anos anteriores, aquele estava sendo muito descente. – É, pedra filosofal, basilisco, um padrinho do Harry que aparece do nada, o torneio tribruxo, a volta de você-sabe-quem, e ano passado, bem, foi realmente forte... Este ano está sendo o mais normal. – Eu soltei outra risada, na qual Rony me acompanhou.

- Agora tudo parece tão engraçada né?

- É...

Novamente parecia não haver palavras na face da terra.

- Você foi realmente valente em todos estes anos Ronald.

- Você também, se não fosse por você, metade das coisas não haveria sido solucionada.

- Que isto... – Me aproximei dele ainda mais. – Somos o melhor trio de Hogwarts não acha?

- É, somos sim.

Dei-lhe um beijinho leve, seguido por um abraço muito forte.

- Puxa Hermione... – Rony contraiu os lábios daquele jeito que ele ficava mais fofo do que era normalmente. Sorrimos um para o outro, eu nunca me imaginei beijando um Rony Weasley com a cabeça enfaixada em cima da maca da enfermaria, mas, eu estava fazendo isto, por mais estranho que fosse, eu estava fazendo isto. E foi ali que eu passei a noite, pelo menos até as dez.

Quanto o relógio marcou dez horas eu tive que ir para o salão comunal da Grifinória, Rony não estava tão mal assim, eu, como monitora, deveria monitorar os corredores naquele horário, mais McGonagall disse à Dino que fizesse isto por mim, pelo menos naquela noite, afinal, meu melhor amigo estava acidentado, além de mim, haviam outros três monitores, a Cho Chang, era monitora da Corvinal, e Susana Bonnes era monitora da Lufa-Lufa, e Draco Malfoy, era monitor da Sonserina, e também monitor-chefe, monitor chefe quer dizer que ele pode mandar em todos na escola.

Podemos observar o quão administrativo ele é, a escola cheia de panfletos com o rosto sorridente de Malfoy por todos os cantos, onde já se viu uma pouca vergonha dessas...

Eu já estava indo para o andar debaixo quando olhei uma cabeleira loira iluminada pela luz de algumas velas encostada numa vidraça, olhando para o lado de fora.

- Grande monitoria Draco Malfoy, sabe, Snape vai adorar saber que o monitor chefe fica dormindo em horário de monitoria.

- Dormindo? Eu não estava dormindo. – Ele bocejou.

- Não... Imagine se estivesse. – Eu ri, agora, eu estava toda pomposa.

- Eu sou monitor chefe! E estou mandando você ir para o seu salão comunal! – Draco gritava no meio do corredor, enquanto Rony dormia.

- Não tinha que cumprir uma detenção com o Prof. Lupin?

- Você também tinha Granger, como você não apareceu, eu não fui.

- Quer dizer que iria até a sala do Lupin só pra me ver?

- Tecnicamente... – Ele se aproximou de mim.

Gargalhei alto. – Tecnicamente? Acabou de confessar que existe algo em meus cabelos de vassoura que encanta seus olhos frios.

- Que filosófico! Agora... Vá para o seu salão comunal. – Bocejou ele.

- Tenho tanta autoridade quanto você nesse corredor.

- Acontece que eu sou monitor chefe, e eu mando em você.

- Manda em mim? – Soltei outra risada. – Você se acha o Mr. Perfeito, não é mesmo?

- Na verdade, eu não eu acho... – Ele se aproximou mais, agora ajeitando os cabelos. – Eu sou. Por que será que ninguém quis concorrer ao ‘Bruxo de enfeitiçar’ depois que eu entrei pro concurso.

- Vai ver porque sabiam que você iria trapacear para ganhar.

- Não pra cima de moi. Vá para o seu salão comunal, vá dormir.

- Olha...

- VÁ DORMIR! Que droga, será que a cera no seu ouvido não te deixa entender?

- Malfoy...

- Vai logo ou eu chamo o Snape!

- Não posso, quebra essa Malfoy. Só hoje. Sabe, eu falei para a McGonagall me deixar aqui, ela nem fica no salão comunal durante a noite, e eu queria ficar aqui com o Rony.

- E o que eu ganho em troca? – Ele pegou no meu braço, e me colocou o mais próximo que podia, me fez ficar frente a frete com aqueles olhos cinzas, e aquele sorriso de Deus Grego.

- Nada. – Me afastei. Hermione, você ama o Rony, você ama o Rony.

- Você ama o Rony? – Ele sorriu maliciosamente. – Nox. – A varinha dele apagou, e sim, eu estava no escurinho com Malfoy, parece até nome de novela mexicana: “No escurinho com Malfoy”, mais estava sendo bem desconfortável ficar ali, me virei na direção na porta da enfermaria, quando toquei a fechadura para abrir a porta, um corpo quente e braços musculosos que jogaram contra a parede.

