Finalmente juntos
Na pista de dança, Sirius corria novamente o olhar pelas mesas, procurando por Isabelle, mas não a estava vendo em lugar algum. Ele dançava com Annelise, mas não estava prestando a menor atenção ao que estava fazendo. Havia beijado a corvinal, mas aquele beijo que ele desejara por tanto tempo não teve o sabor que havia imaginado. Enquanto beijava Annelise, ele se viu desejando encontrar nos lábios dela o gosto do beijo de Isabelle, e quando abriu os olhos, se viu desejando encontrar os olhos azuis da amiga, e o sorriso dela, e só então percebeu o erro enorme que havia cometido. Não era Annelise quem ele queria, era Isabelle! A garota tímida, debochada, corajosa e nervosinha, com quem ele brincava e brigava, era com ela que Sirius queria estar. Mas Isabelle não estava em lugar nenhum no Salão, ele olhava para todos os lados, mas não a via em parte alguma.
Ele se lembrou de quando brigaram por causa de Marlene, e de como ela havia reagido quando ele comentou sobre uma corvinal com quem havia ficado, e do que dissera sobre a pessoa de quem gostava.
“- Ele não gosta de mim. Não desse jeito.”
“- Eu... não sei o que aconteceria se eu contasse pra você.”
Merlin! Como podia ter sido tão cego!
- Anne... desculpa, – disse Sirius, hesitante – mas... eu tenho que... fazer uma coisa. E...
- Pensei que você não fosse perceber nunca, Sirius. – disse a corvinal, para a surpresa do Maroto.
- O quê? – perguntou ele, fitando-a de cenho franzido.
- Vai logo ficar com ela, Sirius! – disse Annelise, rindo – Ela já esperou por tempo demais. Vai!
Sirius deu um beijo leve nos lábios da corvinal, e saiu atrás da amiga. Tinha que encontrá-la, tinha que dizer o que estava sentindo, e mais do que isso, tinha que saber o que ela sentia. Avistou Lilian e Tiago, sentados à mesa que dividiam com os demais para descansar um pouco, e correu até onde eles estavam.
- Lily, cadê a Bell? – perguntou ele, nervoso – Eu preciso falar com ela!
- Você, você, sempre você! Você consegue ser mais egoísta e insensível ou já chegou ao seu limite, Sirius? – perguntou a ruiva, furiosa – Ela já arrumou o seu par, o que mais quer que ela faça?
- Ei, calma, Lily! – disse Tiago – O que foi que te deu?
- O que foi que me deu? – perguntou Lilian – Eu tô me sentindo péssima, porque a minha melhor amiga tá lá fora, chorando, de novo, por alguém que não merece nenhuma daquelas lágrimas, e eu tô aqui, sem poder fazer nada!
- Chorando? – perguntou Sirius – Lily...
- Ela ama você, Sirius! – disse a ruiva – Ama tanto que abriu mão de vir com você, pra que você pudesse estar com quem queria estar! Mas foi demais pra ela ter que ver você beijar a Anne!
- Onde ela tá, Lily? – perguntou Sirius – Onde?
- No jardim. – respondeu Lilian – O que vai fazer? – perguntou ela, ao ver Sirius começando a ir em direção à saída do Grande Salão.
- Consertar um erro! – gritou o Maroto, já meio distante.
Ele saiu andando rápido rumo aos jardins, sem nem ver os diversos casais que namoravam pelos corredores. Chegou aos jardins, olhando em todas as direções à procura de Isabelle, nervoso por não a estar vendo em parte alguma. Encontrou-a, finalmente, recostada em uma das colunas de pedra, olhando para o céu. Ela estava linda à luz da lua, mas estava chorando! Apesar da luz fraca, Sirius pôde ver as lágrimas escorrendo pelo rosto delicado da morena, e sentiu um aperto no peito por saber que era a causa do choro dela. Isabelle observava o céu noturno, as estrelas, Sirius, a mais brilhante de todas, Adhara, a estrela que era dela, e a lua crescente, que parecia sorrir-lhe do alto. Assustou-se ao ouvir a conhecida voz de Sirius, vinda do lado do castelo.
- Procurei você lá dentro e não achei...
- Oh! – fez ela, e virou o rosto, tentando esconder as lágrimas.
- Eu já vi. – disse Sirius.
- Sirius, eu... – começou a morena.
- Você disse... – interrompeu Sirius – você prometeu, que se eu descobrisse quem era “ele”, você não ia mentir.
Isabelle o fitou, sem falar nada. Sem tirar seus olhos dos dela, Sirius voltou a falar, muito sério.
