A rotina recomeça
O dia seguinte amanheceu nublado e bastante frio. Como de hábito, Lilian e Isabelle foram as primeiras grifinórias a chegar ao Grande Salão, mas logo em seguida começaram a chegar os demais alunos, entre eles, os Marotos. No caminho até a mesa, uma sextanista da Corvinal veio falar com Tiago, enquanto uma de suas amigas voava no pescoço de Sirius, e outra dizia algo no ouvido de Remo, fazendo-o corar.
- Tiago... ouvi um boato por aí, e não pude acreditar... – disse a garota, toda melosa.
- Ah, é? Que boato? – perguntou Tiago, sem parar de andar.
- Que você tá com a Evans. – respondeu ela, olhando com expressão de nojo para Lilian, sentada à mesa da Grifinória.
- Ah, então não é boato. – disse Tiago, deixando a garota para trás e indo na direção em que estavam as meninas.
- Mas... mas... – balbuciou ela, mas ele já não a ouvia.
- Bom dia, meninas! – cumprimentaram os Marotos, acomodando-se.
- Bom dia! – responderam as duas.
Tiago sentou ao lado de Lilian, em quem deu um beijo discreto. Mesmo assim, a ruiva ficou tão vermelha quanto seus cabelos.
- Acho que ainda vai levar um tempo pra eu me acostumar com isso... – comentou ela.
- É, acho que sim. – concordou Tiago – Mas eu não me importo com isso. Você fica uma gracinha quando tá encabulada assim, sabia?
- Pára, Tiago! – retrucou a ruiva, dando um tapa de leve no braço do garoto, e ficando ainda mais vermelha, se é que isso é possível.
- E ela não perde a mania de me bater... – disse Tiago, brincalhão.
Lilian o fitou, fingindo estar zangada e ele beijou-a novamente.
- Ah, dá pra vocês dois pararem com isso? – perguntou Isabelle – Daqui a pouco vou ficar tão nauseada com essa melação toda, que nem vou conseguir tomar meu café! – disse ela, arrancando risadas dos demais colegas.
- Ih, Isa, isso tá parecendo inveja... – disse Emmeline, de brincadeira.
- Ha, ha. – fez Isabelle – Muito engraçado, Line.
- Eu concordo com a Charmant. – disse Sirius, ainda sorrindo – Me passa a geléia, ruivinha?
- Ei! Olha a intimidade, pulguento! – disse Tiago, fingindo estar bravo.
- Calma, veadinho! – disse Sirius, erguendo as mãos, em sinal de rendição.
- É cervo. CERVO. – disse Tiago.
- É cervo, o quê, Tiago? – perguntou Lilian, enquanto alcançava a geléia para Sirius – Vejo sempre você dizendo isso, mas não entendo o porquê!
- Desculpa, minha ruivinha – disse Tiago, encarando Sirius – mas isso é segredo de Maroto. Se eu contar, vou ter que matar você.
- Ah, meu Merlin! – exclamou Lilian – Eu achando que tinha encontrado o namorado perfeito, e agora descubro que ele tem tendências assassinas! – brincou ela.
- Namorado perfeito, é? – perguntou Tiago, convencido.
- Ih, Lily, ferrou! – disse Remo – Agora o ego dele vai às alturas.
- Como você tá pálido, Remo! – comentou Emmeline.
- É, e não tá comendo quase nada também. – acrescentou Alice.
- Ahn... eu... tô meio sem fome... – disse Remo, hesitante.
- Ahn... vamos pra aula, gente? Tá quase na hora. – disse Isabelle, para desviar a atenção das meninas. Remo sorriu em agradecimento.
- É, você tá certa. – concordou Lilian – Vamos nessa?
O grupo se levantou e começou a andar em direção à saída do Grande Salão. Isabelle segurou Lupin pelo braço.
- Hã? O que foi, Isa? – perguntou ele.
- Come. – disse ela, pegando duas torradas e colocando-as na mão do garoto.
- Mas... – começou ele, mas foi logo interrompido.
- Nada de mas. – disse ela, em tom de quem não aceita contestação – Você nem tocou no café. Come tudo.
- Tá bom! – disse ele, resignado, começando a comer enquanto andavam em direção à saída.
Eles alcançaram os amigos logo adiante, no corredor, e todos se dirigiram às masmorras, para uma aula de Poções.