- Só desta vez Granger. – Ele falou no pé do meu ouvido. – Na próxima... Detenção para a sangue-ruim. – E então ele me largou num gesto brusco, quase me derrubando no chão, limpei meus ombros, que haviam sido apertados por aquelas mãos daquela serpente pegajosa e horrenda.

- Ah! – Ele me chamou, quando eu estava na porta da enfermaria. – Vote em Draco Malfoy para Presidência do Grêmio! – Então ele jogou um folheto para mim.

- Vai se ferrar garoto!

E então eu fiquei ao lado de Rony a noite toda, quando eu ouvia a Madame Pomfrey se aproximar logo me colocava debaixo da capa de invisibilidade do Harry, não era na minha natureza fazer aquelas coisas, mais eu tinha que assumir, Rony estava mexendo comigo, e não era como qualquer outro, ele me causava tremedeira nas pernas, eu perdia as palavras, borboletas no estômago, e até as minhas mãos suavam frio. Ele realmente sabia como me deixar sem saída.

Logo os raios de sol apareceram. Eles batiam no rosto de Rony, o que deixava ele com um perfeito ar de anjo, tive que ir embora, fui correndo para a o salão comunal. Onde eu encontrei a Gina.

- Hermione, o que aconteceu com sua capa?

- Hãn? – Olhei para a minha capa, ela estava um pouco molhada na região do ombro, e tinha um rasgo.

- Ah... – Malfoy ridículo, rasgou meu uniforme, ah se eu te pego... – Acho que... Eu... Enrosquei na porta do banheiro feminino. Acho sim, foi isto, enrosquei. – Acho que este sorriso que estou dando para Gina é o mais falso da minha vida.

- E aí Hermione? – Harry jogou o braço por cima de mim.

- Oi Harry. – Eu sorri muito sem graça. – Tchau Harry. – Saí correndo atrás de Gina, que estava algumas escadas abaixo de mim.

- GINA! GINA! GINA!

- MIONE... Para de gritar... Eu te espero na mesa da Grifinória. – Disse Gina corando, acho que eu deixei ela com vergonha. Entrei no salão principal, fui para a mesa da Grifinória, que era ao lado da mesa da Sonserina, e ali estava o cisne mais pomposo de Hogwarts. Draco Black Malfoy.

- E aí Granger? Dormiu bem? – Ele sorriu maliciosamente, do mesmo jeito que havia sorrido de noite.

- Sim, sonhei que fazia assado de doninha para o natal. – Virei as costas e fui me sentar ao lado de Gina.

- Gina... Eu... Está acontecendo algo comigo, é muito estranho. – Eu falei muito baixo, morrendo de medo do Malfoy começar a ler meus pensamentos.

- O quê?

- O... Malfoy.

- O que ele te fez? Ah, se ele te fez alguma coisa de ruim....

- Eu... acho que... estou... – Estou amando ele, é isto, fala pra ela Mione, você consegue, ela é sua amiga! Confia na Gina! Ela é legal, não vai contar pra ninguém, só para o Harry, que vai falar para o Rony, que vai falar para o Dino e para o Simas, que vão falar para toda a Lufa Lufa, que vão falar para toda a Corvinal, que vão falar para toda a Sonserina, que vai chegar no ouvido do Draco, e eu vou passar o maior vexame da minha vida. – Estou com muita raiva dele.

- EI! É O RONY! – O Neville gritou com sua voz desafinada.

- Ron... – Eu sorri sem jeito.

- Mione... – Ele correu na minha direção me dando um beijo. – Obrigado por ter ficado lá, ainda bem que consegui chegar a tempo do café da manhã.

- É, que bom. – Eu sorri.

“Mal sabe ele que a sangue-ruim esta perdidamente apaixonada pelo monitor chefe que rasgou a roupa dela ontem, coitado de você Weasley....” – Pensou Draco.

E então o Rony se sentou do meu lado, estava sendo maravilhoso ficar com ele, não estávamos namorando, mas ele estava me ajudando a reconquistar o Prof. Lupin, que estava muito bravo comigo por causa do que eu tinha feito na aula dele, eu sei que ele estava e continua certo de não esperar um comportamento desses de mim, mas... Ah, parecia que todos os lugares que eu ia eu acabava encontrando o Draco, na biblioteca, no salão principal, as aulas de Adivinhação, Defesa Contra as Artes das Trevas, Trato de Criaturas Mágicas e História da Magia, e até mesmo Poções... Porque tinham que ser junto com a Sonserina? Não podia ser outra casa? Ah, isto era ridículo, Dumbledore quer barraco aqui em Hogwarts, mais fácil ele ir chamando o “Ratinho” e a “Sônia Abrão” pra cobrirem os assassinatos que vão acontecer, principalmente se o Malfoy falar comigo outra vez.