- Eu sou “ele”, não sou? – perguntou ele. Isabelle continuou a encará-lo, muda.
- É. – disse ela, por fim, desviando o olhar – É você.
- Por que você nunca disse nada? – perguntou o Maroto – E por que me deixou vir com a Anne, se sabia que ia machucar você?
- Eu tive medo. – respondeu Isabelle, ainda olhando para o jardim. Preferia encarar um basilisco a ter que olhar nos olhos dele. – Medo de estragar nossa amizade, de perder você totalmente. E quanto a hoje... era com ela que você queria vir, Sirius, – disse ela, triste – não comigo.
- Não. – disse Sirius, e Isabelle o encarou – Eu pensava que queria vir com ela, mas eu estava errado. Enquanto tava dançando com a Anne, descobri que queria estar com outra pessoa.
- Com quem? – perguntou a morena.
- Com você. – respondeu ele, começando a se aproximar.
- Comigo? – perguntou Isabelle, confusa – Mas, Sirius...
- Você nunca vai me perder. – disse ele, interrompendo-a – Nunca. Porque eu amo você. Amo cada pedacinho de você. Amo esse seu nariz arrebitado, e as suas mãos, amo seus olhos, seu sorriso e a sua risada, e tudo mais o que é seu.
Isabelle, que continuava encarando-o, sentiu como se até mesmo a brisa houvesse parado de soprar naquele momento, como se também desejasse ouvir as palavras dele, e junto com ela, seu coração parecia ter parado de bater por um instante.
- Eu amo você, – repetiu Sirius, terminando de se aproximar de onde ela estava – mas fui cego demais pra perceber isso antes.
- Sirius... – começou Isabelle, ainda chocada com a revelação feita pelo garoto, mas foi mais uma vez interrompida.
- Diz que a Lily tava errada. – pediu Sirius, angustiado – Diz que não é tarde demais. Por favor, diz que não é tarde demais.
Isabelle não conseguia falar, ela olhava para Sirius como se ainda estivesse assimilando a informação. Depois de alguns minutos em silêncio, ela finalmente encontrou sua voz para responder.
- Eu tentei, juro que tentei, de várias formas esquecer você, tirar você do meu coração. – disse a morena, os olhos cheios de lágrimas – Mas nada adiantou, foi tudo em vão. Eu continuo amando você, com cada pedacinho de mim, cada mínimo pedacinho de mim.
- Isso é tudo o que eu precisava ouvir.
Sirius beijou Isabelle, e a garota correspondeu ao beijo, enlaçando o pescoço dele enquanto, com a mão, percorria os cabelos morenos. Depois do longo beijo, os dois ficaram ali alguns segundos, testas coladas, narizes encostando um no outro. Isabelle mantinha os olhos fechados, e sua respiração ainda estava irregular.
- Desculpa ter demorado tanto pra enxergar você. – pediu Sirius – E por ter magoado você tanto, e por tanto tempo.
- Shhh... – fez Isabelle – isso já passou.
- Não. Eu magoei você demais, Bell.
- Já passou. – repetiu a morena – Você está aqui agora. É só o que importa. – disse ela, e Sirius assentiu com a cabeça.
- Dança comigo? – convidou ele, que também continuava de olhos fechados.
- Não tem música! – argumentou Isabelle.
- E daí? – perguntou o Maroto.
Ele enlaçou-a pela cintura, fazendo com que ela se arrepiasse inteira, e a puxou mais para perto. Ela colocou os braços novamente ao redor do pescoço dele, e os dois começaram a dançar.
- Tá sentindo falta da música? – perguntou Sirius.
- Um pouco. – respondeu Isabelle.
- Quer que eu cante pra você? – perguntou o Maroto – Minha voz não é tão boa quanto a sua, mas...
- Seu bobo! – disse a morena – Eu quero. Quero sim. – disse ela, e ele começou a cantar baixinho.
I'm not a perfect person
There's many things I wish I didn't do
But I continue learning
I never meant to do those things to you
And so, I have to say before I go
That I just want you to know
I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new
And the reason is you
Isabelle podia sentir o perfume dele, misturado com o peculiar cheiro de canela, tão de perto, tão embriagador... Ela fechou os olhos, seus dedos passeavam devagar pelo peito do garoto, enquanto sentia o calor da mão dele em sua cintura. Sirius sentia o corpo da garota tão próximo ao seu, ouvia a voz dela, cantando baixinho junto com ele, sentia os dedos dela explorando seu peito, e o perfume... o perfume de jasmim que era só dela.