A aula do Prof. Slughorn foi bastante interessante, mas acabou por ser encerrada antes do horário, depois que o caldeirão de um dos alunos da Lufa-Lufa explodiu, cobrindo ele e vários colegas com a poção inacabada, e fazendo-os irem todos para a Ala Hospitalar, inchados como balões, nas partes do corpo atingidas pela poção. Depois do desastre nas masmorras, sobrou tempo para os alunos da Grifinória irem até a torre e deixarem seu material de Poções, antes de irem para uma aula dupla de Transfiguração.
- Hoje continuaremos nosso conteúdo de Transfiguração Humana. – disse a professora Minerva – Façam uso, preferencialmente, de feitiços não-verbais. Mas antes da prática, copiem, por favor, o que está no quadro negro.
Após alguns minutos em que somente o ruído das penas arranhando pergaminho pôde ser ouvido, os alunos começaram as tentativas de pequenas alterações em suas aparências físicas.
- Isso é moleza! – disse Tiago, que logo tinha os cabelos louros.
- Olha só o Tiago, Lil! – disse Isabelle.
- Nossa! – admirou-se a ruiva – Que máximo!
- Muito bem, senhor Potter. Dez pontos para a Grifinória. – disse a professora McGonagall, satisfeita.
- Eu vou tentar algo um pouco menor. – disse Isabelle, fechando os olhos. Quando ela os reabriu, estavam negros como os de Sirius.
- Uau, Isa! Você fica muito diferente com os olhos dessa cor! – comentou Emmeline.
- Quero ver. – disse Isabelle, conjurando um espelho – É não é que ficou bom? Adorei!
- Ei, Charmant?!
Isabelle virou-se para onde estava Sirius, que agora tinha os olhos tão azuis quanto os dela eram naturalmente.
- Belos olhos. – disse ele, sorrindo.
- Os seus também não estão nada mal – respondeu a garota, também sorrindo, e fechando os olhos, para logo em seguida reabri-los, ambarados como os de Remo.
Lilian olhava de Isabelle para Sirius, com uma expressão confusa; Marlene fazia o mesmo, mas seu rosto demonstrava ciúme e um pouco de raiva.
- Lil, você conseguiu! Olha! – disse Isabelle, passando o espelho para a amiga, que agora tinha os longos cabelos em um tom de castanho claro.
- Legal! – exclamou Lilian, admirando seu reflexo no espelho.
- Ei, quem é você, e o que você fez com a minha ruivinha? – perguntou Tiago, rindo e arrancando risadas dos amigos.
- Caramba, Sirius! Agora você parece mesmo irmão do Tiago! – comentou Alice para Sirius que tinha agora os cabelos mais curtos e olhos castanho-esverdeados.
- Ei, é mesmo, Almofadinhas! – concordou Tiago – Você tá quase tão bonito quanto eu.
- Convencido... – disse Lilian.
- Mas bem que você gosta. – retrucou Tiago.
- E não é que ele tem razão? – disse a ruiva, fazendo todos rirem novamente.
Após o almoço, os alunos do sétimo ano estiveram bastante atarefados, em duas aulas de DCAT, seguidas por mais duas, de Feitiços. As aulas de DCAT daquele dia foram, para os Marotos e Isabelle, um tanto tediosas, pois o Prof. McGregor retomou o conteúdo que estivera tratando antes da semana de feriados, sobre lobisomens, assunto que os cinco jovens dominavam tão bem ou melhor do que o mestre. As aulas de Feitiços, por outro lado, prenderam a atenção dos alunos de forma raramente vista. Enquanto o Prof. Flitwick discorria sobre Legilimencia e Oclumencia, até mesmo o som de um alfinete caindo no chão poderia ser ouvido, tamanho era o silêncio dentro da sala de aula.
- A Legilimencia nada mais é do que a capacidade de penetrar a mente das pessoas, tendo acesso aos seus pensamentos, suas lembranças. A Oclumencia, por sua vez, é a habilidade de fechar a mente, não permitindo, assim, o acesso a essas lembranças e pensamentos. Um bom legilimente não somente é capaz de “ler pensamentos”, mas também de influenciá-los, e até mesmo controlá-los, e é isso que a Oclumencia visa evitar.