Desci até as masmorras para a aula de Poções, Rony estava meio zonzo, ele voltou para o salão comunal da Grifinória, então, eu e Harry descemos juntos.

- Mione... Eu receio não ter te visto ontem à noite, onde estava?

- Na verdade, peguei sua capa outra vez, me desculpa Harry, é que eu realmente não queria deixa ro Rony a noite toda sozinho.

- Entendo. – Ele sorriu. – Sabe, eu acho que vou começar a cobrar aluguel da minha capa, poxa, até a Gina começou a usar. – Ele soltou uma risada gostosa.

Sentamos na última mesinha, a mais perto da porta, logo Snape entrou grosseiro e começou a falar:

- A aula de hoje é extremamente importante, é uma aula que se eu fosse vocês não daria um piu se quer, matéria de NOM’s, NIEM’s, é uma porção arriscada, o Ministério da Magia esta furioso com Dumbledore, por ter deixado eu ensinar ela à vocês, é magia das trevas, algo pesado para alunos de primeiro ano, mais nunca irão fazer uso dela sem autorização do ministério, afinal, todos os seus componentes estão fielmente guardados em um lugar muito secreto. Alguém sabe sobre o que eu estou falando?

Eu ergui a mão no ar.

- Alguém? – Ele observou Malfoy desatento, e deu um sorrisinho de lado.

- Poção Polissuco. – Eu disse ofegante.

- 10 pontos da Grifinória por falar sem ser convidada na conversa.

- Se o senhor não queria saber a resposta, então porque pergunta se sabe que Hermione sabe a resposta? – Harry disse tentando me defender.

- Se ela sabe tudo, creio que ser expulsa da escola não irá afetá-la em nada, afinal, já sabe tudo, e você também parece saber tudo Sr. Potter. – Snape desviou os olhos de Harry. – Como eu ia dizendo... A Poção Polissuco, que foi citada pela Srta. Sabe-tudo-insuportável Granger...

Sabe, eu acho que estou gostando do Draco, o Snape esta explicando a fazer uma poção que com certeza vai cair nos NOM’s, mais nada é mais interessante que ele fazendo avião de papel e jogando pra cima, espera aí... Está vindo na minha direção.

“Olá cabelo de vassoura.

Afim de um passeio pela escora hoje à noite?”

- 50 pontos da Grifinória pela Srta. Granger estar trocando bilhetinhos na aula.

- Prof... Professor Snape, foi o...

- Malfoy? Como ousa dizer que o Malfoy atrapalha minha aula? Ele é um anjo de garoto. – Ah, o Malfoy me olhou sorrindo, e fazendo que ‘sim’ com a cabeça para Snape, com certeza ele era um menino muito bom, um anjo de menino, um santo, Santo Malfoy, vamos criar uma catedral para ele!! Afinal, ele merece! Ah, que saco, o Rony viu o papel, bem... Ele fingiu que não viu, mais eu sei que ele viu, e que está bravo comigo, pronto Mione, você acha mesmo que o Draco vai querer sair com você? Claro que não... Ele queria é tirar 50 pontos da Grifinória. E conseguiu.

- Hermione! – Dino Thomas corria na minha direção, com uma caixa nos braços. – Estão aqui, os panfletos da sua campanha, só precisamos saber quais são as suas propostas...

- Dino, eu não to com cabeça... sabe?

- Hermione, hoje é um último dia da organização da campanha, você tem que começar isto hoje. – Ele olhava aflito de mim para a caixa.

- Okay... Minha proposta é... Bem... Qual é a da concorrência?

Não precisei que Dino Thomas me dissesse, bem ali, na minha frente, Draco Malfoy estava em cima de um mini palanque, enquanto algumas meninas da Sonserina distribuíam folhetos verdes, ele dizia em alto e bom som.

- Eu, como monitor-chefe, acredito que vocês confiam em mim, por isso digo que quando assumir a Presidência do I Grêmio Estudantil de Hogwarts apresentarei aos diretores as seguintes propostas: Aulas recreativas, como música, dança,e teatro, também aulas esportivas, não somente quadribol, mas natação, corrida e ginástica, também apresentarei propostas de tempos-livres mais longos, para melhor estudo das matérias da parte dos alunos...

E ele continuava com o blá blá blá.

- E então Hermione, o que vai fazer? – Até tinha me esquecido da proposta de Dino Thomas.

- Diga que a minha principal proposta de campanha é acabar com a diferença entre as casas, e colocar a monitoria-chefe nas mãos de alguém melhor que um Sonserino idiota.

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