I'm sorry that I hurt you
It's something I must live with everyday
And all the pain I put you through
I wish that I could take it all away
And be the one who catches all your tears
That's why I need you to hear
I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new
And the reason is you
And the reason is you
And the reason is you
And the reason is you
Jasmim. Era esse o perfume de Isabelle. Jasmim era uma flor. A Amortentia tinha cheiro de flor. Tinha cheiro de... jasmim! Por isso ele sabia que já conhecia aquele cheiro, ele o havia sentido na véspera daquela aula, enquanto dançava com Isabelle na festa de Tiago. Sua poção tinha o perfume dela, o perfume de Isabelle.
- Eu senti o seu perfume... – disse Sirius – naquela vez em que tivemos que preparar a Amortentia.
- O quê? – perguntou Isabelle, olhando para o garoto.
- Eu senti esse cheiro na minha poção. – repetiu ele – Cheiro de jasmim.
- Eu também senti o seu. – confessou a morena.
- Foi por isso que saiu correndo daquele jeito? – perguntou Sirius.
- Foi. Eu... não sabia o que pensar... – respondeu ela, desviando o olhar.
- E eu não me dei conta do que aquilo significava. – disse Sirius, como que pensando alto.
- O quê? – perguntou Isabelle.
- Que eu já tava me apaixonando por você. – respondeu Sirius, olhando para ela.
Isabelle voltou a se aconchegar no peito dele, e os dois continuaram dançando, no silêncio. Eles ainda continuaram assim por um longo tempo, até que Isabelle, lembrando-se de onde estavam, e do que estava acontecendo no interior do castelo, afastou-se do Maroto.
- Que foi? – perguntou Sirius, confuso.
- A festa! – disse Isabelle.
- O que tem? – perguntou ele – Você quer voltar pra lá?
- Não. Quer dizer... não é isso. – respondeu ela, meio aturdida – É só que... você deixou a Anne lá, e...
- Você vai voltar comigo? – perguntou Sirius.
- Eu... não tô com muita vontade de voltar... – disse Isabelle.
- Então eu também não vou. – disse o garoto, encarando-a.
- Mas, Sirius, e a Anne?
- Ela sabe que eu vim atrás de você. – respondeu ele – Eu só preciso pegar o meu casaco, minha varinha tá no bolso. Faz o seguinte, me espera aqui, não sai daqui, eu vou lá dentro e volto já.
- Tá bom. – concordou Isabelle – Mas... não demora. – pediu ela, meio encabulada.
- Não vou desperdiçar mais nenhum minuto longe de você. – disse ele, beijando-a – Ah, já que não vamos mais voltar pra festa, tem uma coisa que eu tô louco pra fazer. – disse ele, fitando-a com um sorriso.
- O quê? – perguntou Isabelle.
- Isso. – respondeu ele, soltando o coque que ela usava, e fazendo com que os longos cabelos caíssem pelas costas da garota – Já volto.
Isabelle fez o que o garoto havia pedido, enquanto Sirius corria de volta ao Grande Salão, e depois de falar rapidamente com Tiago, apanhava seu casaco e abandonava a festa. Sempre correndo, ele voltou ao jardim para encontrar Isabelle. A visão que teve ao chegar foi linda. A garota havia tirado as sandálias, e andava descalça na grama, o longo vestido arrastando no chão, e os cabelos soltos, ondulando com a brisa. Ela tinha os olhos fechados, e o rosto erguido para o céu, e sorria.
Ele aproximou-se lentamente, e a abraçou pelas costas. Ela abriu os olhos e virou-se para encará-lo. Sirius beijou-a novamente, um beijo longo e doce.
- Gosto de canela... – murmurou Isabelle, sem querer.
- O quê? – perguntou Sirius.
- Você. Tem gosto de canela. – respondeu a garota.
- Ah! Tabletes de canela, da Dedosdemel. – explicou o Maroto – Sou viciado neles. Você não gosta?
- Gosto. Eu senti... na primeira vez em que nos beijamos, por causa do Smith, lembra? – perguntou a morena, e Sirius assentiu – Desde aquele dia, toda vez que eu sentia o cheiro, ou o gosto de canela, lembrava de você.
- Meu beijo é inesquecível. – brincou Sirius.
- Convencido! – disse a garota, rindo, e dando um tapinha no braço dele – Pra onde vamos agora? Pra torre?
Sirius concordou, e os dois foram então para a torre da Grifinória. Lá chegando, encontraram o salão comunal já vazio, e sentaram juntos em um dos sofás.
- Não sei se é uma boa idéia ficarmos aqui, Sirius. – disse Isabelle, depois de um longo beijo – Pode chegar alguém...
