Capitulo 5
CAPÍTULO V
As manhãs em Llandaron lembravam um quadro de Monet.
Com o monte de feno macio sob seu corpo, olhou pela janela da baia oposta. Certamente, se Monet tivesse acordado com uma mulher tão inacreditavelmente bela quanto Hermione em seus braços, seu trabalho teria elementos bem mais sensuais.
Nada de lagos e buquês de lírios.
A imagem de Hermione nua, com folhas umidas a lhe moldarem os seios, revirou na cabeça de Harry, fazendo com que seu desejo atingisse um nível perigoso.
Hermione acordara. Sua mão que havia permanecido na bainha da camisa dele, penetrou-a e dirigiu-se para seu peito. Harry respirou fundo, e seu corpo ficou duro como granito. Os dedos dela pararam em seu peitoral, com a palma da mão sobre o mamilo, enquanto ela mudava de posição, jogando sua perna sobre a coxa dele. Ele a queria. Arrancar aquele jeans, virá-la, abrir sua blusa, cobrir os seios dela com sua boca e penetrar profundamente nela.
Hermione soltou um leve suspiro e espreguiçou-se, deslizando sua mão para cima, a pele macia roçando o mamilo de Harry. Um gemido rouco escapou da garganta dele que, instintivamente, puxou-a contra si.
— Humm... Harry. — Ela abrigou o rosto na curva de seu pescoço, com os lábios a centímetros de sua pele, com o joelho roçando sua ereção.
Segurando delicadamente seu queixo, Harry beijou-lhe levemente os lábios. Com um suspiro sonolento, Hermione largou-se, com sua boca sobre a dele, seu corpo pressionando o dele. Harry inclinou a cabeça aprofundando o beijo. E ela o acompanhou, e seus suspiros se transformaram em gemidos famintos.
Se alguém sabia o que era desejo, esse alguém era Harry. Seus dedos se espalharam, ele segurou os seios dela, massageando vagarosamente a carne firme através de sua blusa e de seu sutiã.
Ele sorriu.
— Bom dia.
Ela sentou, com os olhos arregalados.
— Bom dia.
— Dormiu bem?
— Sim.
— Ouvi falar que respostas monossilábicas são indicadoras de privação de sono. Talvez devesse deitar mais um pouco...
— Não, estou perfeitamente disposta.
— E eu também.
O olhar dela se deslocou para a fina manta que cobria a evidência de seu desejo. Ela levantou os olhos e o viu observando-a. Por trás do constrangimento, Harry viu seu desejo.
Mas Hermione não era qualquer mulher. E esta luta por liberdade que travava com seu pai não desapareceu. Então, com Hermione, ele seria paciente.
Ela sentou, tentou desamassar sua roupa.
— Tenho que ver os filhotes.
Harry tomou suas mãos.
— Antes de ir, quero lhe dizer o quanto foi maravilhosa na última noite.
Ele viu seus olhos se arregalarem e riu.
— Estou falando sobre o nascimento dos filhotes.
— Eu sei.
— Você não tinha certeza. — Ele virou a mão dela e beijou-a. — Acredite em mim, Hermione, se algo houvesse acontecido entre nós na noite passada, você se lembraria.
— Você está muito cheio de si, Alteza.
Rindo, Harry deixou-se cair no feno, colocando as mãos atrás da cabeça.
— Eu me referia ao que havia falado sobre suas habilidades. Espero que Dagwood saiba o quão sortudo ele é, por tê-la em seu consultório veterinário, é claro.
— Muito provavelmente ele sabe. - Ela cruzou os braços, bufando. — E pela última vez, é Dennis.
A risada dele aumentou. Ela ficava linda quando se irritava. E se ela não saísse rápido dali, perderia toda a paciência e daria um jeito, de tê-la nua sob seu corpo.
— Talvez seja melhor ir ver Glinda e os filhotes agora.
Ela arqueou as sobrancelhas:
— Está me dispensando, Alteza?
Ele sorriu.