O professor continuou com suas explicações, sob o olhar atento e interessado da classe inteira. Quando o sinal que indicava o fim da aula soou, resmungos e reclamações foram ouvidos, vindos de todos os cantos da sala.
- Não se preocupem, meus caros, voltaremos a este assunto na próxima aula. – disse Flitwick, satisfeito.
Depois de saírem da aula de Feitiços, os Marotos, Lilian, Isabelle, Alice e Emmeline dirigiram-se diretamente para a torre da Grifinória. Haveria treino de Quadribol, e o grupo iria todo para o campo, para assistir ao treino de seu time.
- Corvinal veio forte esse ano. – dizia Tiago – Não vai ser moleza passar por eles.
- Ah, vamos, Pontas! Nosso time é o melhor. – retrucou Sirius, confiante – Nós vamos ganhar esse jogo, e a final também. A taça vai ser dos leões mais uma vez.
- Meninas! – gritou Tiago, à beira da escada do dormitório feminino – Já estamos indo!
- Espera só mais um pouquinho, Tiago. – disse Lilian, descendo a escada, acompanhada de Emmeline e Alice – Isa! Vamos!
- Vão indo! – gritou Isabelle, lá de cima – Eu já alcanço vocês!
- E o Remo? – perguntou Alice, quando eles passavam pelo retrato.
- Ahn... ele não vai. Disse que tinha umas coisas pra fazer. – mentiu Sirius.
Eles deixaram a torre, e foram se encaminhando, devagar, até o campo de Quadribol. Isabelle desceu a escada do dormitório bem a tempo de pegar Remo, mais pálido do que nunca, preparando-se para sair também.
- Remo, espera! – chamou ela.
- Ah, oi, Isa. – disse ele, com uma voz cansada – Pensei que já tinha ido pro treino.
- Não, eu me atrasei um pouco.
Os dois deixaram a torre, e foram conversando, enquanto andavam em direção à saída da escola.
- Como está se sentindo? – perguntou ela.
- Fraco, como sempre.
- É, eu sei. Pergunta estúpida. – disse ela, revirando os olhos. Remo sorriu fracamente – Já tem que ir?
- Aham. Não posso me demorar muito. – respondeu ele, olhando para o céu ainda claro.
- É. Eu sei. – disse ela, novamente.
- Ahn... vai me ver amanhã? – perguntou Remo, um pouco encabulado e surpreso com a própria coragem.
- Vou sim. – respondeu Isabelle – Sei que isso vai soar ridículo, mas... fica bem, tá?
- Prometo que vou tentar. – disse Remo, sorrindo novamente – Até amanhã.
- Até.
Isabelle ficou parada, observando o amigo se afastar rumo ao Salgueiro Lutador. Suspirou chateada, e quando ele já ia longe voltou-se na direção do campo de Quadribol e foi caminhando devagar, ao encontro dos amigos.
Em uma manhã alguns dias depois, Isabelle entrava cautelosamente na escola, quando ouviu a voz asmática de Argo Filch, vinda de um dos corredores laterais.
- Ei, ei, ei! Pode parar aí! – disse ele, vindo na direção de Isabelle, com Madame Norra em seu encalço.
- Ai, porcaria! – resmungou a garota, revirando os olhos.
- O que estava fazendo na rua, a esta hora? – perguntou Filch.
- Tava andando por aí. – respondeu Isabelle.
- Por aí, onde? – inquiriu o zelador.
- Por aí, já disse! – respondeu a garota, impaciente.
- O que há na sacola? – perguntou ele, apontando a bolsa de pano que Isabelle carregava.
- Nada. – respondeu Isabelle, fitando Madame Norra, que lhe encarava de volta com seus olhos vermelhos.
- Passe ela pra cá. – disse Filch, autoritário, estendendo a mão.
- Nem em sonho. – respondeu Isabelle, apontando a varinha para a sacola – Evanesco!
A sacola desapareceu.
- Como se atreve, sua... – começou Filch.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou o professor Slughorn, surgindo pelo corredor oposto ao pelo qual Filch viera.
- Ah, não! – resmungou Isabelle, baixinho. Tinha vontade de chutar Madame Norra, de tanta raiva que sentia por Filch tê-la retido à porta.
- Eu a peguei vindo da rua, Professor. – dedurou o zelador.
