Cap 1





Você devia se afastar, passar algum tempo longe daqui. Hermione olhou para a mãe dela e sorriu.


- Esta sugerindo que eu viaje? E quem cuidaria da loja em meu lugar?


- Eu, claro. Quem mais seria?


- Você? – Hermione balançou a cabeça – com muito custo eu consigo que me substitua durante umas poucas horas, imagine só durantes dias inteiros! E aonde sugere que eu vá?


- Não sei. Procure uma agencia de viagens, eles costumam dar excelentes sugestões.


Hermione ficou pensativa. Fazia exatamente um mês que ela deixara Rony no altar e, desde então, passara a evitá-lo, tentando coordenar os próprios pensamentos.


Ele telefonava diariamente para saber como ela estava passando, mas hermione pedia para a sua mãe atender. Ainda era muito doloroso falar com ele, e encará-lo, pior ainda. E. vivendo em Pinebow Springs, Colorado, onde todos sabiam da vida de todos, as coisas ficavam ainda mais difíceis.


Talvez fosse uma boa idéia viajar. O rompimento com Rony se tornava cada vez mais estressante. Talvez na primavera... No momento ela não tinha dinheiro para vestir em uma viagem.


O sino em cima da porta repicou, avisando da chegada de um cliente. A mãe dela, claro, tinha desaparecido. Mais tarde ela pensaria na possibilidade de viajar.


Correu a mão pelos cabelos longos e aproximou-se da cliente que chegara.


- Posso ajudar? – ofereceu.


- Obrigada... Vou querer alguns legumes – A mulher respondeu, pegando um tomate maduro, virando-o cautelosamente na mão.


Enquanto a cliente escolhia os tomates, Hermione retornou para trás do balcão, perdida em pensamento. Talvez devesse mesmo sair da cidade. Devia estar mais calma com todo o chá de valeriana que tomara, na verdade, quase que sedada, mas não era como ela se sentia.


Suspirou. Se pretendia mesmo viajar, ela teria de economizar algum dinheiro. Quanto tivesse oportunidade, talvez devesse passar uma temporada em uma dessas estâncias termais, onde estaria em comunhão com a natureza, dando longas caminhadas, praticando ioga e meditação. Senti-se estressada ultimamente, tinha consciência do casamento desfeito do altar, o embaraço, a magoa que causara em Rony, que sabia estar sofrendo tanto...


Mas estava na hora de deixar o passado para trás e retomar sua vida. No fundo do coração, hermione sempre soubera que eles dois não deviam ter pensado em se casar. Eram amigos, bons amigos, e o casamento poderia destruir a grande amizade que os unia. Rony logo se daria conta disso.


Hermione levantou os olhos e viu a cliente depositar os tomates que escolhera sobre o balcão, e depois, se concentrar nas espigas de milho. Estendeu os braços para frente e girou o anel de diamante e safira que usava na mão direita. Sorriu quanto à pedra captou um raio de sol que estava pela janela. Sua única indulgência: jóias. Sua mãe a criava muito por isso


Apoiou os cotovelos sobre o balcão e olhou ao redor, notando o ambiente acolhedor. Aquela loja era sua vida, admitiu, embora houvesse levado anos para reconhecer isso.


Não abraçava o estilo de vida hippie de seus pais, mas não havia duvidas de que existia algo de hippie dentro dela. Após lutar durante vários anos contra isso, e contra eles, ela por fim desistira e decidira aceitar o fato de que era filha de um casal que preferiu fazer amor à guerra, e que criou uma filha sem o beneficio do casamento, uma filha que cresceu confusa quanto a viver em um mundo material do qual ela nunca se sentiu como sendo parte.


Mais tarde, ao entender melhor as coisas, hermione prosseguiu com sua vida, satisfeita consigo mesma. Ate pouco tempo atrás.


Atualmente ela se sentia insegura e inquieta.