— Não exatamente. — Puxando a manta, Harry mostrou-lhe o quanto queria que ela ficasse — Gostaria de voltar para a cama?
Os olhos dela se arregalaram diante do desafio.
— Não... eu... não foi o que eu quis dizer. Eu estava...
— Melhor assim. Eu preciso ir andando. Meu avião parte em uma hora. Uma brincadeira rápida no feno não é o que tenho em mente para nós, Hermione.
Seu rosto ficou vermelho, e ela não lhe perguntou o que ele tinha em mente.
— Para onde vai?
— Paris.
— Ah... a negócios ou para se divertir?
— Ambos. — Ele sorriu. — Vai sentir saudades?
Ela sacudiu a cabeça.
— O seu superego está se mostrando novamente, Alteza. — E com isso ela se virou e saiu da baia, e disse ainda: — Divirta-se.
Ele a observou sair, balançando os quadris, provocadora, enquanto andava.
"Negócios ou prazer, Alteza?"
Ei, por que sentia ciúmes afinal? Em dez dias ela estaria de volta a Los Angeles, de volta à vida real.
Ela baixou os olhos para Glinda, uma sensação de paz invadiu Hermione. Ela havia feito exatamente o que viera fazer. O parto de Glinda foi bem-sucedido. Todos os filhotes estavam saudáveis e mamando. Até mesmo o pequeno milagre de Hermione, o sexto filhote, a quem ela havia nomeado, apropriadamente, de Sortudo.
Ela recebera bastante dinheiro pelos serviços. Poderia partir sem arrependimentos. Sua mão direita formigou, a mão que havia afagado o peito de Harry. Ela precisava lutar contra aquela atração com todas as suas forças. Graças a Deus ele estava indo para Paris. Talvez permanecesse fora até quando ela partisse.
Ela ligaria para Dennis naquela noite. Eles teriam uma longa conversa. E pelos próximos dias ela estaria concentrada em seu trabalho e esqueceria sua Alteza.
Pelo menos tentaria.
— Cinco dias de vida e crescendo como ervas daninhas. - Hermione sorriu para Ranen Turk, que tinha ido ao palácio para um jantar formal com o rei, mas havia parado no estábulo para ver os filhotes. O velho avarento realmente lembrava seu avô. Rude por fora, um ursinho de pelúcia por dentro. E por lembrar seu avô, ela não podia deixar de pensar em seu pai. O que fazia seu coração se apertar.
Ela se sentou na cadeira ao lado de Ranen, indicando a cesta.
— Eles com certeza vão manter Glinda muito ocupada.
— O preço de se tornar mãe, senhorita.
— Mãe de sêxtuplos.
— Ouvi dizer que cadelas de caça podem ter ninhadas, de até quinze ou mais filhotes.
— É verdade. Então acho que para ela seis filhotes são como um filho para uma mãe humana. — Ela ficou em silêncio por um momento antes de perguntar. — Acha que ela está muito magra?
— Não, não. Ela parece ótima, — Ele se virou para Hermione. Ele não sorriu, e seus olhos se franziram. — Mas algo me diz que você já sabia disso.
Ela deu de ombros, sorrindo.
— Queria uma segunda opinião.
— Verdade?
— Sim. É algum crime? — Seu sorriso se alargou. Ele coçou a barba, e grãos de poeira se soltaram no ar.
— Não estou bem certo. Preciso verificar se há uma lei que proíba elogios a bodes velhos.
Hermione não se segurou. Jogou a cabeça para trás e gargalhou.
— Tem certeza de que você e meu avô não são irmãos perdidos?
Era bom rir. Os últimos dias não haviam sido fáceis como ela esperava. Harry não só invadia seus pensamentos durante o dia, mas também à noite. Sonhos tórridos que a deixavam em pânico, e ansiosa para que ele voltasse para casa e para a sua cama.
— Irá ao jantar esta noite?
O olhar de Hermione percorreu o traje de gala do velho homem. Parecia mais apropriado para um festival de tosa de carneiros.
Ela sacudiu a cabeça.
— Acho que não.
— Por que não?
