Ilusão – Parte I



Hermione olhou o corpo de Malfoy. Ela tinha acabado de petrificar o menino que agora se encontrava estatelado no chão da sala de aula. Apesar de saber que teriam conseqüências, ela não se arrependia, mesmo.
A menina estava ciente de toda a movimentação e falatório que se instalou na sala depois do que ela havia feito, mas só o que ela conseguia fazer era encarar raivosamente Draco Malfoy totalmente incapaz. Os olhos do louro pareciam suplicar por ajuda, o que não viria já que estava sozinho (sem seus asseclas) nessa e as pessoas da sala estavam rindo ou olhando espantadas para Hermione. Alguns poucos minutos depois, porém:

-Finite Encantatem! – falou uma voz feminina vindo da entrada da sala.
Hermione olhou em direção da voz e encontrou a professora Minerva McGonagall a olhando, não parecendo muito feliz.
Malfoy depois de ter sido ajudado pela professora se mexeu rapidamente e se levantou determinadamente, mas antes que pudesse falar ou fazer qualquer coisa a professora disse firmemente:
-Os dois na minha sala.

Draco saiu na frente de cara fechada e Hermione foi logo atrás. Os alunos que estavam rindo haviam parado com a chegada da professora e se juntaram aos que observavam os dois alunos.
O caminho não foi muito longo, entretanto Mione ficou grata pela professora estar por perto. A menina nunca tinha visto e sentido Malfoy tão ameaçador como naquela hora.
Eles entraram na sala de McGonagall e se sentaram lado a lado de frente para ela que estava bem séria.

-Srta Granger, posso saber por que exatamente você enfeitiçou o Sr. Malfoy? –começou.
-Porque é uma louca, isso sim. –respondeu Malfoy indignado.
-Sr. Malfoy, a pergunta foi feita a Srta Granger. –disse seca.
Draco fechou mais ainda a cara e Hermione respondeu:
-Professora Mcgonagall, me desculpe. Isso não vai acontecer novamente.
-Você não respondeu minha pergunta, mocinha.

Hermione não queria falar o que estava realmente acontecendo. Primeiro porque a situação já era estranha o suficiente e depois porque se o fizesse pareceria uma criança pequena que não tem capacidade de resolver as coisas sozinhas e tem que apelar pra algum adulto fazer isso.

-Implicância. –ela disse.
Bom, não estava totalmente errado e foi o melhor que ela conseguiu.
-Ah sim, o de sempre, suponho. – falou a professora calmamente e depois olhou para Draco e balançou a cabeça negativamente. O menino deu uma pequena rolada de olhos.

-Bom, Sr. Malfoy, sugiro que arrume outra coisa pra fazer, como estudar. Isso! Estudar é uma coisa ótima, não Srta. Granger? Além do mais suas provas estão batendo na porta e o senhor não vai querer se sair mal, não é mesmo?

Draco assentiu de má vontade e a professora continuou:
-Srta. Granger, espero que cumpra sua promessa de que isso não irá mais acontecer.
-Sim senhora.
-De qualquer forma, 30 pontos a menos para a Grifinória pelo comportamento da senhorita... –A professora falou olhando para Hermione que apenas fez que “sim” com a cabeça” e depois olhou para Draco e terminou: ... e 60 pontos a menos para a Sonserina.
-Como assim? – Draco se levantou violentamente e bateu com as mãos na mesa da professora. – Eu sou a vítima aqui!
A professora, como se previsse o que iria acontecer, não se assustou com a reação de Malfoy, ao contrário de Hermione que deu um leve pulo da cadeira.

-Estão liberados.

A professora falou firmemente olhando para Malfoy. Os dois saíram da sala e Hermione pensou que Draco pudesse fazer alguma coisa, porém ele apenas seguiu em direção às masmorras sem nada dizer.

Graças ao bom Merlin, ao voltar para a sala, a aula já havia começado então ela não teve que se deparar com uma cena desconcertante dos alunos comentando o que aconteceu. Porém, logicamente, atraiu muitos olhares especulativos.

Hermione se dirigiu a sua cadeira e percebeu que Harry a acompanhava pelo olhar parecendo preocupado, mas o que chamou a atenção foi que Ron também a observava.
E aquela foi a primeira vez desde que tudo desmoronou que os olhos do menino não estavam acusativos e mesmo que ainda pudesse sentir um pouco de relutância seu olhar parecia mais “flexível”.
Ela finalmente sentou, mas antes que pudesse tentar abstrair tudo o que acontecera para prestar atenção a aula, a menina sentiu uma mão encostar em seu ombro.
-Está tudo bem? –perguntou Harry.
Hermione apenas fez que “sim” com a cabeça e tornou a virar pra frente.
Draco não apareceu mais na aula e sinceramente a menina não gostaria de saber por quê.

