Fim da linha.



Yes, you are my friend
(Sim, você é meu amigo)
We all have something that dig at us
(Nós todos temos algo que nos enterra)
At least we dig each other
(Pelo menos nós nos desenterramos)

So, when weakness turns my ego up
(Então, quando a fraqueza aumentar o meu ego)
I know you’ll count on the “me” from yesterday
(Eu sei que você vai contar com o “eu” de ontem)

If I turn into another
(Se eu me tornar em outro)
Dig me up from what is covering
(Me desenterre do que está cobrindo)
The better part of me
(A melhor parte de mim)
Sing this song
(Cante esta canção)
Remind me that we’ll always have each other
(Me lembre que nós sempre teremos um ao outros)
When everything else is gone
(Quando tudo mais estiver acabado)

(Dig – Incubus)


 


Ele entrou no quarto e a porta só não se fechou violentamente porque Harry a segurou. O que Harry estava fazendo ali? Ele queria ficar sozinho! Será que é tão difícil assim de perceber?
Ronald andou pro canto do quarto mais distante de Harry.
Ele sentia seu rosto em chamas, suas mãos tremiam levemente.
Como ela pôde?
Ele repetiu a pergunta mentalmente algumas vezes. Seu cérebro cismava de formar imagens de Hermione e Draco se beijando e isso estava irritando-o cada vez mais. Depois ele se lembrou dos seus beijos com a menina e sentiu nojo. Nojo e repulsa. Levou sua mão a boca e a limpou algumas vezes como se estivesse lidando com alguma sujeira real que não queria sair.
Rony não percebeu, mas Harry havia andado até ele e agora estava parado do seu lado, encarando-o.

-Já acabou? –Harry imaginava o que o amigo estava passando, mas de qualquer forma achava que ele estava exagerando.
Rony franziu o cenho e raivosamente olhou pra Harry por uns segundos antes de dizer:
-Porque você não vai embora? Não preciso das suas lições idiotas agora, muito menos de você tomando o partido daquelazinha.
-Hey, não chame a Hermione desse jeito. E pare com essa atitude estúpida, Ronald.
-É muito fácil pra você falar, não? –Rony ainda tinha a voz irregular e um pouco alta.
-Nem vem com essa, porque eu passei a mesma coisa quando ela me contou. E eu sei que é diferente – disse rapidamente antes que o amigo pudesse jogar isso.

-Como é que você ainda anda com ela? –quis saber ainda descomposto.
Harry ficou calado alguns segundos e disse:
-Eu a perdoei.
-Ah, fácil assim?
-Não Ronald, não foi fácil. Mas eu o fiz e não me arrependo. Você deveria tentar fazer o mesmo.
-Pode esquecer – Rony “cuspiu” as palavras e balançou a cabeça negativamente.


Hermione ficou o tempo todo calada ouvindo Gina falar que tudo iria ficar bem. Harry deveria estar lá em cima a mais de 30 minutos. Enquanto lembrava das palavras do ruivo percebeu que sua amiga havia se calado. Provavelmente deveria estar chateada por ela não estar prestando a mínima atenção ao que estava sendo dito.
Mione levantou a cabeça pra se desculpar e encontrou Gina olhando em direção ao dormitório e seguiu seu olhar. Harry estava acabando de descer as escadas. Como esperava, ele não tinha uma cara boa. Infelizmente ele não chegaria até elas e diria que estava tudo resolvido.

-Acho... melhor dar um tempo pra ele. – o menino disse com um suspiro pesado.
Hermione apenas balançou a cabeça em afirmação automaticamente.
-Isso. Tempo vai ajudar. –completou Gina que ainda estava abraçada com a amiga.
-É! –disse Harry tentando parecer animado, sem muito sucesso – Ele vai...
-Ele vai o que Harry? Me diga. –Hermione de repente o cortou e levantou da cadeira saindo do abraço de Gina. – Superar? Entender? Harry você sabe tão bem quanto eu que isso não vai acontecer. Nós o conhecemos muito bem pra sequer cogitar isso!
-Hermione, não pense assim! Você sabe que ele mudou!
A menina bufou e riu, mas Harry continuou:
-Você viu o que ele fez com a Lilá, como ele conseguiu se livrar desse problema.
-Mione, Harry está certo. Eu quase não reconheci meu irmão naquele dia.
-Eu sei o que aconteceu. Mas o que raios isso tem a ver com o que está acontecendo agora?
-Esse é o ponto, não vê? –Harry apontou para algo invisível.
-Sinceramente, não.
-Nunca pensei que fosse dizer isso, mas o Rony não é mais aquele babaca infantil que eu tinha que suportar. –Ginny disse.
-Como não? –Hermione perguntou incrédula – Você perdeu o que aconteceu? O jeito que ele está agindo é o que então?
-Não vamos comparar, ok? Por mais insuportável que a Lilá seja, ela ainda não é o Malfoy.


