N'A Toca



Hermione entrou pela cozinha, que estava vazia e foi direto para o quarto de Rony. Ela bateu na porta.
- Entra – respondeu a voz do ruivo.
Ele continuava olhando pela janela, pensativo.
- Rony, posso falar com você?
Ao ouvir a voz dela ele se virou.
- Mione! Pensei que fosse o Harry.
- É por causa dele que eu estou aqui... – Ela respirou fundo. – Por causa dele e da Gina.
- Ah, Hermione se fosse veio me dizer que eles estão juntos, não perca seu tempo.
- Você já sabe? – perguntou ela, entre a surpresa e o alívio.
- Por favor, eu não sou idiota. – Ele deu uma risadinha irônica. – Que engraçado, o Sr. Potter me passa o maior sermão e depois pede pra você vir me contar.
- É que ficamos preocupados, que você não entendesse. Posso dizer a eles que está tudo bem então?
- Eu vou com você.
Os dois saíram do quarto e foram para o jardim, onde ainda estavam Harry e Gina.
- Rony!
- Muito bonito, Harry! Por que você não me disse?
- Ah, Rony, não começa! – interveio Gina.
- Tudo bem, se você tem que ficar com alguém então que seja com o Harry, assim eu posso vigiá-los de perto, mas que fique bem claro: nada de agarramentos por aí!
- Valeu, Rony – disse Harry.
Rony foi para dentro sem dizer mais nada.
- Quem ele pensa que é? – perguntou Gina, indignada.
- Poderia ter sido pior – disse Hermione – pelo menos ele já sabe. Quando vão contar aos outros?
- Eu sei quando! Esperem por mim, eu vou falar com a mamãe – disse Gina, correndo em direção à porta.

- E aí, o que foi fazer? – perguntou Harry, quando Gina voltou dez minutos depois.
- Eu pedi à mamãe que fizesse um jantar especial – respondeu ela.
- Pra quê? – perguntou Hermione.
- Pra sua despedida. E nesse jantar Harry e eu podemos comunicar a todos que estamos namorando.
Já fazia alguns meses desde que a batalha em Hogwarts havia acontecido. É claro que ninguém jamais esqueceria daquela tragédia, mas todos estavam dispostos a continuar na luta e não se deixar abater. O Sr. e a Sra. Weasley ficaram felizes em receber os pais de Hermione para o jantar, o Sr. Weasley muito animado com a idéia de receber trouxas em sua casa, já pensando nas perguntas que queria fazer aos pais de Hermione.
Como todas as vezes que havia uma festa n’A Toca, a Sra. Weasley distribuiu tarefas a todos. A semana passara depressa, todos ocupados com os preparativos. Jorge ajudou o pai a desguinomizar e limpar o jardim, Harry e Rony colocaram a mesa e as cadeiras no jardim já arrumado e Gina e Hermione ajudaram a Sra. Weasley com os pratos.
- Está tudo pronto para amanhã, Molly? – perguntou o Sr. Weasley na noite anterior enquanto jantavam.
- Está sim, querido – respondeu ela. – A que horas seus pais vão chegar , Hermione?
- Eu acho que no fim da tarde, depois que meu pai voltar do trabalho – respondeu a garota.
- E como está o trabalho no Ministério, Sr. Weasley? – perguntou Harry.
- Tudo tranqüilo. Estamos criando novas seções e contratando gente nova, já que muitos dos nossos antigos funcionários se aposentaram. Por que você não tenta uma vaga na seção de aurores, Harry?
- E o senhor acha que eu consigo?
- Por que não pergunta ao ministro?
- Kingsley?
- Ele vem jantar conosco amanhã, é uma boa oportunidade. E como está o movimento na loja, Jorge?
- Muito bom. As pessoas sentem falta do Fred, mas Rony tem me ajudado muito.
- Fico feliz, meu filho – disse a Sra. Weasley, abraçando Rony. – Temos que apoiar uns aos outros. Ela saiu da cozinha com a desculpa de buscar as sobremesas, mas Harry sabia que ela ficava triste sempre que falavam de Fred. Era difícil se acostumar com a idéia de que ele não ia voltar, que não o encontrariam mais na Gemialidades Weasley.
Desde que haviam se recuperado do choque e Jorge havia decidido reabrir a loja, pois sabia que o irmão aprovaria tal decisão, Rony passou a ajudá-lo a comprar e preparar o material, além de atender na loja. Quando os dois estavam em casa, passavam a maior parte do tempo no quarto de Jorge, que continuava servindo de depósito.
Harry, Hermione e Gina passavam o dia ajudando a Sra. Weasley nas tarefas de casa. Harry achou que A Toca nunca se manteve tão arrumada por tanto tempo. Aos poucos as coisas foram voltando ao normal. Carlinhos voltou para a Romênia e Percy voltou a viver n’A Toca. Enfim as coisas ruins haviam ficado para trás e surpresas viriam pela frente.
- Eu vou sentir muito a sua falta, Mione – disse Gina, sentada em sua cama aquela noite depois do jantar. – Eu me acostumei a ter você aqui, como se fosse minha irmã mais velha.
- Também vou sentir sua falta, Gina – disse Hermione, largando-se na cama da amiga. - E dos seus pais, do Harry e... do Rony.
- Ele ainda não falou com você sobre...?
- Quer saber, ele nem vai falar; parece que evita tocar no assunto.
- Meu irmão é muito tímido.
- Engraçado, com a Lilá ele não era nem um pouco tímido! – disse Hermione, visivelmente irritada.
- Eu me lembro – disse Gina, se divertindo ao ver a amiga com ciúmes.
- Gina, do que está rindo? Se fosse o Harry você não iria gostar.
- Desculpa. Olha, Mione, o que acontece é que com a Lilá era diferente.
- Diferente por quê? Ele não tinha vergonha de andar agarrado com ela diante de toda a Hogwarts!
- Era diferente porque ele não gostava realmente dela, gostava? Hermione, o Rony gosta de você, sempre gostou. O problema é que ele é meio inseguro, Harry diz que ele tem medo que você dê um fora nele.
- Eu não acredito, está falando sério?
- É, eu to sim.
Hermione levantou da cama de um pulo e foi em direção à porta, decidida.
- Mione, aonde você vai?
- Falar com o Rony, resolver essa situação.
Gina pulou da cama e alcançou à amiga no corredor.
- Você ficou louca? Vamos voltar para o quarto, quer acordar todo mundo?
- Mas, Gina...
- Amanhã você resolve isso, agora vamos dormir.
Ela arrastou Hermione para o quarto e encostou a porta.

N. da A.

Esse é um capítulo explicativo, importante para entender o que vem a seguir. Então continuem lendo e comentem.

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