No final da aula, enquanto os demais alunos saíam da sala cochichando e Hermione se esforçou para não prestar atenção porque provavelmente adivinhara corretamente o assunto, Rony guardava suas coisas de uma maneira demasiada lenta e Harry disse:
-Fiquei sabendo do que aconteceu, Hermione. Acho que já passou da hora de eu fazer algo. –o menino soou um pouco raivoso. –Esse idiota não desiste!

-Nem me fala. – a menina suspirou impaciente. – Mas acho que depois do que eu fiz e da conversa com a McGonagall ele vai parar. – a menina fez aspas com os dedos ao dizer a última palavra. Ela queria que a confiança em suas palavras fosse igual ao que sentia...
-Vamos torcer. –falou Harry. – Mas o que a McGonagall disse?

Hermione contou o que acontecera e Harry prestava atenção. Rony parecia fazer o mesmo. O menino organizava meticulosamente seus pergaminhos e do mesmo jeito guardava suas coisas e Hermione, assim como Harry, precisou segurar um sorriso que ameaçava sair quando percebeu.
Após ter contado tudo, os três saíram da sala e Harry precisou se esforçar mais pra não rir, pois Ronald ainda fingia descaso, aliás, ele tentava.
Mas então, de repente:
- Vou ao... ao banheiro Harry. –Rony disse e saiu apressado do lado de Hermione e Harry. O menino olhou para Mione intrigado, mas falou:

-Hermione, tenho minhas dúvidas de que apenas isso vá parar Malfoy. Eu vou fazer algo a respeito e...
-Harry, não. Provavelmente só piorariam as coisas. Vamos esperar pra ver o que acontece, ok? –Hermione disse, apesar de querer que alguém realmente pudesse pará-lo, mesmo tendo consciência de que isso não era lá muito possível.

-Vamos até a biblioteca? Preciso consultar um livro. –falou a menina depois de um pequeno silêncio que se formou.
Harry concordou meio relutante com medo de mais uma tentativa da amiga de “prendê-lo” na biblioteca. Apesar disso apresentava um leve sorriso no rosto que Hermione percebeu quando já chegavam ao seu destino.
-O que é engraçado? –perguntou a menina, curiosa.
-Não é exatamente isso, é só que... sinto que as coisas estão pra mudar.
Hermione franziu o cenho ainda não entendendo qual era o motivo do sorriso e Harry notando, levantou as duas sobrancelhas.
-Duvido. – respondeu Hermione finalmente entendendo que se tratava de Rony.
-Vamos lá, não seja pessimista.

Hermione nada disse, apenas rolou os olhos. Realmente Harry poderia ter um pouco de razão. Ver Rony “fingindo” guardar seu material pra poder escutá-la dizendo o que acontecera foi bem esperançoso, era quase como se ele se importasse. De qualquer forma, Mione não quis alimentar o sentimento de felicidade que ameaçava explodir.

Com um tempo livre, Hermione resolveu ficar pela biblioteca e forçou Harry a fazer o mesmo, exatamente como o garoto temia. Saíram apenas na hora do jantar onde encontraram Rony e Gina sentados na mesa da Grifinória, conversando.
-Onde estavam? – perguntou Gina cumprimentando Harry com um rápido beijo e o menino respondeu com a voz meio cansada:
-Biblioteca.
Hermione abriu um grande sorriso, feliz por além de Harry ter feito companhia, te-lo feito estudar.
Gina riu e Hermione sentou-se de frente pra Ron, já que Harry sentara de frente para a namorada e... Espera. Ron estava... sorrindo?
Não era exatamente um sorriso grande, mas um sorriso tímido e também não era exatamente pra ela e sim pra comida em seu prato, contudo provavelmente era “dela”.
De qualquer forma ele evitou olhá-la durante todo jantar e quando seus olhares se encontravam ele rapidamente desviava.