E isso estranhamente doeu em Hermione. Mas não era uma dor nova. Era a dor do arrependimento voltando. Era um sentimento tão raro e difícil para Hermione, a menina sabe-tudo que tinha 99% das coisas programadas e mesmo quando algo saia do controle tinha uma estratégia...
Pode soar piegas, mas fato é que no “campo de batalhas” do amor, nós jogamos de olhos vendados. Toda a racionalidade da menina serve para mais nada além de soluções racionais que funcionam tanto quanto se tentássemos curar perda de memória com Felix felicius. Seriam inúteis, inadequadas.

O pior disso era ver o quão fora de controle estava aquela situação, porque ela simplesmente não pode fazer nada para mudar.
E ela estava cansada de se sentir daquele jeito; sem poder e patética. Porque afinal é isso que essa grande bosta de amor faz. Nos tornam incapazes e patéticos.
Mas como seria bom compartilhar essas fraquezas com e alguém e...
Hermione começou a caminhar rapidamente em direção ao portal do salão comunal da Grifinória.
-Hermione, o que você... está fazendo? – A menina virou e encontrou Harry e Gina com olhos arregalados, teriam perdido alguma parte da conversa?

-Estou indo estudar. – comunicou firmemente. – Nossas provas estão batendo na porta. Vocês deveriam fazer o mesmo.
Enquanto Harry a encarava incrédulo, Gina andou até a menina e disse:
-Mione, não precisa agir desse jeito.
-Do que você está falando? – Gina nunca tinha visto a amiga tão séria como agora. –Só estou fazendo o que deveria ter feito a muito tempo.
-Mesmo? E o que seria?
-Seguir em frente.
-Mas Hermione... –insistiu Gina.

Hermione, porém virou as costas e saiu andando em direção a biblioteca.
Podia sentir as lágrimas chegando violentamente e sua garganta apertando. Ela virou a cabeça para os dois lados e não havia ninguém. Não queria ter que guardar as lágrimas ou o que estava sentindo, então simplesmente encostou-se a uma das paredes do castelo e silenciosamente chorou.

O dia seguinte estava irritantemente ensolarado pra Hermione que não estava muito bem humorada depois de ter sido acordada por um passarinho que não parou de bicar a janela próxima a sua cama até que ela se levantou e o expulsou.
Logo começariam suas provas e seu nervosismo também não ajudava muito em seu humor. Provavelmente isso traria problemas à menina se não se controlasse...
Como se ela se importasse. Já estava tudo ferrado de qualquer jeito.

Ela se levantou, se arrumou e tomou café da manhã. Sozinha.
Gina e Harry provavelmente já tinham tomado café, pois não estavam no salão comunal. Hermione logo reparou que Rony estava no lugar de sempre, mais ou menos no meio da extensa mesa onde os grifinórios se sentavam.
Sem querer olhar muito para o menino, que estava bastante focado em sua comida, Mione sentou-se na ponta da mesa de cabeça baixa. Ela queria olhá-lo, mas tinha muito medo do que poderia encontrar e sabia que não estava preparada ainda pra enfrentar qualquer que fosse a atitude dele.
Hermione mexeu na comida a sua frente sem muita vontade, forçou um pedaço de torrada com pasta de amendoim pela garganta e depois foi embora.

Enquanto se dirigia à sala passou por Draco e Pansy se agarrando no corredor. Ela rolou os olhos e desviou o olhar rapidamente. Logo mais a frente encontrou Harry e Gina. Eles não estavam se agarrando como Malfoy e Parkison, mas de qualquer forma... Porque estavam todos querendo lembrá-la de que ela poderia estar assim com Rony?

Tá, ninguém estava, porém era o que parecia, ou talvez estivesse apenas perdendo a cabeça.
Ela bufou involuntariamente e passou direto pelos amigos. Não queria parar pra conversar. Não queria falar com ninguém, apenas entrar na sala, assistir a droga de aula e depois ir estudar.
Droga de aula? Ela realmente não estava bem...
Entretanto quando estava quase alcançando o portal da sala Harry e Gina a alcançaram.

-Tsc, tsc que feio moça. –disse Gina divertida – Passou e nem sequer disse “oi”.
Hermione deu sua melhor versão de sorriso forçado e falou:
-Não queria atrapalhar vocês.
-Fala sério, Hermione. – Harry disse e riu com Ginny.

Como eles estão idiotas hoje. – Mione pensou impaciente e entrou na sala.


Colocou seu material na carteira e ia se sentar, mas uma mão segurou seu braço.
Ela virou o rosto e viu que a mão era de Gina que perguntou:
-O que houve?
-Nada. –disse.
-Tá e eu não sou bruxa.
As duas se encararam.
-Só não estou de bom humor hoje.
-Entendo. – Gina falou e olhou pra Harry lhe pedindo ajuda.
-Hermione, você sabe que pode contar com a gente, certo? –Harry disse para a amiga.
-É, estamos aqui se quiser falar sobre alg...
-Eu não quero falar nada, ok? –Hermione interrompeu Gina e rudemente continuou. – Só quero ficar quieta, será que é possível?
Harry e Gina apenas olhavam seriamente pra menina como se estivessem esperando que ela percebesse como estava agindo, mas não veio nenhuma desculpa, só:
-Gina, nosso professor chegou. Melhor você ir pra sua sala.
Novamente atingida pela frieza da amiga, Gina fechou a cara, beijou Harry rapidamente e saiu irritada. Nessa mesma hora Rony cruzou a porta quase dando um encontrão na irmã.
-Olhe por onde anda garota. –disse com raiva.