— Um pouco desconfortável, eu acho. Sou apenas a simples Mione Encantada do sudeste da Califórnia. O cenário real não é para alguém como eu.
— Bobagem.
Ela ergueu o dedo.
— E, na verdade, não conheço ninguém.
— Você me conhece. — Ele baixou o queixo e lançou-lhe um olhar sombrio. — E conhece Sua Majestade.
— Não conheço bem o rei, Ranen.
— Não me referia a esse soberano, moça.
Seus ouvidos palpitaram como um despertador.
— Mas o príncipe está em Paris.
Ranen sacudia a cabeça.
— Não mais. Telefonou para o pai esta manhã. Deve estar em Llandaron ao cair da neblina. - Ele a observou atentamente. — Isto muda sua opinião sobre o jantar?
— Não sei. — Ela parecia tão... indecisa, tímida. O que estava acontecendo com ela?
— Pedirei a um dos criados que venha lhe buscar às sete e meia. O rei irá lhe oferecer um brinde com os convidados depois de ter salvo o filhote. — Com uma piscadela, ele saiu do estábulo, murmurando algo. — Devia se divertir um pouco esta noite.
Recostando-se na cadeira, Hermione avaliou a situação. Seu coração estava excitado, sua mente desconfiada.
Olhou para Glinda e podia jurar que a cadela piscara para ela, Hermione sorriu.
Você quem disse, garota. Estou brincando com fogo, pedindo para me queimar.
Risadas e conversas animadas enchiam a espaçosa sala de jantar, fazendo com que Harry desejasse a invisibilidade da neblina lá fora. Ele havia chegado a Llandaron há, no máximo, trinta minutos, e seu pai lá estava lhe rondando com prováveis noivas.
Harry esperava Ranen e Padre Tom, não metade da corte.
E onde estava Hermione?
Ele precisava dela ao seu lado, para manter seu pai sob controle, fazendo-o perceber aonde seus métodos de intimidação levariam seu filho.
Harry acabou com a bebida. A quem ele estava enganando? O desejo por Hermione ia muito além do problema com seu pai. Finalmente, concluiu que sua atração por Hermione era diferente de tudo que conhecia, e caso não a tivesse logo, continuaria a consumi-lo.
Atrás dele, o mordomo anunciou o jantar. Dois a dois, os convidados acharam seus lugares na antiga mesa de mais de quinze metros. Muitas mulheres olharam em sua direção, imaginando se sentariam ao seu lado. Ele olhou seu relógio. Isto é, se sua companhia ia aparecer.
De repente, o ruído no salão diminuiu, e olhares curiosos desviaram-se para a entrada.
Hermione era uma visão, da cabeça até as sandálias e as unhas pintadas de rosa-claro. O vestido de seda branco, com tiras finas e um belo decote, colado em suas curvas exuberantes, como as mãos de um amante. A saia caía abaixo dos joelhos, mostrando pernas longas e bronzeadas. Harry reprimiu o ímpeto de desejo que o invadiu, forçando-se a olhar para cima. As ondas dos cabelos castanhos caíam sobre os ombros e emolduravam o rosto dela. Um rosto belo com maquiagem impecável, olhos castanhos e lábios levemente pintados!
Colocando o copo no console da lareira, ele se dirigiu a ela.
— Você está maravilhosa, doutora.
Ela sorriu.
— Obrigada. E posso dizer que está muito bem, Alteza?
— Pode, mas só se abandonar o título esta noite. O que acha de Harry James? — Ele se inclinou e murmurou em seu ouvido; — Ou caso não consiga se controlar, tentarei me satisfazer com Harry.
— Sempre posso me controlar. — E com isso ela passou por ele e foi procurar seu lugar.
Harry a observou, ainda envolvido pelo perfume que ela usava.
Harry vagou pela mesa. Toclos os olhos estavam nele, enquanto ele fingia procurar seu cartão. Geralmente ele sentava do lado oposto ao de seu pai, mas esta noite o velho homem havia instruído a governanta para colocar seu filho entre duas mulheres disponíveis.