Depois de novamente passar um tempo na biblioteca estudando, Hermione foi para a sala da Grifinória e chegando lá encontrou Harry, Gina e Rony sentados numa das mesas com vários pedaços de pergaminho e alguns livros em cima da mesa, mas nenhum dos três davam qualquer atenção ao material.
Mione andou até a mesa e assim que eles notaram sua presença, pararam de falar. Rony voltou sua atenção para o pergaminho em branco, tomou sua pena, molhou-a no tinteiro e começou a escrever algo.
Gina e Harry se olhavam e Hermione pensava que aquilo não poderia ficar mais constrangedor. Ela colocou a mão na cadeira para se sentar, porém mudou de idéia e foi direto para seu dormitório.
Poucos segundos depois Gina apareceu na porta.
-Desculpe ter atrapalhado a conversa. –começou Hermione irritada.
-Deixa de ser boba, Hermione. Não era nada demais. –falou Gina com um rolar de olhos.
-Sei. –Mione disse. –Bom, você pode voltar pra conversa. Tenho que estudar.
-Chamem os aurores, o trasgo voltou. –Gina disse irônica.
-Desculpe. –Hermione disse de má vontade. –Mas realmente preciso estudar.
-Eu sei. –Gina deu um pequeno sorriso, lhe desejou “boa noite” e desceu novamente.

Mione tentou não pensar no que é que eles estavam conversando, mas achava que fosse sobre o que acontecera com Malfoy hoje. A menina apenas tinha visto o louro novamente na hora do jantar. Ele não tinha mais aquele olhar ameaçador e nem sequer lhe dirigiu um olhar assassino. Na verdade agira como se nada tivesse acontecido e como se ela não existisse.
Hermione não sabia se isso era bom, mas de alguma forma aquilo a incomodou.


No dia seguinte Hermione e Gina foram juntas ao grande salão para tomar café da manhã. Como esperava, ao chegar lá Gina avistou seu namorado e seu irmão sentados na mesa da Grifinória. Se Merlin e Deus quisessem Ronald voltaria a falar com Mione. Na noite passada ela e Harry perderam um bom tempo tentando convencer o garoto a fazer isso falando que os dois estavam agindo que nem crianças e outras coisas assim. Ela realmente esperava que desse certo. Seria um passo rumo à junção deles.
Apesar de ter contado com a ajuda de Harry, este não aprovou de todo sua decisão. Disse-lhe que eles estavam se intrometendo demais naquela história e que se eles continuassem a fazê-lo alguma coisa parecida e até pior com o que havia ocorrido quando Hermione e Rony brigaram ia acontecer.
Gina sabia que existia essa chance de tudo dar errado, mas ela tinha que arriscar. A menina só tinha medo que o irmão fizesse isso de má vontade.


Felizmente quando as meninas pararam em frente a Harry e Ron, este disse:
-Bom dia pirralha. – falou sorrindo pra irmã que lhe mostrou a língua e depois disse timidamente:
-Bom dia Hermione.
A menina que se sentava, parou no meio do ato e o encarou um pouco surpresa. Hermione olhou para Harry e Gina como se perguntasse se era ilusão, mas eles apenas sorriam abraçados.
-B-bom dia Rony. – gaguejou. Como ela sentiu saudades de se dirigir a ele, de pronunciar seu nome.
A menina acabou de se sentar e apenas acenou pra Harry, talvez ainda surpresa demais pra falar outra coisa.

Ouvir Rony dizer seu nome sem ser pra dizer alguma coisa ruim contra ela foi fácil o que lhe deu a melhor sensação de tudo o que acontecera naqueles dias. Ela tentava sem muito sucesso parar de sorrir, pois provavelmente estava parecendo uma idiota, porém não conseguia. Pra sua sorte Ron encarava a própria comida então não percebia o que estava acontecendo.
-Vamos pra sala? – perguntou Gina?
-Mas já? – falou Ron de boca cheia.
-Eu acabei de começar a comer e hoje temos um dia cheio, então tenho que me alimentar bem e...
-Ah, então acho que... – Harry interrompeu Hermione desatasse a falar. –... Vou indo com Gina na frente. –disse sorrindo e antes que qualquer um dos dois pudesse falar algo, Gina disse:
-Bom, então tudo bem! Vejo vocês mais tarde! –Ginny se levantou da mesa, beijou Hermione no rosto e saiu de mão dadas com Harry, deixando Hermione e Rony meio paralisados.

-Vai ter morte hoje... –Hermione disse quase inaudível.
-Quê? –Rony franziu o cenho.
-Nada. –a menina apressou-se em dizer e logo depois ruborizou.