Gina fechou mais ainda a cara e empurrou o garoto que só se desequilibrou. Rony olhou pra dentro da sala e encontrou Harry e Hermione olhando pra ele, entretanto Mione desviou o olhar rapidamente e se sentou.
O ruivo andou até Harry, o cumprimentou e sentou-se atrás da amiga que estava de cabeça baixa. De qualquer forma ele teria que pensar em outra forma de citá-la pois “amiga” já não se encaixava mais.

Harry que ainda estava um pouco chocado com o jeito da menina começou a se mexer para ir sentar antes que o professor lhe chamasse atenção, porém antes resolveu dizer:
-Não devia tratar as pessoas assim, sabia?
Hermione o olhou furiosamente e falou:
-E você deveria tomar conta da sua vida, sabia?
Harry ia começar a falar, mas o professor finalmente chamou sua atenção e ele teve que ir se sentar. Estava bem chateado. O que estava acontecendo com a amiga? Ele tentou entender, afinal tinha muitas coisas acontecendo... mas de todo jeito ele conversaria com ela depois.

Rony apenas olhou para os dois sem dizer nada. Não ia se meter porque visivelmente a ami... Granger estava irritadinha. O menino bufou. Como se ela tivesse o direito de ficar assim... ela procurou por isso tudo! Bom... ele não podia negar que tinha uma parcela de culpa, mas de qualquer forma, minúscula.

Hermione sabia que o jeito que havia acabado de tratar os amigos estava errado, era totalmente injusto. Porém era o único jeito de fazer eles se calarem. Ela não queria conversar e ponto.
Ela afastou os comentários mentais e se concentrou na aula o que foi estranhamente fácil.

Depois de a aula ter acabado Hermione saiu rapidamente da sala antes que Harry pudesse tentar interceptá-la pra falar qualquer coisa chata e lhe explicar como o comportamento dela estava errado. Ela estava cansada. Entretanto ela sabia que uma hora ele ou a namoradinha dele iria conseguir falar...
Céus, ela tinha que controlar seu humor.

Na hora do almoço, após fingir não ter visto Harry acenando para ela e apontando um lugar vago no seu lado, assim como no café da manhã ela sentou-se sozinha, remexeu a comida que estava ali, porém nada comeu e saiu do lugar.

Andou até a sala da aula que aconteceria agora, abriu um livro e começou a ler.
Ela sentiu que mais alguém entrara na sala, mas não queria olhar. Primeiro porque estava com medo, segundo porque ela não queria ter que cumprimentar se fosse alguém que conhecesse.
A pessoa não falou nada e então Hermione se concentrou de novo em seu livro.
De repente, ela sentiu a tal pessoa se aproximando.
Mas que droga. – pensou
A curiosidade venceu e ela olhou pra trás. Logo se arrependeu.
Draco estava olhando-a com seu sorrisinho sínico no rosto. Porém o pior era: ele estava sozinho. Sem capangas e muito menos Pansy.
Sem saber o que fazer, virou pro seu livro e fingiu continuar a leitura. Ela sabia que não adiantaria e... afinal o que ele queria? Pensou raivosamente. A idéia de lhe azarar se tornava cada segundo mais tentadora.
-Granger, eu acho melhor você não me ignorar.
A menina deu uma piscada demorada e se virou.
-O que você quer? –perguntou irritada se levantando. Tentou seu melhor pra ser desagradável, mas ela estava lidando com Malfoy.

-Estamos mal humorados hoje, huh? –ele se divertindo, chegou mais perto de Hermione, envolveu seu braço na cintura da menina que rapidamente começou a tentar afastá-lo, Malfoy mais forte, porém conseguiu manter seu braço ali, alcançou o pé da orelha de Hermione que estava claramente nervosa e sussurrou – Posso resolver isso, se quiser.
A risada rouca do menino a atingiu, arrepiando os pelos da nuca de Hermione que tentou mais uma vez tentou se afastar. Malfoy permitiu que isso acontecesse e se encostou na mesa em frente com as mãos no bolso.
-O que foi, Granger? Não consegue resistir?
-Não seja babaca, Malfoy. Porque você não vai atrás da Parkison?
-Ela não tem mais graça. –ele sorriu e se aproximou de Hermione mais uma vez. –Ao contrário de você.
Novamente, ele passou seu braço pela cintura da menina e começou a se aproximar do rosto dela o que foi um pouco difícil, pois Hermione estava virando o rosto. Draco apertou a outra mão em sua nuca, forçando-a a parar e começou a aproximar seus lábios do dela.
-Afaste essa boca suja de mim seu verme! –Hermione voltou a lutar.
Malfoy gargalhou:
-Eu? Boca suja? A sangue-ruim aqui é você.
Ele disse com um pouco de raiva e a largou. Eles se olharam por um segundo e Hermione ficou com medo de ele tentar beijá-la de novo. Mas pra sua surpresa, ele apenas riu e saiu da sala.