“Ah, que droga! O que falta em magia, sobra em língua!” – pensava Isabelle, furiosa.
- Sabe que não é permitido sair do castelo antes do horário, senhorita. – disse Slughorn, que não parecia nem um pouco triste em punir a garota – Dez pontos a menos para Grifinória. Onde estava?
“Morsa velha! Deve estar adorando me ferrar!” – continuava a garota a esbravejar em pensamento, sequer ouvindo o que o professor dizia.
- Não está me ouvindo, senhorita? – perguntou Slughorn, fazendo Isabelle voltar de seu devaneio – Onde estava?
- Por aí. – disse ela, dando de ombros.
- Foi o que me disse quando perguntei, Professor. – disse Filch – Ela carregava uma sacola, mas fez desaparecer quando fui ver o que era.
- O que tinha na sacola? – perguntou Slughorn.
- Nada demais. – respondeu Isabelle, displicente.
- Eu quero vê-la. – disse o professor – Traga-a de volta.
- Não. – disse Isabelle, sem pestanejar.
- Como? – perguntou o professor, surpreso.
- Eu não vou trazer a sacola de volta. – respondeu Isabelle, encarando-o.
- Detenção, senhorita, e outros dez pontos a menos para a Grifinória. – disse Slughorn, o bigode tremendo de raiva pela impertinência de Isabelle – Fale com a professora Minerva no fim do dia para saber como irá cumprir sua detenção.
- Sim, senhor. – disse a garota, ainda mantendo o mesmo tom.
Isabelle deu as costas aos dois homens, e começou a ir em direção ao Grande Salão. Chegou muito séria e pisando duro, chamando a atenção dos colegas ao sentar-se à mesa da Grifinória.
- O que houve, Isa? – perguntou Lilian.
- Slughorn me deu uma detenção.
- Detenção? – surpreendeu-se a ruiva – Mas por quê?
- Me pegou andando por aí antes do horário, e não pôde perder a oportunidade. – respondeu a outra, azeda.
- E o que você vai ter que fazer? – perguntou Tiago, expert em detenções.
- Ainda não sei. – respondeu Isabelle – Tenho que falar com a Minerva mais tarde.
Depois do café, enquanto se encaminhavam para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, Sirius se aproximou de Isabelle.
- O que foi que aconteceu?
- Filch me pegou na porta, quando eu tava voltando da Casa dos Gritos, – explicou a garota – e Slughorn apareceu bem na hora.
- Azar, hein? – comentou Sirius.
- Nem me fala. Saco! – xingou ela – Detenção!
O dia se passou sem maiores incidentes e no fim da tarde, Remo voltou da Casa dos Gritos. Encontrou com Lilian, próximo à porta do Salão Principal.
- Ei, Lily! – chamou ele.
- Hã? Ah, oi, Remo. – cumprimentou a ruiva – Resolveu os problemas em casa?
- Ahn... resolvi, sim. Obrigado. – Remo fitou Lilian por um instante. Parecera-lhe ter sentido algo estranho na pergunta da ruiva – Viu a Isa?
- Aham. Ela tá lá na Ala Hospitalar. – respondeu a garota, calmamente.
- Na Ala Hospitalar? – perguntou ele, alarmado – Mas o que houve? Ela tá bem?
- Calma, Remo. – respondeu a ruiva, sorrindo – Ela só tá ajudando Madame Pomfrey numa arrumação. Está em detenção.
- A Isa? Em detenção? – perguntou Lupin, sem acreditar – Mas, por que?
- Eu... não sei bem, ela não explicou direito. – disse Lilian – Parece que o Filch pegou ela vindo da rua antes do horário, e que ela não quis dizer nem onde estava, nem o que estava fazendo.
- Ahn... estranho, né? – perguntou ele, disfarçando.
- É. A Isa tem agido de forma meio estranha nos últimos meses. – comentou a garota.
- É? E... você não sabe o porquê? – perguntou Lupin, alarmado.
- Não. Eu nem pergunto, sei que ela não vai falar, e prefiro não ouvir ela mentindo pra mim. – disse Lilian, encarando-o – Quando ela achar que deve, vai me contar.
Mais uma vez, Remo sentiu que ela escondia algo mais em suas palavras.
- Bom, eu... vou lá falar com ela. – disse Lupin, ansioso em se afastar da ruiva – A gente se vê depois.