O café da manhã foi silencioso tirando a parte que Rony e Hermione levaram suas mãos ao mesmo tempo para o último pedaço de torta de maçã.
-Pode ficar. - disse a menina gentilmente.
-Tem certeza? –perguntou o menino.
-Claro. –a menina respondeu com um pequeno sorriso que o ruivo retribuiu.
Depois de alguns minutos o mesmo disse:
-Acho que agora sim está na hora de irmos, não?
-Sim, sim. –disse a menina depois de consultar o relógio de pulso.

Os dois se levantaram e foram andando lado a lado até a sala.
-Harry te avisou? – perguntou Rony ainda no caminho pra sala de aula.
-Sobre o que? –quis saber a menina.
-Parece que estão querendo fazer uma visita a Hogsmedale no próximo fim de semana.
-Mas as provas vão começar na segunda! – disse indignada.
Rony sorriu e disse:
-Falei pro Harry que iria dizer isso.
A menina apenas o olhou intrigada.
-Então, você vai? – perguntou Hermione.
-Com certeza. Quero passar na DedosdeMel. Você deveria fazer o mesmo. Pra se livrar do stress...
-Não sei. Com certeza seria ótimo, mas com as provas... não sei. –Hermione disse e os dois finalmente chegaram à sala e encontraram Harry lá.

A aula passou sem nada de mais a não ser Harry que a olhava com um risinho brincando nos lábios. Hermione apenas balançava a cabeça negativamente.
Rony voltara a falar com ela, mas parecia ainda estar se readaptando. Suas pequenas conversas eram rápidas e tímidas. Era melhor que nada de qualquer forma.
Dois dias depois veio a confirmação da visita a Hogsmedale que aconteceria não antes das provas como Rony havia dito, mas na semana seguinte das provas e antes do Natal.

Isso deixou a menina mais tranqüila. Não gostaria de ir para o vilarejo preocupada com provas que era a única coisa que parecia lhe incomodar agora.
Nesse dois dias, Malfoy continuou se apresentando visualmente muito calmo e sempre ao lado de Pansy. Parecia até carinhoso com ela, o que era estranho partindo dele, porém ela resolveu abstrair. Ela finalmente se permitiu sentir que tudo andaria pra frente a partir de agora, como Harry dissera.
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Fazia três dias desde o ocorrido. Quando a nojenta daquela sangue-ruim o ridicularizara na frente de toda a sala. Fazia três dias e raiva que o possuíra desde aquele momento e ainda não havia se esvaído. Ele queria se vingar e ele iria.
Porém desta vez iria ser diferente. Não “atacaria” Granger. Não... Iria em cima de algo mais irritável.
Ele tinha tudo arquitetado. Não era algo que lhe exigiria muito, algo bem simples na verdade, apenas tinha que dizer as palavras certas e então o pobrezinho seria capaz de torturar alguém e com um pouco de sorte ele iria atrás dela. Draco podia vê-lo gritando com ela e lhe chamando de nomes que só se falaria pra pessoas dos piores tipos. E depois disso: cheque-mate.
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-Hoje é...
-Quinta. –Hermione respondeu à Harry
-Como esse tempo passou tão rápido? –perguntou Rony indignado. –As provas já são segunda!
Hermione riu timidamente do menino.
-Terminei. –falou Harry de repente jogando um grosso livro em cima da mesa da sala comunal da Grifinória.
-Finalmente. –Rony soava impaciente. –Podemos ir comer agora? Não estou conseguindo pensar direito de tanta fome.

Os três saíram do salão e foram almoçar.
-Onde está Gina? –perguntou Hermione aos meninos depois de algum tempo.
-Cheguei! –disse uma menina de cabelos ruivos se aproximando com um enorme sorriso no rosto. Ela andou até Harry e lhe tascou um beijo, não tímido como o usual, mas justamente ao contrário, fazendo Hermione e Rony ruborizarem. Eles olharam um para o outro e deram um risinho sem graça.
-Feliz com que? –perguntou Harry à namorada, depois da mesma ter desgrudado seus lábios do dele.
-Provas. –disse a menina simplesmente.
Todos paralisaram uns segundos e a encararam com olhos abertos.
-O quê? – a ruiva quis saber. –Só acho que vou me dar muito bem. –disse e seu sorriso aumentou.
-Tudo bem, Hermione. –falou Rony e todos riram.
- Harry, você já terminou? –Gina perguntou ao menino com um tom descontraído.
-Eu... porque? – o menino estranhou e em resposta Gina arqueou uma das sobrancelhas e lhe deu um pequeno sorriso malicioso.
Hermione assistiu a cena um pouco desconfortável, mas nada se comparava com o que Rony parecia estar sentindo. Seu rosto estava um pouco vermelho e ele tentava se distrair com a comida. Apesar de já ter aceitado aquela situação a muito tempo, havia momentos como esse em que o ruivo desejava desaparatar dali.