A sensação de alívio veio e ela se jogou na carteira onde estava. Ela deu muita sorte. Qualquer um poderia ter entrado ali. Ronald podia ter entrado. Balançou a cabeça e sorriu feliz por “nada” ter acontecido.
Entretanto o sorriso logo se fechou. Parecia que a praga desse garoto nunca ia parar de perturbá-la...

Que mala! – pensou irritadíssima.


Alguns minutos e mais uma pessoa entrou na sala e desta vez era Ronald. Ele parou quando percebeu que só tinham eles dois na sala, mas então andou até uma carteira longe da menina e tudo ficou em completo silêncio.

Eu podia ir até lá falar com ele. –considerou a menina – Afinal, não pode acontecer nada pior...

Ela olhou pra trás e se surpreendeu com o foco que ele estava dando ao livro. Começou a caminhar até ele silenciosamente, pois não queria que ele percebesse antes dela estar perto o suficiente pra dizer qualquer coisa. Entretanto ele sentiu sua aproximação e a olhou o que fez a menina parar.
O olhar do menino era muito profundo, mas de um jeito ruim. Ele parecia estar acusando-a mentalmente e era quase como se Hermione pudesse ouvi-lo. A menina se sentiu mal e quase parou. Quase. Continuou andando e quando começou a abrir a boca pra falar alguma coisa.

-Era com você mesma que eu queria falar.

Hermione soltou a respiração que estava prendendo e ao olhar pro lado encontrou Harry e Gina parados um ao lado do outro. Eles pareciam ter percebido que haviam atrapalhado alguma coisa e ficaram bem sem-graças.
Gina foi a primeira a falar, desta vez não com o tom desafiador do que acabara de dizer, mas num tom apologético:

-Hermione, será que podemos conversar?

E de repente Hermione pareceu recuperar s sentidos e perceber o que estava acontecendo. Ela sentiu raiva por ter sido atrapalhada e isso a tornou mais ácida.

-O que vocês querem? –ela caminhou até eles que estavam no portal da sala e perguntou rudemente.
Gina sussurrou uma desculpa enquanto Harry a olhava feio.
-A gente só queria saber o que está acontecendo com você. – disse Gina, hesitante.
Hermione tentou se controlar, mas estava sendo “dominada por forças maiores”.
-Me digam, qual a parte do “eu quero ficar sozinha” vocês não entenderam?
-Hey, você não precisa ser grossa! –indignou-se Gina, mas Hermione não lhe deu atenção. Ela voltou com passos pesados a sua carteira, pegou o livro que estava lendo, mas não conseguiu voltar a fazê-lo. E pensar que ainda faltava pro dia acabar.

Mais alunos começaram a chegar e logo em seguida o professor. Ela olhou pra trás de sua carteira a fim de encontrar Harry e lhe pedir desculpa, mas ele estava ao lado de Ron no final da sala e quando seus olhares se encontraram, o ruivo desviou para o professor que já havia começado a aula.

Está tudo errado. – a menina pensava depois da aula. –Eu tenho que encontrar Harry e Gina e pedir desculpas.

Se sentindo culpada, ela decidiu ir atrás dos amigos. Entretanto seu humor ainda a incomodava. O melhor era ela se acalmar e depois ir falar com eles.
Não haviam mais aulas naquele dia então ela andou calmamente até os jardins do castelo. Fazia tanto tempo que ela não passava por ali...
Estava tudo calmo. Uma leve brisa estava no ar, e o tempo parecia estar limpando. De longe ela avistou a Floresta Proibida e depois a cabana de Hagrid.

Acho que é uma boa hora pra um chá... –pensou.

Não era só pelo chá, claro, mas essa era outra coisa que ela não fazia a um tempo...
Porém ela só evitava ir até Hagrid porque ela sempre se lembrava da época em que ela, Rony e Harry passavam um tempo lá, rindo com ele e ouvindo-o contar histórias e falar sobre criaturas mágicas. Eram bons tempos, mesmo que tais criaturas não fossem o assunto preferido deles. Era tudo mais fácil quando não tinha mais ninguém...
Ela rapidamente lembrou-se de Malfoy, mas com a mesma velocidade o afastou.