- Tá. Não vai esquecer da reunião, mais tarde. – lembrou Lilian.
- Não vou, não, pode deixar. – disse Remo – Até mais tarde.
- Até!
Isabelle estava no estoque de poções de Madame Pomfrey, e acabava de rotular o último frasco de poção daquele armário. Ainda faltavam mais seis armários, e ela já se preparava para partir para o próximo, quando ouviu a conhecida voz vindo da entrada da enfermaria.
- Pode deixar, eu fico de olho nela, Madame Pomfrey.
- Está bem, Remo, mas nada de ajudá-la. – disse a enfermeira, de dedo em riste – Sei que vocês são amigos.
- Está bem. – concordou Lupin.
- Eu volto logo. – disse Madame Pomfrey saindo, enquanto Remo ia até o estoque atrás de Isabelle.
- Isa? – chamou ele, à porta.
- Oi, eu tô aqui. – respondeu ela, mais no fundo da sala.
- Oi. – cumprimentou ele, ao alcançá-la.
- Oi. – respondeu a morena – O que está fazendo aqui?
- Vim te ver. A Lily me disse que você estava aqui. – explicou ele – Por minha causa, aliás.
- Ah, não. Nem começa, Remo. – disse Isabelle, voltando aos frascos de poção.
- É sério, Isa. Você tá se metendo em encrenca por minha causa. – disse Remo.
- Lá, lá, lá. Não quero nem ouvir. – disse ela, cobrindo os ouvidos com as mãos – Se os Marotos podem, eu também posso.
- Isa... – começou ele, mas foi logo interrompido.
- Remo, é sério, nem começa. – disse Isabelle – E pára de me distrair, senão eu não vou acabar isso aqui nunca mais. – completou ela, encerrando a discussão.
A despeito do que dissera sobre não demorar, Madame Pomfrey só foi retornar à Ala Hospitalar mais de meia hora depois. Durante esse tempo, Remo e Isabelle ficaram conversando no estoque de Poções, enquanto a garota cumpria sua detenção, o que tornou menos chata a tarefa dela de organizar os armários. Remo se ofereceu para ajudá-la, pois assim o trabalho andaria mais rápido, porém, Isabelle recusou.
- Ela já viu o ritmo que eu tava trabalhando, Remo. – disse a garota – Vai sacar na hora que você me ajudou. Mesmo assim, obrigada pela oferta.
Quando a enfermeira retornou, encontrou o casal de amigos às gargalhadas no estoque, pois Isabelle estava contando a Remo uma situação engraçada que ocorrera durante a semana.
- Ai, minha barriga! – dizia Lupin, que chegava a estar chorando de tanto rir.
- É, é engraçado por que não foi com você. – disse Isabelle, ainda rindo um pouco – Coitada, juro que deu pena da garota.
- Eu imagino... – concordou Lupin – mas a pena só deve ter aparecido depois que você parou de rir, né?
Isabelle fez cara de indignada, e deu um tapa leve no braço do amigo.
- Como você é...
- Mas que bagunça vocês estão fazendo aqui, hein? – perguntou Madame Pomfrey, chegando onde eles estavam, ainda rindo.
- Desculpe, Madame Pomfrey. – disseram os dois, com cara de arrependidos. Falsa, é claro.
- Está dispensada por hoje, Srta. Charmant. – disse a enfermeira – Vejo a senhorita aqui amanhã, no mesmo horário. Mas sem o Sr. Lupin.
- Sim, senhora. – disse Isabelle, fechando o armário – Até amanhã.
Madame Pomfrey se retirou, e Isabelle e Remo se entreolharam, cobrindo a boca com as mãos, para não recomeçarem a rir. Os dois deixaram então o estoque e a Ala Hospitalar.
- Bom, Isa, eu vou nessa. – disse Lupin, quando os dois chegaram à bifurcação do corredor – Tem reunião dos monitores agora.
- Ah, é. A Lily comentou isso comigo hoje mais cedo. – disse Isabelle – Vai logo, ou vai levar bronca da Minerva.
- É, melhor eu me apressar. – concordou ele – A gente se vê depois.
- Tá, até depois. – respondeu Isabelle, e os dois seguiram, cada um para um lado do corredor.
N/A: Sem comentários. Correndoooo!!! Até semana que vem!!!
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