Suspirou e apreciou o silencio na loja. Apenas o zunido do velho ventilador de teto quebrava o silencio. Gostava de sua vida como era. A loja não lhe rendia grandes lucros, mas ela era bem-sucedida profissionalmente, e gostava da tranqüilidade que o próprio sustento lhe proporcionava.


- Hermione! – Gina espiou da porta da sala dos fundos da loja. – você não faz outra coisa alem de devanear? Eu jamais saberei como consegue dirigir esse negocio. Chegou o caminhão de entrega!


Hermione endireitou o corpo e deslizou os pés para dentro da sandália. Inclinou-se para coçar o tornozelo, aquele com a pequena rosa tatuada.


- Estou indo. Você pode atender essa cliente? – pediu, dirigindo-se a porta dos fundos.


Gina assentiu e foi para detrás do balcão.


Durante todos aqueles anos, Harry James Potter não tirara nem sequer uma semana se férias, e não iria fazer isso justamente agora, não importa o que seus colegas de trabalho alegassem, tentando convencê-lo do contrario.


Olhou para os sócios da empresa sentados só redor da mesa. A neblina de fumaça que se desprendia do charuto de Fred Johnston pairava no ar, dentro da sala de conferencias. O mundo inteiro sem fumaça seria uma maravilha. Olhou para o seu imediato supervisor, Jorge Mayes, que o fitava.


Engoliu em seco, antes de começar a falar.


- Não nego, senhores, que esse programa de incentivo tenha méritos, especialmente para os novatos. Eu, no entanto, como veterano na empresa, sinto que não é hora de me ausentar...


Mayes levantou-se.


- Tolice!


Harry se endireitou no assento de couro e olhou em torno da mesa de conferencia. Deu com todos os olhos fixos em sua pessoa.


Mayes continuou:


- Fred e Dino trabalharam durante um mês ou mais neste programa, que esta dando excelentes resultados. As vendas estão crescendo, e só temos de agradecer a eles por isso.


Mayes então caminhou lentamente e de maneira determinada em sua direção. Harry tinha as mãos úmidas, ele detestava aquelas reuniões. Involuntariamente, levantou a mão direita e afrouxou o no da gravata. Mayes parou junto dele e pousou as mãos em seu ombro. Harry tentou arduamente relaxar.


- Fez um trabalho fantástico este bimestre, Potter.


- Na verdade, minhas figuras ficaram um pouco abaixo do esperado.


Mayes bateu levemente no seu ombro e continuou:


- Mesmo assim, ficaram acima das demais, bem acima. Creio que a maioria aqui deve concordar que nosso primeiro premio de incentivo seja oferecida a você – Sua mão deixaram os ombros de Harry, e Mayes se afastou.


Em vão, Harry tentou parecer tranqüilo.


- Combine tudo com Fred. Ele esta a par de todos os detalhes. E lembre-se que são férias pagas, alem de suas habituais férias acumuladas. A estada naquele resort lhe fará muito bem. Aproveite para malhar, trabalha os músculos e relaxar... Notei como seus ombros estão tensos.


Harry olhou para o tampo pálido da mesa.


Fred Johnston deu uma risadinha.


- No seu lugar eu não pensaria duas vezes antes de arrumar as malas. Só mesmo um tolo recusaria a tal privilégio.


Harry olhou de Fred para Mayes cautelosamente, enquanto Mayes tornava a sentar e apanhar uma folha de papel.


- Vejamos qual é o próximo item a ser discutido... – disse ele, dando o assunto por encerrado.


Harry ficou pensativo. A coisa era mais complicada do que parecia, a competição ao redor daquela mesa era tremenda. Por que então Fred se mostrava tão insistente quanto as suas férias? Durante três anos inteiros, o homem tentou superá-lo em tudo. Por que de repente iria querer que o seu maior rival obtivesse o tal incentivo?


Avaliou o assunto com profundidade. Fred parecia estar desesperado para vê-lo longe do escritório. Mas por que?

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Oi Gente !!!

Desculpa o atraso mais é q o meu pc estava quebrado mais agora já ta tudo bem ....
E logo logo posto os outros caps ok

Beijosss

E comentemmm

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