- Ah, minha menina recatada. – disse Sirius, brincalhão – Eu pensei em convidar você pra subir comigo, mas achei que você não ia querer ir.
- Demorei muito pra poder ficar com você. – disse a morena – Hoje eu vou pra onde você me levar.
Os dois então subiram para o dormitório masculino. Sirius fez as honras, abrindo a porta para que Isabelle entrasse no quarto.
- Bem vinda ao dormitório masculino do sétimo ano da Grifinória. – disse ele, fazendo pose – Ou, como o Frank costumava chamar, o QG dos Marotos.
- Até parece que eu nunca entrei aqui... mas mesmo assim, muito obrigada. – disse Isabelle, rindo, enquanto passava pela porta – Caramba, que bagunça!
- Só um instante.
Sirius sacou a varinha, e com apenas alguns acenos e meia dúzia de feitiços, o quarto ficou um pouco mais organizado. Eles se dirigiram até a cama do Maroto, onde deitaram juntos, e ficaram namorando durante um bom tempo.
- No fim você não me disse o que significa a tatuagem nas suas costas... – comentou Sirius.
- A flor de lótus representa a alma. – explicou Isabelle – E cada um dos símbolos é uma virtude.
- Hmm... – fez o Maroto – Quais?
- Amor, fé, força, amizade, equilíbrio, determinação e sensibilidade. – enumerou ela.
- Legal mesmo. – disse Sirius.
- Ai, tô com uma preguiça de ir pro dormitório... – disse Isabelle – Tá tão gostoso ficar aqui com você.
- Então não vai. Fica aqui. – disse Sirius – Põe uma roupa minha e dorme aqui comigo.
- Eu... não sei... – disse a garota, em dúvida.
- Fica... – pediu Sirius, com sua melhor cara de cachorro abandonado.
- Tá bom! – concordou Isabelle – Separa uma roupa pra mim?
- Tá. – disse Sirius, já levantando-se da cama – Uma calça e uma camiseta.
- Calça? – perguntou Isabelle – Não tem um short? Tá tão calor...
- Eu tenho. – respondeu Sirius – Mas não quero marmanjo chegando e olhando pras suas pernas.
- Ciumento, é? – perguntou Isabelle, rindo.
- Não. – negou Sirius – Cuidadoso.
- Mas é só fechar o reposteiro e pronto. – argumentou a garota.
- É que... não é só por isso, Bell... – retrucou o Maroto.
- Ah... – fez ela, compreendendo o que ele quisera dizer – Ok, uma calça, então.
Sirius separou as roupas para Isabelle, e ela foi até o banheiro para tomar um banho e se vestir, aproveitando para prender os cabelos em uma trança.
- Que tal meu disfarce de menino? – perguntou ela, ao sair do banheiro. As roupas de Sirius haviam ficado enormes no corpo esguio da garota.
- Se você fosse um cara, acho que eu ia virar a mão. – brincou Sirius, que deitava novamente na cama. Ele havia ido até o quarto ao lado e tomado um banho também.
- Pára, Sirius, que besteira! – repreendeu Isabelle, embora estivesse rindo.
- Tá bom! – concordou o Maroto – Vem, deita aqui comigo.
Isabelle voltou a deitar-se na cama junto com ele, acomodando-se confortavelmente nos braços do Maroto. Depois de mais algum tempo de namoro e conversa, ela abriu um enorme bocejo.
- Com sono? – perguntou Sirius.
- Aham.
Os dois ficaram um tempo em silêncio, e Sirius, que acariciava os cabelos da morena, chegou a achar que ela havia adormecido. Ele preparava-se para fechar o reposteiro da cama quando a ouviu falar baixinho.
- Eu não queria dormir...
- Por que, Bell? – perguntou o garoto, sem entender.
- Tenho medo... – resmungou Isabelle.
- Medo de quê? – perguntou Sirius, surpreso.
- De acordar amanhã de manhã, na minha cama, e descobrir que foi tudo um sonho. – respondeu a garota, baixinho.
- Ei, olha pra mim. – pediu Sirius, e Isabelle ergueu o rosto para encará-lo – Isso parece um sonho? – perguntou ele, beijando-a de leve.
- Não. – respondeu a morena.
- E isso? – perguntou ele, beijando-a novamente, um beijo mais longo e profundo.
- Não. – repetiu ela.
- Sabe por quê? – perguntou o Maroto, e Isabelle negou com a cabeça – Porque não é um sonho. Você tá acordada, e eu também, e você vai dormir aqui comigo, e vai acordar aqui comigo amanhã de manhã.