Gina e Harry se levantaram ao mesmo tempo e sem sequer “tchau” dizer, deixaram o grande salão.
-Nossa. - foi a única coisa que Hermione disse antes de voltar a comer.
Rony continuou calado.

Gina e Harry andavam rapidamente pelos corredores.
-Quanto tempo ainda temos? – perguntou a menina
-O suficiente. –Harry respondeu e a menina sorriu.
Eles entraram num corredor aparentemente vazio e depois em uma sala vazia.

Na sala ao lado, Malfoy perdia a paciência com Pansy.
-Só mais um beijo, amor. –suplicava a menina.
-Não me chama de amor. – o menino disse rudemente e a beijou. O beijo não era calmo e muito menos doce.
A cabeça de Draco estava longe dali. Era hora de colocar o plano final em prática. Ele parou de beijar Pansy de repente e disse:
-Tenho que ir.
Saiu antes que a menina pudesse protestar, mas havia conseguido que queria dela sem perguntas inconvenientes de “o que é isso” ou “pra quem é isso”.
Ele foi em direção ao corujal com o pedaço de pergaminho na mão. Tinha que ser rápido.Queria ter terminado antes da primeira aula da tarde começar. Ele entrou no lugar, dobrou o pergaminho em dois, achou a coruja e então amarrou a carta na perna do animal que saiu imediatamente.

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Rony e Hermione continuavam almoçando. O almoço parecia melhor que nunca, mas ambos tinham certeza que era só porque passaram a manhã inteira “dando o sangue” ao estudar.
Hermione levantou a cabeça distraidamente e viu que a sua coruja adentrava o espaço.
-Carta hoje? –Hermione estranhou e logo ficou preocupada pensando que poderia ser alguma coisa com seus pais.
Rony levantou a cabeça e concordou:
-Estranho mesmo.
Porém antes que pudesse dizer qualquer coisa, a sua coruja também entrou no grande salão.
Os amigos se olharam intrigados, mas pegaram suas respectivas cartas e leram.
Após ler a carta Hermione olhou para Rony que tinha uma expressão estranha no rosto.
-O que houve? – a menina perguntou.
Rony levantou a cabeça vagarosamente como se não pudesse falar e pensar ao mesmo tempo e depois de uns segundos disse:
-Nada importante. E a sua? –o menino perguntou curioso já com a expressão normal.
-Nada de mais também. –Hermione disse depressa.
-Eu preciso ir e... – os dois disseram na mesma hora e riram.
-Tenho que passar na biblioteca antes da aula – a menina comunicou.
-Tudo bem, tenho que ir buscar o livro que esqueci lá no dormitório.
-Ok. Nos vemos na aula então. –disse a menina já se levantando.
Rony fez a mesma coisa e assentiu. Ele saiu na frente, deixando a menina desconfiada pra trás. Saindo do salão, Hermione bateu os olhos na mesa da Sonserina e do nada parou de andar.
Draco Malfoy a encarava com um sorriso malvado nos lábios. Não parecia ameaçador, parecia apenas estar se divertindo.
-Tudo bem, Hermione?
Um menino perguntou e quando Hermione tirou os olhos do louro, viu que Neville estava parado na sua frente. Ela apenas assentiu e saiu apressadamente do lugar.

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Encontre-me nos jardins do castelo.

Não tinha nome, era apenas uma caligrafia caprichada. Um palpite lhe surgiu, mas preferiu afastá-lo e continuou rumo ao lugar marcado. Curiosidade? Impaciência? Os motivos que lhe levavam até lá não estavam claros.
Mil possibilidades voltaram a cruzar sua mente, porém havia uma, aquele primeiro palpite que era mais forte e que parecia ser o certo a cada passo que dava. Ao ir saindo do castelo em direção ao jardim, podia perceber que ali quase não haviam pessoas.
Simplesmente por não querer enfrentar tudo aquilo pensou em voltar, mas desistiu.
Quando finalmente chegou lá, confirmou o que pensara.
O bilhete não era verdadeiro e aquilo não passava de uma cilada.
Entretanto andou até a pessoa que lhe enviava um olhar divertido, mas mau.
-O que você quer Malfoy?
-Calma, Weasleyzinho...

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