Um lacaio puxou a cadeira para Hermione, que se sentou ao lado, de Ranen.
— Bem, olhe isto. — O mesmo lacaio puxou a cadeira do lugar vago de seu outro lado. Harry sentou-se. — Estamos sentados um ao lado do outro.
— Veja só — disse ela secamente. Ranen Turk deu um sorriso rouco.
— Sim, veja só.
O rei interrompeu as observações ao pegar seu copo de vinho.
— Boa noite e obrigado a todos por virem. E um obrigado especial a Dra. Encantada por sua competência em trazer ao mundo seis saudáveis filhotes reais.
Hermione corou quando todos brindaram. Harry virou-se para ela.
— Como estão os filhotes?
— Ótimos.
— Eu ia vê-los, mas acabei de chegar.
— Eles precisarão de muito amor e atenção quando eu partir.
— E quando será isso?
— Semana que vem.
— Tão rápido?
— Creio que sim.
A uma pequena distância, seu pai chamou sua atenção, carrancudo:
— Harry, você não deveria estar sentado entre Lady Anna e Lady Elizabeth?
Harry levantou seu cartão.
— Estou bem no meu lugar, pai.
O rei abriu a boca para retrucar, mas Ranen aproveitou aquele momento para alfinetar seu velho amigo pelo jogo de cartas que ele perdera na semana anterior.
— Então, como foi em Paris? A Torre Eiffel ainda está de pé?
Ele sorriu, e pegou seu garfo de salada.
— Paris é... iluminada.
— Parece interessante...
— É Paris, afinal de contas. Até respirar lá é estimulante.
— Bela cidade, belas pessoas. - Harry sorriu. — Se você quer saber se encontrei alguma mulher enquanto estava em Paris, tudo o que precisa fazer é perguntar.
Ela perdeu o fôlego.
— É claro que não quero saber...
— Eu me sinto perfeitamente à vontade para discutir isso.
— Não tenho dúvida. — Indignada, ela pegou seu garfo e o enterrou na salada. — Acho que vou ignorá-lo agora, Alteza, e conversar com Ranen.
— Não, acho que não — disse ele.
— E por que não?
Ele olhou sobre a cabeça dela, e voltou seu olhar para ela.
— Ranen está conversando com meu pai. Não quer interromper o rei, não é mesmo?
Ela se concentrou em sua salada e murmurou:
— Droga!
Ele gargalhou, murmurando:
— Sem palavrões no jantar, doutora.
Desta vez, quando ela o olhou, havia brilho nos olhos, e um sorriso surgiu em seus lábios.
— Perdoe-me, Dra. Encantada, mas há uma chamada para a senhora. — O mordomo estava ao lado deles. — Dr. Dennis Cavanaugh.
Hermione sentiu o morango que acabara de comer bater como chumbo no fundo de seu estômago. Ela olhou Harry. Os olhos dele estavam brilhando perigosamente.
— Com licença.
Após receber a licença do rei, Hermione deixou a sala, sentindo o olhar de Harry em suas costas por todo o caminho.
O mordomo indicou-lhe uma pequena biblioteca. Então, ela se retirou, fechando a porta.
— Dennis, olá. Como está?
— Sentindo sua falta, Hermi.
Ela não gostava de ser chamada de Hermi. Fazia com que se sentisse como um poodle toy.
— É bom ouvir sua voz — ela falou. — Não tivemos chance de conversar quando telefonei.
— Tem estado uma loucura aqui. — Houve uma grande pausa, então: — Olhe, Hermi. Eu sei que lhe disse que ia esperar, até que voltasse a Los Angeles para ouvir se você aceitaria minha proposta, mas simplesmente não posso.
Hermione mordeu os lábios.
— O que quer dizer com isso Dennis?
— Preciso saber agora. Hoje à noite. Vai se casar comigo?
Obs:Oiiii pessoal!!!!Capitulo postado!!!!Espero que tenham curtido!!!!No feriado de Páscoa vou viajar, por isso quarta tem mais atualização!!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!