As Duas Torres



Capítulo 7 – As Duas Torres (N/A: sim! Eu amo Senhor dos Anéis, tinha que pôr aqui algum título, pena que não achei um que se enquadrasse com As Brumas de Avalon! :/ Mas tudo bem, esse título é baseado nas conversas entre o Neville e a Luna, não em torres, mas em lugares altos)
Um grito.
-Porcaria de computador! Malditos métodos trouxas! Só podem ser zonzóbulos nos meus ouvidos! Porque a resposta do Neville ainda não veio???
Luna estava impaciente: fazia duas semanas que Neville não dava notícias nem respondia seus e-mails. Sim, e-mails. Eles adotaram o método trouxa por quererem preservar as corujas de uma exaustiva viagem, além de que o rapaz muitas vezes se encontrava em companhia de trouxas.
-Merlin, será que aconteceu algo? Ai, Luna Lovegood, se acalma! Ele deve estar… Cruzes! Por mil larvas aquovirentes! O que é isso? – Luna assustou-se com duas águias na sua janela que traziam um baú e muitas folhas de plantas. Correu para ampará-los, alimentou-os e leu um pergaminho preso à perna de uma delas.
“Querida Luna,
Estou com muita saudade. Desculpe não responder por um tempo, mas estive em pesquisas importantes isolado de toda humanidade. Não se assuste, eu estava com seu talismã. Ele sempre me trouxe boa sorte e boas recordações suas.
Mas como você está? Para me desculpar dessa confusão toda, enviei-lhe algo que será útil, assim espero. Quando estava analisando umas plantas, um amigo veio em meu auxílio e me explicou que elas eram usadas em rituais religiosos das tribos daqui, acreditavam que seria para espantar maus espíritos, mas nenhum bruxo acredita. Talvez você conheça essas folhagens e te sirvam para algum amuleto.
Dentro do baú, você já deve ter visto, tem um presentinho para você. É só uma lembrancinha de outra tribo, espero que você goste de colares meio rústicos. Que eu saiba não tem propriedades mágicas neles, o chefe só mandou eu entregar para alguém especial.
Obrigado por tudo mesmo, Luna. Você sempre me ajudou muito, mesmo estando longe. Pena que não tivemos esse contato antes nos tempos de escola. Anseio por essa viagem para ver todos vocês e te agradecer pessoalmente.
Abraço do amigo,
Neville Longbottom
PS: Pode responder pelas águias, elas terão de voltar mesmo.”
-Ai, que lindo, Neville! Só você mesmo, já vou responder.
“Querido Neville,
Muita saudade mesmo. Quase achei que tinha sido atacado por zonzóbulos e que não sabia mais ver esses e-mails! Tu não respondia nunca! Fiquei com medo que algo tivesse te acontecido! Mas já que está bem e deu notícias, está perdoado.
Ah, eu sou quem lhe agradeço pelas folhagens e pelo lindo colar, adorei! E é você quem tem me ajudado, sempre conseguindo ervas e acessórios para a loja. Você é um grande amigo, Neville, também sinto por não ter dialogado tanto contigo antes. Em pouco tempo nos vemos e eu te agradeço direito.
Beijos da amiga,
Luna Lovegood”
Luna sempre que recebia uma carta do seu amigo ia para a cobertura da sua casa pensar. O que talvez ela não sabia era que ele fazia quase a mesma coisa, só que em cima de uma árvore.
-“Mandou eu entregar para alguém especial…” Ai, Merlin, porque ele fala essas coisas e eu fico assim. Porque eu tive de me apaixonar… Minerva, me transfigura numa coruja para eu ir voando vê-lo! – ela pedia para o céu, buscava uma resposta, buscava um milagre, buscava seu amor. – Ainda lembro o dia que ele me avisou que viajaria… Eu já o amava.
-Ela se preocupou comigo! Ela se preocupou comigo! Não acredito! E ela gostou do colar! Ai, porque demora tanto para vê-la. Achei que suportaria no início, mas está sendo mais difícil cada dia. Recordo-me de quando a avisei da viagem, naquele dia eu descobri que a amava de verdade… (N/A: agora virão os pensamentos dos dois se intercalando, o L dentro dos parênteses é de Luna e o N, de Neville).