Isabelle não disse mais nada, apenas aconchegou-se mais ao peito de Sirius, que a abraçou com mais força.
- Pode dormir tranqüila. – disse ele, beijando o topo da cabeça dela, que, de fato, adormeceu logo em seguida, com a cabeça no peito do Maroto.
Sirius ainda demorou um pouco para adormecer, e logo depois que isso aconteceu, Remo chegou ao dormitório, exausto. Ele havia deixado Bárbara ao pé da escada do salão comunal dela, na torre oeste, e depois, apanhara todos os atalhos possíveis para chegar o mais rápido possível à torre da Grifinória. Viu o cortinado da cama do amigo fechado e estranhou, pois estava bastante calor, mas, cansado, não deu maior atenção ao fato, indo tomar um banho rápido e depois caindo na cama, pegando no sono quase imediatamente.
Cerca de uma hora depois, chegaram Tiago e Pedro. Viram Remo, dormindo todo torto em sua cama, e também estranharam o fato de que o cortinado da cama de Sirius estivesse fechado com todo o calor que fazia.
- Tem alguma coisa errada aqui. – disse Pedro, enquanto tentava, sem sucesso, abrir as cortinas da cama do amigo – Não dá pra abrir, parece que tem algum feitiço...
- Hmmm... – fez Tiago, pensativo – Tive uma idéia, vamos dar uma olhada no Mapa.
Ele pegou o Mapa do Maroto na gaveta de seu criado-mudo, dando um tapinha com a ponta da varinha no pergaminho em branco.
- Eu juro solenemente não fazer nada de bom.
Finas linhas de tinta se espalharam em todas as direções, formando o mapa do castelo. Os dois procuraram então a torre e o dormitório, ficando extremamente surpresos com o que viram no Mapa. Ao lado dos pontinhos que os representavam, haviam outros dois, praticamente superpostos, intitulados S. Black e I. Charmant.
- A Charmant!? – disseram os dois, ao mesmo tempo.
Remo resmungou em seu sono, e virou-se para o outro lado. Dentro do cortinado, Isabelle se moveu, incomodada, e Sirius acordou, ouvindo a voz dos amigos do outro lado da cortina.
- A Charmant dormiu com o Sirius? – perguntava Tiago, incrédulo.
Sirius abriu uma fresta no cortinado, vendo os dois amigos ainda ao lado da cama, se entreolhando com expressões de surpresa.
- Será que vocês podem calar a boca? – perguntou ele, em voz baixa.
- Almofadinhas! – exclamou Tiago – O que a Charmant tá fazendo aí?
- Shhh! Você vai acordar ela!
Isabelle respirou fundo e voltou a se mover. Sirius olhou para ela, e após certificar-se de que a garota continuava dormindo, voltou a fitar os amigos.
- Mas o que ela tá fazendo aí? – insistiu Tiago.
- Plantando mandrágoras, Pontas. – respondeu Sirius, irônico – Dormindo, né?
- Com você? – perguntou Pedro.
- Não, com o Ranhoso. – disse Sirius – Mas vocês só estão fazendo pergunta idiota!
- Tá, tá, nervosinho! – disse Tiago, erguendo as mãos – Mas amanhã você vai nos dar algumas explicações, ouviu?
- Ah, quer saber? Cala a boca e vai logo dormir, Pontas! – disse Sirius, em voz baixa, fechando novamente o cortinado e logo voltando a dormir.
N/A: olha eu aqui de novo. Mais um capítulo fresquinho. O penúltimo da nossa história. Ain, o fim tá me deixando down. Mais uma vez, OBRIGADA de verdade a todo mundo que tá lendo. Espero que gostem do capítulo de hoje.
P.S.: tá aí a música que o Six canta pra Isa. “The Reason”, do Hoobastank.
Eu não sou uma pessoa perfeita
Tem tantas coisas que eu gostaria de fazer, mas não fiz
Mas eu continuo aprendendo
Eu não pretendia fazer aquelas coisas com você
E então eu tenho que dizer antes de ir
Que eu apenas quero que você saiba
Eu encontrei uma razão para mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão para começar de novo
E a razão é você...
Eu sinto muito ter te magoado
É algo que eu devo conviver todos os dias
E toda a dor que eu te fiz passar
Eu gostaria de poder retirá-la completamente
E ser aquele que apanha todas as suas lágrimas
É por isso que eu preciso que você escute
Eu encontrei uma razão para mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão para começar de novo
E a razão é você...
E a razão é você...
E a razão é você...
E a razão é você...
Beijos!!!
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