Hermione bateu na porta e logo ouviu o latido de Canino. Que saudades daquele cachorro babão... Tirando a parte do babão. Hagrid abriu a porta e seus olhos se abriram em surpresa.
-Hermione! –disse animado, mas logo ficou sério. –Quanto tempo. Vejo Harry sempre, mas você e seu amiguinho de cabelos vermelhos esqueceram-se da minha pessoa, não?
-Desculpe Hagrid - Seu rosto tinha corado um pouco. - É que estamos enrolados com provas... começam “daqui a pouco”.
-É, eu sei... Tudo bem. –disse se dando por vencido. Obviamente estava chateado com eles que estavam sempre o visitando, mas que de uns meses pra cá pareciam ter sumido de Hogwarts... bom, pelo menos de sua cabana. Apesar disso as saudades eram maiores.

-Estou terminando de fazer chá, está servida?
-Claro, obrigada. –Hermione sorriu. Mesmo ainda se sentindo culpada, ficou feliz por ver que Hagrid tinha “relaxado”.

O tempo passou rápido pela cabana e após algumas conversas e risos, Hermione teve que voltar ao castelo, mas não antes de prometer a Hagrid que da próxima vez traria Rony.
Já entrando no castelo, ela riu sem humor. Mal conseguia olhar pra ele... entretanto isso podia servir pra puxar assunto e...
Hermione fechou a cara e cruzou os braços. Estava realmente odiando ter que ir atrás dele, porque mesmo sendo a “culpada” ela ainda tinha um pouco de dignidade.
Ok, e orgulho também.

Chegou na frente do quadro da Mulher Gorda. Ela estava quase certa de que encontraria Harry e Gina ali preparados para lhe repreender... Ela bufou.
-Asnice.
-Pode entrar. –disse sorridente a mulher do quadro.
A princípio não avistou ninguém, mas logo uma menina de cabelos de fogo vinha zangada em sua direção com um menino de óculos ao seu lado, com o mesmo humor.

Perfeito.


-Primeiro, não me dê as costas novamente. Eu ainda não tinha acabado de falar. –Ginny começou, relembrando o que havia acontecido na noite anterior que Rony finalmente ficou sabendo sobre Hermione e Draco.
Hermione rolou os olhos. Desde quando a ruiva era sua mãe para lhe dar broncas sobre como agir ou não?
-Segundo, pare de agir como uma idiota.
A menina cruzou os braços e virou o rosto para não ter que encarar Gina, que continuou:
-Mione, eu sou sua amiga. Eu só estou fazendo isso porque eu quero o seu bem... É serio! –disse a menina em resposta a outra rolada de olhos de Hermione. –Eu sei que essa situação é mais difícil para você do que eu posso imaginar, mas você tem que parar de afastar as pessoas.
-E porque raios você acha que estou fazendo isso? Porque quero um pouco de espaço nem que seja por 10 minutos?

Gina e Harry ficaram alguns segundos calados, mas a ruiva começou a falar:
-Eu sei que você gosta de estudar, porém não use isso como forma de punição.

Hermione apenas balançou a cabeça negativamente. Ela não entendia. Aliás, ninguém entendia. O estudo pra ela não era algo obrigatório, mas algo tão acessível e enriquecedor... E mais importante, a única coisa que você tem que enfrentar são seus próprios limites. Não exige dependência de ninguém pra isso.
Além do mais não era forma de punição e sim uma forma de afastamento.


-Vocês estão errados. Eu não vejo desse jeito. –A menina finalmente disse.
-Eu acredito, mas... por favor... não complique mais as coisas. –Harry falou.
-Olhem, me desculpe por eu estar agindo desse jeito, ok? Eu só estou estressada com tudo que está acontecendo e as provas ainda estão chegando, e eu estou ficando louca e não quero brigar com vocês. –seus olhos se encheram de lágrimas e Harry e Gina a abraçaram.
-Nos desculpe também. –Harry começou. –A gente não respeitou o que você queria.
Hermione ajeitou seu cabelo num gesto automático e disse sorrindo:
-Está tudo bem. Eu vou dormir, ok? Esse dia já foi tenso o suficiente.
Harry e Gina concordaram e riram.
Hermione não falou mais nada e apenas seguiu para seu quarto.

-Hermione, não querendo insistir no assunto, mas ele está certo. –comentou Gina, que havia seguido-a.
Hermione ficou meio impaciente com a menina por trazer o assunto de volta, mas ela falaria sobre isso por uma última vez, para se retratar pelo jeito que os havia tratado. Suspirou e disse:
-Sobre o que?
-Sobre você estar complicando as coisas.
-Mas eu não estou fazendo isso. Pelo menos não agora. Você não vê? A culpa de isso tudo estar acontecendo é minha. Eu já compliquei tudo. E não venha discordar porque não há maior verdade aqui do que essa.

Gina permaneceu calada por alguns segundos. Realmente ela não tinha como discutir. Quando, porém, pensou em dizer algo, Hermione continuou:
-Quero me afastar do furacão por um tempo, só isso. –disse pesarosa. -Eu só estou tentando... me fazer sentir melhor.
-E está conseguindo?
-Eu estou... tentando.
Gina fechou a distância que havia e a abraçou. Mas mesmo Hermione tendo a abraçado de volta ela sentiu um pouco de frieza. As duas se sentaram na ponta da cama.
-Você sabe que tem uma maneira melhor de fazer isso, certo?
-Sério? Como? Continuar me machucando e insistindo em algo que não vai acontecer?
-Não desistindo.
-Não acho que posso. Pra mim a sua e a minha opção são as mesmas coisas.