(L) “Neville me mandou uma coruja, parecia animado. Queria se encontrar comigo para contar uma novidade. Combinamos que ele viria aqui para casa…”
(N) “Ela me convidou para ir até sua casa, Luna e eu sempre fomos mais caseiros, não gostávamos muito de nos encontrar em lugares lotados de gente. Eu estava realmente feliz, apesar de saber que sentiria falta dos meus amigos, o que eu não esperava foi a saudade a qual sentia por ela.”
(L) “Ele tinha chegado! Estava tão nervosa ao abrir a porta… Para variar ele estava todo educado e formal. Fomos até a sala tomar um chá e conversar…”
(N) “Ela atendeu a porta, estava linda na sua simplicidade. A Luna exerce algum poder sobre mim muito estranho, ela faz eu ter vontade de me abrir, conversar sobre tudo, acho que por ela ser uma das poucas que me entende. Fomos tomar seu chá e conversamos…”
(L e N) “-Então, Neville, queria te agradecer por me emprestar sua pesquisa sobre Rosmarinus Officinalis!”
-Que é isso! Não precisa agradecer, Luna.
-Mas conta qual a novidade que te deixou tão sorridente?
-Ah, bem, eu fui contemplado com uma missão da Professora Sprout. – ele sorria, mas estava levemente envergonhado, Neville não gostava de se vangloriar.
-Que legal! Parabéns! – Luna se levantou e foi abraçá-lo.
-Ahn, é que tem mais uma coisa… Bom, essa missão, ela é no Brasil…
-Não diga que você não vai mais com a gente!
-Eu vou, calma, falei com ela sobre isso. Vou ficar dois meses e meio lá na Amazônia e dep…
-DOIS MESES E MEIO? Então você vai em alguns dias?
-Sim, parto em cinco dias… Mas calma, ela deixou eu tirar férias com vocês depois! Portanto não se preocupe!”
(L) “Eu não queria transparecer, mas estava tão aflita! Dois meses e meio sem vê-lo, achei que não suportaria. Ele falou para não se preocupar, mas o máximo que pude fazer foi baixar a cabeça e esconder minha expressão triste. Mas acho que ele notou…”
(N) “Nunca pensei em magoar Luna, não sabia que ela reagiria assim: simplesmente baixou o rosto, tentando esconder, mas eu notei o olhar de mágoa. Foi nesse momento que eu vi o quanto a amava, que caiu a ficha que não a veria por um bom tempo, um pavor imenso tomou conta de mim. Decidi-me pelo menos não abandoná-la triste, levantei-me e fui até ela…”
(L e N) “-Luna – Neville pôs suas mãos nos ombros dela – Não fica assim! Eu realmente queria te ver feliz compartilhando minha alegria. Eu não quis te magoar.
-Você não me magoou, Neville, eu só estou assim porque… Vou sentir sua falta…
-Eu também vou, e muito, será um longo tempo longe de você, isso vai ser uma prova de força para mim, mas eu queria sair daqui vendo você sorrir. – ela sorriu, ele também. – Prometo te escrever sempre que der!
-Mas coitadas das corujas! É uma longa viagem…
-Hmm verdade e parece que vou estar entre tribos não-bruxas alguns dias… Então eu vou usar um método trouxa para falar com a Sprout, graças ao professor de Estudo dos Trouxas conhecemos um tal de e-mail. Envia a mensagem na hora para a outra pessoa, eu peço para ele criar um para você, mas tem um problema… Você precisa de um comp, compu…computador!
-Ah sim, meu pai já comentou sobre essas máquinas… Vou dar um jeito de consegui-la!
-Certo, mas agora eu tenho de voltar para Hogwarts! Foi ótimo te ver Luna! Vamos combinar algo antes de eu viajar, certo? Obrigado por tudo. Vou sentir muito sua falta! – ele a abraçou.
-Eu também, Neville! Vamos nos ver antes sim! Eu sou quem agradeço pela força e confiança! Até mais!”
-É… Foi um dia meio triste, mas o Neville sempre me fez muito feliz. – ela suspirava. – Ai, está escurecendo, amanhã tem muita coisa para arrumar…

-Foi bom vê-la sorrindo… E poder abraçá-la… Só mais um pouquinho, Luna, e já nos revemos…

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