A vista de Gina, Hermione parecia totalmente decidida a deixar tudo pra trás, porém não deixaria isso acontecer. Bom, pelo menos ela tentaria. Podia ser nada mais que uma insistência chata e ela devia estar cuidando de sua vida, mas ela não agüentava ver Hermione daquele jeito, sofrendo pelo idiota do seu irmão.

-Eu discordo. A minha opção tem vantagens, diferentemente da sua.
Mione balançou a cabeça negativamente e disse:
-Com a minha eu me mantenho inteira e salva.
-Salva de que? Do que a vida realmente é? Me surpreendo como uma apreciadora de desafios como você não quer passar pelo maior e mais emocionante de todos.
-Adepta a filosofia trouxa? – Hermione disse e as duas riram um pouco, mas Ginny logo parou.
-É sério. Você acha que essa foi a única prova, tirando as escolares, que você teve que enfrentar?
-Claro que não. Depois de tudo que passamos, seria uma tola se acreditasse nisso.
-Justamente. E você nunca desistiu! Então porque está fazendo isso agora?

Hermione calou-se e Gina ficou apenas esperando.
-Acho... Acho que deveríamos dormir.
Gina jogou a cabeça pra trás. Como ela podia estar sendo tão cabeça dura assim? Continuou calada, observando Hermione arrumando sua cama. Após fazer isso a menina foi até a amiga, lhe deu um beijo na bochecha e disse:
-Agradeço por se importar Gina. Mas deixemos isso pra lá, ok?
-Não Hermione! Não vou deixar pra lá... – Antes, porém que a ruiva continuasse, Hermione falou:
-Vamos fazer o seguinte então, eu vou pensar no que você disse e tentarei mudar meus atos.
Gina riu e disse:
-Você acha que vou acreditar? É obvio que você está blefando.
-Ok, mas não sobre as duas partes. Você acha que depois de toda a sua bronca e não vou pensar nisso nem por 5 minutos.
-É, você vai. Mudar é outra história, né?
-Completamente diferente e praticamente impossível de acontecer.
Agora foi a vez de Gina rolar os olhos
-Você e meu irmão se merecem. –repetiu a consideração que havia feito mentalmente.

Hermione deu um sorriso amarelo que rapidamente se esvaiu.
-A senhorita pode tratar de tentar, pois como falei antes eu não deixarei isso pra lá.
-Sim senhora. – Hermione disse com o intuito de acabar logo com a conversa. Gina percebendo isso a encarou seriamente, mas logo relaxou.
-Ok, boa noite então – disse Gina.
Elas se cumprimentaram novamente e foram para cada cama.
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Assim como previra, Hermione pensou em tudo o que ela tinha ouvido dos amigos sobre ela estar fazendo isso de maneira errada. Provavelmente eles estavam certos, pois nada do que ela tinha feito até agora com o intuito de esquecer sobre o que havia acontecido funcionou.
Gina lhe falou em não desistir, porém mesmo sendo uma opção tentadora, Hermione duvidava que funcionaria...

Quando atingiu a porta do grande salão comunal foi surpreendida por Gina.
-Hoje você se sentará conosco.
A menina disse e começou a puxar Hermione salão adentro, entretanto esta logo se soltou da mão da amiga e falou:
-O que você está pensando?
-Em você tomar café da manhã com a gente. –Ginny disse fingindo inocência.
-Engraçadinha. Estou falando sério.
-Eu também.
-Mas Gina, o Rony está lá.
-E daí?
-E daí, que eu não vou me sentar lá.
-Claro que você vai.
-E você vai me obrigar?
-Duvida? –Gina disse e colocou a mão sobre a varinha.
-Ha. Essa é uma maldição imperd...
-Vamos Hermione, não seja uma chata – disse e lhe estendeu a mão.
Hermione meio receosa, lhe deu a mão e as duas caminharam em direção a mesa, Gina com um sorriso vitorioso no rosto.
A verdade é que Mione estava com medo. Parece bobo, mas Rony poderia agir como um trasgo quando queria e isso ia deixá-la pior que já estava.
Conforme chegaram perto de onde Harry e Rony estavam sentados, Hermione sentiu o frio em sua barriga começando a crescer. Harry a recebeu com um sorriso, entretanto Rony que, como sempre, estava focado em sua comida, continuou desse jeito quando viu quem era.

Eu posso tentar... – pensou Hermione mesmo não tendo certeza que era um pensamento correto.

-Bom dia Harry. –disse a menina calmamente e continuou. –Bom dia Rony.
Rony levantou a cabeça devagar, a olhou, riu e abaixou a cabeça de novo.
Hermione quase perguntou o que era engraçado. Ela se sentou ao lado de Gina e de frente para Rony e Harry. Tanto Harry e Gina ficaram sérios quando Rony riu.
E todos comeram calados, ninguém ousou dizer uma palavra por alguns minutos.
Hermione quebrou o silêncio:
-Então Harry, como estão os estudos?
Antes, porém que Harry pudesse falar qualquer coisa, Ronald se levantou bruscamente e começou a sair do salão.
Hermione ficou meio boquiaberta. Mas já que ela resolveu se arriscar...
Ela levantou de seu banco também e começou a correr para alcançar o menino. Ela não sabia o que iria falar e muito menos o que estava fazendo, mas prosseguiu.
Finalmente chegou ao menino, já em frente a escada que havia perto do grande salão.

-Ron!
O menino que não percebera que Hermione tinha seguido-o parou de repente ao ouvir sua voz.
-Ron, será que eu... podia falar com você? –Hermione podia sentir a tensão no ar.

Rony virou para encarar Hermione. Seu rosto estava um pouco vermelho e quando Mione percebeu que suas mãos estavam fechadas em punho, não deu tempo pra acabar de se arrepender de ter ido falar com ele. O ruivo relaxou a mão, mas seu rosto ficou mais vermelho. Hermione não sabia se falava ou se voltava pro salão comunal.
-Eu queria... –Hermione começou, porém logo foi cortada. Rony se aproximou um pouco dela e suas palavras saíram fortes e frias.
-Queria o que Hermione? Pedir desculpas? Pode guardá-las.
A menina ficou congelada alguns segundos, mas falou:
-Por favor, Ron, me ouça.
Como tinha feito alguns momentos atrás, sentado na mesa, ele riu e abaixou a cabeça. Mione novamente ficou confusa, mas então ele se aproximou mais um pouco e à alguns centímetros de seu rosto ele parou.
Ele estava tão perto! Só mais um pouco e seus lábios se reencontrariam. Porém ao invés disso, Ronald pronunciou cada palavra calmamente:
-Eu não quero te ouvir.

Os olhos de Hermione encheram d’água, mas ela não iria chorar pelo menos não na frente dele.
-Você é uma cara de pau, sabia? Como é que você ainda tem coragem de falar comigo, sua mentirosa?
-Eu...
-Falei que eu não quero te ouvir. –disse rudemente.
Com certeza aquilo era um erro. Insistir nisso era um erro e Gina tinha lhe dado o pior conselho que podia. Hermione sentia raiva. Não de Gina, mas dela mesma por se colocar por livre e espontânea vontade nessa droga de situação.
-Babaca – disse ela quase inaudível.
-O que você disse? –Rony perguntou meio surpreso.
-Falei que você é um babaca – Hermione estava começando a explodir.
-Eu?
-É, você. – ela disse e deu um leve empurrão nele, apenas pra aumentar os centímetros de distância entre seus rostos. –Você fica aí agindo feito um idiota, quando tudo o que estou tentando fazer é te pedir desculpas.
-Você tem problemas auditivos? Eu falei que não as quero!
As vozes de ambos estavam bem alteradas e isso chamou a atenção de alguns poucos alunos que passavam.
Eles se encararam em silêncio por alguns segundos.
-Porque você está fazendo isso? – Hermione falou, porém sua voz estava derrotada e ela segurava suas lágrimas com toda sua vontade.
-Pelo amor de Merlin, não me venha com suas lamentações falsas. –ele disse percebendo a água no rosto da menina.
-Que inferno, Ronald, pare de agir desse jeito! – A voz de Hermione aumentara outra vez e uma lágrima rolou, A menina a enxugou rapidamente.
-Eu?! Você pediu por tudo isso!
-Acho que já chega de exagerar, huh?
Rony riu mais uma vez sem humor.
-Não vou ficar aqui discutindo com você. Tenho uma aula.


Depois de dizer isso ele virou as costas para Hermione e começou a subir as escadas, mas logo parou, desceu de novo e se dirigiu à menina que ainda o olhava com um pouco de raiva.
-Outra coisa, me deixa em paz.
Desta vez ele subiu toda a escada e desapareceu deixando Hermione ali sozinha, aliás, com seus expectadores que tinham aumentado um pouco em número.
Mione não queria ter que encarar os olhares daquelas pessoas, mas ela estava cercada e não conseguia se mover e pelo que parecia aquelas pessoas também não.

-Vamos lá, gente! O show acabou! Todo mundo indo pra sua aula.
Hermione se surpreendeu ao ouvir aquela voz irritante e teve que virar pra trás pra confirmar.
O que Lilá estava fazendo ali?
Felizmente as pessoas a ouviram e começaram a sair dali, onde só sobraram Lilá e Hermione que a olhava intrigada.
-Err... obrigada Lilá.
A menina deu um meio sorriso e começou a se afastar, entretanto Hermione disse:
-Porque você...?
-Olha só, não começa a pensar que vamos nos tornar amiguinhas não, ok? Pode tirar seu centauro da chuva.
-Mas eu não...
-Tá, tudo bem eu explico. Só fiz porque era o certo e por que era Rony.

Hermione pensou desde quando ela se importava com o que era certo.
-Então você... quer voltar com ele? –questionou Hermione.
Lilá riu e respondeu:
-Aquele idiota? Você é louca? Como se você não tivesse visto o que o uo... –Lilá parou de falar, bateu o pé no chão e continuou - o que ele fez quando terminou comigo...
-Como você sabia que...?
-Eu só tenho cara de estúpida.
Hermione apenas olhou para a menina que prosseguiu:
-Você tem toda a razão. Ele é um babaca. Além do mais, cansei dele.
Mione arregalou um pouco os olhos e ela continuou com os braços cruzados e com tom de descaso:
-Por mais que você não acredite, é verdade. Ele não me merece. Eu quero encontrar alguém que goste de mim pelo que sou.

Boa sorte com isso, então. –Hermione pensou, mas resolveu não falar, por gratidão.

-Bom, se você não se importa, estou indo pra aula... E uh, dê mais um pouco de tempo pro bobão.
Hermione ia falar, mas se calou. Como é que ela podia lhe dizer isso depois de tudo o que ela presenciou? Ela lembrou que Harry havia lhe dito o mesmo, que Rony precisava de tempo... humpf.

Ela já estava um pouco distante quando Hermione falou:
-Obrigada.
-Tanto faz. –respondeu Lilá sem olhar pra trás.

Quando começou a andar em direção a aula, que infelizmente Rony também ia estar presente, Harry e Gina a alcançaram. Ela contou tudo pros amigos que primeiro ficaram indignados com Rony e depois bastante surpresos com Lilá.

-Merlin! Quem diria que logo a Lilá faria isso. –Gina comentou ainda meio confusa e Harry concordou.
-Pois é, imagina a minha cara. –disse Hermione.

-Hermione, me desculpe – Gina lhe disse.
-E porque exatamente?
-Primeiro por eu ter te sugerido isso e segundo por meu irmão ser um imbecil.
-Você não tem culpa. –falou e lhe deu um sorriso.
-Ah, e eu retiro o que eu disse sobre ele não ser mais um babaca.
Hermione apenas sorriu, gostaria que a amiga não estivesse errada.

As duas se despediram com um abraço
-Hermione, vou levar Gina até a sala dela.
-Ok – respondeu rindo levemente, pois Gina havia murmurado “guarda costas” pra ela.
Hermione finalmente entrou na sala.

-Belo show, Granger.
A menina reconheceu a voz da cobra e nem se deu o trabalho de olhar. Ele e seus capangas riram, mas ela resolveu que não iria dar atenção.
Foi para sua carteira de costume, bem perto do professor e sentou-se.
Rony estava algumas carteiras atrás e nem sequer moveu um músculo quando ouviu a piadinha de Malfoy.
Hermione começou a pegar seu pergaminho e colocar em cima da mesa, mas foi interrompida por Draco que parou bem na sua frente.

-Ah, não acredito! Merlin, o que eu te fiz? – a menina exclamou.

Ela olhou pra trás pra confirmar o que já sabia. Não havia mais ninguém de sua trupe na sala e Malfoy aparentemente não se importava com as outras pessoas que estavam ali. Harry não estava mais na frente da sala com Gina. Provavelmente foi levá-la a sua sala.
Ela virou pra frente de novo e Draco estava apoiado em sua mesa com as mãos inclinando-se em sua direção. Ela chegou pra trás automaticamente.

-O que você quer, idiota? –disse com raiva, jogando o resto de seu material na sua mesa.
-Hey, calminha Granger. Vamos só conversar. A não ser que você queira outra coisa... –o menino soava malicioso.
-Quero sim. Quero que você saia de minha frente, obrigada.
Draco fingiu um desapontamento e depois riu. Hermione rolou os olhos.
-Sabe... –Draco começou a falar e a se sentar ao lado da menina que na mesma hora se afastou. -... se você estivesse comigo, não aconteceria o que aconteceu hoje.
Hermione gargalhou.
-Deixa de ser ridículo, Malfoy.
-Estou falando sério. –Ele disse com um sorriso debochado nos lábios e levou uma de suas mãos para o rosto da menina.
-Se você me encostar eu pego minha varinha.
-Pega a minha se quiser.
Hermione olhou indignada pra ele e tentou lhe dar um tapa na cara, mas Malfoy segurou sua mão.
-Me solta! – a menina exigiu, porém Draco não o fez.
As pessoas na sala ou não ousavam se meter ou fingiam que nada estava acontecendo.
Mione pegou a varinha e apontou pra ele causando riso no menino que finalmente a soltou, mas tentou beijá-la.
-Chega! -Hermione levantou e disse rapidamente. –Petrificus Totalis!
O corpo de Malfoy que já estava na ponta da cadeira, caiu com um baque surdo.

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